domingo, 26 de dezembro de 2010

Votos de Boas Festas e um próspero 2011.

Hoje deixo um conto:

Todos os anos, pelo Natal, eu ia a Belém. A viagem começava em Dezembro, no princípio das férias. Primeiro pela colheita do musgo, nos recantos mais húmidos do jardim. Cortava-se como um bolo, era bom sentir as grandes fatias despregarem-se da areia, dos muros ou dos troncos das árvores velhas, principalmente da ameixieira. Enchia-se a canastra devagar, enquanto a avó ia montando o que hoje se chamaria as estruturas, ou mesmo as infra-estruturas, junto da parede da sala de jantar que dava para o jardim. Eram caixotes, caixas de chapéus e de sapatos viradas do avesso, tábuas, que pouco a pouco ela ia cobrindo de musgo, ao mesmo tempo que fazia carreiros e caminhos com areia e areão. Mais tarde, os rios e os lagos, com bocados de espelhos antigos, de vidros ou mesmo de travessas cheias de água. Até que todos os caixotes, caixas e tábuas desapareciam. Ficavam montanhas, planícies, rios, lagos. Era uma nova criação do mundo. Aqui e ali uma casinha ou um pastor com suas cabras. E todos os caminhos iam para Belém.
Não era como o presépio da Igreja que estava sempre todo pronto, mesmo antes de o Menino nascer. A cabana, a vaca, o burro, os três reis do Oriente. Maria, José, Jesus deitado nas palhinhas. Via- se logo que era a fingir. Não o da avó, que era mais do que um presépio, era uma peregrinação, uma jornada mágica ou, se quiserem, um milagre. Nós estávamos ali e não estávamos ali. De repente era a Judeia, passeávamos nas margens do Tiberíades, andávamos pelo Velho Testamento, João Baptista baptizava nas águas do Jordão e aquele monte, ao longe, podia ser Sinai ou talvez o último lugar onde Moisés, sem lá entrar, viu finalmente a terra onde corria o leite e o mel. Mas agora era o Novo Testamento. A avó ia buscar as figuras ao sótão, eram bonecos de barro comprados nas feiras, alguns mais antigos, de porcelana inglesa, como aquele caçador que a avó colocava à frente dizendo: Este é o pai. Seguia-se a mãe, de vestido comprido, dir-se-ia que ia para o baile, mas não, saía de cima de uma mesinha da sala de visitas e agora estava ao lado do pai, olhando levemente para trás onde, entretanto, a avó já tinha colocado figuras mais toscas, eu, a minha irmã, os primos, alguns amigos, todos a caminho de Belém.
— E a avó? — perguntava eu.
— Eu já estou velha para essas andanças.
De dia para dia mudávamos de lugar. E todas as manhãs deparávamos com novas casas, mais rebanhos, pastores, gente que descia das serras, atravessava os rios e os lagos. Os caminhos ficavam cada vez mais cheios. E todos iam para Belém. À noite tremulavam luzes. Acendiam e apagavam. Mas ainda não se via a cabana, nem Maria, nem José.
Então uma noite, entre as estrelas do céu, aparecia uma que brilhava mais que todas.
— Esta é a estrela — dizia a avó.
Era uma estrela que nos guiava. Na manhã seguinte lá estavam eles, os três reis do Oriente, Magos, explicava o pai, que também não dizia Pai Natal, dizia S. Nicolau, talvez por influência de uma misse de origem russa que em pequeno lhe falava de renas e trenós e de S. Nicolau atravessando as estepes.
Cheirava a musgo na sala de jantar. Cheirava a musgo e a lenha molhada que secava em frente do fogão. E os Magos lá vinham, a pé, de burro, de camelo. Traziam o oiro, o incenso, a mirra. Às vezes nós, os mais pequenos, juntávamo-nos e cantávamos: “Os três reis do Oriente/Já chegaram a Belém.”
— Não chegaram nada — atalhava a avó — ainda não.
Estávamos cada vez mais perto. E também nervosos. Confesso que às vezes fazia batota. Empurrava-os um pouco mais para a frente, para mais perto de Belém e do lugar onde eu sabia que mais tarde ou mais cedo a avó ia pôr a cabana. Mas ela descobria.
— Não lucras nada com isso, podes apressar toda a gente, não podes apressar o tempo.
Cada vez havia mais luzes na Judeia. Por vezes surgiam novos lagos, eram mistérios da minha avó. E a estrela lá estava, a grande estrela de prata que brilhava mais do que todas as outras, às vezes eu ia à janela e via a projecção daquela estrela, ficava confuso, já não sabia se era a estrela da sala ou uma estrela do céu, era uma estrela nova, uma estrela de prata, era uma estrela que nos guiava. No céu, na sala, na Judeia, talvez dentro de nós.
Até que chegava o primeiro dos grandes momentos solenes. A avó chamava-nos ao sótão (nós dizíamos forro), abria uma velha arca e desempacotava a cabana. Depois, muito comovida, quase sempre com lágrimas nos olhos, as figuras de Maria e José.
— Não há nada tão antigo nesta casa, já eram dos avós dos meus avós.
Impressionava-me sobretudo o manto muito azul de Maria e o rosto magro, quase assustado, de José. A avó limpava-os com muito cuidado e mandava-nos sair. Nunca nos deixou ver o resto.
À noite, quando regressávamos da missa do galo, a que a avó não ia, chegávamos a casa e finalmente estávamos em Belém.
A estrela brilhava intensamente sobre a cabana, Maria e José debruçavam-se sobre o berço, onde Jesus, todo rosado, deitado nas palhinhas, agitava os braços e as pernas, envolvido pelo bafo quente dos animais, enquanto os três reis do Oriente, agora sim, chegavam a Belém para depositar aos pés do Menino o oiro, o incenso, a mirra. E vinham os pastores, e vinha o pai, de caçador, a mãe, de vestido de baile, e vínhamos nós, eu, a minha irmã, os primos, não eramos de porcelana nem de barro, estávamos ali em carne e osso, era noite de Natal, uma estrela nos guiava, brilhava sobre a Judeia e sobre o presépio, brilhava cá fora entre as estrelas, brilhava dentro de nós. Naquela noite, naquele momento, nós não estávamos na sala de jantar em frente do presépio, tínhamos chegado finalmente a Belém para adorar o Menino ao lado de Maria e José e dos três reis do Oriente, Magos, não consegui deixar de corrigir o meu pai. Mas mágica, verdadeira mágica, era a avó. Era ela que fazia o milagre da transfiguração, trazia o Natal para dentro de casa, levava-nos a todos até Belém. O cheiro a musgo e a lenha. Os montes, os vales, os rios, os lagos. Caminhos e caminhos que iam para Belém. E a estrela de prata, a estrela que nos guiava. Era uma estrela no céu, dentro de casa, dentro de nós. Pela mão da avó ela brilhava. Pela sua magia, Belém estava dentro de casa. E a casa também ia até Belém.
Mais tarde, muito mais tarde, eu estava no exílio. Na noite de Natal, os revolucionários ficavam tristes e nostálgicos. Talvez recordassem outras avós, outros presépios, outros lugares. Reuniam- se em casa deste ou daquele, improvisava-se uma árvore de Natal, trocavam-se presentes. Mas ninguém, nem mesmo os mais duros, os que faziam gala em dizer que o Natal para eles não significava nada, nem mesmo esses conseguiam disfarçar uma sombra no olhar. Saudade, dir-se-á. Mas talvez fosse mais do que saudade e solidão e o pior de todos os exílios é o de se sentir estrangeiro no mundo. Talvez fosse a consciência de que, para lá de todas as crenças ou não crenças, havia um irremediável sentimento de perda. Muitas vezes me perguntei o que seria. Mas não conseguia responder. Sentia o mesmo aperto, o mesmo buraco por dentro, o mesmo sentimento de algo para sempre perdido.
Uma noite de Natal, em Paris, eu estava sozinho. Comprei uma garrafa de vinho do Porto, mas não fui capaz de bebê-la assim, completamente só, num quarto de criada num sexto andar duma velha rua do Quartier Latin. Peguei na garrafa e fui até aos Halles. Procurei o bistrô onde costumava comer uma omelete de fiambre. Felizmente estava aberto. Pedi a omelete e abri a garrafa. Havia mais três solitários no bistrô, um velho de grandes barbas, um tipo com cara de eslavo, um africano. Convidei-os para partilharem comigo a garrafa de Porto, que não resistiu muito tempo. Encomendámos outras bebidas.
— Conta uma história de Natal do teu país — pediu o velho.
— Só se for a do presépio da minha avó.
— Então conta.
Eu contei. Era já muito tarde e o patrão disse-nos que queria fechar. Chegados à rua, o africano apontou para o céu e disse-me:
— Olha.
E eu vi. Uma estrela que brilhava mais que as outras estrelas. Era uma estrela de prata. A estrela da avó. Brilhava no céu, brilhava outra vez dentro de mim, quase posso jurar que brilhava dentro dos outros três.
Então eu perguntei ao africano como se chamava. Ele respondeu:
— Baltazar.
Perguntei ao velho e ele disse:
— Melchior.
E sem que sequer eu lhe perguntasse, o eslavo disse:
— O meu nome é Gaspar.
Era noite de Natal e talvez ainda por magia da avó eu estava na rua, em Les Halles, com os três reis do Oriente, Magos, diria o meu pai.
— E agora? — perguntei a Baltazar.
— Agora — respondeu o africano apontando a estrela — agora vamos para Belém.

Lisboa, 3.10.2000
Manuel Alegre
Uma Estrela
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2005

E um Postal de Natal



A Todos votos sinceros de um Santo e Feliz Natal!!!

Bonecos com Deficiência

Você compraria para este NATAL um "BONECO COM DEFICIÊNCIA" para uma criança de suas relações?


Sou DEBORAH PRATES - advogada cega e usuária de cão-guia - residente no Rio de Janeiro. Faz 4 anos que fiquei DEFICIENTE e, desse marco para cá, constatei que a realidade não é colorida. Desde que meu cão-guia e eu colocamos os pés na calçada para um novo dia nos deparamos com todo tipo de DISCRIMINAÇÃO e dificuldades inerentes a toda grande metrópole.

Resido num condomínio faz 8 anos e passados 4 ouvi dos meus vizinhos: "A DRA. DEBORAH É ADVOGADA COMPETENTE, MAS É CEGA! POR ISSO TEM QUE SAIR DO CONSELHO CONSULTIVO E DAS AÇÕES DO CONDOMÍNIO." Chorar, lastimar e maldizer é sinônimo de PERDA DE TEMPO! Arregacei as mangas e parti para uma luta SUSTENTÁVEL em prol de um Planeta mais confortável para todos.

Interessa para este momento um projeto de minha autoria de nome "BONECOS COM DEFICIÊNCIA". Seu objetivo é educar a sociedade - em geral - para que aprenda a conviver com os DIFERENTES.

São dois bonecos: Uma boneca CEGA - apresentada num kit contendo: 3 pares de óculos usados, 3 bengalas (sendo uma em forma de varinha de condão), um cão-guia com seus apetrechos e dois tapa olhos (para que tanto a criança, quanto quem esteja com ela na brincadeira possam simular a realidade do cego e experimentar o uso do tato). Outro boneco, um DEFICIENTE MOTOR – apresentado num kit com sua cadeira de rodas e vestido de para-atleta, contendo toda a indumentária característica do esporte escolhido pelo fabricante que faça parte dos próximos jogos paraolímpicos, além de um bloco contendo todos os esportes adaptados. Sem dúvida uma forma lúdica de interagir com a criança (adulto do amanhã) em seu "mundinho de faz de conta".

Enviei o projeto para uma indústria de brinquedos do Brasil e fui barrada no marketing. Fizeram-me a pergunta: "QUEM COMPRARIA UM "BONECO COM DEFICIÊNCIA"? Entendi o ponto de vista industrial e, através da mídia, estou divulgando essa ideia de modo a PERGUNTAR ao leitor: ESTE NATAL, VOCÊ COMPRARIA PARA UMA CRIANÇA DE SUAS RELAÇÕES UM "BONECO COM DEFICIÊNCIA"? Na verdade, o próprio Governo deveria assumir o ônus com esses "BONECOS COM DEFICIÊNCIA", com o foco de MATERIAL PEDAGÓGICO.

Essa ideia, na prática, mitigaria o constrangimento, de parte a parte, de uma criança chegar na sala de aula (1.º dia) e se deparar com coleguinhas DIFERENTES dando-lhes tratamento rotineiro.

BASTA de surpresas! Nós, pessoas com deficiência, somos uma realidade, pelo que temos que entrar na brincadeira com as crianças. Então, conclamando a SOLIDARIEDADE dos leitores é que sugiro um exercício de cidadania, no sentido de que REFLITAM sobre o tema, respondam e repassem para o maior número de conhecidos possível a pergunta: VOCÊ COMPRARIA ESTE NATAL PARA SEU FILHO UM "BONECO COM DEFICIÊNCIA"?

Homenageio a todos com o pensamento de Martin Luther King: "Aprendemos a voar como pássaros, e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos."
FELIZ NATAL!

email: deborahprates@yahoo.com.br
telefones: RJ - (021) 2242-8222 E (CEL) 8853-8336


Fonte: blog da Audio Descrição

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Luva falante para invisuais

A localização e a identificação de objectos por deficientes visuais são tarefas, no mínimo, complicadas. Uma equipa de cientistas americanos trabalha há um par de anos numa luva que pode reconhecer diversos produtos e que identifica em alta-voz o objecto com que entra em contacto. Cada objecto foi previamente marcado e associado a um ficheiro áudio com o seu nome.


Protótipo de bengala eletrónica para deficiente visual vence prémio de design

[São José/SC] O protótipo Bengala Longa Eletrônica, desenvolvido por pesquisadores do mestrado em Computação Aplicada da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), foi o primeiro colocado na categoria protótipos eletroeletrônicos durante o 24.º prêmio de Design Museu da Casa Brasileira. O prêmio é referência no desenvolvimento do design brasileiro e uma das mais importantes e respeitadas premiações da área no país.

Peça propõe um novo conceito de produto para o portador de deficiência visual

A peça premiada propõe um novo conceito de produto para o portador de deficiência visual. Ela auxilia na locomoção em ambientes abertos, superando o problema dos obstáculos urbanos localizados acima da linha de cintura. O protótipo é constituído por uma pega feita de polímero para acomodar o sistema eletrônico (sensor, placas eletrônicas, micromotor vibratório, potenciômetro e bateria). Também fazem parte do conjunto uma haste de alumínio e uma ponteira de nylon.

Os testes finais com o protótipo mostraram sua eficácia para a identificação de barreiras físicas localizadas acima da linha da cintura dos deficientes visuais em espaços urbanos abertos. “Com base no desenvolvimento e testes deste protótipo, o equipamento poderá ser reproduzido e comercializado”, explica Alejandro Rafael Garcia Ramirez, pesquisador responsável pelo projeto.

Como funciona o equipamento

Diferente da bengala tradicional, que acompanha os desníveis do piso, mas não pode prever variações superiores, como orelhões, caixas de correio e outros, está possui sensores que, ao detectarem um obstáculo, fazem com que uma resposta tátil seja enviada ao usuário por meio de uma vibração na própria bengala.

A medida que o deficiente visual se aproxima do obstáculo esta resposta tátil torna-se mais freqüente. O projeto integra design, hardware, software e linguagens de baixo nível utilizando a tecnologia conhecida como Haptics, ou mídia baseada em resposta (feedback) tátil.

Mais informações: (48) 3281-1559/9102-9107, com Alejandro Rafael Garcia Ramirez, pesquisador do mestrado em Computação Aplicada da Univali.

A carga económica da cegueira

Aumento da expectativa de vida elevou número de casos da
doença que pode trazer perda financeira para o país

Mais de 3,7% dos brasileiros foram aposentados por invalidez e ficaram incapacitados para o trabalho em função de problemas no olho ou anexo nos últimos anos, de acordo com os dados do Ministério da Previdência Social. A deficiência visual severa é responsável pela grande quantidade de pessoas cegas com idade entre 30 e 75 anos de idade, período em que ele está economicamente ativo. Preocupado com essa realidade, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia lança o Programa de Incentivo à Educação do Paciente que tem como objetivo contribuir para a prevenção da cegueira e levar conceitos de saúde ocular para toda a população brasileira.

A perda da visão também implica na redução da qualidade de vida, decorrente de restrições ocupacionais, econômicas, sociais e psicológicas. Para a sociedade, representa encargo oneroso e perda de força de trabalho. Essa condição incapacita o indivíduo, aumenta sua dependência, reduz sua condição social, sua autoridade dentro da família e da comunidade e o aposenta precocemente da vida_ avalia o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o médico Paulo Augusto de Arruda Melo.

A carga econômica da cegueira é significativa para o individuo, para a família e para a sociedade, o que significa que o indivíduo deve apresentar uma boa capacidade visual para que possa desempenhar o seu papel na comunidade. A pessoa com baixa acuidade visual tem diminuição de sua autoestima, depressão, maior probabilidade de trauma por quedas, produtividade diminuída e acarreta gastos extras para a família, comunidade e Governo.

Uma das principais preocupações é a catarata. Essa doença torna limitadas as pessoas que estão fisicamente bem. É um grande sofrimento para a pessoa, para a família e para a sociedade avalia o presidente do CBO.

A catarata é considerada a principal causa de cegueira no Brasil e o impacto financeiro que essa doença traz é grande. Os custos diretos incluem o tratamento de doenças oculares, incluindo a parcela relevante de custos para a execução de serviços médicos e de serviços de saúde aliados, enquanto os custos indiretos incluem os ganhos perdidos - subsídios visuais, equipamentos, modificações em casa, reabilitação, bem estar e morte prematura por deficiência visual. Estudos recentes sugerem que a restauração da visão pela cirurgia de catarata produz benefícios econômicos e sociais para a família, para o indivíduo e para a sociedade e aumentam produtividade anual do paciente operado em cerca de 1500% do valor do custo da cirurgia.

O Programa de Incentivo à Educação do Paciente do CBO inclui um kit com material educativo e apresentações para realização de palestras por médicos oftalmologistas. Nele, há duas cartilhas com informações para a população sobre como evitar acidentes oculares mais comuns e sobre a importância dos cuidados com a visão nas diferentes fases da vida.

Nossa intenção é incentivar e potencializar a discussão do assunto com os pacientes como forma de prevenção e diagnóstico precoce da doença. Com isso, esperamos promover a atenção e conscientização da população quanto à importância das ações preventivas em doenças passíveis de controle e tratamento, com potencial de cegueira irreversível, como o glaucoma e retinopatia_ explica Arruda Melo.

A iniciativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) também tem como objetivo contribuir para reduzir drasticamente a cegueira evitável até o ano de 2020.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia Internacional da pessoa com deficiência





Já agora,

Todos os dias são dias para sensibilizar......

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vai ser testado tratamento para uma forma de cegueira que usa células estaminais

O primeiro tratamento com células estaminais embrionárias para uma doença que pode levar à cegueira recebeu luz verde para ser ensaiado em 12 pessoas que sofrem da distrofia macular de Stargardt. O anúncio feito pela empresa norte-americana Advanced Cell Technology.

Esta doença, que causa perda progressiva da visão, declara-se normalmente entre os dez e os 20 anos. Afecta a mácula, uma zona no centro do retina onde os raios de luz se focam para formar as imagens. Nesta área há uma grande concentração de cones, células responsáveis pela visão central — que usamos quando olhamos em frente ou fazemos alguma tarefa que necessita de uma visão sensível ao pormenor, como ler, coser ou trabalhar ao computador.

Inicialmente, a degeneração da mácula vai tornar a visão distorcida, ou desfocada, mas quem já tem a doença de Stargardt há algum tempo começa a ver uma mancha à frente do seu campo de visão, que não se move, faça ela o que fizer. A visão pode deteriorar-se até um ponto em que as pessoas afectadas podem detectar movimentos mas pouco mais.

A doença de Stargardt tem origem genética e estima-se que seja hereditária em 90 por cento dos casos.

Nas próximas semanas, a empresa espera ter também autorização da Food and Drug Administration (a agência que regula o mercado dos medicamentos e dos alimentos nos Estados Unidos) para testar esta técnica no tratamento da degeneração macular relacionada com a idade, muito mais comum do que a doença de Stargardt: afecta 30 milhões de pessoas em todo o mundo.

O ensaio do tratamento desenvolvido pela empresa, pioneira na investigação sobre células estaminais embrionárias, envolve injectar nos olhos dos doentes entre 50 mil e 200 mil células da camada pigmentada da retina. “Usando células estaminais, podemos gerar uma quantidade virtualmente sem limites destas células saudáveis. Estas são as primeiras células que morrem na doença de Stargardt e noutras formas de degeneração macular”, explica Robert Lanza, o responsável científico máxico da empresa, citado num comunicado.

“Em testes feitos em ratos vimos uma melhoria de 100 por cento na performance visual, em comparação com animais que não foram tratados, e sem reacções adversas”, garante Lanza. “Esperamos poder demonstrar a segurança do tratamento, e ver que há melhoras na visão em apenas seis meses”, disse ainda, citado pela edição on-line da revista de divulgação científica New Scientist.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

III Curso Psicomotricidade na Deficiência Visual (0-6 anos)

Conteúdos
1. Introdução
2. Abordagem histórica e enquadramento da psicomotricidade
• Modelos teóricos da psicomotricidade,
• Principais autores,
• Objectivos da psicomotricidade,
• Diagnóstico e intervenção psicomotora
3. Elementos básicos da psicomotricidade
• Tonicidade; Equilíbrio; Lateralidade; Noção do corpo; Estruturação espácio-temporal; Praxia Global; Praxia Fina
4. Desenvolvimento motor da criança com deficiência visual nos primeiros anos de vida
• Fases do desenvolvimento motor,
• Aspectos diferenciais no desenvolvimento da criança com deficiência visual
5. Observação de um estudo de caso
• Visionamento de uma filmagem,
• Aplicação de uma Checklist do desenvolvimento motor
6. Discussão final




Formadora:
Dina Madeira - Técnica de Psicomotricidade do CAIPDV


Dirigido a:
Profissionais de IP: Educadores, Psicólogos, Téc. Serviço Social, Enfermeiros, Médicos, Familiares de Crianças em IP, Professores, etc.


Local:
Sala Polivalente do IPJ
Instituto Português da Juventude - Coimbra
Rua Pedro Monteiro, 73
(Junto ao Jardim da Sereia)
3000-329 COIMBRA

Panfleto aqui

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SÁBADOS ESPECIAIS 2010-2011: Intervenção Educativa com Alunos com Multideficiência e Surdocegueira Congénita


Os SÁBADOS ESPECIAIS, programa de formação do Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial da DREN, estão de regresso em 2010-2011, para corresponder à constante exigência de aprofundamento da organização dos contextos educativos e dos apoios especializados que visam responder às necessidades educativas daqueles alunos que têm limitações significativas na actividade e participação, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de carácter permanente.

O primeiro SÁBADO ESPECIAL do ano tem por título

Intervenção Educativa com Alunos com Multideficiência e Surdocegueira Congénita: Uma perspectiva curricular

e realiza-se no dia 11 de Dezembro,

na Escola Artística Soares dos Reis, no Porto


Este tema representa uma viagem pelo desenvolvimento sócio-emocional, pela comunicação, pela construção de projectos de vida, no contexto das unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita, percorrida no terreno das ideias e das práticas que sustentam o sucesso educativo deste grupo de alunos.
Trata-se de uma sessão dedicada principalmente aos docentes responsáveis pelo funcionamento destas unidades e, bem assim, aos técnicos especialistas que aí colaboram. É também valorizada a participação dos docentes responsáveis pela educação especial dos agrupamentos que têm aquelas estruturas especializadas.


Participação
As inscrições estão abertas até ao fim do dia 1 de Dezembro, limitadas a 200 participantes, que serão seleccionados com as seguintes prioridades, de acordo com a ordem de chegada:
1. Docentes de educação especial em funções nas unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita;
2. Técnicos especializados em funções nas unidades de apoio especializado e coordenadores da educação especial dos Agrupamentos de Escolas com unidades de apoio especializado;
3. Outros docentes de educação especial.

Para participar, envie mensagem de correio electrónico para gaee@dren.min-edu.pt, com o assunto «Sábados
Especiais – Intervenção Educativa com Alunos com Multideficiência – 11 de Dezembro» e os seguintes dados: 1) nomecompleto; 2) grupo de docência ou função técnica especializada; 3) agrupamento ou instituição a que está vinculado; 4)unidade(s) de apoio especializado onde exerce (nome da escola básica); 5) coordenador da EE do agrupamento comUEAM. Insira também um endereço de e-mail pessoal, para onde remeteremos mensagem de selecção no dia 2 de Dezembro.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

I Congresso «Aprender e Ensinar com TIC»

A ENDU - Energias Educativas realizará no dia 27 de Novembro de 2010, no Hotel Vila Galé (Antas - Porto), o I Congresso «Aprender e Ensinar com TIC».

Este evento contará com a presença de diversos formadores de mérito internacionalmente reconhecido e permitirá a actualização de conhecimentos, o desenvolvimento de competências e será certamente um contributo para a operacionalização de um ensino cada vez com mais qualidade! O Congresso é orientado para a prática, como o título sugere e, enquanto tal, as sessões proporcionarão sugestões e modos de fazer com relevância para a sala de aula.

Assim, considerando esta iniciativa da maior importância para o pessoal docente relacionado com a intervenção especializada e para Pais/Técnicos que intervêm com crianças com necessidades especiais e dando resposta à necessidade de formação contínua específica deste público, vimos por este meio, solicitar a V. Exa. que proceda à divulgação do evento junto dos interessados.

Para informações adicionais (programa detalhado, inscrições, localização) consulte http://www.aetic2010.com/ ou ligue 253 679 155 / 963 425 487 / 968 016 599.
ENDU
Susana Araújo
Coordenadora do Evento

Calendário Ilustrado 2011


O Calendário Ilustrado 2011 vai ser lançado a 5 de Novembro com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias, ficando em banca durante duas semanas, onde poderá ser adquirido por 2,50 €.

Este calendário contém fantásticas ilustrações de Teresa Lima, que já recebeu por duas vezes o Prémio Nacional de Ilustração (1999 e 2000).


A APCC agradece a vossa ajuda amiga.
Associação para a promoção cultural da criança | Rua dos Lagares de El-Rei, 21A – 1º Esq. | 1700-268 Lisboa
t 218 429 730 | f 218 429 739 | apcc.sede@netcabo.pt | www.apcc.org.pt

domingo, 7 de novembro de 2010

Workshop Interpretação do Desenho Infantil

O Projecto de Intervenção Precoce (PIP) de Torres Novas, em parceria com a Associação Janela Redonda (Leiria), vai organizar o Workshop "Interpretação do Desenho Infantil", que decorrerá no dia 18 de Dezembro, das 10h às 18h, na Sala de Reuniões do Jardim de Infância de S. Pedro (sito no Largo do Quinchoso n.º 6 Torres Novas).


Junto enviamos cartaz de divulgação, bem como folheto com ficha de inscrição, documentos que solicitamos que divulgue junto dos seus contactos.


O número de participantes encontra-se limitado a 30 elementos.


As inscrições, e o respectivo pagamento (15€), deverão ser enviadas para o PIP de Torres Novas.


Com os melhores cumprimentos,


A Coordenadora do PIP de Torres Novas

Luciana Tavares


Projecto de Intervenção Precoce

de Torres Novas - "Crescer para a Vida"

Jardim de Infância de S. Pedro

Largo do Quinchoso n.º 6

2350 - 728 Torres Novas

Tel./ Fax: 249 812 431

Tel.: 962 720 450

www.jardimspedro.com/ip_torresnovas

sábado, 6 de novembro de 2010

Dia Europeu das Pessoas com Deficiência 2010

«Cidadania Europeia: Benefícios reais
para as pessoas com deficiência?»



De forma a assinalar o Dia Europeu das Pessoas com Deficiência, efeméride que se comemora dia 3 de Dezembro, a Comissão Europeia organiza, em cooperação com o Forum Europeu de Deficiência, uma conferência anual, que decorre habitualmente na primeira semana de Dezembro.

A conferência deste ano realiza-se nos dias 2 e 3 de Dezembro, em Bruxelas, e intitula-se «Cidadania Europeia: Benefícios reais para as pessoas com deficiência?».

Esta iniciativa insere-se num esforço mais amplo, por parte da União Europeia, em promover os temas da deficiência de acordo com as directrizes delineadas pelo Forum Europeu de Deficiência e o seu plano sucessor, o Forum Europeu de Deficiência, a adoptar em Novembro de 2010.

in http://www.jasfarma.pt/noticia.php?id=3781

Chip promete devolver visão a pacientes cegos

Um paciente finlandês, que começou a ficar cego quando era adolescente, conseguiu, agora, aos 46 anos, voltar a ver letras, graças ao implante de um chip pioneiro

A experiência com Miikka Terho está a entusiasmar os investigadores alemães responsáveis pelo chip. O finlandês, de 46 anos, foi submetido a uma intervenção para colocar um pequeno dispositivo atrás da retina, após o que conseguiu identificar as letras que compõem o seu nome.

O chip permite aos doentes detetar objetos com os seus próprios olhos, ao contrário de outras técnicas que usam uma câmara externa.Para já, o chip foi testado em 11 pessoas: algumas não notaram qualquer diferença, mas outras puderam distinguir objetos brilhantes. Terho foi o paciente que mostrou melhores resultados: conseguiu distinguir talheres e uma caneca sobre a uma mesa, um relógio e sete cinzentos diferentes. Também conseguiu movimentar-se numa sala e aproximar-se de outras pessoas. Face a estes resultados promissores, a equipa de investigadores colocou-o perante um conjunto de letras que formavam o seu nome, embora mal escrito - "Mika", o que ele rapidamente reconheceu.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Deficientes têm serviço de mediação

A Câmara da Póvoa de Lanhoso e o Instituto Nacional de Reabilitação desencadeiam, no dia 5 de Novembro, às 10 horas, a criação do Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade. A cerimónia conta com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, está marcada para o Salão Nobre dos Paços do Concelho e constitui mais uma medida integrada no Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social.

Os Serviços de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade são serviços instalados nas autarquias e prestam informação sobre direitos, benefícios e recursos existentes na área da deficiência e reabilitação.

Este projecto, desenvolvido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, em parceria com as câmaras municipais, entre as quais a da Póvoa de Lanhoso, pretende assegurar um atendimento de qualidade às pessoas com deficiências ou incapacidade. Neste concelho, o serviço funciona no G abinete de Apoio ao Munícipe, no edifício dos Paços do Concelho.

Entre as tarefas já definidas contam-se as de “atender os cidadãos com deficiências ou incapacidade e respectivas famílias; prestar informação sobre os direitos, benefícios e recursos existentes; proceder ao seu correcto encaminhamento e desenvolver uma função de mediação junto dos serviços públicos e entidades privadas responsáveis pela resolução dos seus problemas”.

Desenvolver e “valorizar as parcerias locais para encontrar soluções mais eficazes para os problemas; divulgar boas práticas de atendimento do cidadão com deficiências ou incapacidade; e recolher informação que permita elaborar diagnósticos de caracterização local da situação das pessoas com deficiências ou incapacidade, identificar os principais problemas existentes e promover soluções adequadas são também objectivos” constituem outras missões anexadas a este novo serviço que o município disponibiliza.

Deficientes com subsídio e sem abono

As crianças e jovens portadores de deficiência de famílias com rendimentos mensais superiores a 628 euros também deixam de receber o abono de família já em Novembro. Mantém-se, contudo, o subsídio por deficiência, que não está indexado aos rendimentos.

O fim da atribuição do abono de família nos 4.º e 5.º escalões de rendimentos abrange também as crianças e os jovens com deficiência, confirmou o JN junto de fonte do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

O que continuará a ser pago, e nos mesmos moldes, é o subsídio por deficiência, cujo valor é calculado em função da idade e não dos rendimentos da família.

A Portaria n.º 1113/2010, que fixa os montantes dos abonos de família a pagar já no próximo mês e que foi quinta-feira publicada em "Diário da República", mantém inalterados os subsídios por deficiência, de funeral, vitalício e por assistência a terceira pessoa.

Nas famílias com rendimentos do 1.º escalão, os bebés até aos 12 meses passam a receber, por mês, 140,76 euros e, a partir daí, 35,19 euros. No 2.º escalão, os valores são 116,74 e 29,19 euros, respectivamente, para crianças até aos 12 meses e com mais de um ano. Para o 3.º escalão, os montantes são 92,29 e 26,54 euros.

Os montantes do abono de família pré-natal e a majoração do abono para famílias numerosas também são actualizados pela portaria ontem publicada e que entra em vigor segunda-feira. A majoração para famílias monoparentais mantém-se em 20% sobre o valor do abono de família ou do abono pré-natal.

A eliminação do abono para os 4.º e 5.º escalões - onde se incluem as famílias que aufiram um rendimento mensal bruto 1,5 superior ao indexante para os apoios sociais (628,83 euros/mês) - deverá afectar mais de 380 mil beneficiários.

A decisão foi fixada pelo Decreto-Lei n.º 116/2010, de 22 de Outubro, que também aboliu a majoração de 25% que cerca de um milhão de agregados familiares mais carenciados (1.º e 2º escalões) recebia há dois anos. Os cortes foram decididos pelo Governo no âmbito das medidas de austeridade.

Implante ocular ajuda cegos a ver

Cientistas desenvolveram um implante ocular que, nas experiências realizadas, permitiu a três cegos identificarem formas e objectos. Este dispositivo pode tornar-se comum no tratamento de vários tipos de cegueira. Veja os vídeos.

O aparelho ocular, desenvolvido por um grupo de cientistas alemães, foi avaliado por peritos que acreditam que poderá mudar a vida a cerca de 200 mil pessoas em todo o mundo que sofrem de cegueira causada por uma doença degenerativa da retina chamada Retinitis Pigmentosa.



O dispositivo ocular é colocado por baixo da retina e funciona como os receptores de luz que se perdem com a doença. Depois de detectar a luz, o implante usa o processador natural de luz do olho para estabelecer uma imagem visual estável.

Eberhart Zrenner, director do Instituto de Oftalmologia da Universidade de Tuebingen, na Alemanha, e director de uma empresa chamada Retinal Implant AG, que é responsável por produzir os implantes, afirmou que os resultados das experiências foram "a prova de um conceito" e que o passo seguinte será alargar as experiências entre 25 a 50 pacientes na Europa.

"Provámos que é possível fazer com que as pessoas tenham visão suficiente para o dia-a-dia", declarou ainda Zrenner.

De acordo com o estudo publicado na revista científica "Proceedings of the Royal Society", um paciente cego com o implante na retina foi capaz de identificar e descobrir objectos colocados em cima de uma mesa e de andar livremente num quarto, sem qualquer ajuda.



O paciente conseguiu, inclusive, ver as horas num relógio e diferenciar sete escalas de cinzento, disseram os investigadores. Os testes foram iniciados sete a nove dias depois de o implante ter sido colocado.

O dispositivo ocular é um pequeno objecto de 3 milímetros quadrados e de um décimo de milímetro de espessura que se coloca dentro do olho e é composto por 1500 sensores microscópicos de luz ligados a amplificadores e eléctrodos.

Segundo Zrenner, os testes ao implante estarão completos dentro de dois a três anos e, se tiverem sucesso, o aparelho pode começar a ser comercializado dentro de cinco anos, estando disponível para milhares de pacientes.

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Portugal importa reabilitação neurológica de Cuba


É o primeiro braço mundial do Centro Internacional de Reabilitação Neurológica (CIREN) e vai instalar-se em Portugal. Um protocolo de transferência tecnológica entre o centro cubano e a Fundação Padre António Vieira vai trazer para o país as técnicas ali aplicadas. A iniciativa tem como epicentro o Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (ISAVE), que a partir de Julho de 2011 começará a receber os primeiros doentes em ambulatório, nas instalações na Póvoa de Lanhoso, e num novo hospital-escola de 30 milhões de euros a inaugurar em Valongo.

Em causa estão tratamentos para doentes com paralisia, deformações congénitas como síndrome de Down ou doenças neurodegenerativas como Parkinson. Pedro Paraíso, administrador do ISAVE, explicou ao i que a grande diferença da metodologia aplicada em Cuba é a intensidade e a multidisciplinaridade do acompanhamento: o plano de tratamento é personalizado e envolve uma equipa de nove técnicos - um neurologista e um fisiatra, entre terapeutas da fala, terapia ocupacional ou cultura desportiva - em ciclos de 28 dias. A importação das técnicas, diz, vai demorar os próximos cinco anos, sendo o objectivo formar de raiz especialistas portugueses para acompanharem em casa os 300 doentes que recorrem a Havana, mas também doentes de outros países europeus.

Dia 15 de Novembro partem para Cuba dez técnicos do ISAVE para um mês de formação. Em Janeiro arranca a formação em Portugal, explicou o responsável. A ideia é virem para o país cinco técnicos cubanos para períodos de formação de três a seis meses, até 2016. Em Havana, cada quatro semanas de tratamento têm um custo base de 20 mil euros. Pedro Paraíso não adiantou os preços que serão praticados em Portugal.

Os familiares de doentes ouvidos pelo i falam de discriminação na comunidade médica em relação à abordagem cubana e garantem que os resultados são visíveis. Pedro Paraíso, que regressou esta semana de Cuba, dá um exemplo: conheceu uma doente portuguesa paralisada num acidente de automóvel há quatro anos e que num programa de tratamento de três meses voltou a falar e a andar.

Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, é peremptório: "É preciso a maior prudência em relação a estas iniciativas", diz, acrescentando que alguns tratamentos podem ser embustes. Rui Costa, especialista em neurociências da Fundação Champalimaud, é menos pessimista. "É óbvio que é preciso haver mais investigação na área, mas muitas técnicas de fisioterapia começam a ser aplicadas antes de se conhecerem os seus efeitos exactos." Sobre a técnica cubana, o especialista confirma que em alguns doentes os resultados superaram o acompanhamento tradicional, mas a grande dificuldade é garantir que funcione para todos. "É sempre bom testar novas metodologias, desde que se respeite o potencial de risco."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Google desenvolve aplicativospara deficientes visuais

Poucas pessoas perceberam, mas alguns dos melhores recursos lançados para os smartphones estão relacionados a acessibilidade. Há alguns meses, Austin Seraphin, um usuário de iPhone com deficiência visual, escreveu um artigo sobre como o dispositivo tinha mudado a sua vida.
Com isso, desenvolvedores do Android também entraram na onda e passaram a criar aplicativos para ajudar a transformar estes telefones inteligentes em um complemento dos sentidos.
Recentemente, a Google lançou dois novos aplicativos para Android que ajudam os cegos a navegar melhor pelas cidades. Um dos aplicativos, chamado de WalkyTalky, lê em voz alta as indicações do caminho, além de falar os nomes das ruas conforme a pessoa vai passando por elas. Já o Intersection Explorer traz um mapa interativo com a localização atual do usuário. Ao arrastar o dedo sobre a tela, o aplicativo fala em voz alta os nomes dos locais, indicando a orientação e a distância. Desta forma, os deficientes visuais podem aprender a configurar o mapa na sua cabeça e lembrar os caminhos.
Para saber mais sobre os dois aplicativos, entre no blog oficial: Eyes-Free Android.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Orçamento sobe 7% para a educação especial

O orçamento de acções previstas para a área da educação especial cresce no próximo ano cerca de 7%, o que demonstra uma "forte aposta" do Governo, disse o secretário de Estado Adjunto, no Parlamento.De acordo com Alexandre Ventura, o investimento reflecte-se de "uma maneira muito clara" quer ao nível das instituições de educação especial, quer ao nível dos apoios que esta área requer dos investimentos nas escolas da rede pública.
"Há uma clara e manifesta decisão da parte do Ministério da Educação de investir nesta área", garantiu o secretário de Estado Adjunto e da Educação, que hoje, quarta-feira, apresentou os números na comissão parlamentar.
Em relação ao ano lectivo anterior, mantém-se o mesmo número de escolas para alunos surdos (20) e de escolas de referência para alunos cegos e de baixa visão (52), mas aumenta o número de alunos tanto num caso como noutro, devido a uma optimização dos recursos, disse Alexandre Ventura.
"Quanto às unidades de apoio especializado a alunos com autismo, passamos de 187 a 231 no ano em curso", indicou.
Relativamente a unidades de apoio especializado a alunos com multideficiência passaram de 292 para 320.
Mantêm-se 74 centros de recursos para a inclusão, bem como o respectivo volume de financiamento destes apoios que existem desde Setembro de 2009 com recurso à experiência de instituições privadas.
"Apoiam 13.536 alunos que estão nas escolas públicas com a sua experiência", afirmou o secretário de Estado, explicando que estes técnicos dos centros de recursos para a inclusão se dirigem às escolas da rede pública para apoiar as crianças com necessidades educativas especiais.
O secretário de Estado sublinhou também que em termos dos docentes em estabelecimentos públicos alocados a esta área específica passaram de 4779 para 6225, actualmente envolvidos na educação especial.
"Em termos de alunos apoiávamos 25.029 e agora apoiamos 33.186 alunos", acrescentou.
Alexandre Ventura apontou também um crescimento significativo, indicando que os docentes afectados às unidades especializadas passaram de 686 para 955 este ano.
Já o número de educadores destacados para a intervenção precoce mantém-se em 500.
De acordo com o secretário de Estado, os técnicos neste domínio, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, fisioterapeutas, formadores e intérpretes de linguagem gestual portuguesa passaram de 1289 para 1300, enquanto os assistentes operacionais passaram de 700 para 714.
Alexandre Ventura reafirmou a aposta do Ministério da Educação neste domínio e lembrou que o Governo encomendou um estudo para acompanhar as medidas no terreno que estará concluído em Dezembro e apresentará recomendações para a melhoria do sistema.

Um Brinquedo Adaptado pelo aniversário de cada criança

A distribuição e oferta gratuita de brinquedos adaptados, foi alargada a uma oferta de um brinquedo por semana a crianças que festejem o seu aniversário nesse período. Até fim de 2009 e durante 2010, o portal AjudasCom em conjunto com os mais recentes parceiros, SetCom (adaptação, produção de manípulos e tecnologias de apoio) e CONCENTRA (oferta de brinquedos, oferece um brinquedo por semana a crianças com deficiência motora severa, com perturbações no desenvolvimento ou com necessidade de intervenção precoce, que celebrem o seu aniversário nessa semana.Esta iniciativa é absolutamente exclusiva deste portal e a única que permite que brinquedos vulgares mas com as devidas adaptações e o respectivo manípulo, cheguem a muitas crianças que dependem desta ajuda para BRINCAR e APRENDER!Esta oferta surge como consequência natural do sucesso alcançado anteriormente, cujas quantidades totais já ultrapassam os 800 brinquedos.Para inscrever uma criança de forma a que possa receber um brinquedo adaptado, deverá enviar um e-mail para AjudasCom com as indicações seguintes:
Nome da Criança, género (masculino ou feminino), idade, nome da mãe, patologia ou principais dificuldades, DATA de ANIVERSÁRIO, morada, contacto directo telefónico.É pelo Brincar que tudo começa por isso TODOS deveríamos poder brincar.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Novidades formação ForAll

Workshop
Autismo: Diagnóstico e Estratégias de IntervençãoCalendarização:30 de Outubro das 10h às 13h e das 14h às 18h
Localização: Porto
Preço de Inscrição:Estudantes Pré-Graduados: €40*Profissionais: €50*

Workshop
Dificuldades de AprendizagemCalendarização:13 de Novembro das 10h às 13h e das 14h às 18h
Localização: Porto
Preço de Inscrição:Estudantes Pré-Graduados: €40*Profissionais: €50*

Contactos: 222022295, 934472129 ou geral@forall.pt

ACAPO celebra 21.º Aniversário

Em Outubro a ACAPO celebra 21 anos de existência e vai assinalar a efeméride com um almoço-convívio, a realizar na cidade de Braga.
No dia 23 de Outubro, a Direcção Nacional em colaboração com as Direcções de Delegação, convida os associados, familiares e amigos da ACAPO a reunirem-se, no Restaurante Palace Club, para um almoço seguido de convívio musical.
Os interessados deverão inscrever-se junto das secretarias das suas Delegações, onde poderão também obter mais informações no que respeita a preços e condições de alojamento e transporte.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ACAPO inaugura Centro de Treino em Actividades da Vida Diária

Direcção Nacional da ACAPO e a Delegação de Viseu da ACAPO assinalam o Dia Mundial da Bengala Branca com a inauguração de um Centro de Treino em Actividades da Vida Diária (AVD’s).
No dia 15 de Outubro, pelas 16h30, é apresentado na sede da Delegação de Viseu da ACAPO um equipamento inovador destinado a pessoas com deficiência visual. O projecto, apoiado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, através do Subprograma Incluir Mais 2010, vai permitir dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela ACAPO no âmbito da estimulação sensorial e no apoio às actividades da vida diária, “numa lógica de proximidade e ajustada à realidade dos utentes” refere Carlos Lopes, presidente da Direcção Nacional da ACAPO.

O centro, em tudo semelhante a uma casa de habitação, é composto por sala, cozinha, quarto e casa de banho, e destina-se ao treino de múltiplas tarefas quotidianas que permitam à pessoa com deficiência visual participar activamente no ambiente em que vive.
Projectado a pensar na habilitação de todas as pessoas com deficiência visual, e em particular nas que perderam a visão recentemente, no Centro de AVD’s serão exploradas situações referentes à alimentação, higiene pessoal, segurança, actividades domésticas e vestuário. Estas competências serão adquiridas, com apoio especializado, segundo planos individualizados de trabalho, sendo prestado numa fase final uma intervenção ao domicílio do utente, de modo a possibilitar a readaptação aos seus próprios equipamentos.Até ao final do ano, a ACAPO espera inaugurar outros dois centros de AVD’s nas cidades de Coimbra e Lisboa, segundo revela o Presidente da Direcção Nacional, Carlos Lopes

Seminário - Acessibilidades em espaços públicos


No Auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva em Braga vai realizar-se no próximo dia 29 de Outubro, entre as 09:00h e as 17:30h, um Seminário subordinado ao tema “Acessibilidades em Espaços Públicos”.
Este seminário conta com o apoio da Biblioteca Municipal de Lúcio Craveiro da Silva – serviço de documentação e apoio à inclusão e do Instituto Nacional para a Reabilitação.
O Seminário pretende sensibilizar os cidadãos para a importância da temática do acesso de deficientes a espaços públicos, na necessária disponibilização de serviços públicos e gratuitos que proporcionem o seu acesso à informação e formação ao longo da vida, contribuindo para a literacia e inclusão social.
Pretende-se também divulgar o serviço BAI desenvolvido e prestado pela Biblioteca atendendo às necessidades especiais dos frequentadores do espaço, numa perspectiva de inclusão nos espaços públicos.
O BAI constitui um serviço público de apoio ao deficiente visual (mais especificamente), pautado pelos princípios de equidade no acesso à informação e à cultura a todos os cidadãos, equipado com tecnologia especializada e documentação em Braille.
Apoio esse concretizado a nível individual e institucional, para o que concorre destacadamente a parceria estabelecida com a ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, delegação de Braga e o Gabinete para a Inclusão da Universidade do Minho. A entrada e participação no seminário são gratuitas, e será atribuído a cada participante um diploma de participação.
Conheça o Programa detalhado, e faça já a sua inscrição.
Este seminário terá o apoio na tradução para a língua gestual portuguesa.

domingo, 17 de outubro de 2010

Dia Internacional da Bengala Branca, 15 de Outubro


Vencer as barreiras da cegueira Há ainda um longo caminho a percorrer para que pessoas com deficiências visuais estejam totalmente integradas na sociedade. Em entrevista, Carlos Lopes fala de alguns aspectos a melhorar
Ainda não estão garantidas as condições que permitam às pessoas cegas e amblíopes de «participar em sociedade em condições de plena igualdade», explicou o presidente da ACAPO, Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. Na educação, formação profissional, acesso ao mercado de trabalho, acessibilidades, acesso à cultura, informação e desporto permanecem muitos obstáculos que o deficiente visual tem de ultrapassar.Educação das crianças«Em primeiro lugar, é importante que as próprias crianças e famílias assumam as suas limitações sem preconceitos, de uma forma realista», considera Carlos Lopes. É importante que definam métodos de estudo e aprendizagem de ferramentas que capacitem as crianças e lhes permitam ter acesso a uma educação de qualidade. «Muitas famílias têm ainda alguma rejeição ao facto de assumirem que os seus próprios filhos têm uma deficiência visual e que a mesma é real e tem que ser encarada e ultrapassada». Retardam a adopção de ferramentas fundamentais como o uso da bengala e o ensino do braille, sistema de leitura táctil, o que acaba por prejudicar o desenvolvimento das crianças.«Há ainda muitos professores e educadores que estão a trabalhar com crianças com deficiências que não têm formação em braille e não têm formação sobre como trabalhar com uma criança cega. Temos que trabalhar muito a esse nível», explica o responsável. É necessário investir no apetrechamento de instituições de ensino. Várias escolas de «referência» não são mais do que «escolas mais bem preparadas para receber alunos com deficiência visual». Muitas não contam com máquinas de braille, nem professores devidamente formados.Acesso ao mercado de trabalho«Há três vezes mais pessoas desempregadas [entre os deficientes visuais] do que na população em geral», revela. As próprias agências de emprego recusam-se a recrutar cegos e amblíopes por este ser um critério previamente colocado pelos seus clientes. «Ainda hoje se olha para a pessoa com deficiência visual muito pela limitação que tem e não tanto pelas capacidades que com certeza também tem», constata o presidente da ACAPO. Contudo, «há inúmeras funções em que a limitação não tem qualquer impacto». Por exemplo, a área do ensino, psicologia, direito, fisioterapia e telecomunicações. Houve um «despertar» entre a população com estas limitações: aventuraram-se em áreas que há duas décadas estavam fechadas aos deficientes visuais.
ACAPO e AAC mostraram que “ajudar um cego é fácil”

Campanha nas ruas da cidade expôs as dificuldades que os invisuais enfrentam diariamente na via pública e sensibilizou os cidadãos para a importância de serem solidários.
O Dia Mundial da Bengala Branca foi ontem assinalado em Coimbra, através de uma iniciativa conjunta da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e da Associação Académica de Coimbra (AAC), que procurou sensibilizar a população para a forma correcta de ajudar um cego na via pública.
«Ajudar um cego é fácil. Basta perguntar se precisa de ajuda, para onde vai, o que quer fazer e dar-lhe o braço, mais nada. Infelizmente a população tem um certo medo de abordar um cego, as pessoas param ou afastam-se. E quando tentam ser simpáticas, são de tal maneira que atrapalham em vez de ajudar, quase que forçam os cegos na sua boa vontade», explicou ao Diário de Coimbra José Carlos, professor na ACAPO.
Os transeuntes foram desafiados a vendar os olhos e a realizar pequenas tarefas, como pedir um copo de água num café, comprar qualquer coisa numa loja, sentar-se num banco de jardim ou atravessar a estrada tendo em conta o sinal sonoro.«Muita gente pensa que, por se ser cego, é impossível fazer muita coisa. Queremos mostrar o contrário. Eles conseguem fazer uma vida normalíssima, como qualquer pessoa», defendeu José Carlos.
Autocarros que circulam em espaços também destinados aos peões (como na Baixa), passeios que não são rebaixados, carros mal estacionados e escadas irregulares são alguns dos principais obstáculos para os invisuais.
A iniciativa, que incluiu a distribuição de flyers informativos, aconteceu durante a tarde, em locais como a Praça 8 de Maio, a Estação Nova e o centro comercial Dolce Vita.
Segundo a coordenadora geral do pelouro de Intervenção Cívica e Ambiente da Direcção Geral da AAC, Patrícia Damas, «as pessoas ficaram sensibilizadas». «No entanto a adesão foi maior por parte dos adolescentes do que dos adultos e dos cidadãos mais velhos», concluiu a estudante.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

II Jornadas Transmontanas de Paralesia Cerebral

LOCAL
Auditório Hotel Mira Corgo

Destinatários:
Profissionais de Saúde, Professores, Educadores de Infância e outros profissionais que lidem diariamente ou mostrem interesse pela área da Paralisia Cerebral.

INSCRIÇÃO
Normal: 100 €
Estudante: 75 €
Sócio: 75 €
Colaboradores: 75€
Inscrições até: dia 3 de Novembro de 2010 e limitadas ao número de lugares disponíveis.
A ficha de inscrição encontra-se disponível na página da APCVR no endereço http://www.apc-vilareal.org.pt/. Após preenchimento da ficha de inscrição solicita-se o envio da mesma e do comprovativo de pagamento (digitalização do talão multibanco) para o correio electrónico jornadas.apcvr@sapo.pt. Nota: as inscrições só serão validadas mediante apresentação de comprovativo de pagamento.

Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real
Av. Osnabruck, Lugar da Regada,
Apartado 1006
5001-801 Vila Real
Contactos
939 592 067
939 047 662
Correio electrónico: jornadas.apcvr@sapo.pt

sábado, 9 de outubro de 2010

8.ª Edição do Concurso "Escola Alerta"


O Instituto Nacional para a Reabilitação promove a 8ª edição do Concurso “Escola Alerta: Acessibilidade para Todos” que visa sensibilizar e mobilizar os alunos e as escolas para a igualdade de direitos e oportunidades, a não discriminação e a criação de condições para a acessibilidade de pessoas com deficiências ou incapacidade.

O Concurso dirige-se aos alunos que frequentem estabelecimentos privados ou públicos do Ensino Básico e Secundário do Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e prevê a atribuição de prémios distritais/regionais e nacionais aos melhores classificados.
Os alunos, sob orientação do pessoal docente, são convidados a identificar as múltiplas barreiras (sociais, atitudinais, de informação, comunicação e urbanístico-arquitectónicas) existentes no espaço que os rodeia (rua, escola, transportes públicos, etc.), e a propor soluções e iniciativas que contribuam para tornar estes espaços mais acessíveis.
Os trabalhos deverão ser remetidos para apreciação até ao dia 18 de Março de 2011.


Mais informações:http://www.inr.pt/ - http://www.inr.pt/content/1/412/concurso-escola-alerta
Dr. Miguel Ferro – miguel.t.ferro@seg-social.pt;
Dr.ª Maria de São José Amaral – sao.jose.amaral@seg-social.pt
Tel. 21 792 95 00 Fax 21 792 9595/6
Actualizado em ( Terça, 31 Agosto 2010 10:27 )

Olhares Tácteis”, uma exposição visual e táctil

De 17 de Setembro a 15 de Outubro, Lisboa recebe a exposição internacional “Olhares Tácteis”, que conta com o Alto Patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa, do Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa, dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, do Oculista das Avenidas.

Pela primeira vez, as fotografias mais admiráveis do mundo, captadas pela câmara de Yann Arthus-Bertrand, estão acessíveis a deficientes visuais e, doravante, já podem partilhar a experiência lado a lado com os normovisuais. Mas tal só foi possível graças ao trabalho de Alain Mikli, desenhador de óculos desde 1978, que conseguiu através do acetato de celulose tornar a fotografia uma arte compreensível através do tacto.
A vinda da exposição para Portugal contou com a colaboração da ACAPO na adaptação dos materiais informativos (produção braille) e de consultoria em acessibilidades.
Entrada Gratuita
Local: Museu do Regimento de Sapadores dos Bombeiros de Lisboa
(Perto do Centro Comercial Colombo)
Acessos: Autocarro – Estação Colégio Militar/Luz e Metro (Linha Azul)
Horário de funcionamento:
Segunda a Sexta-feira: 9h30-12h30 e das 14h00-17h00
Sábado 15h00-17h00
Mais informações

Falando com quem faz...

No dia 23/10(sábado) decorrerá mais uma sessão do ciclo “Falando com quem faz...”. Desta vez o tema será “Ajudas Técnicas e Sistemas de Apoio à Comunicação ” , a cargo de Helena Fernandes e Helena NunesA sessão promovida pela Associação Nacional de Docentes de Educação Especial realiza-se-á das 10h00 às 13h00, Universidade Aveiro: Ciências da Educação - Campus Universitário de Santiago
Para os associados, com a quota actualizada a entrada será livre. Os não associados deverão efectuar o pagamento de 7,50€ através de transferência bancária, para o NIB: 0036 0106 9910 0042 3297 4, enviando-nos respectivo comprovativo de preferencia digitalizado para proandee@gmail.com
Aos participantes será entregue certificado no dia da realização da sessão de formação.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Congresso Comunicar 2010 - Programa

Data: 4 e 5 de Novembro de 2010 - Anfiteatro do Centro de Congressos do Instituto Superior Técnico

Programa Final
As sessões do Congresso decorrerão entre as 09h00 e as 17h00 com intervalo para almoço entre as 12h45 e as 14h00. Os participantes poderão registar-se a partir das 08h15 do 1º dia, 4 de Novembro.

Conferências Plenárias
5F, dia 4 de Novembro (09h45 – 10h30) “Meeting the Needs of People with Complex Communication Needs Through a Team Approach” Prof. Albert Cook, University of Alberta, Edmonton, Canada. (Conferência em Inglês com tradução)
6F, dia 5 de Novembro (09h15 – 10h00) “Aplicación de la Interación Persona-Computador à la Comunicación Alternativa y Aumentativa” Prof. Julio Abascal, Catedrático de Informática, Universidad del Pais Basco, Espanha (Conferência em espanhol)

Comunicações
“Avaliação e Prescrição de Tecnologias de Apoio à Comunicação em Doentes com ELA” Luís Azevedo, CAPS/IST, Ana Londral, ANDITEC
“Utilização de Um Sistema de Comunicação Aumentativa num Doente com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)” Diamantino Lourenço, Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, Luís Azevedo, CAPS/IST
“Comunicação Aumentativa no Doente com ELA: A Perspectiva do Cuidador” Manuela Morais, Associação Portuguesa de ELA
“ Tecnologias de Apoio à Comunicação em Contexto Hospitalar: Projectos Especiais PT” Clara Cidade Lains, Fundação Portugal Telecom
“Comunicação Suportada na Intervenção em Pessoas com Afasia” Inês Teles Rodrigues, Equipa Unidade Cuidados Continuados LNOSTRUM, Mafra
“Utilização do Programa GRIDMobile em Pessoas com Necessidades Complexas de Comunicação” Ana Londral, ANDITEC, Paula Martins e António Carvalhal, CHLC do H. S. José, Sónia Matos, Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais
“A sua filha vai ser um vegetal: O Testemunho de uma Mãe” Mónica Lucena, mãe da Matilde, utilizadora de Comunicação Aumentativa
“Síntese e Reconhecimento de Fala: Sua Importância na Comunicação Aumentativa” João Paulo Neto, IST, VoiceInteraction/INESC
“Robôs e Comunicação Aumentativa” Pedro Encarnação, Faculdade de Engenharia da UCP, Albert Cook, Universidade de Alberta, Canadá
“Comunicação em Crianças com Paralisia Cerebral em Portugal e Europa: Uma Abordagem Epistemológica” Daniel Virella, Hospital Dona Estefânea (em nome do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral e da Surveillance of Cerebral Palsy in Europe)
“Intervenção em Crianças com Perturbações Específicas do Desenvolvimento da Linguagem (PEDL´s)” Dulce Tavares, Escola Superior de Saúde de Alcoitão
“Avaliação Psicológica em Crianças com Perturbações Neuromotoras Graves – Utilização de Testes Cognitivos e SAAC com Tecnologias de Apoio” Iolanda Gil e Catarina Faria y Maia, Serviço Psicologia, CRPCCG
“O Desenvolvimento de Competências Comunicativas e CAA” Lourdes Tavares, UADIP, Porto “Tantas Palavrinhas na Tua Cabeça, Filho: Comunicação Funcional através de Um Caderno de Comunicação” Helena Grilo, Mãe do Pedro Grilo
“Dar VEZ e Dar VOZ: Uma Escrita para Todos ” Margarida Nunes da Ponte, UTAAC,CRPCCG “Multideficiência e Tecnologias de Apoio” Clarisse Nunes, Escola Superior de Educação de Lisboa
Mesas Redondas
“Formação em Tecnologias de Apoio e Comunicação Aumentativa” Coordenação de Isabel Amaral, Escola Superior de Tecnologias da Saúde – Instituto Politécnico de Setúbal.
“Prescrição de Tecnologias de Apoio para Pessoas com Necessidades Complexas de Comunicação” Coordenação de Teresa Gaia, Médica Fisiatra.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Workshop “A CIF e os seus Contributos no Processo de Avaliação das NEE e na Programação da Intervenção em Educação Especial"

Objectivos - Reflectir sobre o novo paradigma da funcionalidade humana e as suas implicações nos modelos de intervenção junto da população com deficiência ou incapacidade; - Conhecer a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) enquanto instrumento organizador do processo de avaliação e programação da intervenção em Educação Especial; - Analisar as implicações do Decreto Lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro, no processo de avaliação das Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente; - Apresentar formas de operacionalizar a aplicação da CIF em contextos multidisciplinares no âmbito da Educação Especial.

Programa
09:30h - Apresentação
10:00h - Início da formação - Análise das implicações da nova lei da Educação Especial no processo de avaliação das NEE e na organização das respostas.
11:30h - Intervalo para café11:45h - A Classificação Internacional de Funcionalidade - Um Novo Paradigma de Avaliação das NEE: Modelo Subjacente e Aspectos Estruturais.
13:00h - Almoço (Livre)14:00h - Processo de avaliação das NEE por referência à CIF: Fases do processo, intervenientes e instrumentos de apoio.
15:30h - Intervalo para café
15:45h - A aplicabilidade da CIF: Apresentação de estudos de caso.~
18:00h - Fim dos Trabalhos

Formadora Maria da Conceição Vitorino Baião – Professora de Educação Especial- Especialização no domínio Cognitivo e Motor.- Mestranda do Curso de Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio da Universidade Lusófona.

Destinatários - Docentes de Educação Especial; - Psicólogos e Terapeutas; - Técnicos de Serviço Social - Estudantes de cursos das áreas da Educação ou da Saúde.

Local: Hospital CUF Descobertas - Lisboa (Parque das Nações)

Nº de Vagas - 35 (Admissão por Ordem de Chegada das Fichas de Inscrição)

Horário: 9.30 às 18 horas

Preço de Inscrição Até 04/10/2010 - € 75 ; Após 04/10/2010 - € 100
Possibilidade de efectuar o pagamento com 2 cheques pré-datados (30 Set. e 30 Out. 2010). Nota: O cheque deve ser passado à ordem de Oficina Didáctica e enviado juntamente com a ficha de inscrição. Se preferir efectuar o pagamento por transferência bancária, por favor solicite-nos o NIB. Caso a inscrição não seja aceite, os valores pagos serão devolvidos.
Secretariado
Oficina DidácticaRua D. João V, nº 6-B (ao Rato)1250-090 LisboaTel.: 213 872 458 -
Email: info@oficinadidactica.pt

Divulgação - Colóquio Leitura: Investigação e Ensino

O colóquio Leitura: investigação e ensino surge na sequência de actividadesde investigação sobre Leitura que têm vindo a ser desenvolvidas nolaboratório de Psicolinguística da Faculdade de Letras da Universidade deLisboa, no âmbito de projectos financiados pela Fundação Calouste Gulbenkiane pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
A investigação no domínio da Leitura desenvolve-se em Portugal nasinstituições de ensino superior e em algumas associações na área da saúde edo ensino. As abordagens são variadas, como requer uma área multidisciplinarque inclui abordagens sociológicas, literárias, psicolinguísticas,neurolinguísticas e outras. Por contactos regulares que temos vindo aprivilegiar com equipas de investigação em Portugal, constatamos que osestudos realizados e em curso são de excelente qualidade, mas que sedistribuem por tópicos que por vezes são exaustivamente estudados, deixandooutros tópicos relevantes por abordar e por aprofundar.
Surgiu assim a ideia de promover um espaço de diálogo que criasse condiçõespara a apresentação e discussão do trabalho sobre Leitura e para oestabelecimento de relações de colaboração científica e tecnológica entreequipas. São objectivos do colóquio Leitura:investigação e ensino:- Aprofundar e actualizar saberes em domínios fundamentais para ainvestigação em Leitura, nomeadamente em psicolinguística e emneurolinguística, com impacto no ensino, na avaliação e na intervençãoclínicas.- Conhecer a investigação realizada em Portugal no que se refere ao estudodos processos de leitura e à produção de materiais para diagnóstico eavaliação dos conhecimentos e das capacidades envolvidas no acto de ler.- Constituir uma rede nacional de investigadores na área da Leitura, nosentido de conjugar esforços de investigação.
Os estudos psicolinguísticos e neurolinguísticos assim como as respectivasimplicações para o ensino e a intervenção clínica são o eixo estruturadordas conferências e das mesas-redondas programadas.Temos o privilégio de contar com a presença de investigadores de renome,internacionais e nacionais.
Para mais informações aceda ao site:
O colóquio Leitura: investigação e ensino surge na sequência de actividadesde investigação sobre Leitura que têm vindo a ser desenvolvidas nolaboratório de Psicolinguística da Faculdade de Letras da Universidade deLisboa, no âmbito de projectos financiados pela Fundação Calouste Gulbenkiane pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
A investigação no domínio da Leitura desenvolve-se em Portugal nasinstituições de ensino superior e em algumas associações na área da saúde edo ensino. As abordagens são variadas, como requer uma área multidisciplinarque inclui abordagens sociológicas, literárias, psicolinguísticas,neurolinguísticas e outras. Por contactos regulares que temos vindo aprivilegiar com equipas de investigação em Portugal, constatamos que osestudos realizados e em curso são de excelente qualidade, mas que sedistribuem por tópicos que por vezes são exaustivamente estudados, deixandooutros tópicos relevantes por abordar e por aprofundar.
Surgiu assim a ideia de promover um espaço de diálogo que criasse condiçõespara a apresentação e discussão do trabalho sobre Leitura e para oestabelecimento de relações de colaboração científica e tecnológica entreequipas. São objectivos do colóquio Leitura:investigação e ensino:- Aprofundar e actualizar saberes em domínios fundamentais para ainvestigação em Leitura, nomeadamente em psicolinguística e emneurolinguística, com impacto no ensino, na avaliação e na intervençãoclínicas.- Conhecer a investigação realizada em Portugal no que se refere ao estudodos processos de leitura e à produção de materiais para diagnóstico eavaliação dos conhecimentos e das capacidades envolvidas no acto de ler.- Constituir uma rede nacional de investigadores na área da Leitura, nosentido de conjugar esforços de investigação.
Os estudos psicolinguísticos e neurolinguísticos assim como as respectivasimplicações para o ensino e a intervenção clínica são o eixo estruturadordas conferências e das mesas-redondas programadas.Temos o privilégio de contar com a presença de investigadores de renome,internacionais e nacionais.
Para mais informações aceda ao site:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

2as Jornadas da Deficiência “SER (IN)DIFERENTE – A deficiência na sociedade”

A Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão irão realizar, no dia 9 de Outubro de 2010, as 2as Jornadas da Deficiência “SER (IN)DIFERENTE – A deficiência na sociedade” que terá lugar na Casa das Artes – Vila Nova de Famalicão.
Objectivo:
Sensibilizar a comunidade para a temática da deficiência mental em jovens e adultos, assim como discutir temas actuais que preocupam os pais e profissionais ligados à área da deficiência.
Serão abordados temas como: Direitos do Cidadão Portador de Deficiência, a Sexualidade na Deficiência, Escolaridade – Ensino e Aprendizagem e Transição para a Idade Adulta.
Pretende-se assim explorar e responder a novos desafios e partilhar experiências entre profissionais e investigadores que possam contribuir para a divulgação de boas práticas de intervenção junto de pessoas com Deficiência Mental.
Público alvo:
Familiares de pessoas com deficiência, Profissionais de Saúde, Técnicos de Reabilitação, Técnicos de Inserção Laboral, Assistentes Sociais, Sociólogos, Psicólogos, Educadores de Infância, Professores, Fisioterapeutas, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Animadores Socio-Culturais e outros interessados.
Temas abordados:
Direitos do cidadão portador de deficiência
Sexualidade na deficiência
Escolaridade – ensino e aprendizagem
Transição para idade adulta
Inscrição:
20 euros – público em geral
10 euros – sócios da AFPAD, estudantes e desempregados
Formas de inscrição:
Directamente na secretaria da sede da AFPAD
Correio (morada da sede da AFPAD)
FAX
E-mail: jornadas@afpad.org

sábado, 18 de setembro de 2010

Ensaio sobre a cegueira. Ver de olhos bem fechados

"Devem-lhe estar a fazer alguma surpresa", diz um homem ao meu lado como se me falasse directamente ao ouvido. Calculei, pelo tom de voz, que teria cerca de 30 anos, mas não sei, não lhe vi a cara. Imaginei que fosse alto e ligeiramente careca. Quando não se vê, o cérebro bombardeia-nos com imagens instantâneas para colorir uma realidade negra e todos os sons parecem mais próximos do que são. Esse homem não falava comigo, comentava com alguém a venda que eu tinha nos olhos e seguiu a sua vida. Sei que atravessou a passadeira sem problemas - mas eu não. Tropecei num degrau com pouco mais de um centímetro e assustei-me com o barulho dos carros que passavam rente aos pés. Pensei que em vez de sandálias teria sido melhor ter calçado um par de ténis antes de sair de casa.
O sol do Rossio, em Lisboa, ficou vendado há uns minutos e os outros sentidos começam a despertar do entorpecimento habitual. Percebi que tenho um péssimo olfacto. Nunca precisei dele para identificar os estabelecimentos que àquela hora da manhã começam a retomar a actividade dos dias anteriores. "Consegue identificar que loja é esta pelo cheiro?", pergunta entusiasmado Peter Colwell, 52 anos, técnico de Acessibilidades da ACAPO - que ainda deve ter os dedos da minha mão marcados no braço, com tanta força o agarrava para atravessar as ruas. "É uma livraria. Cheira a livros velhos", arrisco. Não era. Era uma sapataria. "E aqui?", pergunta novamente, com menos esperanças. "Cheira a flores..." Também não era uma florista; era uma farmácia. O barulho de garrafas a tilintar dentro de grades e a serem transportadas para dentro de uma qualquer porta é inconfundível. Estou perto de um café, pensei. Desta vez correu bem.
Estamos na Semana Europeia da Mobilidade e Peter, que conhece mais Portugal e os portugueses do que a Inglaterra (está cá há 30 anos), não poupa críticas no ainda cerrado sotaque britânico. "Há atrocidades arquitectónicas por toda a cidade. Isto não devia acontecer no centro histórico de Lisboa", reclama. "Por exemplo, aqui não há diferenciação de piso, contudo, temos duas passadeiras e um passeio. Se para nós, que vemos, se torna complicado distinguir por onde devemos andar, imagine para um cego. Parece tudo a mesma coisa."
Os sinais sonoros que ouvimos quando está verde para os peões também estão longe de servir. São ineficazes e poucos. De olhos vendados começo a atravessar a rua a ouvir o som, quando chego ao outro lado já não ouço coisa alguma. "Pedimos para aumentar o som, mas a Câmara de Lisboa veio com a desculpa de que não podia fazê-lo porque os residentes queixavam-se do barulho. E eu pergunto-me: ''Que residentes? Não mora ninguém no Rossio''." Uma passadeira que dá acesso à Rua Augusta, na Baixa lisboeta - uma das mais movimentadas da cidade - precisa deste sistema. Como se faz então?, pergunto. "Tenta-se perceber quando os carros estão parados, ou simplesmente fica-se à espera de ajuda", desabafa, acrescentando que mais de duas mil pessoas são atropeladas anualmente em passagens sinalizadas.
Mariana Rocha, vice-presidente da instituição, vive no Porto e como tantos outros não vê. "Quando em 1997 saiu a primeira legislação [em que foram instituídos os sinais sonoros e a diferenciação de piso] houve uma grande evolução. Mas estamos a desacelerar. O mais importante continuam a ser os problemas mais simples. É necessário tapar buracos, remover os obstáculos cívicos, como postes no meio dos passeios", diz, acrescentando que coisas simples como horários dos transportes públicos ainda não existem em braile.
Tiro a venda e o Rossio volta a ter luz. Ganhei um novo sentido: o da consciencialização.

Miopia: Esperança na genética

Gene RASGRF1 implicado no desenvolvimento da doença

Miopia impede de ver nitidamente ao longeDuas equipas internacionais, uma sediada em Londres e outra em Roterdão, publicaram recentemente um estudo, na Nature Genetics, sobre a identificação do gene do cromossoma 15 – o RASGRF1 –, implicado no desenvolvimento da miopia forte. Os cientistas têm esperança de conseguir a longo termo que esta novidade venha abrir portas para criar novos medicamentos ou terapias genéticas que travem o seu desenvolvimento.Com o progresso da investigação genética poderá prevenir-se o desenvolvimento da doença daqui por dez anos, segundo estimam os investigadores. O gene RASGRF1 já era conhecido por influenciar as células nervosas da retina. Os especialistas acordam que não apenas um, mas sim vários genes intervêm no desenvolvimento da miopia.Uma das investigações, levada a cabo pela equipa de Pirro Hysi, do King's College, foi realizada em 4200 gémeos e a outra, do grupo de Caroline Klaver, do Erasmus Medical Center, abrangeu 15 mil pessoas. Um dos objectivos é determinar a influência respectiva da hereditariedade e dos hábitos de vida no aparecimento da deformação do olho e conseguir bloqueá-la.Este problema impede o afectado de ver nitidamente ao longe. A maioria das pessoas sofre de miopia fraca e estabiliza por volta dos 25 anos, mas 2,5 por cento são atingidas por miopia forte e evolutiva, que as acompanha praticamente toda a vida. Quem sofre desta maleita corre igualmente o risco de vir a ter outras patologias graves do olho, como glaucoma, problemas da retina ou cataratas precoces.

Dicionário de Língua Gestual Portuguesa - Apresentação

A Porto Editora tem a honra de apresentar o Dicionário de Língua Gestual Portuguesa, uma obra que procura auxiliar uma comunidade cada vez mais vasta de utilizadores, quer a título pessoal ou profissional, preenchendo uma lacuna há muito sentida no mercado editorial português.
O Dicionário de Língua Gestual Portuguesa representa, tanto do ponto de vista social, como cultural, um marco na valorização desta forma de expressão que é, desde 1997, uma das línguas oficiais de Portugal. Foi organizado especificamente para o contexto português por Ana Bela Baltazar, especialista em Língua Gestual, que exerce funções de intérprete na Rádio Televisão Portuguesa e na Associação de Surdos do Porto e é presidente do Centro de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual, para além de ter a seu cargo a docência de várias disciplinas do âmbito da Língua Gestual.
Para marcar este lançamento, a Porto Editora e o Agrupamento de Escolas de Eugénio de Andrade têm o prazer de convidá-lo para a apresentação desta obra de referência. A apresentação decorrerá no próximo dia 21 de Setembro, terça-feira, às 15:00, no auditório da E. B. 2/3 de Paranhos, sito na Rua Augusto Lessa, no Porto.

Dicionário de Língua Gestual Portuguesa- Mais de 5200 entradas com instruções para a execução dos gestos- Cerca de 15 000 imagens ilustrativas- Organização acessível e clara- Anexos com as principais configurações usadas na obra- Lista de todos os vocábulos que sofrem alterações do Acordo Ortográfico, com indicação da nova grafia- Vídeos de todas as entradas reunidos no DVD que acompanha o dicionário- Obra de referência na área da Língua Gestual Portuguesa
SABER MAIS

Em caso de dúvida ou para qualquer contacto adicional, dirija-se ao nosso Centro de Contactos do Professor:http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/formulario-de-contacto

terça-feira, 24 de agosto de 2010

ME não cumpre legislação e inviabiliza o início do ano lectivo nos Centros de Recursos para a Inclusão

Ao não deferir a mobilidade dos docentes para os Centros de Recursos para a Inclusão conforme estabelece a legislação em vigor o Ministério da Educação inviabiliza a abertura do ano lectivo dos Centros de Recursos para a Inclusão.
Os Centros de Recursos para a Inclusão funcionam com os técnicos necessários para apoiar o sucesso educativo de alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente tendo o ME, através da Portaria nº 1102/97, estabelecido o rácio professor/aluno para o seu funcionamento.
Este diploma legal prevê a implementação de parcerias educativas entre as escolas de educação especial e os estabelecimentos de ensino públicos, estabelecendo as regras para a construção e desenvolvimento de projectos educativos, onde os alunos da escola pública com necessidades educativas especiais de carácter permanente beneficiam de todos os apoios técnicos nos Centros de Recursos para a Inclusão.
Ao legislar as regras para a implementação destas parcerias o ME estabelece, também, o rácio docente/ aluno que deverá existir, responsabilizando-se pela colocação de um docente para cada cinco alunos portadores de necessidades educativas especiais de carácter permanente.
A não autorização de mobilidades destes docentes pelo ME, conforme o rácio estabelecido na legislação,
inviabiliza a abertura do ano lectivo dos Centros de Recursos para a Inclusão
compromete a possibilidade de sucesso educativo dos alunos portadores de necessidades educativas especiais que frequentam as escolas públicas
O SPGL lamenta que medidas economicistas prejudiquem o sucesso educativo de alunos portadores de necessidades educativas especiais de carácter permanente e assim comprometam a garantia da universalidade da escolarização e exige o respeito pelo que está legislado nesta matéria, nomeadamente a colocação atempada, através da figura jurídica da mobilidade, dos docentes em falta nos Centros de Recursos para a Inclusão.
O Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
FENPROF A Direcção

Jornadas de Educação em São João da madeira

O Município de S. João da Madeira organiza Jornadas da Educação para assinalar o início do novo ano lectivo com o debate e a reflexão em torno das novas e persistentes questões sociais e humanas enfrentadas pela Escola nos dias de hoje. Este é o mote para as Jornadas da Educação, organizadas pelo Municipio de S. João da Madeira, nos dias 7 e 8 de Setembro, no auditório do Museu da Chapelaria.
Dos temas em debate, destaca-se no dia 7, de manhã: “Violência em meio escolar: quando a incivilidade impera” por João Mateus Figueiredo, psicólogo; “O Professor como mediador na resolução de conflitos”, por Elisabete Pinto da Costa, docente da Universidade Lusófona; “Factores indutores de stress nos docentes”, por Anabela Pereira, docente da Universidade de Aveiro.
Na mesma data, à tarde, Manuela Queirós, professora da EB 2,3 de S. João da Madeira, desenvolve o tema “Como dar às crianças uma educação para a inteligência emocional”. Por seu lado, a investigadora Ivete Azevedo aborda “A inteligência emocional como facilitador do sucesso educativo”.
O programa do dia 8 arranca com a conferência de Rui Matias Lima, da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, sobre “Escolhas Alimentares saudáveis”, como mote para apresentação de uma investigação realizada junto das crianças de S. João da Madeira.
Os trabalhos das jornadas continuam com o painel “Educação para a saúde na escola”, por Virgínia Monteiro, médica do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga. “A (im)pertinência da Educação Sexual das Escolas” será abordada por Paula Allen, psicóloga da Associação para o Planeamento da Família.
Pedro Rosário, docente da Universidade do Minho, estará em foco como orador do tema “Estratégias para combater o insucesso escolar” e Diana Alves, docente da Universidade do Porto, encerrará as jornadas abordando o tema “Dificuldades de Aprendizagem de leitura e escrita”.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas, e podem ser feitas para o e-mail: professores@cm-sjm.pt.

http://www.cm-sjm.pt/index.php?oid=14234&op=all

Workshop "Perturbação do Défice de Atenção e HIPERACTIVIDADE (PDAH) - Estratégias de Intervenção"

Data: 25 Set. 2010 (sábado)

Local: Lisboa (Parque das Nações)

A Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção é uma perturbação neurológica que interfere significativamente no sucesso escolar e pessoal das crianças. Com maior prevalência no sexo masculino, esta perturbação afecta 4-12% das crianças em idade escolar e é fonte de angústia para estas, seus pais, professores e educadores. Felizmente, nos últimos anos, a PHDA tem sido alvo de inúmeros estudos que têm ajudado a melhorar a sua compreensão e a desenvolver terapias eficazes para minorar os seus impactos nas crianças e seu ambiente social.

Formadoras:
Dra. Constança Carvalho - Psicóloga Clínica - Licenciada em Psicologia pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada; - Exerce a sua actividade profissional no Hospital CUF Descobertas na Consulta de Desenvolvimento Infantil e em clínica privada.
Prof. Inês Pestana - Professora - Licenciada em Ensino Básico do 1º ciclo pelo Instituto Superior de Educação e Ciências; - Exerceu a sua actividade profissional em contexto de sala de aula, actualmente trabalha em regime privado em apoios pedagógicos a crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem.

Objectivos
- Compreender a PDAH na sua vertente neurobiológica e comportamental; - Identificar sinais de alarme e critérios de diagnóstico; - Analisar as várias abordagens terapêuticas actualmente existentes; - Desenvolver estratégias de intervenção na sala de aula; - Desenvolver estratégias de intervenção familiar.
Conteúdos Programáticos - Breve explicação da PDAH enfatizando as alterações neurobiológicas e comportamentais;
- Discussão aberta sobre as várias terapêuticas conhecidas: contributos e limitações; - Apresentação de estratégias e metodologias de intervenção na sala de aula e em família; - Exercícios práticos sobre a problemática.

Destinatários: - Profissionais com intervenção na área da Educação ou da Saúde da Criança e/ou do Adolescente;
- Estudantes de cursos das áreas da Educação ou Saúde; - Pais e Encarregados de Educação.

Local: Hospital CUF Descobertas - Lisboa (Parque das Nações)

Data e Horário: 25 Setembro de 2010 (sábado), das 10:00 às 17:00 horas

Nº de Vagas - 35 (Admissão por Ordem de Chegada das Fichas de Inscrição)

Preço de Inscrição Até 19/09/2010 - € 75 ; Após 19/09/2010 - € 100
Possibilidade de efectuar o pagamento com 2 cheques pré-datados (19 Set. e 30 Out. 2010).

Nota: O cheque deve ser passado à ordem de Oficina Didáctica e enviado juntamente com a ficha de inscrição. Se preferir efectuar o pagamento por transferência bancária, por favor solicite-nos o NIB. Caso a inscrição não seja aceite, os valores pagos serão devolvidos.
Secretariado
Oficina DidácticaRua D. João V, nº 6 B (ao Rato)1250-090 LisboaTel.: 21 387 24 58 - Email: info@oficinadidactica.pt
www.oficinadidactica.pt


------------------------------------------------------------------------------------------------- Ficha de Inscrição
(De acordo com o Decreto Regulamentar nº 35/2002, de 23 de Abril) (Copie esta ficha de inscrição para o Word, preencha-a e envie juntamente com o cheque)
Nome:Morada:Localidade:Cod. Postal:Email:Tel.: Telemóvel: Profissão:Bilhete de Identidade Data de Nascimento ___/___/___ Naturalidade:Nacionalidade: Local trabalho: Tel. :
Pretendo inscrever-me no Workshop: "Perturbação do Défice de Atenção e HIPERACTIVIDADE (PDAH) - Estratégias de Intervenção" - (25 Set. ’10)
Junto envio Cheque(s) Cheque nº: do Banco: no valor de: € de / /20___ Cheque nº: do Banco: no valor de: € de / /20___Li e aceito as condições de frequência indicadas em baixoData: / / 20___ Assinatura:

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Requisição online de manuais escolares em formatos acessíveis

Encontra-se disponível a aplicação informática para requisição online de manuais escolares em formatos acessíveis a alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente.

As escolas devem entrar com o utilizador (código GEPE o mesmo utilizado para apreciação e adopção de manuais escolares) e respectiva palavra-chave.

Contactos para informações:

Tel: 21 393 46 02 / 21 393 46 08
e-mail: centro.recursos@dgidc.min-edu.pt

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Programa RAMPA - candidaturas até 14 de Setembro

Tendo por objectivo a promoção da acessibilidade ao nível autárquico, informa-se que as candidaturas ao Programa RAMPA decorrem de 12 de Julho a 14 de Setembro sendo possível obter mais informações, designadamente sobre "Aviso de abertura de candidaturas" e "Orientações técnicas para a candidatura", no sítio do POPH, consultando o Eixo prioritário 6 > Tipologia 6.5, ou no menu "Notícias", dado que ambos contêm informações complementares sobre este Programa.

Mais informações

terça-feira, 20 de julho de 2010

Carros para cegos


A National Federation of the Blind NFB (Federação Nacional de Cegos americana) e o laboratório de robótica da universidade Virgínia Tech juntaram esforços para criar um carro para invisuais.
O projecto com o nome de Blind Driver Chalenge (desafio do condutor cego) pretende criar um automóvel que possa ser conduzido por qualquer pessoa com problemas de visão.
Uma das inovações deste projecto é o facto de estar a ser dirigido por invisuais. Pretende-se “estimular a imaginação das mentes mais brilhantes, para abrir o caminho à inovação de tecnologia para invisuais” diz o representante da NFB.
Prevê-se o lançamento do primeiro protótipo no próximo ano. Será baseado num carro já existente – Ford escape Híbrido – actualmente em desenvolvimento.
Existe também um buggy que será adaptado para se tornar praticamente autónomo, equipado com lasers de rastreio e sensores. Um computador processa a informação que chega dos sensores, dando depois indicações ao condutor da manobra a realizar. Um mecanismo vibratório avisará o condutor quando deve travar ou acelerar.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Portuguesa é a primeira doutorada em Educação Especial

Após seis anos de investigação, Ana Saldanha conseguiu criar um instrumento único que permite avaliar a capacidade de jogo das crianças com autismo. A descoberta valeu-lhe nota máxima com distinção e torna-a na única portuguesa doutorada em Educação Especial.




Aos 30 anos, a maioria dos quais agarrados a livros, Ana ostenta um sorriso rasgado e não esconde o orgulho do trabalho realizado. Ontem, segunda-feira, na Universidade da Extremadura, pólo de Badajoz, defendeu durante cinco horas a tese “O Jogo em Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Desenvolvimento de um Instrumento de Avaliação”.

“Este é o fruto de alguns anos de investigação na área do Autismo” assegura Ana, revelando que a tese “surge pela carência de métodos/provas de Avaliação do Jogo Simbólico em Crianças Autistas”. A investigadora acredita e provou que “as crianças com autismo têm capacidade de jogo” apesar de “alguns autores discordarem”.

“Tanto para as crianças com incapacidade como os que não contam com ela, têm direito ao jogo e ao acesso aos brinquedos” explica Ana, admitindo que “os primeiros encontram sérias dificuldades para poder usar muitos dos jogos e brinquedos do mercado”.

Para a recém doutorada, o jogo “permite desenvolver a própria capacidade física e mental, sendo uma fonte de auto afirmação, satisfação e prazer”. O jogar “significa ser activo e preparar-se para a vida adulta”, afiança.

Depois do trabalho desenvolvido com 45 crianças espanholas, o novo instrumento de avaliação de Ana Saldanha permitiu demonstrar que “as crianças com TEA têm capacidade para poder desenvolver o jogo simbólico”, e ainda “comprovar que nesse jogo podem identificar-se dimensões que fazem referência a diferentes habilidades intelectuais específicas”.

A investigadora lembra que “o autismo é uma síndrome que ultimamente tem tido um maior enfoque de investigação”, devido ao facto de “actualmente, surgirem nas escolas e nos centros educativos uma quantidade considerável de crianças com esta perturbação”. Mesmo assim, realça “deparamo-nos no dia-a-dia com uma grande dúvida no diagnóstico diferencial, entre autismo e nomeadamente o atraso mental”.

Durante a investigação dividida entre Portugal e o país que escolheu para estudar, Espanha, Ana percebeu de imediato as grandes diferentes existentes. “Em Espanha trabalha-se em equipa. Os médicos, pediatras, psicólogos e outros especialistas trabalham em conjunto em prol da pessoa e isso não se vê em Portugal”, realça, assegurando que no caso do autismo “é importantíssimo este tipo de união entre todos”.

Defendendo que “a intervenção precoce é fundamental para o futuro das crianças com autismo”, Ana assegura que uma pessoa com autismo “pode ter qualidade de vida e até trabalhar”, basta para isso que “seja ajudada e estimulada”. Reforçando a necessidade de distinguir “autismo de doença mental”, a investigadora acredita que o instrumento de trabalho que desenvolveu permitirá dar mais felicidade aos autistas.