segunda-feira, 20 de novembro de 2017


A AVI – Associação Vida Independente constituiu-se no âmbito da criação do MAVI – Modelo de Apoio à Vida Independente para Portugal, apresentado pelo XXI Governo Constitucional, por meio do Decreto-Lei nº 129/2017, de 9 de outubro, para promover a autonomia e a afirmação da independência pessoal das pessoas com deficiência, para o período 2017-2020, que permitirá o apoio a projetos-piloto que implementem os CAVI – Centros de Apoio à Vida Independente, através dos quais esse modelo é posto em prática.
As suas linhas orientadoras encontram-se plasmadas no Nº 1 do Artº 71 da Constituição da República Portuguesa, e na Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU), que reconhecem as pessoas com deficiência como cidadãos de pleno direito, que gozam dos mesmos direitos e estão sujeitas aos mesmos deveres de qualquer outro cidadão, sendo o Estado e a Sociedade Civil responsáveis por suprir as necessidades destes cidadãos que se revelam como obstáculo para a realização deste desiderato.
A AVI – Associação Vida Independente, cujos Órgãos são compostos exclusivamente por pessoas com deficiência e familiares, propõe-se a criação de um CAVI que seja capaz de promover a vida independente das pessoas com deficiência, sobretudo nas regiões do Minho, Alto Tâmega e Terras de Trás-os-Montes.
O reconhecimento de um grande universo de pessoas com deficiência que necessitam do apoio prestado por um CAVI, para conseguirem viver de forma independente, e afirmarem a sua autonomia, estimulou-nos para avançar com este projeto, que ajudará a melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, e lhes permitirá uma melhor integração numa sociedade democrática, em que sejam capazes de reclamar os seus direitos e de exercer os seus deveres, sem constrangimentos derivados das condições específicas resultantes da sua deficiência.
A AVI reconhece a inexistência de tais serviços, atualmente, propondo-se preencher uma lacuna nos apoios prestados às pessoas com deficiência.
Assim sendo, a AVI pretende constituir-se em CAVI – Centro de Apoio à Vida Independente, tal como definido pelo MAVI, para fazer a gestão da AP – Assistência Pessoal às pessoas com deficiência ou incapacidade, elegíveis para usufruírem dos serviços de um Assistente Pessoal que apoie a pessoa com deficiência na realização de tarefas que não pode executar por si própria, em consequência das limitações que lhe são impostas pela natureza específica da sua deficiência ou incapacidade.
https://avi-vidaindependente.pt/

Mudanças na alimentação podem prevenir doença oftalmológica - estudo

fonte: DN 


Uma investigação de José Paulo Andrade, do Cintesis, hoje divulgada, concluiu que a alimentação tipicamente ocidental, rica em fritos, snacks salgados e carne vermelha em abundância, poderá estar associada ao aumento do risco de ter degenerescência macular da idade.

O investigador refere, em comunicado, que "a evidência científica atual mostra que os doentes com degenerescência macular da idade devem ser aconselhados a aumentar o consumo de vegetais de folha verde, a comer peixes gordos e a seguir o padrão alimentar mediterrâneo, que tem também benefícios noutras doenças".

A degenerescência macular da idade (DMI), uma doença oftalmológica, é atualmente a principal causa de cegueira no mundo ocidental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo dados disponibilizados pelo Cintesis - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, em Portugal, haverá cerca de 350 mil pacientes com DMI. Todos os anos surgem cerca de 45 mil novos casos da forma precoce da doença e cerca de 5 mil com a forma tardia.
O autor do estudo, para o qual contribuiu também a investigadora e oftalmologista Ângela Carneiro, da Universidade do Porto, salienta que "existe um risco menor de desenvolver DMI nos indivíduos que aderem à dieta mediterrânica, privilegiando o consumo de frutas, legumes, pão, frutos secos, azeite e peixe".

O especialista considera que o papel dos profissionais de saúde na educação dos doentes pode e deve ser melhorado, de modo a reduzir a prevalência de DMI precoce, diminuir o número de casos de DMI avançada e, consequentemente, fazer baixar as despesas elevadas e em crescimento associadas ao tratamento desta doença.

A DMI é uma doença degenerativa que afeta progressivamente a zona central da retina (mácula) e a visão central, condicionando significativamente a autonomia e a qualidade de vida dos doentes.

O estudo, com o título "Nutritional and Lifestyle Interventions for Age-Related Macular Degeneration: a Review", foi publicado na revista "Oxidative Medicine and Cellular Longevity".

O Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde é uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) cuja missão é encontrar respostas e soluções, no curto prazo, para problemas de saúde concretos, sem nunca perder de vista a relação custo/eficácia.

Sediado na Universidade do Porto, o Cintesis detém polos em 8 instituições de Ensino Superior: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Aveiro, Universidade do Algarve, Universidade da Madeira, Instituto Superior de Engenharia do Porto e Escola Superior de Enfermagem do Porto. Coopera ainda com 18 institutos politécnicos.

No total, o centro agrega mais de 450 investigadores, em 16 grupos de investigação que trabalham em 4 grandes linhas temáticas: Investigação Clínica e Serviços de Saúde; Neurociências e Envelhecimento Ativo; Diagnóstico, Doença e Terapêutica; e Dados e Método.

Associação Bengala Mágica


A Associação Bengala Mágica é uma associações sem fins lucrativos, formada, maioritariamente, por pais de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão.

http://www.bengalamagica.pt/pt-pt

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Medidas de apoio educativo a prestar a crianças e jovens com doença oncológica


A portaria n.° 350-A/2017 estabelece as medidas de apoio educativo a prestar a crianças e jovens com doença oncológica, regulamentando o artigo 11.º da Lei n.º 71/2009, de 6 de agosto.
Medidas de apoio educativo
1 - A identificação da necessidade de medidas de apoio educativo efetua-se por iniciativa dos pais ou encarregados de educação, dos serviços de saúde, dos docentes ou de outros técnicos ou serviços que intervêm com a criança ou jovem.
2 - O apoio educativo a conceder, em função das necessidades concretas de cada criança ou jovem, pode consistir nas seguintes medidas:
a) Condições especiais de avaliação e de frequência escolar;
b) Apoio educativo individual em contexto escolar, hospitalar ou no domicílio, presencial ou à distância, através da utilização de meios informáticos de comunicação;
c) Adaptações curriculares e ao processo de avaliação, designadamente através da definição de um Programa Educativo Individual (PEI);
d) Utilização de equipamentos especiais de compensação.
3 - Os pais ou encarregados de educação devem participar na elaboração do Programa Educativo Individual e ter acesso a toda a informação sobre a aprendizagem do seu educando.
4 - As medidas de apoio educativo são mobilizadas pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada em que o aluno está matriculado ou por um agrupamento ou escola não agrupada da proximidade do estabelecimento hospitalar em que o aluno se encontre, se tal for requerido pelo encarregado de educação, em articulação com os docentes em funções no estabelecimento hospitalar, e com o apoio dos serviços do Ministério da Educação, designadamente da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
Mobilização do apoio educativo
1 - Os apoios educativos devem ser requeridos pelos pais ou encarregados de educação ao Diretor do agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde o aluno esteja matriculado.
2 - A mobilização dos apoios educativos depende da apresentação dos seguintes documentos:
a) Documento comprovativo da doença;
b) Declaração médica que ateste que a situação clínica é compatível com o apoio educativo a prestar;
c) Declaração de assunção de responsabilidade por parte do Encarregado de Educação.
3 - Na circunstância de os apoios a mobilizar no caso concreto não se encontrarem disponíveis no agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde o aluno esteja matriculado, o pedido é remetido à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares no prazo máximo de 10 dias úteis.
4 - Compete à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares decidir da atribuição dos apoios previstos no número anterior, no prazo máximo de 10 dias úteis.
Acompanhamento das medidas de apoio educativo
O processo de aplicação e de avaliação da eficácia das medidas de apoio educativo  é da responsabilidade do professor de grupo ou turma ou diretor de turma, conforme o nível de educação ou ensino.

ESECS/IPLeiria apresenta projeto de música que “transforma a vida” de pessoas cegas


A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria (ESECS/IPLeiria) recebe na próxima quarta-feira, 15 de novembro, a apresentação do projeto “Música transformando vidas” e do livro inclusivo “O circo panapaná”, ambos de Paulo Mauá, estudante do mestrado em Comunicação Acessível da Escola.
“Música Transformando Vidas” é um projeto solidário e criativo, que pretende melhorar a vida  de adultos com deficiência visual através da música, “O circo panapaná” é um livro infantil que o Centro de Recursos para a Inclusão Digital da ESECS/IPLeiria adaptou para braille e sistema pictográfico para a comunicação (pictogramas), transformando-se assim num instrumento inclusivo e essencial para desenvolver atividades de leitura com crianças com necessidades educativas especiais, ou com crianças em idade pré-escolar.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Imagens que guiam Comunicação acessível no MNMC


Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC) - Coimbra
27 de Novembro de 2017
9:30H – 12:30H e 14:00H – 17:00H

Incapacidade Intelectual, Perturbação do Espectro do Autismo e Perturbações Neuro Cognitivas -

Formadoras:
Virgínia Gomes (Conservadora do MNMC).
Catarina Santos (Terapeuta da Fala da APPACDM de Coimbra).
Ana Mendes (Terapeuta Ocupacional da APPACDM de Coimbra).

Objetivo:
Promover a autonomia das equipas de profissionais que medeiam/facilitam a acessibilidade intelectual e social, junto de públicos
com diferentes necessidades especiais em visitas a espaços e coleções do Museu Nacional de Machado de Castro.

Público-alvo:
Animadores socioculturais, terapeutas, psicólogos, educadores sociais, assistentes técnicos de museus, professores, monitores e auxiliares de Instituições Particulares de Solidariedade Social, e outros técnicos superiores.
Inscrição gratuita, através do formulário aqui

Organização: Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC ) e Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) Coimbra

Ver o mundo pela voz do telemóvel

PÚBLICO -

Rui Batista é programador informático
foto NUNO FERREIRA SANTOS

Os smartphones ajudam os cegos na viagem casa-trabalho, dizem se as luzes da sala estão ligadas, e são capazes de distinguir entre um pacote de leite e um litro de vinho.
Cego desde os cinco anos, Rui Batista passa a viagem diária de autocarro para o trabalho, entre Algés e Alcântara, em Lisboa, com os dedos a deslizar pelo ecrã do telemóvel. Além de aceder a notícias (que são lidas por uma voz robótica com velocidade programada), ao email, e às redes sociais, o telemóvel avisa-o quando tem de sair.

“Programo a paragem do 751 em que quero sair na aplicação Ariadne GPS, e ela avisa-me cerca de 200 metros antes. Quando estou a andar a pé, uso o BlindSquare para confirmar a rua em que estou, ou o cruzamento em que tenho de virar”, diz ao PÚBLICO.

Aos 29 anos, divide o tempo entre o trabalho como programador e as responsabilidades na direcção da ACAPO, a associação portuguesa para pessoas com deficiência visual. “Os cegos podem perder facilmente a noção de onde estão. Antes eu pedia mais ajuda, ou evitava caminhos menos rotineiros, mas hoje em dia viajar é muito menos stressante."

Para quem vê bem, pode parecer difícil navegar pelo ecrã liso de olhos fechados – seja para escrever uma mensagem ou escolher a aplicação certa –, mas os aparelhos são considerados um dos maiores desenvolvimentos tecnológicos para a população cega.

“A qualidade e quantidade de acesso à informação é incrível, e é feita ao mesmo tempo dos outros utilizadores sem qualquer deficiência"
Patrícia Soares, cega desde a adolescência
Todos os smartphones (sejam os iPhone, Android, ou mesmo Windows Phone) vêm com leitores de ecrã já incluídos, que utilizam vozes sintetizadas para descrever os elementos. Quando se clica numa parte do ecrã, o telemóvel diz onde se está a carregar (“mensagens”, “calendário”, “73 por cento de bateria”). Ao deslizar o dedo, a voz enumera as várias aplicações naquela direcção e ao clicar duas vezes seguidas em qualquer parte do ecrã abre-se a última aplicação descrita.

“A qualidade e quantidade de acesso à informação é incrível, e é feita ao mesmo tempo dos outros utilizadores sem qualquer deficiência, o que não acontecia no passado”, diz Patrícia Soares, 26 anos, que perdeu a visão durante a adolescência. “Recordo-me dos meus primeiros telefones depois de cegar serem topos de gama, mas só me permitirem aceder aos contactos, chamadas, e pouco mais.”

Hoje tem o telemóvel recheado de aplicações sociais, lazer, e apoio. O LightDetector diz-lhe a luminosidade de uma sala (para perceber se tem as luzes ligadas), e o CamFind reconhece o tipo de objecto que está à sua frente. “Para quem não vê, um pacote de vinho ou leite parece igual”, explica Patrícia Soares, que antes só encontrava equipamentos para estas tarefas à venda por várias centenas de euros. “Estas aplicações vieram substituir produtos que geralmente são um balúrdio.”

Em Julho, a Microsoft também lançou a Seeing AI, uma aplicação gratuita que usa inteligência artificial para descrever o mundo à volta do utilizador, incluindo outras pessoas. A câmara do telemóvel serve para dizer ao utilizador a distância a que está de outras pessoas, bem como para dar uma estimativa da idade, o nome (se o aparelho reconhecer a pessoa a partir de fotografias), e uma descrição da expressão facial. Portugal ainda não faz parte dos mercados em que a aplicação está disponível. Já o projecto português CE4BLIND está a ser desenvolvido para ajudar à leitura de textos, ementas de restaurantes ou ao reconhecimento de embalagens.

Tecnologia de nicho
Este é um mercado difícil. Como programador, Rui já trabalhou na criação de leitores de ecrã e outros produtos de acessibilidade. "É uma área em que não se consegue fazer muito dinheiro”, diz o informático, que actualmente só testa novas aplicações e serviços online para cegos em regime de voluntariado. “Felizmente, não há assim tantos cegos! E geralmente é só a malta mais nova que tem mais interesse em explorar as novas tecnologias.”
A Organização Mundial de Saúde diz que há cerca de 285 milhões de pessoas com problemas severos de visão em todo o mundo: 39 milhões são cegas e 246 milhões têm baixa visão. Equivale a menos de 4% da população mundial. Em Portugal, a percentagem é maior: cerca de 8%. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, referentes aos censos de 2011, existiam cerca de 920 mil pessoas com dificuldades de visão.

“Em termos comerciais a tecnologia para invisuais ainda é vista como um nicho, como algo que apenas se destina a uma pequena parte da população,” explica João Guerreiro, 31 anos, um investigador português a trabalhar na universidade de Carnegie Mellon, nos EUA. “Entre investir num produto que sirva para todas as pessoas, ou por um produto que só se destine a algumas, as empresas tendem a escolher aquilo que lhes vai dar mais lucro.”

Para o investigador, ainda é difícil “traduzir estudos e trabalhos académicos em produtos”. Um dos projectos que tem em mãos – uma parceria entre várias instituições, liderada pela universidade de Lisboa – é uma aplicação móvel para ajudar pessoas com problemas de visão a usar um smartphone pela primeira vez. “A adaptação inicial ao aparelho pode ser difícil”, diz Guerreiro. Com a “Hint me!”, as pessoas podem enviar dúvidas a utilizadores com visão (por exemplo, “O que é que faz aquele botão?”).

A aplicação é útil em aplicações que ainda não são completamente compatíveis com um leitor de ecrã. Se não houver preocupação em programar as aplicações acessíveis, os leitores de ecrã lêem toda a informação numa aplicação ou site online, o que inclui soletrar o endereço dos sites.

“A tecnologia pode derrubar barreiras, mas se não for criada da forma certa, vai criar novas barreiras”, diz Rodrigo Santos, 39 anos, um jurista especializado em direitos das pessoas com deficiência e que é cego de nascença. Recorda um caso de 2014, quando a autoridade nacional do medicamento, o Infarmed, lançou uma aplicação para consultar folhetos e preços de medicamentos que não era compatível com um leitor de ecrã. O problema foi resolvido, mas para o jurista, adaptar o produto não é solução: “O objectivo devia ser criar algo que à partida pudesse logo ser utilizado por todos."

Patrícia, Rui e Rodrigo estão confiantes que a tecnologia vai continuar a evoluir. Mesmo que seja devagar. Rodrigo ainda se lembra de considerar “uma enorme vitória” quando a tecnologia começou a permitir ler os jornais que os pais traziam do café na década de 1990, depois de os digitalizar com um scanner. Patrícia também passou pelo mesmo, mas com romances que digitalizava individualmente, antes do lançamento da plataformas de livros digitais da Apple.

“O advento do smartphone levou a que todas as tecnologias pudessem estar reunidas num só aparelho, e disponíveis a partir do bolso em qualquer instante”, frisa Rodrigo Santos. “Para todos.”

Guia da União Mundial de Cegos para o Tratado de Marraquexe


capa da publicação
A União Mundial de Cegos (UMC) tem acompanhado o Tratado de Marraquexe desde o seu início, e em parceria com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) tem liderado a campanha internacional para promoção e implementação do tratado.

No seguimento desta linha de atuação, a UMC publicou o Guia para o Tratado de Marraquexe com a intenção de ajudar os governos que ratificaram o tratado a incorporá-lo nos seus sistemas legais. Além disso, é também uma ferramenta útil para as organizações representativas dos direitos das pessoas com deficiência, para outros grupos da sociedade civil ou até para os próprios indivíduos ao advogar a ratificação e implementação do Tratado de Marraquexe.

A publicação encontra-se disponível em Inglês, Espanhol e Francês e pode ser descarregada em: Guia completo. Está também disponível a versão do Guia de bolso em Inglês.

fonte: http://www.acessibilidade.gov.pt/

Conferência Nacional INCoDe.2030


A Iniciativa INCoDe.2030, no âmbito do Eixo 2 da Educação, tem como principal objetivo assegurar a educação das camadas mais jovens da população através do estímulo e reforço nos domínios da literacia digital e das competências digitais em todos os ciclos de ensino e de aprendizagem ao longo da vida. Essas competências, projetadas até 2030, estão associadas ao próprio exercício da cidadania. Um país com cidadãos mais proficientes no mundo digital é também um país com pessoas mais incluídas, mais participativas e mais aptas a lidar com a sociedade da qual fazem parte.
No início de dezembro irá realizar-se o 1.º Fórum desta iniciativa que se materializará através da realização de uma conferência pública na qual serão expostos e comentados os relatórios de evolução por eixo, bem como apresentados casos nacionais e internacionais de sucesso e boas práticas.
Acompanhe os principais desenvolvimentos desta Iniciativa em: http://www.incode2030.gov.pt/
Fonte: DGE

Conheça o impacto dos dispositivos móveis na saúde visual


Com o objetivo de avaliar a perceção que os consumidores têm sobre o uso prolongado de dispositivos digitais e o impacto que o mesmo pode ter na saúde ocular e na visão a longo prazo, a Novartis em parceria com o Dr. Esen Akpek, Professor de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, EUA, implementou um estudo sobre a tensão ocular causada pelo uso de dispositivos digitais.
Nesta investigação, os consumidores relataram ter sintomas como olho seco, irritação, visão turva, fadiga ocular e dores de cabeça após duas horas a olhar para um ou mais dispositivos.
Apesar disso, o estudo revela que a maioria dos entrevistados (64%) ​​não estão familiarizados com os sintomas da síndrome visual do computador e não estão preocupados com os efeitos do uso prolongado de dispositivos:
51% dos consumidores afirmam que aumentaram a utilização de dispositivos digitais em relação ao ano anterior, com 32% a prever um aumento dessa utilização no ano seguinte.
A dor de cabeça foi o sintoma mais comum, apontado por 55% dos consumidores.
64% dos consumidores são obrigados a usar dispositivos digitais durante quatro ou mais horas diárias, mas 43% dizem que a produtividade diminui após mais de quatro horas de trabalho em frente ao ecrã.
A maioria dos consumidores (74%) referem que a entidade patronal não oferece qualquer formação para minimizar a síndrome visual do computador.
10% da população corresponde aos consumidores muito ativos, ou seja, aqueles que passam a maior parte do tempo a usar dispositivos digitais, mais de 23 horas diárias combinadas em todos os equipamentos (smartphone, tablet, televisão).
A síndrome visual dos computadores é um problema de saúde pública emergente, epidémico e global, com uma prevalência 60 a 90% nos utilizadores de computador e é uma das principais causas de olho seco. Esta doença engloba um conjunto de problemas visuais resultantes da exposição visual prolongada a computadores, tablet e telemóveis.
Habitualmente, esta patologia manifesta-se como um desconforto físico temporário que pode ser sentido após várias horas à frente de um ecrã digital. Outros sintomas podem incluir olhos vermelhos, irritados ou secos, visão turva e fadiga ocular, bem como dor nas costas e pescoço e dores de cabeça. O nível de desconforto parece aumentar com o número de horas de exposição visual a dispositivos digitais.
A Síndrome de Olho Seco afeta significativamente a qualidade de vida dos doentes. Manifesta-se em 25% da população mundial, sendo mais frequente na mulher e no idoso. Em Portugal, cerca de 33% das pessoas com mais de 65 anos sofrem de olho seco.
Existe uma grande variedade de dispositivos eletrónicos que podem causar a síndrome visual do computador, especialmente quando são usados ​​simultaneamente ou quando alternam repetidamente de um dispositivo para outro. Estudos revelam que o uso prolongado de dispositivos digitais pode causar alterações no pestanejar, levando a uma maior prevalência de olho seco. Esse movimento diminui cerca de 40 a 60%, durante a exposição visual prolongada a ecrãs digitais. Uma taxa de intermitência normal é considerada entre 10 a 16 piscar de olhos por minuto, no entanto, durante o uso do dispositivo esse movimento diminui para 5 a 9.
Existem opções terapêuticas para ajudar a aliviar os sintomas e a reduzir os efeitos do olho seco. O objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida, os sintomas e a função visual. É importante a mudança no ambiente de trabalho de forma a evitar tabaco, fumo, vento, ambientes muito secos e adotar uma postura visual correta no computador e na leitura. É fundamental o uso de lágrimas artificiais fundamentalmente sem conservantes e nos casos mais graves, antibióticos gerais.
Sobre o estudo
O estudo sobre a síndrome visual dos computadores foi realizado entre fevereiro e março de 2017, junto de consumidores com mais de 18 anos oriundos dos seguintes países: E.U.A., Austrália, Brasil, China, Polónia e Reino Unido. A margem de erro dos resultados é maior ou menor que 1.27%, com um nível de confiança de 95%.
Sobre Esen Akpek
Professor de Oftalmologia no Wilmer Eye Institute, Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, e Diretor da OcularSurface Disease and Dry Eye Clinic. A sua consultoria neste estudo foi patrocinada pela Novartis. Todas as opiniões expressas nesta investigação não refletem os pontos de vista da Universidade Johns Hopkins ou do Sistema de Saúde Johns Hopkins.
Sobre o Institute for the Future (IFTF)
O IFTF é uma Organização Não Governamental e independente com mais de 45 anos de experiência em ajudar qualquer tipo de Instituição a alcançar o futuro que pretende. A equipa de investigação e o estúdio de design criativo do IFTF trabalham em conjunto para fornecer uma visão prática, num mundo em rápida mudança. A rede inclui afiliados que trazem uma variedade de perspetivas e experiências para a investigação. Desde professores universitários até influenciadores independentes e empreendedores, estes profissionais ajudam o IFTF a posicionar-se na vanguarda de novas ideias e práticas em todo o mundo.
Sobre a Novartis
A Novartis disponibiliza soluções de saúde inovadoras destinadas a dar resposta às necessidades em constante evolução dos doentes e da sociedade. Sediada em Basileia, na Suíça, a Novartis dispõe de um portefólio diversificado para responder de forma adequada a estas necessidades: medicamentos inovadores, genéricos e biossimilares económicos e cuidados oculares. A Novartis é a única empresa global com posições de liderança em todas estas áreas. Em 2016, o Grupo alcançou um volume total de vendas de 48.5 mil milhões de dólares e investiu 9 mil milhões de dólares em Investigação e Desenvolvimento. As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 118 mil colaboradores, desempenhando as suas atividades em mais de 155 países. Para obter mais informações, visite http://www.novartis.pt.

Fonte: Mais Algarve