Esta pesquisa trata das dificuldades que os portadores de deficiência visual, com perda completa ou parcial, têm no aprendizado de música quanto a encontrar, dentro de sala de aula, materiais adequados à sua deficiência. Objetiva esclarecer como o método MusiBraille – Musicografia Braille é utilizado para o ensino da música para os invisuais e como é todo o processo de aprendizado deles, desde a iniciação com a vivência musical, como são os primeiros contatos com esse mundo, toda a fase de adaptação e conhecimento das notações musicais e o que envolve o seu fazer e representar musical dentro e fora de sala com o auxílio do método MusiBraille – Musicografia Braille.
É notável o quanto os portadores de deficiência visual são discriminados ante e pela sociedade em geral, a começar quando vão fazer suas matrículas, pois as escolas afirmam não ter mais vagas ou, as poucas que existem com profissionais capacitados para esse trabalho especial, são muito distantes para que os alunos se desloquem até estas instituições e alcancem ensino de qualidade conforme suas limitações, assim desconhecendo que (...) "a música possui o poder de introduzir novos modos de consciência na sociedade, modificando-a, portanto" (Tame, 1984, p.176).
Os invisuais enfrentam dificuldades também dentro da sala de aula por não encontrarem materiais adequados para uso segundo sua deficiência, nem tampouco professores capacitados (com algum treinamento por mais básico e/ou simples que seja) para o ensino adequado aos mesmos.
"A maioria dos deficientes é cidadão de terceira classe, pois além do estigma e do preconceito relacionado à sua deficiência, ainda é discriminado por pertencer às classes subalternas", afirma Araújo (1995, p. 72).
O que Araújo diz é exatamente o que se vive diante dessa sociedade tão despreparada e que renega pessoas portadoras de necessidades especiais como os invisuais, que precisam de uma maior atenção devido às limitações que a falta de visão ocasiona.
Democratizar o ensino é ajudar os alunos a se expressarem bem, a se comunicarem de diversas formas, a desenvolverem o gosto pelo estudo, a dominarem o saber escolar; é ajudá-los na formação de sua personalidade social, na sua organização enquanto coletividade. Trata-se, enfim, de proporcionar-lhes o saber e o saber-fazer críticos como pré-condição para sua participação em outras instâncias da vida social, inclusive para melhoria de suas condições de vida.
É perceptível o quanto a sociedade – a começar por nossos governantes, que é de onde deveria partir maior interesse e auxílio, e mais atenção aos invisuais – pouco se interessa ou, sequer, demonstra interesse por melhorias e maiores investimentos em materiais, professores e instituições de ensino com estruturas apropriadas e adaptadas para o ensino cultural (não só de música) aos deficientes visuais.
Tanta despreocupação, desconsideração e desatenção dos "visuais" pelos invisuais, são fatores que os tornam vistos como "incapazes" de serem pessoas normais e de serem pessoas tão profissionais e responsáveis quanto uma pessoa "normal" o é ante a sociedade. Os invisuais não podem ser desmerecidos ou desacreditados de sua (s) capacidade (s) e potencial intelectual pela dificuldade "digno" o mundo que possuem, mas sim considerados e dignos de tanto(s) valor (es) quanto(s) os "visuais".
Diante do exposto, quero com este projeto ser o mais estimuladora possível em defesa de melhorias e mais respeito aos direitos que os deficientes visuais têm enquanto cidadãos que são.
É preciso que nos movimentemos na direção de uma educação musical emancipatória, que busquemos, na mesma proporção de nossas habilidades musicais específicas, o discernimento ético e aprofundemos nossa compreensão sociopolítica e histórica da sociedade atual e do que nela se configura como a dialética exclusão/inclusão (Tomé, 2003, p. 55).
Os invisuais merecem e são tão dignos de respeito quanto qualquer pessoa "normal". Devem ser respeitados, porque são dotados de capacidades e habilidades talvez maiores do que uma pessoa "normal" possui ou desenvolve em sua vida cotidiana em diversos aspectos, por vezes deixados no esquecimento. Basta ter uma visão mais crítica e aberta para as possibilidades que possuem, pois são tão capazes e competentes quanto um profissional que não possua limitações físicas ou psicológicas.
Tratarei sobre o método Musicografia Braille como instrumento de inserção e formação profissional da criança, jovem e adulto cego. Questões de aceitação dos mesmos nos espaços destinados ao ensino da música e como o mercado de trabalho está, ou não, de portas abertas a esse público.
O objetivo principal é, portanto, esclarecer como o método MusiBraille – Musicografia Braille – é utilizado para o ensino da música para os invisuais e como é todo o processo de aprendizado deles. O sistema Braille constitui o meio natural de leitura e escrita das pessoas com deficiência visual, e tem papel essencial e decisivo no acesso à informação, à cultura, à integração profissional e no exercício pleno do direito de cidadania. Louis Braille, quando o inventou, pensou na leitura escrita, na matemática e na música.
O PÚBLICO CEGO E O MÉTODO MUSIBRAILLE
O MusiBraille é um projeto com forte vertente educacional e cultural, que viabiliza o uso desta técnica agregada à tecnologia de computação. Através do computador, a pessoa pode realizar a digitação da música, tanto na forma Braille (ou seja, indicando os pontos táteis através do teclado), quanto numa especificação de partitura, que é traduzida automaticamente para a forma musicográfica Braille.
Na tela do computador, os pontos que representam a música podem ser editorados e mudados, de forma muito parecida com um texto comum, havendo possibilidade de copiar, colar, remover pedaços, etc. Mas o que é diferencial é que a música em pontos pode ser automaticamente tocada pelo computador. A pessoa que escreve a música pode saber imediatamente se o que escreveu faz sentido em termos musicais. Outra facilidade é a transcrição para a forma gráfica (em pauta), que permite que uma pessoa que não seja cega, que esteja em trabalho em cooperação com um músico cego, possa ter acesso instantâneo e compartilhado à tradução para pauta da partitura Braille.
Os compositores e/ou arranjadores cegos ganharam muito com o projeto, que hoje se tornou um software com a parceria de José Antonio Borges, Coordenador do Projeto DOSVOX, do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem como prioridade melhorar a situação do estudante com possibilidade de transcrição automatizada de textos musicais a partir do papel. Os compositores e/ou arranjadores cegos também serão beneficiados na medida em que suas obras poderão ser geradas na forma bi-modal (em Braille e em tinta) sendo consumidas também por músicos que não dominam a técnica Braille.
Ele permite que uma pessoa sem deficiência transcreva, de forma automática, uma canção para o Braille. Para isso, basta digitar a partitura e accionar o comando de conversão. O aluno também pode utilizar o próprio teclado do computador para transcrever a música. Para isso basta usar as letras S, D, F, J, K e L.
"É por isso que as teclas F e J sempre apresentam um pequeno relevo, para que os cegos tenham um ponto de referência para se localizar", explica Dolores Tomé.
A partir das seis teclas, o usuário segue, então, a lógica do sistema Braille, que se baseia numa combinação de seis pontos para formar letras ou, nesse caso, as notas musicais.
Caso o usuário queira conferir o que acabou de escrever, basta apertar o botão F5 para que uma voz eletrônica dite o que foi produzido. Caso ele prefira, também pode escutar a sua produção em midi (formato digital que padroniza o som de instrumentos musicais e equipamentos eletrônicos como piano, guitarras e sintetizadores).
"Dessa maneira, a pessoa com deficiência sabe se escreveu certo ou errado e o professor pode acompanhar de perto a evolução do aluno, vendo se ele está conseguindo «tirar» corretamente as notas de uma música", aponta Dolores.
"Outra facilidade oferecida é a transcrição para a forma gráfica (pauta), que permite que uma pessoa que não seja cega — e trabalhe com o músico cego — possa ter acesso instantâneo e compartilhado à tradução para pauta da partitura Braille", explica Borges, responsável pelo desenvolvimento técnico do programa. Totalmente desenvolvido em código aberto, o software pode ser alterado para se adequar às necessidades de cada pessoa que o baixar.
Caso o estudante ou professor queira imprimir as partituras em Braille, é necessário ter uma impressora especial que reproduza documentos nessa linguagem. Elas custam bem mais caro que as convencionais — em torno de R$ 12 mil —, mas associações e escolas especiais para deficientes visuais contam com esse tipo de equipamento.
Segundo Dolores, não existe uma grande variedade de programas de computador disponíveis no mercado para transcrição musical em Braille.
"Os poucos disponíveis são caros e não estão disponíveis em português, o que impede uma maior disseminação entres os usuários brasileiros", diz.
O ineditismo do projeto já justifica a sua execução, cabendo destacar que será o primeiro software da língua portuguesa para a transcrição de partituras em Braille, podendo ser adotado por outros países lusofônicos. Como facilitador da execução do projeto temos os esforços do Governo Federal e dos Governos Estaduais na busca de oportunidades e ferramentas que estimulem a inclusão social, independente da condição física ou econômica do cidadão.
Ele objetiva melhorar e ampliar as possibilidades do músico cego no mercado de trabalho, incluída aí a atividade de ensino de música em suas múltiplas vertentes e permitir a troca de conhecimento e divulgação de obras por meio de biblioteca musical Braille instalada na página da internet onde o programa ficará disponível para cópia gratuita. A inclusão sociocultural é uma das principais resultantes do projeto.
O Método MusiBraille com certeza aumenta as oportunidades das pessoas cegas, na medida em que permite que a escrita e leitura musical com qualidade e rapidez seja disponibilizada.
Algumas oportunidades de trabalho podem ser previstas, como:
- Perspectivas educacionais muito melhoradas, nos cursos do ensino fundamental, integrando nas salas de iniciação musical crianças cegas e não cegas.
- Incremento da qualidade do ensino musical convencional para pessoas cegas, na medida em que se torna possível a tradução de partituras com facilidade.
- Possibilidade de geração de partituras táteis com muito mais facilidade, viabilizando que músicos clássicos cegos venham a ser formados.
- Integração de músicos cegos e não cegos, mediado por este software.
Cabe a nós, professores de música, procurar nos atualizar, nos capacitar para receber qualquer aluno, deficiente ou não, saber compreender suas limitações, conhecer e dominar, de fato, as várias técnicas e materiais adaptados para cada aluno.
Socorro Araújo, nome artístico, Soara. Apaixonada por música. Formada em canto, já lançou o primeiro CD. Composições próprias. Cega, ela lembra das dificuldades.
"Não havia partituras em Braille, muito menos exercícios. ― Muitas vezes em sala de aula a gente ficava boiando por falta do material, contraponto, seja ritmo, solfejo. A gente ficava meio perdida", diz Soara.
A cantora Sara Bentes reclama de discriminação. Ela queria ser corista, mas nem conseguiu fazer o concurso. "Por eu não ter acesso a uma partitura, eu fui recusada".
A maior dificuldade do estudante de música que é cego é acompanhar a aula. O material raramente tem versão em braile. Por isso, muitos desistem do curso ou nem são aceitos em escolas de música. Mas, agora com um novo programa de computador, o estudante cego vai deixar de ser apenas ouvinte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As novas tecnologias são símbolo de enorme desenvolvimento em todos os quadrantes. Quando há poucas décadas nasceu a Informática, os cépticos não vislumbraram o seu largo alcance. Mas ela foi-se impondo de tal forma que hoje é impossível ignorá-la. No que diz respeito à acessibilidade para os deficientes, volvidos alguns anos, começaram a delinear-se e a abrir-se amplos horizontes em muitas vertentes. Uma delas contemplou os invisuais.
Em relação à Acessibilidade e Tecnologias de Apoio, antes da implementação dos meios informáticos, podemos citar a invenção, em 1808, por um italiano da primeira máquina de escrever para ajudar as pessoas cegas a escreverem de forma legível.
Alexander Graham Bell, em 1876, inventou o telefone porque a sua mãe e a sua mulher eram surdas. O controlo remoto foi inventado para as pessoas com limitações de mobilidade.
Em 1935, foi criado o primeiro aparelho para reproduzir livros falados. Em 1936, foi a vez do primeiro sintetizador de voz.
Em 1975, Kurzweil inventou o primeiro digitalizador, scanner, que hoje usamos no escritório, para possibilitar a leitura de livros por pessoas cegas.
Há imenso trabalho investido, com progressos já bem visíveis e prosseguem diversas e afanosas investigações, visando a concretização dos meios para que os cegos possam digitalizar, escrever, ler, tratar, imprimir, converter, exportar e importar ficheiros, compor música, orquestrar, fazer alterações, isto é: ter a possibilidade de manejar e rentabilizar os softwares disponíveis e usufruir das ferramentas facilitadoras das suas dificuldades.
Este trabalho está a ser levado a cabo por diversas entidades, cada qual com as suas motivações, tais como, associações de deficientes, governos, produtores de material especializado, ajudas técnicas, grandes companhias de softwares... Significa que, em todos os tempos, esteve sempre presente a solidariedade para com os mais desfavorecidos.
Pensando em acessibilidade vemos que a mesma procura demonstrar e verificar de que forma está sendo realizada a inclusão de pessoas que apresentam alguma característica específica e que são conhecidas como portadoras de deficiência. Muitas pessoas assim chamadas, porém, são muitíssimo mais eficientes que as que não são assim "rotuladas".
Sim, por vezes costuma-se rotular outras pessoas para se sentir um pouco "superior"... grande erro!
A importância da Acessibilidade e Inclusão se dá em:
- reconhecimento das diferentes capacidades das pessoas;
- elevação da auto-estima, da auto-imagem, da auto-eficiência e do auto-respeito;
- inserção de métodos que aprimoram o Sistema Educacional;
- integração social de facto;
- busca da eliminação de alguns pré-conceitos;
- inserção no mercado de trabalho;
- inserção e integração nas Artes; entre outros fatores.
São pequenas e ao mesmo tempo grandes conquistas para a Humanidade. A inserção social das pessoas que apresentam características específicas é possibilitada pelas descobertas da Educação e da Ciência e, com estas linhas do pensamento humano, espera-se que a busca de melhor comprometimento com aqueles que nasceram ou adquiriram alguma deficiência seja, de fato, concretizada.
Importante refletir sobre a inclusão, a acessibilidade do/no nosso país. Como estão acontecendo e sendo apoiadas idéias como a do MusiBraille?
Como foi dito, uma impressora especial que reproduza documentos nessa linguagem custa bem mais caro que as convencionais — em torno de R$ 12 mil. Como está acontecendo o uso desse material nas escolas públicas, por exemplo, da nossa cidade? Como foi dito, em associações e escolas especiais para o público há esse material, mas se a inclusão visa ter "esse público" em toda e qualquer escola pública, porque não existe esse material disponível nas escolas, que não são especiais – apenas para o público invisual – mas são inclusivas, atendendo todo aluno deficiente ou não?
Defendo que os espaços destinados a cultura, as artes, de educação não-formal, não admitem alunos com deficiências por falta do material antecipado, de pessoas capacitadas previamente preparadas. Se houvesse um aparato de fato, para receber esses alunos, com certeza, logo após teríamos o acesso dessas pessoas.
Assim como os surdos precisam de intérpretes de LIBRAS, as crianças com deficiências físicas precisam de monitores para levá-los ao banheiro, bebedor, subir e descer rampas, os invisuais precisam desses materiais adaptados para interagir com o mundo, apreender o mundo, quer seja o mundo da música ou não, ajudando-lhes no seu desenvolvimento integral através de diversas situações de aprendizagem, que compensem a falta de visão, desenvolvendo suas potencialidades para que o deficiente torne-se bem integrado e produtivo como cidadão participante da vida econômica, social, política e cultural de sua cidade, de seu país. Para isso é necessário que tenham acesso aos recursos tecnológicos necessários à capacitação profissional; sem prescindir da participação da família e da comunidade.
Mas, levanto um questionamento: seria uma das soluções uma boa formação para professores especializados que tivessem condições de oferecer ao deficiente visual e à sua família uma orientação segura para a sua educação desde o zero ano de idade até a sua habilitação profissional?
No caso, de uma capacitação específica, na área da Música, de ser um processo profissionalizante, que transforme a "visão" do invisual com relação a sentir, o fazer música, e entender, visualizar, dominar a sua própria música. Essa capacitação não seria com o objetivo de iniciar o invisual desde o zero ano de idade, mas, por que não? Na iniciação de crianças cegas no ensino da música. E, voltando a pensar na questão de capacitar professores direcionando o foco para a educação não-formal, em espaços destinados a arte da música, oferecendo material adequado ao cego, professores qualificados, devidamente treinados e dominantes ou não do Braille.
"Há uma falsa idéia de que os professores que ensinam cegos precisam saber Braille. Isso não é verdade. E o programa vem ajudar nesse aprendizado, conta Dolores – teríamos um público considerável interessado no ensino da música? Já ouvi muitos debates sobre questões similares como: filmes brasileiros legendados pra quê? Se não há público Surdo que freqüenta os cinemas a procura desses filmes? Se não há legendas, como haveria público para os mesmos? Assim, se não há professores e materiais, previamente disponibilizados nesses espaços, como haveria alunos interessados por tal ensino, se não conhecem a tecnologia, o método e pode ser sim possível haver de fato um aprendizado satisfatório do aluno invisual com relação à música? O Método MusiBraille com certeza aumenta as oportunidades das pessoas cegas, na medida em que permite que a escrita e leitura musical com qualidade e rapidez seja disponibilizada."
Algumas oportunidades de trabalho podem ser previstas, como:
- perspectivas educacionais muito melhoradas, nos cursos do ensino fundamental, integrando nas salas de iniciação musical crianças cegas e não cegas.
- incremento à qualidade do ensino musical convencional para pessoas cegas, na medida em que se torna possível a tradução de partituras com facilidade.
- possibilidade de geração de partituras táteis com muito mais facilidade, viabilizando que músicos clássicos cegos venham a ser formados.
- integração de músicos cegos e não cegos, mediado por este software.
Importante nos preocuparmos com os Invisuais, tanto na questão do uso desses instrumentos tecnológicos a favor do aprendizado satisfatório do público em questão, quanto pela própria inserção do mesmo não só em locais ditos "especiais" para esse público, mas que todos os espaços possam se preparar e de adaptarem as limitações desse público.
excerto de:
O ENSINO ESPECÍFICO DE MÚSICA PARA DEFICIENTESVISUAIS: O MÉTODO MUSIBRAILLEMonografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Educação Musical – Habilitação em Ensino Musical Escolar – da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, para obtenção do título de Licenciada em Educação Musical.autora: MARESSA MIQUELINO DE CARVALHO
Goiânia, 2010
Goiânia, 2010
Os autores do software Musibraille são Dolores Tomé, José Antonio dos Santos Borges e Moacyr de Paula Rodrigues Moreno. Este software é livre e gratuito.
Download do Software Musibraille no site: http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille/download.htm
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