quarta-feira, 25 de julho de 2018

7 TECNOLOGIAS INOVADORAS PARA DEFICIENTES VISUAIS

A tecnologia pode ajudar a melhorar qualidade de vida das pessoas com deficiência. Selecionamos 5 aplicativos para Android iPhone para pessoas com problemas de visãoou cegas, a maioria deles gratuita.

 

1. BlindTool 

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Criado pelo cientista da computação Joseph Cohen, pesquisador da Universidade de Massachusetts, o aplicativo reconhece objetos.
Funciona da seguinte maneira: o usuário deve apontar o celular para seu entorno até senti-lo vibrar. Isso significa que o aplicativo detectou um objeto reconhecível e pode verbalizar qual é.
Essa leitura de objetos tridimensionais é feita por uma rede neural artificial capaz de relacionar o que está diante da câmera do aparelho com imagens armazenadas em um banco de dados, buscando semelhanças.
O sistema, claro, está sujeito a erros, mas é programado para descrever o objeto apenas se há possibilidade de ao menos 30% de acerto.
BilndTool é gratuito e está disponível para sistema Android no Google Play.

 

2. Be my eyes 

 BE MY EYES (1)
 
Esse aplicativo é especialmente interessante, pois permite que pessoas que enxergam ajudem cegos a resolver problemas pontuais, como ler uma etiqueta, um rótulo, uma conta etc.
Ao se cadastrar no sistema, o usuário pode atuar como voluntário ou como alguém que precisa de auxílio.
Este envia imagens em vídeo do que precisa ver; a outra pessoa responde por escrito e o aplicativo verbaliza.  
Be my eyes pode ser baixado gratuitamente para iPhone no iTunes.

 

3. Color ID 

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Disponível para iPhone e Android, é capaz de reconhecer os mais variados tons de cores e verbalizar (em inglês) para o usuário.
Pode ajudar pessoas com baixa visão a descobrir, por exemplo, a cor da roupa que pretende usar ou se uma fruta ainda não está madura. Gratuito.

4. IBrailler Notes

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Permite digitar anotações na tela do iPad ou iPhone compartilhá-las diretamente em braile.
Basta posicionar os dedos sobre a tela que teclas dinâmicas aparecem, melhorando o conforto do usuário.
versão mais recente para iPhone custa US$ 19,99 (em moeda brasileira vária conforme a cotação do dólar) no iTunes.

5. Ariadne GPS 

 Resultado de imagem para Ariadne GPS APP
GPS especialmente desenvolvido para cegos ajuda a saber onde ele está e a seguir rotas.
O usuário passa o dedo sobre o mapa e o aplicativo verbaliza onde ele está e oferece as coordenadas para chegar ao destino.
O celular vibra caso seja preciso atravessar um cruzamento e também sinaliza as paradas em ônibus em movimento.
Disponível em vários idiomas para IPhone, por US$ 5,99 (em moeda brasileira vária conforme a cotação do dólar).

6. Ubook 

ubook (Foto: Reprodução/ubook)
ubook é uma loja de audiolivros com mais de 1000 títulos no catálogo (Foto: Reprodução/ubook)
Ubook é uma audioteca com plano de assinatura mensal de R$ 18,90. Com um acervo que conta com vários gêneros literários e mais de mil títulos, a empresa carioca investiu em audiolivros. A ideia é parecida com a de serviços de streaming populares, e pode ser uma ótima saída para quem tem dificuldades para ler, principalmente porque as opções de audiolivros ainda são muito poucas no mercado.
Os usuários podem baixar o aplicativo Ubook pela Internet, iOS ou Android, e salvar os livros que mais interessam dentro do catálogo. Um diferencial do software é a possibilidade de compartilhar diretamente trechos de livros nas redes sociais.

7. CPqD Alcance

CPqD Alcance (Foto: Reprodução/CPqD)CPqD Alcance é um sistema desenvolvido para o usuário ter melhor acesso ao smartphone (Foto: Reprodução/CPqD)
O CPqD Alcance é um projeto da instituição brasileira disponível gratuitamente na loja do Google. O sistema é um guia completo para deficientes visuais, com narração automática da tela e com auxílio para quase todas as funções básicas e avançadas do celular. Disponível para Android 4.0 ou superior, o sistema é de simples navegação e tem configurações que tentam manter a privacidade do usuário, permitindo que ele escreva sozinho. Após instalado, o CPqD Alcance já se torna a interface padrão do celular, sem a necessidade de cadastro.
Fontes: Revista Mente e Cerebro / TECH TUDO

Livro digital gratuito sobre Educação Inclusiva para professores e pais

Pesquisas em educação inclusiva: questões teóricas e metodológicas

Avaliado como 5.00de 5, com baseado em5avaliações de clientes
José Ribamar Lopes Batista Júnior
1ª Edição. Recife: Pipa Comunicação, 2016.
ISBN 978-85-66530-54-4
1. Educação. 2. Educação Inclusiva. 3. Identidade docente. 4. Linguística. 5. Escola.
O ebook gratuito Pesquisas em Educação Inclusiva: questões teóricas e metodológicas, do autor José Ribamar Lopes Batista Júnior, apresenta rica pesquisa social crítica sobre educação e práticas de inclusão. Entre as abordagens o autor analisa questões referentes ao Atendimento Educacional Especializado, legislação e identidade docente. Em cinco capítulos o autor descreve sua trajetórias de pesquisa na área que envolvem desde cursos de extensão e especialização até o mestrado e o doutorado.


Link

Nova app para telemóvel ajuda comunicação em casos de paralisia cerebral

Uma parceria entre a Fundação PT e a Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) está a desenvolver uma aplicação para telemóvel e tablet que visa melhorar a comunicabilidade das pessoas com paralisia cerebral.

Denominada de Magic Contact, a aplicação tem vindo a ser testada na Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) e baseia-se numa tecnologia que permite ao utilizador comunicar por mensagem escrita e aceder à Internet.

Este conjunto de ferramentas, uma vez implementado o projeto Vida Independente da APPC, pode aumentar o grau de autonomia do utilizador, disse (...) o presidente da FAPPC, Abílio Cunha.

O responsável pelo desenvolvimento da aplicação Magic Contact, Daniel Freitas, explicou que a aplicação "desenvolvida de raiz a pensar nos utilizadores com paralisia cerebral" pretende "resolver o problema de como uma pessoa com graves limitações motoras pode interagir com um ecrã táctil".

O recurso a um botão externo ligado por cabo ao smartphone ou ao tablet simplificou essa relação, abrindo aos utentes da APPC a faculdade de usarem as principais ferramentas do telemóvel, fazer uma chamada, enviar uma mensagem e navegar na Internet. "Há ainda ferramentas para ajudar a comunicar através de símbolos, de escrita", acrescentou o responsável.

Enaltecendo as "mais-valias" que a proximidade com a APPC e com os seus utilizadores traz ao projeto, Daniel Freitas e Marta Samúdio, terapeuta ocupacional da equipa do Serviço de Tecnologias de Apoio da APPC, concordaram que as sugestões apresentadas pela associação vão no "sentido de uma personalização da aplicação". "Temos não só a população que utiliza esta tecnologia mas também temos testado os resultados para tentar melhorar a aplicação", disse a responsável da APPC de um "trabalho que permite personalizar a aplicação às necessidades e às dificuldades do utilizador".

E porque as "necessidades vão mudando, quer em termos do utilizador quer sobre aquilo que se faz com a tecnologia", Marta Samúdio admite que "há sempre algo para melhorar", ainda que testemunhando o sucesso da ferramenta.

"Temos clientes a utilizá-la diariamente e estão satisfeitos. É uma aplicação que é gratuita, com a possibilidade de se personalizar, facto que funciona como uma mais-valia", disse.

A diretora da Cidadania Empresarial e Inclusão da Fundação PT, Graça Rebôcho, frisou que as "soluções desenvolvem-se, sobretudo, através da tecnologia" sendo adaptadas "a cada tipo de necessidade".

Admitindo que a otimização das respostas no tempo, em relação às sugestões feitas, "pode ainda melhorar", sublinhou as parcerias com as universidades, citando o exemplo da Magic Contact. "A ideia foi de um colaborador da Fundação PT e nós pedimos ao Instituto Politécnico da Guarda que desenvolvesse tecnologicamente a solução", relatou a diretora.

O presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral, Abílio Cunha, explicou (...) que fruto da parceria "trabalham-se em conjunto as autonomias do indivíduo".

Citando a Convenção dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, Abílio Cunha frisou a importância da tecnologia para "superar algumas limitações, sobretudo na paralisia cerebral, em que a comunicação é, para a maior parte, um entrave à autonomia e à inclusão".

"As pessoas que estão a utilizar estas tecnologias usufruem de uma autonomia que lhes permite terem qualidade de vida e seguirem o seu percurso como outro cidadão", disse.

Como exemplo disso falou do projeto Vida Independente, que "permitirá ter um assistente pessoal para colmatar as tarefas que não consegue executar", mas que ao dispor da aplicação poderá "também adquirir outros serviços na comunidade sem estar dependente desse apoio humano".

Fonte: Público

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Óculos especiais transformam conteúdo de livros em áudio



Vídeo



Blink to Speak: “falar” com os olhos quando o corpo não mexe

Guia foi desenvolvido para pessoas com paralisia que não conseguem comunicar. Festival Internacional de Criatividade de Cannes premiou a ideia.

Ensinar matemática a crianças autistas é o LEMA de Isabel


Chama-se Learning Environment on Mathematics for Autistic Children (LEMA) e é exatamente o que a tradução literal indica: um ambiente digital que pretende ensinar matemática a crianças com autismo. Foi concebido por Isabel Santos no âmbito da tese de doutoramento na área de Multimédia em Educação, pela Universidade de Aveiro, e contou com o apoio dos investigadores do projecto Geometrix. Constitui-se como uma plataforma online de livre acesso complementar ao ensino escolar.


Licenciada em Educação Básica e mestre em Ciências da Educação, na área de especialização de Educação Especial, Isabel sentiu vontade de criar um projeto digital para crianças com necessidades educativas especiais quando ainda frequentava o mestrado. “Concebi o LPMAT, com atividades de Português e Matemática para crianças com necessidades especiais, desde cegueira, surdez, deficiência mental e motora e com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA)”, explica (...). No entanto, devido ao “elevado volume de trabalho” — uma vez que o projeto abrangia duas áreas científicas —, teve de optar por uma delas.


Foi por estar “mais familiarizada com a matemática” e ter contacto com a Linha Temática Geometrix — “uma linha de investigação que pertence ao Centro de Investigação e Desenvolvimento em Matemática e Aplicações (CIDMA) da Universidade de Aveiro” — que Isabel decidiu dedicar-se apenas aos números.


Nasceu então o LEMA, uma plataforma com 32 classes de atividades subdivididas em níveis de dificuldade que podem ser personalizadas de acordo com o perfil do aluno. “O tutor cria uma conta no LEMA e, se não conhecer a plataforma, pode, ele mesmo, realizar as atividades. Depois de conhecer as atividades, seleciona as mais adequadas ao perfil funcional do seu aluno”, explica Isabel.


A personalização dos exercícios é a resposta ao “alargado espetro de autismo”. A criadora da plataforma explica que, geralmente, a PEA se caracteriza por “dificuldades na comunicação e interação social e padrões repetitivos de comportamentos e atividades”, mas, ainda assim, um aluno pode ter “um alto ou um baixo desempenho escolar, é muito heterogéneo.” A personalização das atividades permite, então, um teste mais adequado às capacidades e necessidades dos alunos.


As atividades abrangem quatro áreas — geometria e medida, números e operação, organização e tratamento de dados e álgebra — e estão pensadas de forma a permitir a compreensão imediata do exercício e dos conceitos matemáticos inerentes. “O LEMA fornece informações em várias representações: texto, áudio, vídeo e imagem. As atividades têm interfaces simples, integram poucos elementos no ecrã e as instruções são diretas e simples, porque muitas vezes os alunos com PEA têm dificuldade na interpretação de enunciados”, refere a criadora da plataforma.


No final dos exercícios, o LEMA fornece feedback de reforço ao aluno, uma vez que desvenda conceitos e explicações, e ao tutor, permitindo que tenha acesso aos resultados do aluno (ou alunos, uma vez que podem ser associadas várias contas de aluno a uma conta de tutor).


Aplicabilidade alargada a mais idades e necessidades


Apesar de ter sido concebido para crianças com autismo, a plataforma está preparada para crianças com outro tipo de necessidades educativas especiais. Isabel refere que “vários professores de Educação Especial consideram que o LEMA também se ajusta a crianças com défice cognitivo”. Esta flexibilidade verifica-se igualmente em relação à idade dos utilizadores: foi desenhado para crianças entre os seis e os 12 anos, mas pode ser adequado para pessoas que pertençam a outras faixas etárias, porque “nem sempre a idade cronológica corresponde à idade cognitiva”, afirma a criadora.


Atualmente, “o LEMA está pronto a ser usado”, mas para chegar ao produto final foi necessário realizar vários testes. Numa primeira fase, Isabel testou a viabilidade da plataforma apenas com quatro alunos e sentiu necessidade de reajustar alguns aspetos. Já a segunda versão foi testada com 23 professores que usaram o LEMA com os seus alunos e “o feedback foi bastante positivo”, refere. Ainda assim, foram feitas alterações e foi só à terceira que o LEMA ficou definitivamente concluído.


“O LEMA está no bom caminho, permite o desenvolvimento de capacidades matemáticas — nomeadamente o raciocínio matemático —, mas também permite o desenvolvimento de outras competências, como a leitura, a interação entre pares e a gestão das emoções no confronto com feedbacks”, realça.


A plataforma valeu um prémio a Isabel no concurso EDF Oracle E-Accessibility Scholarship do Fórum Europeu da Pessoa com Deficiência. “O meu projeto preenchia os requisitos de candidatura: era concebido por uma pessoa com deficiência, era na área das tecnologias digitais e apoiava alunos com necessidades especiais”, conta. Concorreu, venceu e em setembro vai levar o LEMA ao Parlamento Europeu e trazer o prémio para casa.


Fonte: P3 do Público

quinta-feira, 12 de julho de 2018

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Colónia de férias com programa único no país promove integração de cegos através do desporto


vídeo

Integrar, através do desporto, crianças cegas e crianças sem deficiência. Este é o objetivo do Camp Abilities Portugal, uma colónia de férias com um programa único no país,  em que  os monitores são também crianças.



Acesso ao Ensino Superior 2018 de alunos com necessidades especiais

No mês de julho, tem início o concurso nacional de acesso ao ensino superior 2018, organizado pela Direção-Geral do Ensino Superior.
Para o apoio à tomada de decisão no âmbito da inclusão no ensino superior, os alunos, pais, encarregados de educação e docentes dispõem dos seguintes recursos no Balcão IncluiES:

EKUI: o baralho de cartas que se multiplica e cria emprego

 


Os cartões da EKUI com as quatro formas de comunicação: grafia comum, braille visual e tátil, alfabeto da Língua Gestual Portuguesa e alfabeto fonético internacional.
 
O projecto EKUI, que conjuga quatro formas de comunicação num baralho de cartas, foi distinguido com o prémio Maria José Nogueira Pinto. O primeiro lugar permitiu a finalização da app que transporta esta forma de alfabetização para o meio digital.

EKUI são 26 cartas, cada uma com uma letra do alfabeto, que reúnem quatro formas de comunicação. O projeto de inovação social é pioneiro a nível mundial.
A ideia surgiu em 2003, mas só chegou ao mercado em 2015”, conta Celmira Macedo. A professora de educação especial usou o seu trabalho com Francisco, um menino que não sabia ler nem escrever — e que progressivamente se tornava uma criança frustrada e conflituosa por não conseguir aprender –, para lançar um produto inovador a nível mundial que conjuga quatro formas de comunicação diferentes.
Francisco não é caso único, garante Celmira Macedo: que em Portugal há cerca de 500 mil analfabetos (dados da Pordata de 2011) e quase metade da população portadora de deficiências (47%) é analfabeta e 35% não consegue comunicar com os outros, o que é “potenciador dos casos de bulling“, explica.
Em vez de se resignar à situação, a professora deitou mãos à obra. Primeiro fundou a Leque, uma associação sem fins lucrativos em Alfândega da Fé, e mais tarde decidiu criar uma linha de material lúdico e didático, a primeira em Portugal. “A Ekui tem como objetivo alfabetizar e reabilitar pessoas com e sem necessidades especiais”, explica.
EKUI é o acrónimo de Equidade, Knowledge (conhecimento), Universalidade e Inclusão. No fundo trata-se de uma espécie de jogo. São 26 cartas, cada uma com uma letra do alfabeto, que reúnem quatro formas de comunicação: a grafia comum, braille visual e braille tátil, alfabeto da língua gestual portuguesa e alfabeto fonético internacional.
Este primeiro projeto começou por ser uma metodologia de alfabetização para crianças com deficiência (surdos, cegos, autistas, etc.) e com dificuldades de aprendizagem, como a dislexia. No entanto, rapidamente se mostrou também eficaz na alfabetização e reabilitação de crianças sem deficiências, bem como de adultos, conta Celmira Macedo.
Esta é uma iniciativa de empreendedorismo social que conseguiu financiamento do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE) para passar à fase seguinte, ou seja, criar novas linhas da EKUI para ajudar a aprender, as cores, os animais e a família. O apoio conseguido foi de 99 mil euros, sendo que 30 mil são garantidos pela Fundação Gulbenkian e o restante pelo POISE. “Sem a Gulbenkian não teria sido possível candidatarmo-nos ao POISE”, explicou fonte oficial da Associação.
 

As novas edições da EKUI que estão em preparação, para ajudar a aprender as cores, a famílias, os animais, etc.
O projeto está montado de forma a que cada caixa de EKUI vendida financie outras duas: uma para venda e a outra para oferta às escolas ou a uma família desfavorecida. Cada conjunto de cartas é vendido por 14 euros (mais IVA) e tem um custo de produção de cinco euros. Um valor baixo porque as cartas são produzidas nas Caldas da Rainha, mas as embalagens são montadas pela própria associação. Só esta opção permite reduzir os custos em 30%, mas também dar emprego a pessoas portadoras de deficiência.
A EKUI pode ser comprada online, em lojas que a têm à consignação ou vendida diretamente na sequência de ações de formação. Quanto às novas edições ainda não está definido qual será o preço final, já que o produto ainda está em desenvolvimento.
 
Para Celmira Macedo, a ideia de que os projetos sociais não podem ser rentáveis, gerar dinheiro, é um disparate. “No terceiro setor, dizer que se tem lucro é um tabu”, lamenta. “Com um euro consigo desenvolver competências muito sérias“, sublinha orgulhosa, como por exemplo um aumento em 89% da aprendizagem mais rápida do alfabeto, um aumento de 93% das atitudes inclusivas ou ainda de 67% da reabilitação de pessoas com deficiências.
A professora de educação especial garante que a EKUI tem “potencial de mercado”, até porque “Moçambique quer traduzir os cartões para português moçambicano e Malta quer traduzir para maltês e inglês”, conta. A metodologia EKUI já chegou a 200 escolas e a mais de 2.500 beneficiários: crianças, jovens e adultos com e sem deficiências. E esta história tem já assegurado um final feliz, porque começou com Francisco e hoje, o Francisco já sabe ler e escrever e trabalha na Associação Leque na montagem das embalagens da EKUI.

Lego vai fabricar Braille Bricks para alfabetizar deficientes visuais


Criado pela Lew’Lara\TBWA para a fundação Dorina Nowil, especializada no atendimento às pessoas com deficiência visual, o projeto Braille Bricks entrou na pauta da Lego, fabricante de brinquedos lúdicos que despertam as sinapses cognitivas dos consumidores. Premiado em vários festivais de publicidade, entre os quais o Cannes Lions, inicialmente não foi contemplado pelo www.legoideas.com, site da Lego para que pessoas do mundo todo enviem projetos envolvendo a marca. Se ficou fora do radar há cerca de dois anos, agora está no foco e será implementado globalmente pela empresa criada pelo carpinteiro dinamarquês Ole Kirk Christiansen há cerca de 100 anos.
A recusa da Lego não foi empecilho para Felipe Luchi, sócio e CCO da agência, e para a dupla de criação formada por Ulisses Razaboni e Leandro Pinheiro. Eles disponibilizaram o projeto no site Creative Commons para promover a campanha #braillebricksforall. Ou seja, qualquer fabricante ou instituição de ensino poderia produzir seu Braille Bricks sem custos. A repercussão foi gigantesca. Até o governo americano de Barack Obama aderiu à causa.
“O formato de comercialização não está definido. O importante é que a marca vai implementar globalmente o projeto. A Lego vai usar seu conhecimento para ajudar uma fatia importante da sociedade: crianças com deficiência visual e escolas. Quem trabalha em agência acaba se acostumando a ouvir uns não. Ideias novas não são aceitas facilmente. Mas nós seguimos trabalhando e acabamos fazendo o projeto sem eles, o que acabou gerando um resultado espetacular que os convenceu de que a ideia era boa. E tudo bem, ninguém tem de comprar ideias a torto e a direito. Eles agora estão muito dentro, conversando com a Fundação e prestes a lançar o projeto”, explicou Luchi.
Qual a importância dessa atitude da Lego para a Lew’Lara e para os cegos? Luchi responde: “Para crianças e instituições de ensino é absolutamente fantástica. Estamos perto disso ocorrer em escala global e o impacto será enorme. A Lego está fazendo um trabalho muito sério e estou confiante que nossa fagulha inicial desencadeou em algo muito maior que a Lew’Lara\TBWA poderia imaginar. Estamos satisfeitos e orgulhosos. Queremos que a Lego seja muito bem-sucedida. O projeto tem como essência a inclusão de crianças que carregam algum tipo de deficiência visual. O ensino do Braille é difícil e as máquinas são um pouco intimidadas. Transformar o ensino do Braille em uma brincadeira, com o respaldo de um brinquedo mundialmente conhecido, deixa a tarefa mais simples, usual e divertida”.
A ideia nasceu a partir de um insight da primeira observação do alfabeto Braille, o qual é semelhante às peças clássicas de Lego, que seguem o padrão 3x2 pinos. A partir dessa referência, Leandro e Ulisses tiveram o desafio de encontrar peças originais com as cores clássicas da marca. Através do portal Brick Link – comunidade de pessoas apaixonadas por Lego, que colecionam e vendem o item a granel –, foi possível conseguir os blocos em diferentes lugares do mundo. Finalizada a pesquisa, começou a produção, que durou seis meses. Para se chegar ao resultado esperado, mantendo as mesmas cores, power click (encaixe) e características do brinquedo, as peças, feitas uma a uma, passaram por cerca de nove etapas, entre elas: corte, lixa, alisamento e posicionamento dos pinos. Toda a ação, da ideia até a confecção, levou cerca de um ano.

DL 54/2018 de 6 julho


sexta-feira, 6 de julho de 2018

Biblioteca Nacional lança plataforma para partilha de livros acessíveis a invisuais

A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) lançou nesta segunda-feira uma plataforma digital que permite a partilha online de livros em formatos acessíveis a pessoas invisuais ou com visão reduzida, contando já com milhares de obras disponíveis em braille e áudio.

De acordo com Carlos Ferreira, responsável pela área de leitura para deficientes visuais da BNP, esta plataforma é o "culminar de um processo para responder a uma necessidade que, há muitos anos, pessoas com deficiência visual, pais e técnicos que trabalham com estas pessoas, nomeadamente professores, sentiam".

Trata-se de uma plataforma, designada Repositório Nacional de Objetos em Formatos Alternativos (RNOFA), que permite saber o que existe em formatos alternativos, onde existe e como ter acesso, disse (...) Carlos Ferreira.

"É uma plataforma simples, funcional que permite que as pessoas possam passar a ter essa informação à distância de um teclado. O utilizador acede ao site rnofa.bnportugal.pt e faz a pesquisa por temas", acrescentou.

A partir daí, os utilizadores credenciados — pessoas com deficiência visual, que tenham feito prova disso — podem fazer reservas de livros em braille, que são enviados para casa por correio, ou fazer transferência de obras para as suas máquinas — smartphone, computador, leitor de mp3.

Os "objetos digitais" disponíveis são audiolivros (registo de som), arquivos digitais RTF, um padrão que permite sincronização de áudio e texto, e um outro "mais recente", o chamado formato ePub3, que "permite sincronizar num único ficheiro texto, áudio e imagem", explicou o responsável.

Uma das vantagens desta plataforma é a possibilidade de trabalhar com um conjunto de parceiros, o que acontece já a partir desta segunda-feira, durante a sessão de apresentação do RNOFA, com a assinatura de um protocolo com três instituições: a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), o Instituto Nacional de Reabilitação e o Centro Professor Albuquerque e Castro, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, responsável por edições em braille.

Carlos Ferreira adianta, contudo, que em breve serão alargadas as parcerias, estando já prevista a adesão da Biblioteca Municipal do Porto, da biblioteca inclusiva de Gaia - Espaço Gaia Inclusiva da Biblioteca Municipal e da Direção-Geral da Educação.

Podem ser parceiras do RNOFA quaisquer entidades portuguesas, públicas ou privadas, que sejam produtoras ou detentoras de conteúdos em formatos alternativos.

Estas entidades parceiras têm acesso autenticado ao back-office do sistema, para poderem carregar as suas descrições bibliográficas e armazenar os seus objetos digitais sem qualquer custo.

Para o responsável, este é um "passo muito grande" em relação ao que já existia na biblioteca, que é um serviço de acesso à leitura por pessoas com deficiência, através da Área de Leitura para Deficientes Visuais (ALDV), que completará 50 anos em 2019.

Este serviço vai continuar a existir paralelamente à plataforma, porque "nem todos têm de ser infoincluídos", referiu.

"É uma mais-valia, mas os que não querem, não podem ou não sabem, como por exemplo pessoas sem alfabetização, podem continuar a usar os nossos serviços."

Segundo Carlos Ferreira, "atualmente existem 14 mil volumes em braille, que podem ser requisitados, em papel, correspondentes a cerca de quatro mil títulos, dois mil volumes de partituras musicais, 400 livros em formato digital braille, 2.200 livros em registo sonoro, que correspondem a mais de 20 mil horas de gravação, e cerca de dois mil títulos em texto digital".

A biblioteca tem registados cerca de "760 leitores com deficiência visual, o que é um número significativo, atendendo a que a população com deficiência visual corresponde a 1% [do total] e, neste grupo, a literacia não é elevada".

O RNOFA foi desenvolvido pela BNP, com o apoio da Unidade ACESSO da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Fonte: Público

Currículo dos ensinos básico e secundário e princípios orientadores da avaliação das aprendizagens O Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens. O que é? Este decreto-lei define um novo currículo para o ensino básico e secundário e estabelece regras que dão mais autonomia às escolas para tomarem decisões que ajudem os alunos a alcançar as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória define as áreas de competências que se pretende que as/os alunos/as alcancem no final do 12.º ano de escolaridade. É a matriz orientadora comum para as ofertas das escolas e para a organização do seu trabalho no que diz respeito ao planeamento, ao ensino, à aprendizagem e à avaliação. As regras deste decreto-lei aplicam-se: - a todos os estabelecimentos do ensino básico - a todos os estabelecimentos do ensino secundário - a todas as escolas profissionais - ao ensino a distância, individual e doméstico (com as adaptações que forem necessárias). O que vai mudar? 1. É reconhecida maior autonomia às escolas para: - gerir até 25% da carga horária do currículo escolar por ano de escolaridade, para garantir o desenvolvimento das Aprendizagens Essenciais e das áreas de competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória - implementar a componente de Cidadania e Desenvolvimento, respeitando a Estratégia Nacional da Educação para a Cidadania - decidir sobre o apoio ao estudo e sobre o complemento à educação artística (2.º ciclo) - criar domínios de autonomia curricular, combinando disciplinas - integrar no currículo projetos desenvolvidos nas escolas - alternar períodos de funcionamento disciplinar com períodos de funcionamento multidisciplinar - desenvolver trabalho prático ou experimental através do desdobramento de turmas ou outros tipos de organização - organizar o funcionamento das disciplinas (semestre ou outra organização) - permitir que as/os alunas/os do ensino secundário troquem de disciplinas para criarem o seu próprio percurso educativo. As Aprendizagens Essenciais são os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que as/os alunas/os têm obrigatoriamente de adquirir e desenvolver em cada ano de escolaridade, podendo ser aprofundadas, reforçadas e enriquecidas por decisão da escola. 2. A disciplina de Educação Física passa a contar para a média final das/os alunas/os do ensino secundário. 3. As/Os alunas/os dos cursos artísticos e dos cursos profissionais, que no fim do seu curso tinham de fazer os exames nacionais dos cursos científico-humanísticos para poderem candidatar-se ao ensino superior, deixam de ter de os fazer. Passam a poder candidatar-se fazendo apenas os exames das disciplinas específicas exigidas para cada curso no acesso ao ensino superior. 4. O Ministério da Educação passa a apoiar e acompanhar o trabalho das escolas através de equipas de acompanhamento e avaliação da aplicação do decreto-lei. 5. Os certificados e diplomas escolares podem passar a ser emitidos em formato eletrónico pelas próprias escolas. Que vantagens traz? As escolas passam a ter mais autonomia curricular e podem: - adequar o currículo a contextos específicos e às necessidades dos alunos - promover aprendizagens de qualidade para todos. Criam-se condições para que todas/os as/os alunas/os ganhem conhecimentos e capacidades que as/os levem a alcançar as competências que fazem parte do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Quando entra em vigor? Este decreto-lei entra em vigor no início do ano letivo de 2018/2019, para os seguintes anos de escolaridade: - 1.º, 5.º, 7.º e 10.º anos - 2.º, 6.º, 8.º e 11.º anos, nas turmas abrangidas pelo projeto de autonomia e flexibilidade curricular no ano letivo de 2017/2018. As/Os alunas/os que frequentam outros anos serão abrangidos pelas novas regras quando chegarem a um dos anos de escolaridade indicados acima.

O Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens.

O que é?
Este decreto-lei define um novo currículo para o ensino básico e secundário e estabelece regras que dão mais autonomia às escolas para tomarem decisões que ajudem os alunos a alcançar as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória define as áreas de competências que se pretende que as/os alunos/as alcancem no final do 12.º ano de escolaridade. É a matriz orientadora comum para as ofertas das escolas e para a organização do seu trabalho no que diz respeito ao planeamento, ao ensino, à aprendizagem e à avaliação.

As regras deste decreto-lei aplicam-se:
- a todos os estabelecimentos do ensino básico
- a todos os estabelecimentos do ensino secundário
- a todas as escolas profissionais
- ao ensino a distância, individual e doméstico (com as adaptações que forem necessárias).

O que vai mudar?

1. É reconhecida maior autonomia às escolas para:
- gerir até 25% da carga horária do currículo escolar por ano de escolaridade, para garantir o desenvolvimento das Aprendizagens Essenciais e das áreas de competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória
- implementar a componente de Cidadania e Desenvolvimento, respeitando a Estratégia Nacional da Educação para a Cidadania
- decidir sobre o apoio ao estudo e sobre o complemento à educação artística (2.º ciclo)
- criar domínios de autonomia curricular, combinando disciplinas
- integrar no currículo projetos desenvolvidos nas escolas
- alternar períodos de funcionamento disciplinar com períodos de funcionamento multidisciplinar
- desenvolver trabalho prático ou experimental através do desdobramento de turmas ou outros tipos de organização
- organizar o funcionamento das disciplinas (semestre ou outra organização)
- permitir que as/os alunas/os do ensino secundário troquem de disciplinas para criarem o seu próprio percurso educativo.

As Aprendizagens Essenciais são os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que as/os alunas/os têm obrigatoriamente de adquirir e desenvolver em cada ano de escolaridade, podendo ser aprofundadas, reforçadas e enriquecidas por decisão da escola.

2. A disciplina de Educação Física passa a contar para a média final das/os alunas/os do ensino secundário.

3. As/Os alunas/os dos cursos artísticos e dos cursos profissionais, que no fim do seu curso tinham de fazer os exames nacionais dos cursos científico-humanísticos para poderem candidatar-se ao ensino superior, deixam de ter de os fazer. Passam a poder candidatar-se fazendo apenas os exames das disciplinas específicas exigidas para cada curso no acesso ao ensino superior.

4. O Ministério da Educação passa a apoiar e acompanhar o trabalho das escolas através de equipas de acompanhamento e avaliação da aplicação do decreto-lei.

5. Os certificados e diplomas escolares podem passar a ser emitidos em formato eletrónico pelas próprias escolas.

Que vantagens traz?
As escolas passam a ter mais autonomia curricular e podem:
- adequar o currículo a contextos específicos e às necessidades dos alunos
- promover aprendizagens de qualidade para todos.

Criam-se condições para que todas/os as/os alunas/os ganhem conhecimentos e capacidades que as/os levem a alcançar as competências que fazem parte do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Quando entra em vigor?
Este decreto-lei entra em vigor no início do ano letivo de 2018/2019, para os seguintes anos de escolaridade:
- 1.º, 5.º, 7.º e 10.º anos
- 2.º, 6.º, 8.º e 11.º anos, nas turmas abrangidas pelo projeto de autonomia e flexibilidade curricular no ano letivo de 2017/2018.

As/Os alunas/os que frequentam outros anos serão abrangidos pelas novas regras quando chegarem a um dos anos de escolaridade indicados acima.
Regime jurídico da educação inclusiva
O Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, estabelece o regime jurídico da educação inclusiva.

O que é?

Este decreto-lei cria as condições para as escolas serem espaços de inclusão capazes de reconhecer a diversidade de todas/os as/os alunas/os e de dar resposta ao seu potencial e às suas necessidades individuais.

O que vai mudar?

Passa a existir um modelo de aprendizagem flexível, capaz de reconhecer as necessidades, o potencial e os interesses das/os alunas/os e de contribuir para todas/os serem capazes de adquirir uma base comum de conhecimento ao longo do seu percurso escolar, independentemente da oferta educativa e/ou formativa em que estejam inscritas/os.

Este modelo aplica-se em:

- agrupamentos de escolas

- escolas não agrupadas

- escolas profissionais

- todos os estabelecimentos da educação pré-escolar

- todos os estabelecimentos do ensino básico

- todos os estabelecimentos do ensino secundário.

Linhas de atuação e medidas de suporte à aprendizagem

As escolas devem definir orientações que promovam uma cultura que ofereça oportunidades para aprender a todas/os as/os alunas/os e lhes dê condições para atingirem todo o seu potencial até ao 12.º ano. Para garantir esses objetivos, as escolas têm de definir indicadores que permitam medir a eficácia das medidas postas em prática para os atingir.

Os objetivos definidos nas linhas de atuação para a inclusão são atingidos através de um conjunto de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, dando especial atenção ao currículo e à aprendizagem. Existem vários tipos de medidas:

- universais — para todas/os as/os alunas/os

- seletivas — para preencher possíveis falhas da aplicação das medidas universais

- adicionais — para resolver problemas comprovados e persistentes não ultrapassados pelas medidas universais e seletivas.

Cria-se um processo para identificar as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão consideradas necessárias. Este processo baseia-se em evidências identificadas pelos profissionais da escola com a participação de:

- mães e pais

- encarregadas/os de educação

- técnicas/os ou serviços de apoio que se relacionam com a criança ou a/o aluna/o.

Recursos específicos de apoio à aprendizagem e à inclusão

Os recursos humanos especializados são essenciais para atingir a inclusão nas escolas. O sucesso desse objetivo depende da participação de:

- professoras/es de educação especial

- técnicas/os especializadas/os

- assistentes operacionais, de preferência com formação específica.

Além disso, são criados:

- equipas multidisciplinares de apoio à educação inclusiva

- centros de apoio à aprendizagem.

E mantêm-se:

- as escolas de referência no domínio da visão

- as escolas de referência para a educação bilíngue

- as escolas de referência para a intervenção precoce na infância

- os centros de recursos para a inclusão

- os centros de recursos de tecnologias de informação e comunicação para a educação especial.

Que vantagens traz?

Com este decreto-lei pretende-se criar as condições para que as escolas sejam espaços de inclusão que respeitem a diversidade de todas/os as/os alunas/os e lhes ofereçam oportunidades de aprendizagem e soluções para o sucesso escolar até ao 12.º ano.

Quando entra em vigor?

Este decreto-lei entra em vigor no início do ano escolar de 2018-2019, devendo as escolas aplicá-lo ao preparar este ano letivo.

terça-feira, 3 de julho de 2018

Não é deficiente, é diferente. Um teatro onde cada um paga o que quer

https://24.sapo.pt/vida/artigos/nao-e-deficiente-e-diferente-um-teatro-onde-cada-um-paga-o-que-quer

Biblioteca Nacional lança plataforma para partilha de livros acessíveis a invisuais

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Passaporte português vai ser o primeiro da UE com vinheta em braille

fonte: JN 


 
O passaporte eletrónico português vai incluir uma vinheta em braille, uma medida inovadora na União Europeia que permitirá aos cidadãos com deficiência visual identificar nome, número e data de validade do documento, anunciou esta quarta-feira o SEF.

Esta nova funcionalidade do passaporte eletrónico português (PEP) foi hoje apresentada durante uma cerimónia que assinalou os 42 anos de existência do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Na ocasião, foi também entregue à secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, um PEP com a vinheta em braille.

A secretária de Estado saudou esta iniciativa "em que uma vez mais Portugal foi pioneiro". "Pequenos passos como este vão permitir às pessoas mais e melhor autonomia", disse Ana Sofia Antunes.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou aos jornalistas que há vários países que estão a trabalhar neste projeto, mas Portugal foi o primeiro país europeu a ter o passaporte com este tipo de grafia "em pleno funcionamento".

"A vinheta em braille é decisiva e integra a nossa política de igualdade de oportunidades. Tem uma dimensão simbólica, mas é uma garantia de igualdade de oportunidades entre os cidadãos", sustentou.

Durante a cerimónia foi também lançado o novo portal do SEF, uma ferramenta digital que faz uma harmonização de conteúdos e novos serviços online, nomeadamente o pedido de certidão online e pedido de segunda via do título de residência, sendo também apresentados publicamente os portais ARI (dos chamados 'Vistos Gold') e SAPA (Sistema Automático de Pré-Agendamento).

Sobre estas funcionalidades, o ministro referiu que os agendamentos podem ser marcados previamente por via digital e o atendimento pode ser feito em qualquer zona do país.

Como exemplo, explicou que se um atendimento não for possível num curto prazo de tempo em Lisboa, onde ainda há dificuldades, poderá ser marcado para outra zona do pais onde existirem vagas.
 

BLIND SOUNDS
Oficina | Rudolfo Quintas
LOCAL: Convento São Francisco | Welcome Centre
DATAS: 2 Julho - 6 Julho
HORA: 18h00 às 20h30
PÚBLICO-ALVO: M/6 / Invisuais
Gratuito
 
Nesta oficina as pessoas cegas vão experienciar a criação de música electrónica através do movimento do corpo. Uma proposta inovadora que possibilita a criação de uma nova relação com o corpo proporcionada pela imersão sonora. Através do som, potencia-se a consciência do corpo, a sua relação com o espaço e o desenvolvimento cognitivo e criativo. Conforme o relato de Joana Gomes que já realizou o workshop essa foi uma das melhores experiências da sua vida.

O workshop Blind Sounds pretende investigar questões relacionadas ao som interativo recorrendo a tecnologia de captura de movimento 3D e ao som digital para pessoas cegas. O projecto foi desenvolvido no âmbito do DMAD - Doutoramento em Média-Arte Digital da UAb/UAlg e já se realizou um teste piloto contando com a participação de: a Joana Gomes, o Luís Oliveira e a Maria da Conceição Romano.O workshop teve a sua primeira edição em Lisboa no âmbito do festival Lisboa Soa.
 
BIOGRAFIARudolfo Quintas desenvolve projetos multidisciplinares no âmbito da new media art/artes digitais, criando instalações audiovisuais interativas na interseção da performance e software art. Integrou, desde o início, o movimento internacional da expressão artística da cultura digital com SWAP (2015), um projeto de cruzamento da dança com as artes digitais interativas, e outras instalações como Displacement (2004). A reflexão sobre a expressão do corpo na prática da composição sonora e visual, através da programação generativa e interativa do software que desenvolve, é também uma presença constante no seu trabalho. Tem apresentado os seus projetos em galerias, centros culturais e festivais de arte, em Portugal e no estrangeiro. Recebeu o Transmediale Distinction Award, pelo festival de arte e cultura digital Transmediale em Berlim, entre outros prémios e bolsas. O seu trabalho encontra-se publicado em jornais de investigação e edições de arte.

Arraial Comemorativo do dia do Cão-Guia 14 de Julho | 16.00h

É já no próximo dia 14 de Julho (sábado) que se irá realizar o nosso tradicional Arraial Popular. 

A partir das 16h, abriremos as portas das nossas instalações em Chão do Vento - Mortágua, para recebermos todos os amigos da nossa Escola de Cães-Guia que se queiram juntar a nós.

Haverá Gastronomia, Kermesse, Artesanato, Música a cargo da Magda Sofia - Teclista e vocalista e dos Paralelos do Ritmo e, é claro, muita animação! 

Exposição de Pintura Contemporânea por Carlos Soares e Mostra de Produtos Tiflotécnicos.