quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Despacho n.º 27731/2009 - regras de financiamento das ajudas técnicas/produtos de apoio às pessoas com deficiência

O Despacho n.º 27731/2009, hoje publicado, vem estabelecer as regras de financiamento das ajudas técnicas/produtos de apoio às pessoas com deficiência, durante o ano de 2009.
A Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto, que define as bases gerais do regime jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação das pessoas com deficiência, dispõe que compete ao Estado o fornecimento, adaptação, manutenção ou renovação dos meios de compensação que forem adequados com vista a uma maior autonomia e adequada integração por parte daquelas pessoas.
É em cumprimento deste dever que se torna necessário assegurar a prescrição e o financiamento das ajudas técnicas/produtos de apoio às pessoas com deficiência, por forma a facilitar a sua reabilitação médico-funcional e participação a nível social e profissional, através de um sistema supletivo que visa complementar as verbas disponíveis para o efeito dos sistemas sectoriais da saúde, formação profissional, emprego e segurança social, permitindo -se, assim, contribuir para uma melhoria da sua qualidade de vida.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Teclado em Braille

O Laboratório de Acessibilidade do Yahoo! apresentou, na semana passada, a sua versão de um teclado em braille, o alfabeto utilizado por cegos.
Victor Tsaran, codirector do laboratório, disse que programadores e desenvolvedores estão a trabalhar no aperfeiçoamento de softwares e hardwares como leitores de ecrã, teclados em braille, mouses, joysticks e outros dispositivos para melhorar a usabilidade de aparelhos de tecnologia por parte de pessoas com deficiência visual.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ciclo de sábados "Falando com quem faz..."

A Pró-Inclusão vai realizar um sábado por mês, das 10 às 13 horas, vai haver oportunidade de divulgar práticas, trocar opiniões, partilhar saberes e dúvidas.

Programa
30/01/2010 “Utilizando a CIF”Dinamizador:Francisco Ramos Leitão
20/02/2010 “Processo de identificação das NEE”Dinamizador:Ana Paula Joaquim
20/03/2010 “Unidade de Ensino Estruturado – Autismo”Dinamizador:Paula Alves
17/04/2010 “Unidade de Multideficiência”Dinamizador:Isabel Lopes e Fernanda Godinho
22/05/2010 “Respostas Diferenciadas no âmbito dos PIT: uma experiência"Dinamizador: Jorge Humberto
19/06/2010 “Transição para a vida activa – Desenvolvimento de Experiências Sócio-Ocupacionais“Dinamizador: Ana Rosa Trindade
25/09/2010 “A utilização das TIC nas NEE” Dinamizador:Henrique Santos
30/10/2010 “Clube de pais” "Formação Parental”Dinamizador: Isabel Lopes, Alexandra Severiano e Isilda Louro
Preço:
Associados: gratuito
Não associados: 7,50€
Pagamento por transferência bancária: NIB 003601069910004232974
Para participar:
Enviar o comprovativo de pagamento para proandee@gmail.com
Telem. 927138331
Local: Quinta da Arreinela de Cima, Almada (Instituto Piaget)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Pois é, estamos mesmo quase a chegar ao Natal!



Assim, deixo-vos alguns trabalhos natalícios realizados nas horas de apoio. Ficamos todos muito contentes com o resultado!





Cá está o cartaz de Natal feito reciclando as cápsulas de café. Fico muito giro, em cima diz Feliz Natal em Braille com a respectiva legenda em frente. Este trabalho foi feito por um aluno cego com a minha orientação e da Prof. de EV e pode ser apreciado na recepção da nossa escola! Adorei o resultado!




Também fizemos uns postais de Natal para o concurso de postais de Natal.



O Zé ganhou o 1º prémio com o seu postal em Inglês! :)




Postal feito para Português.A árvore foi feita com palavras escritas, em Braille, relacionadas com o Natal (paz, amor, harmonia, solidariedade, ...) e o tronco são várias célula Braille em papel castanho.




O postal de Francês tem uma árvore feita com as cápsulas do café e diz Joyeux Noel et Bonne Année, em Braille.



Desejo um Bom Natal e um próspero ano novo a todos com votos de um Natal recheado com muito amor.



Uma música que gosto muito! Mónica, bora lá dançar um Jive?!!!!! :)


Bjs :)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Programa Salvador - RTP1



O programa Salvador é um formato criado pela Mandala, com treze episódios, à segunda-feira na RTP1 às 21:15.
São 20 minutos de experiências únicas, onde os convidados são surpreendidos com a realização de um sonho e, ao mesmo tempo, os desafio a superar os seus limites.
Os convidados, são pessoas iguais a tantas outras, mas que marcam a diferença pela mensagem positiva que transmitem.
Para mim é muito mais do que um programa de televisão é a confirmação de que a força de vontade e a persistência abrem novos caminhos e nos inspiram sempre a ir mais longe.

Mais informações clica aqui!
Vale a pena assistir!
Bjs

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

LIVRO: TRANSIÇÃO DA ESCOLA PARA A VIDA ADULTA: JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS / GUIA DE APOIO PARA A COMUNIDADE EDUCATIVA


Francisco José Pires Alves, docentes da Educação Especia lna Escola EB 2,3 de Monção, publicou, na livraria BUBOK, um livro com o título de: TRANSIÇÃO DA ESCOLA PARA A VIDA ADULTA: JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS / GUIA DE APOIO PARA A COMUNIDADE EDUCATIVA.

Sinopse
Este livro foi desenvolvido para prestar informações ao pessoal docente e não docente, técnicos especializados, no âmbito da Educação Especial, outros membros da comunidade escolar, incluindo serviços para jovens e adultos sobre as melhores práticas e sobre os factores-chave que apoiam a planificação e a transição dos jovens com Necessidades Educativas Especiais.
Mais informações

sábado, 12 de dezembro de 2009

Aula de Orientação e Mobilidade

Várias são as pessoas que me perguntam "o que deve e o que não deve fazer para ajudar um cego?".
Após pesquisa na internet encontrei esta entrevista transmitida na rádio "TSF" sobre Orientação e mobilidade.
Com esta entrevista ficamos a perceber melhor como se movimentam os cegos, qual a importância da bengala e quais os métodos utilizados pelos cegos para a sua mobilidade e orientação.
Vale a pena ouvir! Ouvir a entrevista

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Boas práticas: Navegação assistida para cegos no Metro do Porto


Navegação assistida para cegos no Metro do Porto
Apesar de conhecer pessoas cegas que utilizam o Metro do Porto todos os dias, fiquei muito feliz com esta novidade!
Boas práticas são sempre bem-vindas! http://noticias.up.pt/catalogo_noticias.php?ID=3565&intSelectedMenu=4
Bjs e bom fim-de-semana!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Como os cegos reconhecem o dinheiro?



Em qualquer lugar do mundo é possível reconhecer o valor do dinheiro. Seja na Índia, na China ou nos Estados Unidos, e nem é preciso saber a língua, nem mesmo de ser alfabetizado. Só há uma excepção para esta regra: os deficientes visuais.
Como contam dinheiro?
No caso do Euro, cada moeda tem um tamanho diferente, obedecendo à regra de quanto maior o valor, maior o tamanho. São também serrilhadas nas bordas, justamente para serem diferenciadas por meio do tacto.
As notas também apresentam marcas tácteis em relevo.
O dinheiro pode ser facilmente conhecido por meio de um gabarito. A pessoa com deficiência visual recebe uma espécie de gabarito que indica o valor da nota, em Braille. Ao colocar a nota dentro desse gabarito, a ponta vai tocar sobre o valor correspondente que está escrito em Braille.
Muitas pessoas pensam que uma solução podia ser a inserção de caracteres em Braille nas notas. Mas seria, no entanto, é uma saída pouco viável: o Braille iria sair com o desgaste das cédulas, assim como acontece com as marcas de relevo actuais.
***
A não esquecer!
Amanhã, dia 3 de Dezembro, é Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, por isso vale a pena ver este vídeo muito interessante: http://www.youtube.com/watch?v=jm3GeEb-MGE
Na nossa escola também haverá: uma exposição de fotografias e uma apresentação.
Bom trabalho a todos!

sábado, 28 de novembro de 2009

2º Sábado Especial - Materiais Bilingues para Alunos Surdos - 12 de Dezembro de 2009

Para responder às necessidades especiais de encontro, partilha e reflexão de todos os que se envolvem na Educação Especial, ‘Sábados Especiais’ é um programa de (auto)formação do Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial da DREN, com a colaboração das Escolas e outras instituições.
O segundo ‘Sábado Especial’ é no próximo dia 12 de Dezembro. «Materiais Bilingues para Alunos Surdos - O trabalho em rede» é o título do Encontro, que se realiza na Escola Secundária Alexandre Herculano, Porto.
As inscrições estão abertas até 6 de Dezembro, sujeitas ao número limite de 100 participantes.

Programa
10:00 Abertura: Conceição Menino, Coordenadora do Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial da DREN e Manuel Lima, Director da Escola Secundária Alexandre Herculano
10:15 Comunicações:
«Gesto a gesto, chega-se à letra. Sobre o Português e a LGP no ensino bilingue», Isabel Correia, Escola Superior de Educação de Coimbra
«Material didáctico de apoio ao ensino bilingue de surdos – Glossários e Reis de Portugal em LGP», Paulo Vaz de Carvalho, CED Jacob Rodrigues Pereira
«Ensinar Português no Secundário», Maria do Carmo Ferraz, Escola Secundária Alexandre Herculano
«O Projecto MATTICOM», equipa do AREBAS de Lamaçães, Braga
«LP e LGP: Espaços de autonomia e de articulação», equipa do AREBAS Eugénio de Andrade, Porto
«O Projecto de literacia no CED Jacob Rodrigues Pereira», Pedro Ladeira Barros, CED Jacob Rodrigues Pereira
«O Projecto Europeu ‘Spread the Sign’», a confirmar
Debate
13:00 Intervalo para almoço
14:30 Grupos de trabalho
A. Educação de Infância: «Criar e partilhar materiais educativos», orientação de Ana Luísa Ferreira (AREBAS Eugénio de Andrade, Porto)
B. 1º Ciclo: «Era uma vez: um gesto e dois e três. Recursos didácticos para o ensino bilingue», orientação de Isabel Correia (ESE Coimbra)
C. 2º Ciclo: «Duas línguas transversais ao currículo», equipa do AREBAS Eugénio de Andrade, Porto
D. 3º Ciclo: «Atelier de glossários», orientação de Paulo Vaz de Carvalho (CED Jacob Rodrigues Pereira)
E. Ensino Secundário: «Atelier de glossários», orientação de Pedro Ladeira Barros (CED Jacob Rodrigues Pereira)
16:30 Encerramento
(Programa da manhã com tradução em LGP; assegurada a participação voluntária de intérpretes nos grupos de trabalho da tarde)

Para participar, envie mensagem para gaee@dren.min-edu.pt, com o assunto «Inscrição Sábados Especiais – Materiais bilingues – 12 de Dezembro» e os dados pessoais: nome completo, escola, funções e nível de ensino. Os grupos de trabalho, com 20 participantes, serão constituídos de acordo com a ordem de chegada das inscrições e a representação das diferentes EREBAS. Receberá uma mensagem de confirmação até dia 7 de Dezembro.
Contacto:
Eduardo Cabral DREN
Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial
Tel.: 225 191 900 / Fax.: 225 191 999

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inquérito nacional sobre a Utilização das TIC na Educação de alunos com Necessidades Educativas Especiais

O inquérito visa apurar as necessidades de formação dos Docentes de Educação Especial (DEE), de Apoio Educativo (DAE) e dos Coordenadores TIC/PTE.Pretende a coloboração destes docentes através da aplicação de dois questionários electrónicos e uma versão papel de um dos questionários (só entregue quando solicitada).
Os questionários podem ser acedidos através dos seguintes url:
- Para DEE e DAE – http://wsl2.cemed.ua.pt/jaime/dae.asp
- Para Coord. TIC/PTE - http://wsl2.cemed.ua.pt/jaime/coo.asp
Para qualquer esclarecimento contactem por favor para:
jaimeribeiro@ua.pt
telefones 234 372 425 e 91440619 .
Se é Professor de Educação Especial, de Apoio Educativo ou Coordenador TIC/PTE participe!!! Se não é, envie para os eventuais interessados.
A recolha de dados termina a 31 de Dezembro de 2009, não se atrase!!
Guardando o login atribuído, o inquérito pode ser interrompido e retomado mais tarde!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Seminário "O Sistema Braille: Passado e Futuro de um Instrumento essencial"

O seminário, de entrada livre, será no dia 2 de Dezembro de 2009 no auditório da biblioteca Nacional às 09h30.
Integra-se nas comemorações dos 200 Anos do Nascimento de Louis Braille e celebra, simultaneamente o 40º aniversário da Área de Leitura para Deficientes Visuais da BNP e os 35 Anos de publicação da revista "Ponto e Som".
As iniciativas são da responsabilidade conjunta de: Área de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Nacional de Portugal, Instituto Nacional para a Reabilitação, Casa da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, Gabinete de Dinamização Cultural da Direcção Municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Direcção Regional de Lisboa do Ministério da Educação e contam com a colaboração de diversas personalidades.


PROGRAMA

09h30 Recepção dos participantes
10h00 SESSÃO DE ABERTURA
10h30 LOUIS BRAILLE: O HOMEM E A OBRA
Moderador: representante do Instituto Nacional para a Reabilitação

Louis Braille: o génio que supera o analfabetismo dos deficientes visuais. Augusto Deodato Guerreiro (CML) / Fernando Abreu Matos
O Braille como meio natural de escrita e leitura para os deficientes visuais. Claudino Arieira Pinto (BNP)
40 anos ao serviço da promoção do Sistema Braille e outros meios complementares de acesso à leitura dos deficientes visuais. Isidro E. Rodrigues (BNP)
A marca indelével do espírito tifloassociativo na afirmação da escrita e leitura Braille e no desenvolvimento de serviços de acesso às espécies bibliográficas destinadas às pessoas com deficiência visual. Carlos Lopes (ACAPO)

12h30 Debate
13h00 Intervalo para Almoço
14h30 O SISTEMA BRAILE NA ACTUALIDADE E NO FUTURO
Moderador: representante do Ministério da Educação
A importância do Sistema Braille na educação das pessoas cegas. Vítor Rapoula Reino (Ministério da Educação, DREL)
O Braille e as Tecnologias de Informação e Comunicação. Carlos Manuel dos Santos Ferreira
Uma língua, uma grafia Braille: a importância da uniformização da grafia Braille nos países de expressão portuguesa. José Guerra (Câmara Municipal de Coimbra)
O Braille na vida quotidiana. Ana Maria Fontes
· Domínio do sistema Braille como componente relevante na integração dos deficientes visuais em profissões de teor intelectual. Victor Calha / Carlos Jorge Barata Gonçalves.

16h30 Pausa para café
17h00 Debate
17h30 SESSÃO DE ENCERRAMENTO

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

1.º Congresso Internacional "Ser professor de Educação Especial"

Dia 5 de Dezembro de 2009, vai decorrer uma conferência sobre Inclusão Social, 1.º Congresso Internacional "Ser professor de Educação Especial". Será na Fundação Calouste Gulbenkian, na sala 1.

Para aceder ao programa e à ficha de inscrição:
http://centroaba.com/pt/images/stories/docs/inclusao_insc.pdf

Para mais informações:
Cátia Sousa
Telemóvel Geral 931 440 197
ABA Centro de Terapias Comportamentais
Av. de Sintra, Lote 2 2750-494 Cascais
Tel. 214 839 313 Fax 214 839 315

geral@centroaba.com
http://www.centroaba.com/

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

50º aniversário da Declaração dos Direitos da Criança

No âmbito da comemoração, foi celebrado um protocolo de cooperação entre o Ministério da Educação, através da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, e a Pro Dignitate – Fundação de Direitos Humanos, em que se prevê a realização de um concurso de ilustração, abrangendo todos os estabelecimentos de educação e ensino, desde a educação pré-escolar até ao 3º ciclo do ensino básico. Igualmente se prevê que as pinturas, fotografias ou desenhos premiados sejam integrados numa brochura sobre os direitos da criança, a ser amplamente divulgada.
Assim, os direitos pessoais da criança à identidade, à igualdade de oportunidades, ao respeito e à diferença, bem como os seus direitos civis, económicos e culturais, a saúde, a segurança social, a educação e a cultura, definidos nos dez artigos que compõem a Declaração, serão os motivos inspiradores da interpretação que cada grupo de crianças e alunos, com o apoio de um/a educador/a ou professor/a responsável, lhes entenda dar.
A realização destes trabalhos permite que, em cada comunidade educativa, educadores, docentes, alunos e também os pais e encarregados de educação possam desenvolver uma reflexão e boas práticas sobre os direitos da criança. Na verdade, é preciso conhecer bem esses direitos para que eles possam ser protegidos, reclamados e respeitados na vida quotidiana, tanto no plano pessoal, como familiar, escolar ou social. O conhecimento e o reconhecimento desses direitos despertarão, naturalmente, nas crianças e nos jovens, a consciência dos seus deveres e a responsabilidade para com as outras crianças e os outros jovens, os adultos, a comunidade e o ambiente que os cerca.
As condições de participação no concurso e os prazos de entrega e de apreciação dos trabalhos, os critérios de avaliação e os prémios a atribuir estão disponíveis no link abaixo indicado.
O concurso decorrerá entre os dias 3 de Novembro, abertura do concurso, e 2 de Março, data em que a lista de premiados será publicada.
O Ministério da Educação e a Fundação Pro Dignitate apelam para que cada comunidade escolar promova a dinamização desta iniciativa, mobilizadora de uma cultura de respeito, solidariedade e cidadania activa e responsável.
Seminário: O direito da Criança ao desenvolvimento Pleno das suas capacidades
No âmbito das comemorações acima referidas, a Fundação Pro Dignitate, vai organizar um seminário que irá decorrer nos dias 27 e 28 de Novembro de 2009.
Local: Lisboa, sede da Pro Dignitate (Praça da Estrela, nº 12 – 1º)
Data: 27 e 28 de Novembro de 2009

PROGRAMA
1º Dia

10.00h Entrega de documentação
10.15h Sessão de Abertura
- Doutora Maria de Jesus Barroso Soares Presidente da Fundação Pro Dignitate
- Lançamento do Concurso Infantil sobre a Declaração dos Direitos da Criança
- Dra. Isabel Alçada Ministra da Educação
10.45h -11.00h Pausa para café
12.30h “Direito à Educação e ao Sucesso Educativo”
Intervenção: Professor Doutor Guilherme de Oliveira Martins
Intervenção: Representante do Ministério da Educação
Moderador: Professor Doutor José Veiga Simão
Debate
13.00h/15.00h Intervalo para almoço
15.00h “Sensibilização dos Pais para a Importância das Expectativas Positivas em Relação aos Filhos”
Intervenção: Professor Doutor Júlio Pedrosa
16.00h -16.15h Pausa para café
Debate

2º Dia

10.00h “O Papel do Voluntariado na Escola”
Intervenção: Dra. Maria da Conceição Rolo – Professora do Ensino Básico
Comentadora: Dra. Maria de Lourdes Paixão
11.00h Pausa para café
11.15h “O Efeito dos Media na Educação (artº 17º da Convenção Int. Direitos da Criança)”
Intervenção: Professor Doutor Daniel Sampaio
Comentadora: Professora Doutora Conceição Lopes
12.30h Sessão de Encerramento
Mais informações em:

Campanha para angariar brinquedos-Notícia Jornal Sol (Online)

O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) lançou uma campanha para a recolha de brinquedos que vão ser transformados por alunos e depois oferecidos a crianças com deficiência.

A iniciativa, denominada Mil brinquedos por mil sorrisos, apela à população para que ofereça brinquedos com um sistema electrónico simples, de forma a poder ser adaptado num brinquedo para crianças que estão limitadas na forma de brincar pela deficiência que possuem, explicou hoje a coordenadora do CRID, Célia Sousa.
A responsável adiantou que a adaptação dos brinquedos vai ser feita por um grupo de alunos e professores voluntários do departamento de Engenharia Electrotécnica do Politécnico de Leiria.
«O trabalho consiste em adaptar o circuito de alimentação de cada brinquedo para poder ser usado com um interruptor externo que acciona o seu funcionamento», afirmou Célia Sousa.
A coordenadora esclareceu que, «depois de adaptados às necessidades de cada um, o objectivo será realizar a oferta dos brinquedos a diferentes instituições, com crianças com necessidades especiais».
Segundo Célia Sousa, os brinquedos adaptados destinam-se a «crianças essencialmente com deficiências motoras, que estão em cadeira de rodas e que não se podem deslocar para brincar com um brinquedo como qualquer criança».
«Também podem ser crianças com autismo, que precisam de ter alguns momentos de atenção», esclareceu a responsável, adiantando que igualmente crianças multi-deficientes estão no grupo de pessoas a que se destinam estes brinquedos.
«É essencial permitir às crianças portadoras de deficiência o acesso a brinquedos que lhes possibilitem gozar da actividade lúdica e situações de brincadeira com outras crianças que favorecem a sua integração na sociedade», defendeu Célia Sousa.
A campanha Mil brinquedos por mil sorrisos sucede a uma outra - Um brinquedo por um sorriso - que culminou, em Fevereiro deste ano, com a entrega de duas centenas de brinquedos a 20 instituições, incluindo estabelecimentos de ensino da região de Leiria.
A coordenadora do CRID adiantou que o objectivo da nova campanha é chegar aos mil brinquedos até ao Natal e alargar a sua distribuição a todo o distrito.
«Se tivermos mil brinquedos, podemos inclusivamente distribui-los por outros locais do país para os quais temos sido solicitados», declarou Célia Sousa.
Os brinquedos podem ser entregues no CRID, sediado na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, e a partir de dia 28 na Aldeia de Natal, que vai decorrer na cidade de Leiria.

http://www.crid.esecs.ipleiria.pt/
244829488

Intel Reader – leitor de e-books para deficientes visuais

A Intel lançou, esta terça-feira 11 de Novembro de 2009, um e-reader (leitor de livros electrónicos) destinado a portadores de deficiência visual.

Com o nome de Intel Reader, o leitor de e-books, especialmente desenvolvido para utilizadores cegos e com baixa visão, fotografa as páginas de um livro, jornal ou revista e reproduz em voz alta o conteúdo.


Como funciona o Intel Reader?

O utilizador deverá colocar o Intel Reader um pouco acima do que pretende ler. O e-reader tira uma fotografia da página e, segundos após, o conteúdo, convertido em texto, fica disponível para ser visualizado num monitor de grandes dimensões ou lido em voz alta.


Características técnicas do Intel Reader:

• Tamanho A5
• Processador Intel Atom
• LCD de 4,3 polegadas
• Câmara de 5 megapixels
• 2Gb de memória
• Conversor text-to-speach (texto para fala)
• Suporte a MP3 e WAV
• Preço anunciado: US$1.500O e-book reader da Intel, lançado hoje nos USA, em breve estará disponível no Reino Unido e, futuramente, em muitos outros países.

Sábados Especiais - Práticas com as Crianças Surdas - 28 de Novembro de 2009

Encontro

Práticas com as Crianças Surdas
Intervenção Precoce e Educação de Infância

28 de Novembro de 2009
Escola Básica de Lamaçães, Braga

Sábados Especiais é um programa de (auto)formação do Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial da DREN, com a colaboração das Escolas e outras instituições.

O primeiro Sábado Especial é já no próximo dia 28 de Novembro. «Práticas com as Crianças Surdas, Intervenção Precoce e Educação de Infância» é o título do Encontro, que se realiza na Escola Básica de Lamaçães, Braga (Ver ficheiro anexo, com o programa e modo de inscrição). As inscrições estão abertas até 23 de Novembro, sujeitas ao número limite de 60 participantes.

Programa
10:00 Abertura: Conceição Menino, Coordenadora do Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial da DREN e João Dantas, Director do Agrupamento de Escolas de Lamaçães
10:15 «Projecto de Intervenção Precoce de Braga», Equipa do Projecto
«Bebé surdo – família – escola de referência, o triângulo necessário», Equipa de Intervenção Precoce e Jardim-de-Infância de Referência Bracara Augusta (Lamaçães)
«A brincar também se aprende», Equipa do Jardim-de-Infância de Referência do Covelo (Eugénio de Andrade)
«E porque não a música?», Equipa do Jardim-de-Infância de Referência Bracara Augusta (Lamaçães)
Debate
13:00 Intervalo para almoço
14:30 Grupos de trabalho
A.«A família na escola», coordenação de Equipa da EREBAS de Lamaçães
B. «Mãos e voz em parceria, histórias em sintonia», coordenação de Regina Silva, Ana Luísa Ferreira e Sofia Quintas (Eugénio de Andrade)
C. «Introdução ao Cued Speech – Português Falado Complementado», coordenação de Bruno Coimbra e Susana Capitão (Eugénio de Andrade)
D. «Sensibilização ao Sign Writing», coordenação de Bruno Remédios (Lamaçães)
16:30 Encerramento
(Programa da manhã com tradução em LGP)

Participação
As inscrições estão abertas até dia 23 de Novembro, limitadas a 60 participantes, de acordo com as seguintes prioridades:
1. Educadores de infância, formadores de LGP e terapeutas da fala em funções nos jardins-de-infância das EREBAS; educadores de infância em funções na rede de agrupamentos de referência para a intervenção precoce; familiares de crianças surdas dos jardins-de-infância das EREBAS
2. Outros docentes, formadores, intérpretes e terapeutas; outros familiares de crianças surdas
Para participar, envie mensagem de correio electrónico para gaee@dren.min-edu.pt, com o assunto «Inscrição Sábados Especiais – Práticas com crianças surdas – 28 de Novembro» e os seguintes dados: nome completo, escola, funções e nível de ensino onde exerce; os encarregados de educação devem indicar a escola e nível de ensino do seu educando. Indique os grupos de trabalho que pretende integrar por ordem de preferência (ex.: grupos de trabalho B/A/D/C).
Os grupos de trabalho serão constituídos de acordo com a ordem de chegada das inscrições. Receberá uma mensagem de resposta, a confirmar a inscrição, até dia 24 de Novembro, com a indicação sobre o grupo a integrar.


Contacto
DREN / Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial
Tel.: 225 191 900 / Fax.: 225 191 999
gaee@dren.min-edu.pt

sábado, 7 de novembro de 2009

Curso Braille Virtual

A todos os que me pedem que lhes ensine Braille.
Aqui vai o Braille Virtual que é um curso on-line aberto, público e gratuito, destinado à difusão e ensino do sistema Braille a pessoas que vêem.
Este curso é orientado especialmente a pais, crianças, professores, ...para todos os que queiram aprender.

Para aceder ao curso: http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html

Aproveitem!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Problemas de comportamento em contexto educativo

No dia 20 de Novembro, em Viseu irá decorrer um workshop sobre a existência de problemas de comportamento em contexto escolar e educativo, que é, actualmente, um dos temas que mais preocupa os professores, pais e até os próprios alunos.

Mais informações em: http://forliteracia.wordpress.com/ola/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Encontro Internacional Educação Inclusiva

No dia 14 de Novembro, vai realizar-se no auditório da escola EBI Roberto Ivens, em Ponta Delgada, o encontro internacional Educação Inclusiva: Boas práticas.
No encontro serão apresentadas as conclusões do projecto dedicado à Avaliação da Educação Inclusiva nos Açores.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Novidade: Curso profissional para adultos com necessidades educativas especiais

O Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) e a Quinta Essência (Qe) Sintra desenvolveram o curso profissional de Apoio Administrativo e Secretariado para adultos com necessidades educativas especiais ou com atraso de desenvolvimento intelectual.
O curso irá decorrer nas instalações do ISLA e terá início em Novembro de 2009.
Para efectuar a sua candidatura contacte a Qe Sintra através de telefone 21 915 47 40 ou envie e-mail para info@quintaessencia.pt
Para mais informações visite o Sítio Web da Quinta Essência

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Papel do prof de Ensino Especial

É importante nunca perder de vista que o responsável pela aprendizagem do aluno portador de deficiência é o professor da disciplina, responsabilidade que, em momento algum pode ser delegada no professor de Ensino Especial.
Assim, o professor do Ensino Especial é apenas um professor de apoio e que, por isso, apenas lhe compete dar apoio ao professor regular na especificidade daquela deficiência. O aluno com deficiência visual deve receber a mesma atenção que aos demais alunos da turma e o mesmo apoio. Deve haver uma frequente comunicação, sobre os progressos ou problemas do aluno, entre o professor titular da disciplina/turma e o professor do ensino especial.O professor do Ensino Especial deve receber com alguma antecedência: os textos, testes e de outros documentos que seja necessário transcrever para Braille ou para caracteres ampliados.Compete ao Professor de Educação Especial:
· Proporcionar os apoios necessários para que a criança possa ter sucesso escolar;
· Dar apoio ao professor do ensino regular, respondendo às suas dúvidas;
· Fazer eventuais sugestões ou demonstrar modos de procedimento que possam conduzir a melhores resultado;
· Adaptar os materiais didácticos;
· Pôr à disposição da criança todos os utensílios e equipamentos específicos de que necessite:
· Assegurar ele próprio, ou fazer com que seja assegurada, através do apoio pedagógico personalizado, a possibilidade de recuperação ou apoio complementar nas matérias que o aluno tenha mais dificuldade em assimilar na turma.
· Servir de elo de ligação entre a casa e a escola.
Assim, são necessários empenhamento, trabalho em mútua colaboração e entendimento entre os dois professores.
A presença do aluno portador de deficiência na turma deve ser um bom pretexto para incrementar o desenvolvimento de um grande leque de valores ligados à cidadania, nos colegas da turma e da própria escola.

sábado, 31 de outubro de 2009

Acesso à informação: o Braille

Até ao século XIX os Deficientes Visuais não tinham forma de aceder a informação escrita, de comunicar por escrito entre si ou com terceiros.

A questão de comunicar por escrito com terceiros ficou sem resposta, mas algo de muito importante sucedeu no que se refere ao acesso a informação escrita por Deficientes Visuais com o aparecimento do Braille.

Já no século XX, as cassetes áudio e os respectivos gravadores, abriram uma outra porta para o acesso a informação e a comunicação: os livros áudio.

As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação, são de grande importância para o acesso a informação por Deficientes Visuais, mas principalmente para a comunicação entre eles e os apelidados de normovisuais.

Louis Braille foi o criador do sistema de leitura para cegos -

Biografia

1809- Nasceu Louis Braille em Coupvray, perto de Paris.
1812- Sofreu um acidente tendo perdido a visão.
1819- Ingressou no Instituto para Jovens Cegos de Paris.
1824- Após 2 anos de trabalho, completa o seu primeiro alfabeto de “pontos”, baseado na invenção de Barbier. Tem só 15 anos.
1825- Aprende a tocar piano e revela grande talento musical.
1828- É nomeado professor assistente do Instituto e adapta o seu sistema à notação musical.
1829- Publica um folheto para explicar o seu sistema de 6 pontos.
1834- Os administradores do Instituto recusam-se a autorizar que os alunos utilizem o alfabeto de pontos de Braille. Este demonstra o seu sistema na exposição da Indústria, em Paris.
1837- O primeiro livro em Braille é escrito e impresso no Instituto, por professores e alunos cegos. Foi a partir desta data que o alfabeto Braille ficou definitivamente definido - seis pontos em duas filas verticais de três pontos cada, num total de 63 sinais.
1852- Morreu Louis Braille, com 43 anos, mas deixou um legado imprescindível para a população cega mundial. A sua vida e a sua obra podem ainda hoje ser descobertas no museu francês com o seu nome, onde, entre outros documentos, se encontram alguns dos primeiros textos escritos no novo alfabeto, na sua adolescência.
1854- O Braille é adoptado como sistema oficial para os cegos em França.
1855- O sistema Braille começa a ser usado em Portugal.
1952- No primeiro centenário da morte de Louis Braille, o seu corpo é transladado de Coupvray para o Panteão de Paris.



O QUE É O BRAILLE?

O Braille é o meio usado por excelência pelos cegos para a leitura e escrita.

O Braille é constituído por seis pontos dispostos em dois grupos verticais de três pontos cada. Este conjunto de pontos constitui um carácter.

Estes pontos são saliências no papel com um espaço entre eles muito reduzido, para que cada carácter ocupe o menor espaço possível, mas suficientemente afastados para serem facilmente percebidos.

Com apenas estes seis pontos é possível representar todo o alfabeto, distinguir letras acentuadas, números, pontuação e todo o tipo de caracteres especiais, como os que são usados em matemática, física, música, etc.

Isto é conseguido fazendo preceder o carácter especificado ou um outro que lhe atribui o símbolo desejado.

Por exemplo, a letra "é" é formada pelos seis pontos, enquanto "a" é formado apenas pelo ponto um, ou seja, o primeiro ponto do topo esquerdo do grupo de seis pontos.

Os números são representados pelas letras do alfabeto de "a" a "j" sendo que a letra "a" representa o número "1" e a letra "j" o número "0”.

CÃO-GUIA – Uma nova forma de mobilidade


A História

1995 – Surge a ideia da criação de uma escola de Cães-Guia em Portugal;
são feitas parcerias entre várias instituições: Escola Beira Aguieira, Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) à Câmara Municipal de Mortágua.
1996 - Candidatura ao Projecto Comunitário Horizon;
Realizaram viagens a França e Inglaterra para observar os modelos das escolas europeias, A candidatura foi aprovada e teve início a construção da escola, com dois técnicos. Em 1997 teve lugar a primeira oferta de cachorros por particulares.

Em França realizaram o curso de Educadores de Cães-Guia para Cegos promovido pela Federação Francesa de Escolas de Cães Guia 1999. Aparece a 1ª Dupla Cego de Cão-Guia: Ortas e Camila. Com o fim do programa Horizon é criada a Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual (ABAADV)

A Legislação
Decreto-Lei 118/99 de 14 de Abril
Decreto-Lei 74/07 de 27 de Março

Artigo1.ºDireito de acesso
1 - As pessoas com deficiência têm direito a fazer-se acompanhar de cães de assistência no acesso a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público.
2 - Para efeitos da aplicação do presente decreto-lei, considera-se cão de assistência o cão treinado ou em fase de treino para acompanhar, conduzir e auxiliar a pessoa com deficiência.
3 - O conceito de cão de assistência abrange as seguintes categorias de cães:
a) Cão-guia, cão treinado ou em fase de treino para auxiliar pessoa com deficiência visual;
b) Cão para surdo, cão treinado ou em fase de treino para auxiliar pessoa com deficiência auditiva; c) Cão de serviço, cão treinado ou em fase de treino para auxiliar pessoa com deficiência mental, orgânica ou motora.
Artigo2.ºÂmbito de aplicação
O cão de assistência quando acompanhado por pessoa com deficiência ou treinador habilitado pode aceder a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público, designadamente:
(…)
b) Estabelecimentos escolares, públicos ou privados;

Principais alterações:
- Substitui o termo “Cão-Guia” por “Cão de Assistência”;

- O processo contra-ordenacional e respectivas coimas, não existente no anterior decreto-lei (Art.8º);
- A obrigatoriedade de credenciação pelo Estado (INR Instituto Nacional de Reabilitação), permitindo assim que somente entidades reconhecidas internacionalmente por cumprirem procedimentos certificados possam produzir estes Cães de Assistência (Art.5º).
Algumas vantagens em relação à bengala

• Antecipação de obstáculos;

• Facilidade em encontrar pontos de referência ou objectos:
• Escadas,
• Balcões,
• Passadeiras,
• Elevadores,
• Portas,
• Multibancos,
• Paragens de autocarro…;

• Mais autonomia e segurança;

• Melhoria da auto-estima do utilizador.

Sugestões para quando encontrar uma pessoa DV

* Quando se dirigir a um cego, cumprimente-o e identifique-se.

* Quando quiser ajudar um cego a atravessar a rua.
Em 1º lugar pergunte se precisa de ajuda, e se a resposta for afirmativa:

•Ofereça-lhe o seu braço para que o cego agarre o seu cotovelo e coloque-se à frente dele;

• Avise-o quando tiver que subir ou descer degraus;

• Se tiver de passar por um corredor estreito:
- Coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa segui-lo.

* Quando quiser ajudar um cego a utilizar os meios de transporte;
Em 1º lugar pergunte se precisa de ajuda, se a resposta for afirmativa:

• No caso do comboio, autocarro e metro - conduza o cego até à porta, coloque-lhe a mão sobre a barra, indique-lhe onde e como são os degraus e em que direcção deve seguir (esquerda ou direita);

• Nos meios de transporte deve dar o seu banco ao cego, mostrando-lhe o acento, colocando-lhe a mão no encosto e dizendo que está livre;

• No caso do táxi deve aproximar o cego do carro, colocar-lhe a mão na parte mais alta da porta, para que se aperceba da altura do veículo, e ele com a outra mão procura o acento ou, apenas, coloque a mão do cego sobre o puxador da porta.

* Quando quiser explicar direcções a um cego:

• Algumas palavras do nosso vocabulário, geralmente acompanhadas por gestos, são inúteis para um cego, como é o caso dos advérbios: aqui, ali, aí, que nada significam para uma pessoa que não pode ver;

• Para indicar o sítio certo a um cego, utilize palavras claras e específicas (à sua direita, à sua esquerda - à frente e atrás de si) e se for possível, indique as distâncias em metros (mais ou menos uns X metros à sua frente).

* Se houver alterações nos espaços frequentados pelo cego, deverá ter sempre o cuidado de o avisar, explicando-lhe as alterações, tais como:” a escada rolante não funciona”, “mudaram a paragem do autocarro para o fim da rua” e” há obras na rua e no passeio está um buraco”.

Deficiência Visual

A Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) considera que existe deficiência visual quando a acuidade visual de ambos os olhos, com correcção, é igual a 0,3. Já a baixa visão, de acordo com Crespo et al (2007, p.9) “integra duas categorias, a baixa visão moderada (relativa a acuidades visuais compreendidas entre 0,3 e 0,1), e a baixa visão severa (relativa acuidade visuais entre 0,1 e 0,05)”. Um dos instrumentos mais habituais na detecção de crianças com perturbações visuais é a Escala de Snellen.
De acordo com as perturbações visuais podemos dividi-las em dois grupos: as cegas ou invisuais e as com visão parcial ou reduzida. No primeiro grupo enquadram-se as pessoas que têm apenas um ínfimo resíduo visual, que lhes possibilita apenas a orientação em direcção à luz, perceber volumes, cores e ler apenas grandes títulos e as pessoas que não têm qualquer resíduo visual. O segundo grupo engloba as pessoas que apesar das suas limitações na capacidade visual, possuem resíduos que lhes permitem a leitura e escrita com tinta, bem como desenvolver actividades quotidianas com êxito total.
A perturbação visual tem várias causas, algumas das quais as doenças infecciosas, os ferimentos ou acidentes, os tumores, os envenenamentos e a hereditariedade. Sendo mais significativas as doenças que afectam o nervo óptico, a retina, o cristalino, a úvea e a córnea. Para colmatar as dificuldades provocadas pela perturbação visual há os auxiliares ópticos, tais como os óculos e as lentes de contacto, recomendados pelo especialista.
As experiências da criança com perturbação visual estão diminuídas, mas o organismo dispõe de mecanismos e outras vias de comunicação que lhe permitem compensar a via visual, aproximando-a de uma criança com uma visão “normal”, embora com características e necessidades particulares. Normalmente a criança com perturbação visual permanece mais tempo nas etapas primeiras do desenvolvimento, porque o handicap visual pode actuar como obstáculo. No bebé, essencialmente nos primeiros quatro meses de vida a falta de visão não é determinante. Porém em etapas posteriores em que o bebé começa a estabelecer relações com objectos e com o espaço que o circunda, a perturbação visual já é mais inibidora do desenvolvimento comparativamente com o bebé normovisual. A noção de permanência do objecto deixa de existir no momento em que perde o contacto táctil ou sonoro. A mobilidade do gatinhar e da marcha é mais tardia devido à ausência de estímulos visuais. Uma estimulação apropriada assume uma importância relevante na construção da inteligência representativa já que a criança cega tem muitas dificuldades na imitação de modelos, na exteriorização mental através do desenho e na prática do jogo simbólico. Numa fase posterior, que compreende as idades dos 6 aos 11 anos, nota-se um atraso na compreensão das operações concretas e um maior desfasamento em tarefas de tipo figurativo-perceptivo do que nas de carácter linguístico comparativamente com as crianças normovisuais.
A estimulação da criança com perturbação visual deve começar precocemente. Apesar do handicap visual, a criança pode ter uma vida autónoma. Para tal é conveniente confronta-la com situações problemáticas, para que desenvolva aptidões e destrezas que a irão auxiliar na vida adulta. No que concerne às tarefas a realizar em casa, a criança deve ser envolvida, principalmente nas questões respeitantes à sua higiene pessoal, aos cuidados com o vestuário e alimentação. Pode-se também utiliza-la de uma forma lúdica em pequenas tarefas domésticas.
Ao ingressar no ambiente escolar a criança transporta tudo que aprendeu no ambiente familiar, enriquecendo-se a vários níveis. Esta cria uma maior independência pessoal e de trabalho individual e colectivo, numa aprendizagem participada com os companheiros. O desenvolvimento psicossocial faz-se normalmente, de uma forma coerente e sem rupturas, preparando-a para ocupar o seu lugar na sociedade.
A inclusão de crianças com perturbação visual na sala de aula tem sido extensamente discutida e estudada no plano científico desde há muitas décadas. Antes do contacto com o meio escolar, a criança precisa de efectuar um reconhecimento prévio dos espaços interiores e exteriores para se sentir segura e autónoma na nova esfera. O trabalho deve assentar numa intervenção coordenada entre os profissionais que acompanham a criança a vários níveis, sejam eles o médico, o psicólogo, o professor, o professor de Educação Especial, etc. Esse traçado conjunto deve compreender estratégias e técnicas específicas para a estimulação visual, a orientação e mobilidade, a leitura e a escrita, o cálculo acompanhadas com materiais específicos e adaptados, com a utilização de auxiliares para ampliação da imagem.
Visto que uma criança com perturbação visual tem dificuldade em apreender informação através da visão, é importante ensinar-lhe o processo de discriminação de formas, contorno de figuras e símbolos. Para Mendonça et al (2007, p. 17) “os alunos com baixa visão precisam de aprender a ver”. Uma vez que não vêm as formas com precisão, estes alunos confundem formas semelhantes e não têm precepção de certos detalhes.
Nesse sentido é fundamental uma intervenção com programa específico de estimulação visual feitos por um especialista. Estes programas são essencialmente destinados a crianças em idades muito precoces, quando o sistema visual ainda se encontra em desenvolvimento, podendo também ser utilizados em jovens e adultos que tenham perdido recentemente a visão.
É com esta prática que o DL n.º 3/2008 pretende romper ao definir claramente o grupo-alvo da educação especial, bem como as medidas organizativas, de funcionamento, de avaliação e de apoio que garantam a estes alunos o acesso e o sucesso educativo elevando os seus níveis de participação e as taxas de conclusão do ensino secundário e de acesso ao ensino superior.
Com a entrada em vigor do DL n.º 3/2008 iniciou-se com as escolas de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão. Estas constituem uma resposta educativa especializada desenvolvida em agrupamentos de escolas, ou escolas secundárias, para alunos cegos e com baixa visão, do concelho ou dos concelhos limítrofes, dependendo da sua localização e da rede de transportes existentes. Estas escolas integram docentes com formação especializada em educação especial, no domínio da visão, e outros profissionais com competências para o ensino de Braille e de orientação e mobilidade, devendo estar apetrechadas com equipamentos informáticos e didácticos adequados às necessidades da população a que se destinam.
Como refere Crespo (2008) as medidas educativas que integram a adequação do processo de ensino e de aprendizagem são: apoio pedagógico personalizado; adequações curriculares individuais; adequações no processo de matrícula; adequações no processo de avaliação; currículo específico individual e tecnologias de apoio.
As tecnologias de apoio são um conjunto de dispositivos e equipamentos que têm por objectivo compensar uma limitação funcional e facilitar um modo de vida independente, sendo por isso elementos facilitadores do desempenho de actividades e da participação dos alunos com necessidades educativas especiais em diferentes domínios (aprendizagem, vida social e profissional) Idem, (2008). As TIC constituem então, uma mais valia para auxiliar o processo de aprendizagem destas crianças. Cada vez se encontra uma maior variedade de recursos tecnológicos direccionados para a aprendizagem.
As acções inerentes ao desenvolvimento de competências estão segundo Ladeira & Queirós (2002) organizadas de acordo com as áreas curriculares prevista para o aluno com baixa visão, devem ocorrer em três contextos específicos:
1. Contexto clínico: através da consulta de subvisão, o professor de Educação Especial deve acompanhar, em conjunto com os técnicos desta, o processo de avaliação nas diferentes etapas que incluem o diagnóstico, a prescrição, o tratamento, a correcção oftalmológica e o treino da utilização de ajudas ópticas e não ópticas. A continuidade do processo de adaptação e utilização das ajudas técnicas deve ser desenvolvido em todas as situações de vida do aluno, dentro da escola e fora dela.
2. Contexto educativo: desenvolvimento das actividades educativas previstas no Programa Educativo Individual, de acordo com as condições de organização e gestão do processo ensino-aprendizagem nele previstas e planificadas pelos demais intervenientes no processo educativo do aluno. Estão nele igualmente contempladas as áreas curriculares específicas, a definição de papéis e responsabilidades dos diversos intervenientes, as condições, momentos e formas de avaliação e os diversos ambientes onde o mesmo é desenvolvido.
3. Contexto familiar – deve-se sensibilizar e dar a conhecer à família a situação do seu educando, de modo a compreender como o processo de intervenção irá ser conduzido. A família deve ainda conhecer e partilhar estratégias, colaborando e responsabilizando-se no programa de intervenção. Por fim, visa-se fazer uma avaliação conjunta da situação.
A planificação da intervenção educativa para alunos com baixa visão deve ser feita com base no conjunto de informações resultantes da avaliação clínica e da avaliação funcional, tendo em consideração as áreas curriculares específicas e o contexto em que decorre a aprendizagem.
Nas decisões a tomar relativamente à planificação, programação e avaliação curricular, devem participar a equipa de subvisão, os serviços especializados de apoio educativo da escola, o(s) docente(s) do ensino regular, em estreita articulação com a estrutura familiar.