quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Aplicação criada no Porto ajuda cegos e evita situações de perigo

Aplicação criada no Porto ajuda cegos e evita situações de perigo | P3: O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Tecnologia e Ciência criou um sistema integrado que permite enviar informação sobre o ambiente circundante

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Boas festas


A voz de uma menina autista de 10 anos a cantar Hallelujah, de Leonard Cohen.


Festas felizes!


The Present' percorreu mais de 180 festivais de cinema em todo o mundo, nos quais “limpou” mais de 50 prémios. Esta curta-metragem de animação, uma das melhores que vimos nos últimos tempos, foi criada por Jacob Frey antes de terminar o curso em realização de animação no Institute of Animation, Visual Effects and Digital Postproduction do Filmakademie Baden-Wuerttemberg, em 2014.
Conta a história de um rapaz, agarrado aos videojogos, que recebe como presente um cachorrinho que não tem uma perna. Primeiro, os dois não se entendem, com o miúdo a rejeitar o pequeno animal pela sua deficiência física.

'The Present' baseia-se numa pequena tira cómica do brasileiro Fabio Coala e é o segundo trabalho de sucesso de Jacob Frey, em colaboração com a sua colega Anna Matacz. Juntos, criaram em 2009 uma curta intitulada Bob, que percorreu mais de 250 festivais de cinema em todo o mundo (disponível no Vimeo em SD). O pequeno filme passou por vários festivais de cinema de animação do mundo, incluindo o MONSTRA (Lisbon Animated Film Festival), tendo sido exibido no Cinema IDEAL em Junho do ano passado.

Multa de mil euros se não se der prioridade a grávidas e deficientes

A partir de amanhã, grávidas, deficientes e idosos com evidente incapacidade são atendidos primeiro.

Não dar prioridade no atendimento a uma grávida, a portadores de deficiência ou de incapacidade física e a pessoas acompanhadas por uma criança até aos dois anos é ilegal, a partir de amanhã. Quem não respeitar a lei, arrisca-se a ver entrar a Polícia pelo estabelecimento e, ainda, a ter de pagar uma multa que vai dos 50 até ao mil euros. As regras da prioridade valem praticamente em todos os serviços e deixam de estar dependentes da boa formação ou educação de cada um.


Fonte: JN



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A Suta: Educação Especial: limites e potencialidades da ed...

A Suta: Educação Especial: limites e potencialidades da ed...: Artigo recentemente publicado na Revista Interritórios, de Miguel Correia, docente de Educação Especial, e Preciosa Fernandes, docente da Fa...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Universidade do Minho adapta brinquedos para crianças com deficiência

Desde 2006 que o Laboratório de Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho dedica uma semana da época natalícia à adaptação de brinquedos eletrónicos para que possam ser usados por crianças com deficiência.

"Transformamos todos os brinquedos que tenham alguma eletrónica e que sirvam para estimular as crianças com necessidades especiais, adaptando-os com uns interruptores grandes que possam ser acionados com a cabeça ou com o pé", explicou (...) Fernando Ribeiro, professor do Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho.

Os brinquedos são doados e recolhidos por um conjunto de instituições que os fazem chegar ao Laboratório de Robótica para serem adaptados por alunos e docentes voluntários, que se encarregam ainda de os distribuir por instituições que acolhem crianças com necessidades especiais, em várias cidades do Minho.

"Para nós é um trabalho simples, que se faz em 10 a 15 minutos (cada brinquedo) e a alegria que eles têm quando recebem estes brinquedos é indescritível", revela Fernando Ribeiro.

Este ano, pela primeira vez, o trabalho de adaptação dos brinquedos pode ser acompanhado pelo público, num dia aberto à comunidade, marcado para esta quarta-feira, na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães.


Fonte: TSF

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Abrandar o aumento da miopia em crianças

Projecto envolve 130 crianças e revelou que o recurso a umas lentes de contacto com um desenho especial pode ter 60% de eficácia, conseguindo que os olhos cresçam menos.

Investigadores testam alternativa a óculos e lentes de contacto convencionais para travar a progressão da miopia em crianças PEDRO CUNHA/ ARQUIVO

Estas lentes de contacto não travam por completo a miopia, nem tão pouco a conseguem curar fazendo com que regrida. Isso será para um futuro melhor que ainda está por vir. O que estas lentes serão capazes de fazer – e já não é pouco – é conseguir que a normal progressão da miopia aconteça bem mais devagar. São lentes de contacto “especiais” porque têm “um desenho diferente”, explica José González Méijome, director do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) da Universidade do Minho, onde se realizam testes clínicos com um grupo de 25 crianças.    

As crianças que durante dois anos experimentaram estas lentes de contacto com um desenho especial progrediram de uma dioptria para “2,5 ou menos do que isso”. No mesmo período, o grupo de controlo que usou as lentes de contacto convencionais aumentou de uma dioptria para quatro. O projecto no CEORLab começou em 2012, quando as crianças tinham entre oito e dez anos, e os bons resultados obtidos fizeram com se decidisse prolongá-lo por mais dois anos. Nesta segunda fase, as 25 crianças envolvidas nos ensaios vão usar as lentes especiais e beneficiar do efeito de retenção observado na primeira fase do projecto.

Miopia: a culpa é da falta de sol
Miopia: a culpa é da falta de sol
“O problema da miopia é que o olho cresce de mais. Se passar de uma bola redondinha a uma bola de râguebi que estica numa direcção, a imagem vai ficando mais desfocada”, explica o investigador.

O tamanho do olho importa e uma diferença de meio milímetro pode parecer insignificante, mas não é. “Um milímetro de crescimento de olho pode significar três dioptrias ou mais nas suas lentes de contacto”, nota José González Méijome. A miopia moderada e alta inicia-se geralmente entre os cinco e os dez anos e progride de forma significativa até aos 16, altura em que tende a desacelerar. Assim, é sobretudo para crianças e jovens que a inovação pode ser eficaz.

“No grupo das crianças que usavam as lentes o olho cresceu menos 60 %”, explica o director do CEORLab, que exemplifica: “No grupo de controlo que usou lentes de contacto convencionais um olho com 20 milímetros cresceu, passados dois anos, para 21.” No grupo que usou estas lentes especiais passou para 20,4, acrescenta.

Mas afinal o que é que estas lentes têm de especial? “O seu desenho óptico, o modo como as dioptrias da lente são distribuídas à frente do olho”, responde o investigador. “Se uma criança tem duas dioptrias de miopia, a lente ‘normal’ tem a correcção de duas dioptrias em toda a sua área de visão para proporcionar uma visão nítida”, explica José González Méijome. Nestas lentes, contrapõe, “o que se faz é uma manipulação óptica da distribuição da potência das dioptrias”.

As novas lentes de contacto hidrofílicas estão a ser testadas por 130 crianças em quatro centros de investigação em todo o mundo, incluindo o CEORLab em Portugal, num projecto associado a uma empresa multinacional norte-americana e já são comercializadas. O projecto de investigação em curso e que só terminará no final de 2018 serve para demonstrar a segurança e eficácia das lentes e, se necessário, corrigir o seu desenho.

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Os alertas para o aumento da miopia na população mundial são conhecidos e há especialistas que defendem que a doença está a assumir “proporções epidémicas”. Um artigo na revista Nature, de Março de 2015, referia que, até ao final desta década, cerca de 2500 milhões de pessoas de todo o mundo terão miopia – ou seja, mais de um terço da população mundial. Neste momento, na Europa e nos Estados Unidos, cerca de metade dos jovens têm este problema. É o dobro dos valores registados há 50 anos.

O que é que nos está a deixar míopes? Não há uma resposta simples. “Conseguimos identificar factores que estarão a contribuir para isso, como hábitos de visão, a exigência educativa, a exposição a um trabalho visual a uma distância muito curta, a menor exposição à luz solar.” Depois há, claro, os factores genéticos que aumentam a probabilidade de ser míope.

Ano Internacional dos Deficientes: Marcar a diferença com o diferente

Ano Internacional dos Deficientes: Marcar a diferença com o diferente: Ao longo da história sempre houve pessoas portadoras de deficiência. O reconhecimento dos seus direitos e da sua inserção social, apesar de lento, vai fazendo o seu caminho.

Politécnico de Leiria cria biblioteca braille "Mãos que leem"

O Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Politécnico de Leiria (CRID) vai criar uma biblioteca em braille, que ficará situada na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais. A biblioteca, com o mote “Mãos que leem” será única no país, pela particularidade de integrar obras de vários géneros, e conta com o apoio do Lions Clube de Leiria. A biblioteca será dotada com novos títulos mensalmente.

Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que «queremos disponibilizar um espaço em braille que englobe não só obras técnicas, que é o que geralmente acontece – incluídas numa biblioteca “normal” -, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades». «Queremos fazer a diferença, não só para que a população em geral se ponha no lugar da pessoa com deficiência, mas essencialmente para que este público possa ter acesso às mesmas opções culturais que a restante população».

Avaliação dos alunos com CEI no ensino secundário

Tem sido recorrente a questão de como avaliar os alunos com necessidades educativas especiais do ensino secundário com a medida educativa de currículo específico individual (CEI).

Acontece que, relativamente aos alunos com CEI no ensino secundário, nunca houve qualquer referência à forma de expressar os resultados da avaliação. Neste contexto, por analogia e coerência com os procedimentos aplicados aos alunos de todo o ensino básico, foram-se expressando os resultados da avaliação de forma qualitativa, normalmente acompanhada de uma síntese descritiva das aprendizagens desenvolvidas.

No entanto, com o enquadramento normativo resultante da publicação do Despacho normativo n.º 1-F/2016, relativo ao ensino básico, os resultados da avaliação para os alunos com CEI nos 2.º e 3.º ciclos passa a traduzir-se numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, e, sempre que se considere relevante, deve ser acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar, sempre que aplicável, a inscrever na ficha de registo de avaliação (cf. n.º 3 e 4 do art.º 13.º do Despacho normativo n.º 1-F/2016).

Perante esta mudança de paradigma na expressão da avaliação dos alunos com CEI no ensino básico, faz sentido que, por coerência e analogia, esta terminologia se estenda aos alunos com CEI no ensino secundário.

Por outro lado, face à ausência de orientações superiores sobre o tipo de avaliação que se deve aplicar aos alunos com CEI no ensino secundário, aplica-se a designada "lei geral" que, neste caso concreto, determina que, no ensino secundário, "Em todas as disciplinas constantes dos planos de estudo são atribuídas classificações na escala de 0 a 20 valores." (cf. n.º 7 do art.º 29.º do Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 91/2013, de 10 de julho,176/2014, de 12 de dezembro, e 17/2016,de 4 de abril; n.º 5 do art.º 16.º da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro - cursos profissionais).

Assim, conjugando as normas de avaliação dos alunos do ensino secundário com uma leitura extensiva das normas aplicáveis aos alunos com CEI dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, e, ainda, por analogia com este nível educativa, considera-se que a avaliação dos alunos com CEI no ensino secundário deve ser expressa numa escala de 0 a 20 valores, acompanhada, eventualmente, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem.

Discriminação dos deficientes" tem aumentado na Europa

“O respeito pelas leis e regras dos direitos humanos não tem tido nos últimos anos resultados muito bons. A exclusão, a pobreza e a discriminação têm aumentado na comunidade europeia”, reconheceu esta terça-feira Yannis Vardakastanis, presidente do Fórum Europeu de Deficiência, no Primeiro Encontro do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa. Este encontro celebra os dez anos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

No encontro organizado pelo Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, Yannis Vardakastanis realçou a importância da convenção para assegurar os direitos das pessoas com deficiência, mas afirmou “que a sua implementação não é possível sem um movimento associativo forte”. “Estamos à margem da sociedade e queremos fazer parte dela e para isso temos de lutar contra estes problemas”. Para isso, o presidente do Fórum Europeu da Deficiência disse que “é necessária uma aliança entre todos: universidades, associações, sindicatos". "Precisamos de ser ativos para mobilizar as pessoas”, sublinhou.

Em Portugal, constatou Jorge Folcato, deputado do Bloco de Esquerda, “continua a verificar-se a construção e a inauguração de instituições” para internar pessoas com deficiência. Em resposta ao deputado, Yannis Vardakastanis mostrou-se contra e deu o exemplo do que na Grécia se conseguiu fazer: “Há 10 anos começámos por criar pequenos lares para evitar a institucionalização e por outro lado para retirar pessoas das instituições. Acabámos por criar 15 apartamentos e neste momento estamos a negociar com o governo a criação de mais 15”.

Programas para promover a inclusão?

O deputado afirmou ainda que, apesar de existirem muitos programas para promover a inclusão, nada foi efetivamente feito. “Sabemos que a escola não é inclusiva; os programas não foram cumpridos. Nunca se vai ao fundo das questões ver o que foi feito. Vivemos num país de faz de conta.”

“Temos de ser visíveis no final do dia senão somos esquecidos”, lamentou, por seu lado, Yannis Vardakastanis. E no que diz respeito à intervenção das associações na promoção da independência das pessoas com deficiência e às queixas referidas pela deputado do Bloco de Esquerda, deixou claro que a Europa não pode fazer nada se não forem denunciadas estas situações.

Já Pedro Grilo, da Associação Portuguesa de Deficientes, reforçou a importância da monitorização dos direitos das pessoas com deficiência mas defendeu que este controlo deve ser feito de forma “independente” sem a supervisão do Governo, como atualmente acontece.

Fonte: Público

Biblioteca em braille única no País abre no início do ano em escola do IPL


Cerca de 40 livros vão fazer a 'estreia' da biblioteca em braille que abrirá no início do próximo ano na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESE­CS) de Leiria. A criação da biblioteca foi anunciada no dia em que o Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) celebrou 10 anos, sen­do que aquele espaço será único no País, pela particularidade de integrar obras de vários géneros. Contando com o apoio do Lions Clube de Leiria, a biblioteca será dotada mensalmente com novos livros. A coordenadora do CRID, Célia Sousa, explicou que a intenção passa por “disponibilizar um espaço em braille que englobe não só obras técnicas, que é o que geralmente acontece – incluídas numa biblioteca 'normal' -, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções pa­ra todos os gostos e necessidades”.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Politécnico de Leiria cria biblioteca em alfabeto Braille

“Mãos que Lêem” é um projecto com o apoio do Lions Clube de Leiria

O Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria (CRID) vai criar uma biblioteca em alfabeto Braille na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS).

A colecção tem como nome Mãos que lêem e será a única no País.
Integrando obras de vários géneros, a biblioteca será dotada com novos títulos mensalmente.
Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que a intenção deste centro e do Lions Clube de Leiria, que apoia a iniciativa, é a disponibilização de um espaço em alfabeto Braille “que englobe não só obras técnicas, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades”.
A docente e investigadora da ESECS sublinha que imprimir livros em Braille é dispendioso, “pelo que o apoio do Lions Clube de Leiria é essencial para a prossecução do projecto”.
O CRID vai adaptar, pelo menos, uma obra por mês, para integrar na biblioteca, sendo que, neste momento, já estão prontos para impressão 23 títulos. Até ao final do ano de 2017, o CRID espera ter 35 obras disponíveis na biblioteca.
O CRID já adaptou oito obras não técnicas para alfabeto Braille, antes da criação desta biblioteca. Entre os títulos preparados para leitura para invisuais, podemos encontrar Viver a vida a amar, de Fátima Lopes,Desnorte, de Inês Pedrosa, e Navios da noite, de João de Melo.
Também já editou dois livros infantis multiformato, e variado material informativo, e lançou o primeiro guião cultural inclusivo do Mundo (Braille, áudio-descrição, Língua Gestual Portuguesa e pictogramas), para o Mosteiro da Batalha.
Hoje, todos os espaços culturais de Leiria contam com guiões inclusivos, desenvolvidos pelo Centro de Recursos, do IPL.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Santa Reads Braille

Merry Christmas displayed in print and Braille with white Christmas trees in the background.

During the holiday season, there’s so much going on it’s easy to forget that it can be a very visual experience for most. That’s why it’s so important to remember to include as many people as we can.
Those who live with visual impairments unfortunately know what it feels like to be left out a little too well. Here at Braille Works, we were inspired to change that.
Last Christmas we had the amazing opportunity to help Santa Claus by sending his letters in Braille and large print to kids who are blind or visually impaired. The effort was branded “Santa Reads Braille” and it turned out to be a huge success! Over 300 children from all over America received a Braille letter from Santa.
Every kid already knows that Santa reads Braille, they don’t need to be convinced of that. We’re just stepping in to help prove it to them.
Why, you might ask? We really believe that everyone deserves to be included, especially with something as fun as a letter from Santa Claus.
Do you have a child or student in your life who reads Braille or large print? Would they enjoy getting a letter from Santa they could read for themselves?
Visit BrailleWorks.com today to get started. Just tell us who you are and where you want the letter delivered, and we’ll take care of the rest. You can help Santa reach even more kids across America this year by sharing the Santa Reads Braille program with family and friends. The Braille and large print letters will be delivered free of charge, just in time for Christmas Day.
From our family to yours, we wish you a Merry Christmas and a Happy New Year!

Guia psrs dar a conhecer aos turistas a Lisboa acessíve

A Câmara de Lisboa vai lançar este sábado o Guia de Turismo Acessível, que dá a conhecer os percursos turísticos recomendados para quem tem mobilidade condicionada, bem como os equipamentos e serviços que reúnem as necessárias condições de acessibilidade. O vereador dos Direitos Sociais diz que este guia demonstra que “é possível as pessoas com dificuldades motoras terem tempo de lazer e fruição em Lisboa”. 


Com uma tiragem de mil exemplares, metade em português e a outra metade em inglês, o guia vai ser distribuído gratuitamente pela câmara e pela Associação Turismo de Lisboa nos seus postos de informação e equipamentos. Segundo o vereador João Afonso, ele estará também disponível online e deverá ser objeto de novas edições à medida que se justifique.


“Acreditamos que em fevereiro este guia estará bastante desatualizado”, diz o autarca com um sorriso, referindo-se à data prevista para a conclusão das obras no chamado Eixo Central. A partir dessa altura, sublinha, a cidade passará a dispor de “uma nova área de usufruto, uma nova centralidade” adaptada às necessidades de quem tem mobilidade condicionada.


Por enquanto são três os “percursos pedonais recomendados” que surgem no guia: Baixa e Cais do Sodré, Belém e Parque das Nações. Todos eles, sublinha-se na publicação, “foram registados e testados por pessoas que se deslocam em cadeira de rodas”.


Para cada um desses percursos são indicados quais os troços que podem ser realizados “de forma autónoma”, por terem “piso regular e passagens de peões sem ressalto”, e quais aqueles em que é aconselhável “a ajuda de terceiros”, dado que “o piso é irregular” e pode apresentar “passagens para peões com ressaltos”.


Para além dos três percursos, que no entender da câmara abarcam as “três principais zonas turísticas da cidade”, o guia tem uma área dedicada aos jardins e miradouros de Lisboa, que convidam quem os visita a “usufruir de um momento de descanso e contemplação”. Sobre estes espaços há no entanto várias ressalvas: eles “tendem a localizar-se na zona antiga da cidade, cujas envolventes apresentam inclinações elevadas, piso irregular e passeios estreitos”, “os transportes públicos para estes locais tendem a não ser adaptados” e “nem todos os locais apresentam instalações sanitárias adaptadas”.


Nesta publicação há também espaço para os museus e para os restaurantes e hotéis, bem como para os “tours acessíveis privados”. No documento, da responsabilidade da equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, destaca-se que só foram incluídos (salvo algumas exceções assinaladas) “equipamentos e serviços de interesse turístico que demonstraram intenção em integrar o guia, que aceitarem que um técnico aplicasse no local um questionário sobre as condições de acessibilidade, e que reúnem algumas condições básicas de acessibilidade”. (...)


Fonte: Público

Era uma vez... um livro para as crianças que não vêem

Associação Nacional de Intervenção Precoce lançou o primeiro livro multissensorial. A expectativa é que haja uma segunda edição, mas para isso é preciso financiamento.


O papel ganha vida e formas. A conversa sai das folhas para as mãos. É assim que o primeiro livro multissensorial consegue dar às crianças com deficiência visual que não saibam ler em braille a oportunidade de conhecer a história que nestas páginas é contada. Chama-se O que vês, o que vejo… e foi lançado no mês passado, pela Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP). Foi produzido pela editora francesa Les Doigts Qui Rêvent, que trabalha na produção de livros táteis deste género. Este é o primeiro a chegar a Portugal.


O objetivo, explica Viviana Ferreira, psicóloga e diretora técnica na ANIP, é “que as crianças até aos 6 anos, que não sabem ler ainda em braille, tenham a oportunidade de, através das ilustrações táteis, dos bonecos com braços que saltam da folha e se mexem, de um sol que se empurra da esquerda para a direita e de um girassol que gira”, fazer “uma leitura da imagem, tendo em conta aquilo que o texto lhe propõe.”


Para já, porém, a ANIP só conseguiu imprimir 100 exemplares da obra. “A produção do livro andou entre os 90 e os 100 euros, porque foi feito com materiais especiais e à mão, o que encarece os custos”, explica a psicóloga. O próprio braille “é feito de um material diferente do dos livros normais, que abatem ao final de algum tempo. Este é feito com uma resina para nunca vai abater e ser mais suave ao toque”. Acima de tudo, reforça a psicóloga, que coordena o projeto, este livro tem uma grande componente de inclusão: “Queremos um livro que promova a partilha, o encontro de perspetivas da criança que veja e da criança com cegueira tal como o texto sugere.” Este livro retrata, assim, uma conversa entre duas crianças sobre um dia comum. Está lá o mar, em relevo, a lã de uma camisola, um coração, o pôr-do-sol e em tudo as crianças podem tocar.


Preço mais acessível 


Ao contrário do que acontece com as edições da Les Doigts Qui Rêvent, “onde os livros custam entre os 70 e 90 euros”, a ANIP quis fazer um preço mais baixo, porque “cá esses preços são incomportáveis para os pais, que já têm muitas despesas associadas à doença dos filhos”. Está à venda por 35 euros e já existem poucos disponíveis.


“A adesão positiva das pessoas ao livro dá-nos confiança para chegar a um financiador e dizer que há mais pessoas que o querem mas que já acabaram estes 100. Se houver financiamento seguramente que nos aventuremos numa segunda edição”, explica. (...)


“Não queríamos que fosse mais um recurso que só tivesse braille e umas ilustrações em relevo.” No entanto, o braille está presente porque “as crianças com cegueira devem ter contacto com o braille, não para o saber ler, mas para perceber que aquilo são letras que representam palavras e conceitos para depois mais tarde quando aprenderem o braille em contexto do primeiro ciclo entendam”, destacou Viviana Ferreira.


Percebendo a importância que as histórias têm na infância, esta oficina quis criar algo que fosse mais do que “um livro em branco, amontoado de folhas” para as crianças com deficiência visual. Pensemos nos contos infantis. O que é que vemos? Cor, muitos desenhos criados à medida da idade delas, pouco texto com palavras simples. Imaginemos agora uma criança com cegueira e que ainda não aprendeu a ler em braille. Como vai poder ler? Tem de ser a “tocar” a história que ela vai poder “ler”.


Fonte: Público

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Curso Livre em Braille (formação avançada)

 

Resultado de imagem para Curso Livre em Braille na Universidade Lusófona
A ULHT oferece um curso de braille - formação avançada, como resultado e na sequência do alcance das diferentes áreas de investigação do mestrado em comunicação alternativa e tecnologias de apoio, fundado em 2005 e a funcionar na ecati/ulht desde 2006. este curso de formação avançada assenta na investigação aprofundada, desenvolvimento e aplicação das teorias comunicacionais, metodologias estratégicas e boas práticas para a educação, formação e inclusão de pessoas cegas, com baixa visão e surdocegas, que privilegia o domínio "comunicação e linguagem" na área da braillologia e que está científica e tecnologicamente apetrechado para o desenvolvimento literácito, sensorial e sociocognitivo, sociocomunicacional, do relacionamento e interação, autonomia e independência, inclusão e qualidade de vida de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores, privados da modalidade sensorial da visão ou gravemente limitados na sua utilização.
O curriculum científico do curso tem o seu enfoque no sistema braille (como meio natural de leitura e escrita das pessoas cegas e surdocegas) aplicado à língua portuguesa e a outras línguas, bem como às diferentes grafias, incluindo a científica, com o necessário enquadramento inclusivo nas diversas literacias, como a digital/web e e-learning. Cientes de que a braillologia deverá constituir uma disciplina integrada na formação de diversos profissionais na educação, reabilitação e inserção social de pessoas cegas, muito em especial na dos professores de educação especial/ensino inclusivo e rigoroso ensino do Sistema Braille em escolas de referência e/ou na criteriosa produção e utilização deste sistema por parte de profissionais e técnicos nos diversos serviços e áreas de produção e utilização do braille, foi preparado este curso de formação avançada para habilitar os cursandos com as competências e proficiência consubstanciadas no âmbito e objetivos, conteúdo programático e referências abaixo explanados.

Direção do Curso: Augusto Deodato Guerreiro
+ informações em: http://www.ulusofona.pt/formacao-livre/braille


Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Campo Grande, 376
1749-024 Lisboa - Portugal
Tel: 217 515 500
info@ulusofona.pt

Pessoas com deficiência vão poder praticar desportos de neve

Pessoas com deficiência vão poder praticar desportos de neve: A Federação de Desportos de Inverno de Portugal vai apostar no desporto adaptado, depois de ter recebido a garantia do financiamento para o primeiro equipamento, do Instituto Português do Desporto e da Juventude.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A Suta: FENPROF reuniu com grupo de trabalho do ME que pre...

A Suta: FENPROF reuniu com grupo de trabalho do ME que pre...: A FENPROF reuniu em 22 de novembro com o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Educação, com vista à apresentação de propostas para...

Educação: não tratar igual o que é diferente

Muitos anos foram precisos para que a Educação chegasse a todas as crianças. Houve grupos que chegaram mais cedo por terem nascido em famílias que valorizavam e tinham recursos para assegurar a educação dos seus filhos, outros chegaram mais cedo porque moravam em regiões onde a escola pública se estabeleceu primeiro, outros ainda, chegaram mais cedo por causa do seu género. Apesar de Martinho Lutero (1483-1546) já ter preconizado a educação tanto para rapazes como para raparigas, o certo é que este desiderato levou centenas de anos a ser cumprido e, mesmo assim, com os rapazes a terem durante muitos anos melhor acesso à escola que as raparigas. Este esforço de universalização da Educação a todas as crianças foi um esforço longo, custoso e que, no nosso país, só recentemente se pode considerar bem-sucedido.

Talvez todo este esforço de proporcionar Educação a todas as crianças tenha reforçado a ideia que a Educação era um bem indiferenciado que ou se tem ou se não tem. Só depois deste longo e penoso esforço estamos agora na fase de, consistentemente, perguntar qual a educação que deve chegar a todos. Por analogia, só depois de a água chegar a todas as casas se começa a questionar a qualidade dessa mesma água. Hoje, o debate público na educação é sobre a sua adequação à contemporaneidade, a sua adequação aos interesses e capacidades dos alunos, a sua pertinência para preparar cidadãos conhecedores e humanamente cultos para participarem em sociedades complexas. É uma evidência que a Educação de hoje não se cumpre só por ser universal: a Educação de hoje só pode ser útil e pertinente se alterar velhos e bafientos paradigmas que demasiado tempo foram julgados como inquestionáveis.

Não temos hoje dúvidas sobre a importância da escola. Não temos, mas já tivemos antes. Há algumas décadas a preocupação era se a escola pode mesmo reduzir as desigualdades que são geradas pelos contextos económicos, culturais e sociais de onde as crianças são provenientes. Hoje este debate está ultrapassado. No passado mês de junho a revista The Economist tratou extensamente qual o papel da escola e dos professores no tecido social. Concluiu-se pelo papel decisivo – quase surpreendentemente decisivo – que as escolas e os professores podem desempenhar. Afirma-se por exemplo que “um só ano de ensino dos 10% dos melhores professores tem um impacto três vezes maior na aprendizagem dos seus alunos que o impacto causado pelos 10% piores”. Por outro lado, “se os alunos negros fossem ensinados pelos 25% dos melhores professores desapareceria a sua diferença para os alunos brancos”.

A escola faz sim uma diferença se… não persistir em

a) tratar todos os seus alunos como se eles fossem “homogéneos”,

b) conceber o conhecimento como se fosse único que estivesse pronto,

c) avaliar os alunos e as escolas como se existisse uma linha de chegada a ser franqueada ao mesmo tempo por todos.

Tratar os alunos como homogéneos é certamente uma herança dos tempos em que a prioridade era que todos frequentassem a escola. Não haveria muita disponibilidade para olhar diferentemente os alunos: era uma fase que quantidade. Por isso, agora que estamos noutro momento nos impressiona como esta ideia perversa de tratar os alunos como “homogéneos” pode persistir na organização das turmas, no ritmo e estratégias curriculares, no acolhimento de alunos com necessidades educativas específicas. Olhar os alunos como homogéneos (e os que visivelmente não o são, como “diferentes”) é uma herança doentia que nos traz muito mais prejuízos que vantagens.

Olhar o conhecimento como se ele estivesse pronto e só tivesse que ser transmitido a alunos ignorantes, é também um património que precisamos de prescindir. Hoje não é possível motivar todos os alunos exclusivamente por modelos transmissivos de conhecimento. Desde há muitos anos que muitos educadores têm chamado a atenção que, para o aluno se motivar e entusiasmar com o conhecimento, tem de ser implicado por situações-problema, por questões, por atividades, valorizando o seu papel como ator na sua própria aprendizagem.

Por fim, a escola faz diferença se puder ser suficientemente dúctil e próxima dos alunos acompanhando diferentes percursos: uns mais rápidos, outros menos, uns feitos por uns caminhos e outros por outros caminhos. Considerar que todos têm de chegar ao mesmo tempo ao mesmo lugar, não ajuda a escola a fazer a diferença: ajuda-a sim a criar e legitimar desigualdades.

Queremos pensar que estamos no bom caminho para entender que a escola não pode ser a parede granítica que é preciso escalar, mas um conjunto de percursos que possíveis (em terreno acidentado…) que é preciso fazer com motivação, como liderança e com apoio. Nesta conceção de valorizar os percursos, cabe referir como louvável e muito positiva a medida tomada pelo atual Ministério da Educação em avaliar as escolas não só em função dos seus resultados finais (os inefáveis rankings) mas levando em conta os lugares de onde se partiu. Sem olhar os percursos, a avaliação externa é injusta e incorreta.

Não podemos tratar igual o que é diferente. E agora, mais que nunca, estamos em posição (estamos na obrigação) de entender as diferenças para as podermos acolher com mais equidade.

David Rodrigues

Presidente da Pró – Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial. Conselheiro Nacional de Educação.


Fonte: Público

Governo aceita baixar IVA dos produtos de apoio para pessoas com deficiência

O PAN anunciou que o Governo aceitou a proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2017 para reduzir a taxa de IVA de 23% para 6% dos produtos de apoio a pessoas com deficiência.

O PAN anunciou esta quarta-feira que o Governo aceitou a proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2017 para reduzir a taxa de IVA de 23% para 6% dos produtos de apoio a pessoas com deficiência.
O partido Pessoas–Animais–Natureza explica, em comunicado, que a medida pretende contribuir para “uma maior inclusão social e para a diminuição das desigualdades existentes“, com a aplicação de uma taxa de IVA reduzida a todos os produtos que constam da lista homologada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação.
Existem equipamentos, utensílios e objetos cuja utilização por parte das pessoas com deficiência é indispensável e que ainda têm uma taxa de IVA de 23%”, o que dificulta a sua aquisição, sublinha o PAN.
Segundo o partido, além dos produtos de apoio que já usufruíam de taxa de IVA reduzida, será agora possível incluir acessórios para cadeiras de rodas, como capas, chapéus-de-chuva, câmaras-de-ar, braços articulados, pneus e baterias para cadeiras de rodas elétricas, que têm “um custo bastante elevado”.
O PAN dá ainda outros exemplos de produtos de apoio que passam a beneficiar da taxa mínima, como aparelhos de medição da tensão arterial, materiais para análise de sangue, estimuladores para alívio da dor, barras de apoio e vários utensílios do quotidiano como calçado, talheres, babetes ou copos.

III Conferência Deficiência Visual e Reabilitação "Prevenção Visual e Inclusão"

7 dez 2016 - 14:00 a 18:00

Auditório da ESTeSL
III Conferência Deficiência Visual e Reabilitação  "Prevenção Visual e Inclusão"

A Área Científica de Ortóptica, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), e a Associação de Retinopatia de Portugal promovem no dia 7 de dezembro de 2016, no Auditório da ESTeSL/ESEL, a III Conferência subordinada ao tema Deficiência Visual e Reabilitação - "Prevenção Visual e Inclusão", no âmbito do dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória através do formulário disponível online

Programa

14h00 – Abertura do Secretariado
14h30 – Sessão de abertura

João Lobato - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)
Rui Manuel Fontinha Vasconcelos - Associação de Retinopatia de Portugal (ARP)
Manuel de Oliveira - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)
14h45 – Painel I – Prevenção da Deficiência Visual – Desafios e Estratégias

Cegueira Evitável - Vision 2020, The Right to Sight - Parcerias para o Desenvolvimento - Salomé Gonçalves - Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP)
Causas da deficiência visual na sociedade contemporânea – Estratégias de Intervenção - Maria Emilia Oliveira e Pedro Miguel Lino - Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP)

O Rastreio da Retinopatia Diabética - Uma Estratégia para a Prevenção da Cegueira - Carolina Santos -Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)
Moderador – Manuel de Oliveira -Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)

16h15 – Pausa

16h30 – Painel II - Políticas de Inclusão do Jovem com Deficiência Visual

Olhar o Escolar Ver o Integrar - Lurdes Veiga - Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado - Santarém

Desafios e oportunidades de uma estudante com baixa visão - Paula Monzelo - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)

Programas de Reabilitação nas Pessoas com Cegueira Adquirida - Ana Magalhães - Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA)
A Inclusão dos jovens com deficiência visual: uma questão de direitos - Ana Patrícia Santos - Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR, I.P.)

Moderador – Rui Manuel Fontinha Vasconcelos - Associação de Retinopatia de Portugal (ARP)

18h00 – Encerramento

Baixa visão e as tecnologias como meio de inclusão


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Congresso Internacional Escola Inclusiva

Tema - Escola Inclusiva: Educar e Formar para a Vida Independente


Local - Casa das Histórias Paula Rego (Cascais)

Programa
08:30 – Registo dos participantes

09:30 – Mesa de abertura
• Secretário de Estado da Educação, João Marques da Costa
• Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras
• Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva (a confirmar)
• Diretor do Centro de Formação de Escolas de Cascais, José Marcelino
• Vice-Presidente da Direção da CERCICA, Rosa Maria Lucas Neto

10:15 – Conferência “Advancing Inclusive Education: Transformative Steps on the Path”
Gordon L. Porter, Inclusive Education Canada, Education Training Group, University of New Brunswick

11:00 – Coffee break

11:30 – Conferência “Educação Inclusiva: resistir pela escola que queremos”
David Rodrigues, Associação de Professores de Educação Especial, Centro de Investigação do IE/UL, Conselho Nacional de Educação
Moderador: Pedro Cunha, Direção-Geral da Educação

12:15 – Debate

12:45 – Almoço livre

14:00 – Conferência “Formação de professores para a inclusão”
Teresa Leite, Escola Superior de Educação de Lisboa, Conselho Nacional de Educação

15:00 – Painel “Escola Inclusiva de 2ª Geração”
Luísa Ucha, Secretaria de Estado da Educação - Grupo de Trabalho Escola Inclusiva
Manuela Tender, Assembleia da República - Grupo de Trabalho Educação Especial (a confirmar)
Moderadora: Filomena Pereira, Direção-Geral da Educação

16:00 – Debate

16:30 – Mesa de encerramento
• Vereador da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida
• Diretor do Centro de Formação de Escolas de Cascais, José Marcelino
• Vice-Presidente da Direção da CERCICA, Rosa Maria Lucas Neto
Inscrições
Inscrições através do email cercica@cercica.pt
1 a 20 de novembro – 20,00€
21 de novembro a 2 de dezembro – 30,00€
A conferência terá tradução bilingue (PT/EN) e língua gestual.
 

Grupo de Trabalho para o desenvolvimento da Escola Inclusiva Despacho n.º 7617, 8 de Junho"

O relatório pode ser acedido aqui.

domingo, 20 de novembro de 2016

Centro de Marcha e Corrida de Torres Novas com treinos para deficientes visuais


Resultado de imagem para marcha deficientes visuais

A partir de novembro, o Centro de Marcha e Corrida de Torres Novas vai promover treinos específicos para deficientes visuais, num ação pioneira ao nível dos centros atualmente em funcionamento.

Os treinos irão decorrer nesta fase inicial às terças e quintas, das 18h às 19h30, no Estádio Municipal Dr. António Alves Vieira. O objetivo é, com o decorrer da atividade, transitar para dois percursos urbanos já identificados e «amigáveis» no que se refere a obstáculos e acessibilidade.

Desta forma, o Município de Torres Novas, através do seu Centro de Marcha e Corrida, pretende promover a prática desportiva para todos, fomentando também uma melhor integração da pessoa portadora de deficiência.

De salientar que o Centro de Marcha e Corrida de Torres Novas, criado em 2014, conta atualmente com 38 atletas inscritos, distribuídos por 3 pólos no concelho – Piscinas Municipais Fernando Cunha, Pedrogão, Casais Castelos (este ultimo a iniciar a sua atividade no dia 4 de Novembro). Tem como principais objetivos promover e incentivar a prática regular de atividade física da população, combater o sedentarismo e aumentar a oferta no que a possibilidades de prática de atividade física diz respeito.
 

Alunos com necessidades especiais também têm direito ao Erasmus


Os alunos com necessidades especiais podem ir estudar para o estrangeiro através do programa Erasmus e receber ajudas financeiras para necessidades tão variadas como ter alguém que os acompanhe durante as viagens ou mesmo durante toda a estadia.


"O programa Erasmus dá apoio a todos os alunos independentemente do seu tipo de necessidade, desde um jovem celíaco ou diabético até alunos com problemas mais graves. Agora é preciso espalhar a palavra", disse Pilar Bravo, da Agência Nacional Erasmus +, durante um seminário realizado nesta quarta-feira em Lisboa sobre o tema.


Pilar Bravo lançou o repto de "espalhar a palavra" numa tentativa de alterar a atual realidade que mostra que são raríssimos os alunos com necessidades especiais que estudam uns meses no estrangeiro.


O programa Erasmus está pensado de forma a garantir que todos têm os mesmos direitos, estando por isso previstos apoios financeiros destinados a garantir que terão direito a alojamento adaptado, assistência durante a viagem, despesas com assistentes ou ajudantes, assistência médica, consultas ou adaptação do manual didático, enumerou a responsável.


Questionada por uma aluna presente no seminário, Pilar Bravo garantiu que "as despesas com o acompanhante podem ser durante todo o tempo em que o aluno está no Programa Erasmus". "As ajudas são muito amplas e flexíveis, basta justificar as necessidades. O valor atribuído é adaptado ao gasto real do estudante", sublinhou.


Um ano de antecedência


Apesar de estarem previstas ajudas, são poucos os alunos que concorrem ao Erasmus e menos ainda os que têm necessidades especiais, lamentou por seu turno o vice-reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, também presente no seminário organizado pela Erasmus Student Network, em colaboração com a Universidade de Lisboa."Tudo é motivo para desmotivar estes estudantes, que são muitas vezes talentosos. Às vezes é logo na própria família - que tem aquela vontade de proteger - que eles encontram a primeira barreira", disse Luís Ferreira, alertando para a "tendência de as mães 'hiper-protegerem' os seus filhos".


Assim, além da tradicional bolsa para estudar e verba para as viagens, os alunos com necessidades especiais podem ter apoio financeiro adicional, bastando para isso preencher o habitual formulário de candidatura, no qual os alunos fazem uma estimativa dos custos que vai ter.


"Um aluno que quer ir estudar para a universidade da Holanda e precisa de ir de táxi para as aulas, tem de calcular esse custo e apresentar a estimativa", exemplificou Pilar Bravo.


Rita Monteiro, do Departamento de Avaliação e Garantia de Qualidade, lembrou que as candidaturas ao programa Erasmus devem ser feitas com um ano de antecedência e, no caso dos alunos com necessidades especiais, ainda devem começar mais cedo, uma vez que são necessários mais documentos.


O primeiro passo, sublinhou Rita Monteiro, "é contactar o Gabinete de Relações Internacionais/Erasmus da escola" que frequentam e a partir dai iniciar todo o processo.


Fonte: Público

Diário da República acessível a cidadãos com deficiência visual

Segundo noticia o jornal Público, com as alterações introduzidas nas funcionalidades do Diário da República online, em 2017, os cidadãos portadores de deficiência visual vão passar a ouvir “as legendas dos ecrãs de pesquisa”, o que lhes permite entrar nos diplomas que pretendem.

7 coisas que não sabes sobre a língua gestual


A 15 de novembro, assinalou-se o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa. A VISÃO Júnior conta-te alguns factos super fixes sobre esta forma de comunicação tão especial!


Já reparaste naquela senhora que ocupa um pequeno quadradinho, no canto inferior da tua televisão, e que passa o noticiário a fazer gestos com as mãos? Ela é uma intérprete: está lá para ajudar as pessoas surdas a perceber o que se está a dizer na televisão, através da língua gestual.


A língua gestual é a forma de comunicação utilizada pelas pessoas surdas e por quem comunica com elas. Em vez de palavras sonoras, esta língua usa os movimentos das mãos e expressões faciais para "falar". É uma língua especial, com palavras e gramática próprias, diferentes das que usamos na linguagem oral (a linguagem falada).


DESCOBRE SETE CURIOSIDADES SUPER FIXES SOBRE A LÍNGUA GESTUAL!


1. Assim como em diferentes países se falam línguas diferentes, também a língua gestual varia com o país. Cada país pode ter os seus gestos para a mesma palavra.


2. Quem inventou o alfabeto manual (em que que cada gesto corresponde a uma letra do alfabeto) foi um sueco chamado Pär Aron Borg que era professor. Teve a ideia ao ver uma peça de teatro em que um menino surdo comunicava por gestos. Foi também ele quem trouxe o alfabeto manual para Portugal


3. Apesar de existir um alfabeto manual, habitualmente os surdos não o usam. Costumam comunicar por gestos que correspondem a palavras inteiras ou expressões completas (já imaginaste como era difícil se tivesses que dizer letra-a-letra todas as palavras que falas?),


4. A primeira escola de surdos portuguesa nasceu na Casa Pia de Lisboa, em 1823, por ordem do rei D. João VI.


5. Portugal foi o 6º país do mundo a reconhecer uma língua gestual nacional. Desde 15 de novembro de 1997 que a Constituição da República reconhece a Língua Gestual Portuguesa (data quem se assinala o dia nacional desta língua).


6. A Língua Gestual Portuguesa também é aprendida em África. É ensinada em vários países, como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.


7. Cada pessoa tem um nome especial em língua gestual. O nome gestual é uma espécie de alcunha e costuma depender de uma característica física ou psicológica da pessoa.


QUERES APRENDER LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA?

Na Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa - uma iniciativa da Associação de Surdos do Porto e da Escola Superior de Educação de Coimbra - podes aprender língua gestual online de forma gratuita! Só tens de fazer o teu registo no site e utilizar os materiais disponíveis para começar a aprender!


Fonte: Visão 

A pasteleira invisual que confeciona doces premiados

A pasteleira invisual que confeciona doces premiados: Na cozinha da associação Aurora Social, em Ponta Delgada, Manuela Bulhão dedica-se há duas décadas 'de corpo e alma' à confeção de doces, muitos dos quais já lhe valeram prémios, apesar de ser invisual desde os 21 anos.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Azeitão Inclusivo nº 7 – JOSÉ PATRÍCIO, UM HOMEM COM A PARALISIA CEREBRAL NO CORAÇÃO, PELA INCLUSÃO

Azeitão Inclusivo nº 7 – JOSÉ PATRÍCIO, UM HOMEM COM A PARALISIA CEREBRAL NO CORAÇÃO, PELA INCLUSÃO

BENGALA BERNADETE


   

Metal, elástico, mãos habilidosas, e ela começa a surgir. É magrela, comprida e roliça, com uma proteção plástica na ponta que toca o chão. Primeiro, ela se encontra com outras iguais a ela.
 Você já sabe quem vai ser seu dono? — diz uma bem pequena.
— Ainda não, mas ouvi dizer que vamos viajar para longe. Estão montando as caixas em que vão nos embalar.
Todas estão excitadas, doidas para ganhar o mundo. Como bengalas que são, não querem ficar paradas; querem ganhar mundo, pois para isso foram feitas.
— Cada uma numa bolsa com outros materiais — diz o gerente aos operários.
Bernadete é colocada em uma bela sacola, depois de despedir-se das amigas. — Para onde será que elas vão? — pensa curiosa.
Na bolsa, durante a viagem, ela descobre amigos: dois punções e uma reglete, que servem para escrever; um tal de sorobã, que vive dizendo: «matemática é com o bom aqui!»; um pequeno engraçadinho, que tem o nome importante de «Guia de assinatura», mas que gosta mesmo de ser chamado de «assinador». Todos falam o tempo todo e estão doidos para trabalhar.
Chegando à mão do dono, que surpresa! Quando ele abre a bolsa e tira tudo de dentro, Bernadete descobre as amigas. Todas foram para o mesmo lugar. Eram vários jovens cegos, aliás, crianças ainda. Todos com bolsas cheias de materiais novos e curiosos para experimentar tudo.
— Legal! Minha bengala é do jeito que eu imaginei! — diz uma menina, tirando a sua bolsa e já testando como andar com ela — ela vai se chamar Bianca.
Os outros riram.
— Por que Bianca?
— Porque bengala tem que ter nome com B.
A brincadeira pegou, e nossa heroína foi batizada com o nome que já conhecemos: Bernadete.
Durante um tempo, ela ficou mais dentro da bolsa do que fora. Às vezes, quando o menino abria a bolsa para tirar punção, reglete ou sorobã, ela dava um impulso, saltava e se esticava toda. Todo mundo achava que era por causa do elástico novo, mas que nada. Era muita vontade que Bernadete tinha de correr mundo. Mas o menino a desarmava, dizendo:
— Caiu de novo.
E guardava outra vez. Quando ele ameaçava pegá-la realmente para ir a algum lugar, a mãe, ou o pai, ou a avó logo dizia:
— Guarda isso aí! Não precisa, eu vou te levar.
E lá ia Bernadete de novo para a bolsa. Já estava ficando deprimida. Pelas conversas que conseguia ouvir, sabia que suas amigas estavam andando por aí, vendo praias, parques, casas, entrando e saindo de ônibus, e ela não conhecia nada.
Um dia, no vestiário, depois da aula de natação, chegou o grande triunfo de nossa heroína. Seu dono foi informado de que não haveria a aula de informática por falta de luz, e um colega propôs:
— Por que, em vez de avisar em sua casa, você não vem comigo? Desço dois pontos depois da sua casa e posso te ensinar o caminho. Se você não fizer isso, nunca vão te deixar sair sozinho.
O colega tinha razão. Ele já tinha 18 anos e, apesar das insistentes conversas dos professores, os pais prometiam, mas não deixavam que saísse usando a bengala. Teria que ser no susto. Bernadete saiu da bolsa ardendo por trabalhar. O caminho era fascinante!: árvores, carros, muros, e ela ia ajudando o jovem a desviar de tudo.
— Que susto, menino! Como é que você veio parar aqui sozinho?! — perguntou a mãe quando o viu chegando.
— Sozinho não, mãe; com a bengala — disse ele se matando de rir.
Daquele dia em diante, Bernadete passou a trabalhar de verdade!: festas, casas de amigos, cursos, escola, banco, casa de parentes… Todos os roteiros se tornaram conhecidos para ela. Reviu amigas, conheceu outras colegas, entrou em buracos perigosos, de onde o dono a tirava com cuidado para que não quebrasse.
— Eca! « Caquinha de cachorro!» Era complicado desviar de tudo. Às vezes, ficava arrasada, quando o rapaz batia num orelhão, por exemplo, pois neste caso ela não podia fazer nada. Mas, com o tempo, aprendeu que isso era normal, fazia parte da vida, e que seu dono levava até com bom humor a situação toda.
O tempo passou e havia dias em que Bernadete ficava até cansada de tanto andar, mas não reclamava. Correspondia sempre da melhor maneira. Seu dono, agora, andava engravatado, frequentava tribunais e a guardava numa pasta elegante, mas não abria mão dela.
Um dia, conheceu outra bengala num canto de uma casa, onde estava rolando a maior festa e, pela maneira como seu dono e a dona da outra bengala chegaram rindo para busca-las, entendeu que ainda se veriam muitas vezes. Acertou. Durante três anos se encontravam muito, as duas, até que um dia passaram a viver na mesma casa, habitando a mesma prateleira do armário quando não estavam sendo usadas.
— Não confunda. Esta é a minha Bernadete. Ela tem nome desde que eu a ganhei — reclamou ele um dia quando a mulher quase pegou a bengala errada. Ele a reconhecia em qualquer lugar.
— Nem notei que ela era muito grande para mim — disse a moça rindo.
Depois de algum tempo, a responsabilidade de Bernadete aumentou: se ela falhasse, se não funcionasse a contento, o bebê podia cair dos braços do pai, ou da mãe que, às vezes, o marido conduzia, e ela levava isso muito a sério.
Um dia, porém, um acidente sério impediu Bernadete de continuar sua nobre tarefa: um buraco mais estreito, e a coitadinha ficou completamente torta.
— Vou comprar outra bengala! — disse o rapaz, decidido.
Bernadete entrou em crise. Achou que ia acabar no ferro-velho. Mas, quando a bengala nova chegou, o rapaz tomou uma decisão:
— Vou usar a nova, mas não vou me desfazer da minha primeira bengala. Foi com ela que me tornei independente. Ela me ensinou o quanto eu era capaz de andar sozinho. Preciso guardá-la.
Poucas vezes nossa personagem saía da prateleira; mas, quando isso acontecia, era para mostrar a algum dos filhos ou a quem conversasse com ele sobre autonomia e sobre sua vida, como Bernadete havia sido importante, e ela se sentia orgulhosa e valorizada.
FIM

Ξ
Bernadete
autora: Professora Carla Maria de Souza, Instituto Benjamin Constant.
fonte: «Pontinhos» n.º 354, julho / setembro de 2015
'Pontinhos' é uma revista trimestral infanto-jovenil editada pelo Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro