in: Expresso
Sete cientistas de universidades americanas recebem em Lisboa o maior prémio do mundo na área da visão, no valor de um milhão de euros.
Investigação. Os sete cientistas premiados,
na Fundação Champalimaud, em Lisboa [FOTO TIAGO MIRANDA]
A investigação desenvolvida por sete cientistas de universidades americanas, que levou ao desenvolvimento da terapia anti-angiogénica para as doenças da retina, acaba de ganhar o Prémio de Visão António Champalimaud 2014, no valor de um milhão de euros. O prémio, considerado o maior do mundo na área da visão, é entregue hoje ao fim da tarde na sede da Fundação Champalimaud, em Lisboa, numa cerimónia presidida por Cavaco Silva.
A angiogénese é o mecanismo fisiológico normal que permite que se formem novos vasos sanguíneos a partir dos que já existem no nosso corpo. Mas é também um processo importante na transição dos tumores de um estado benigno para um estado maligno, que leva a medicina a usar inibidores angiogénicos no tratamento do cancro.
As doenças que a terapia agora premiada trata, em especial a degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI) e a retinopatia diabética, "atingem milhões de pessoas e são as maiores causas da cegueira na Europa e das maiores no mundo", reconhece um dos sete cientistas premiados, Napoleone Ferrara (ver entrevista abaixo), que trabalha na Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).
A DMRI é uma doença degenerativa da retina que provoca a perda progressiva da visão central e leva à cegueira. A mácula é a zona do centro da retina que permite a uma pessoa distinguir os detalhes do que vê. A retinopatia diabética é a lesão da retina provocada pela diabetes.
Napoleone Ferrara foi quem iniciou o trabalho de investigação que acabaria por isolar e reproduzir a proteína responsável pelo crescimento dos vasos sanguíneos, conhecida por factor de crescimento endotelial vascular (VEGF, na sigla em inglês). Depois, desenvolveu uma molécula que bloqueia a ação nociva do VEGF e é fundamental no tratamento e gestão de vários tipos de tumores que desenvolvem metástases, em especial no cólon, pulmão, mama, rim e ovário.
A angiogénese é o mecanismo fisiológico normal que permite que se formem novos vasos sanguíneos a partir dos que já existem no nosso corpo. Mas é também um processo importante na transição dos tumores de um estado benigno para um estado maligno, que leva a medicina a usar inibidores angiogénicos no tratamento do cancro.
As doenças que a terapia agora premiada trata, em especial a degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI) e a retinopatia diabética, "atingem milhões de pessoas e são as maiores causas da cegueira na Europa e das maiores no mundo", reconhece um dos sete cientistas premiados, Napoleone Ferrara (ver entrevista abaixo), que trabalha na Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).
A DMRI é uma doença degenerativa da retina que provoca a perda progressiva da visão central e leva à cegueira. A mácula é a zona do centro da retina que permite a uma pessoa distinguir os detalhes do que vê. A retinopatia diabética é a lesão da retina provocada pela diabetes.
Napoleone Ferrara foi quem iniciou o trabalho de investigação que acabaria por isolar e reproduzir a proteína responsável pelo crescimento dos vasos sanguíneos, conhecida por factor de crescimento endotelial vascular (VEGF, na sigla em inglês). Depois, desenvolveu uma molécula que bloqueia a ação nociva do VEGF e é fundamental no tratamento e gestão de vários tipos de tumores que desenvolvem metástases, em especial no cólon, pulmão, mama, rim e ovário.
Envelhecimento da população e crescimento da diabetes
A prevalência daquelas duas doenças dos olhos está a aumentar hoje em todo o mundo, "devido ao progressivo envelhecimento da população e à crescente epidemia global de diabetes", explica um comunicado da Fundação Champalimaud sobre o Prémio de Visão.
Os outros seis cientistas que partilham o prémio com Napoleone Ferrara - Joan Miller, Evengelos Gragoudas, Patricia D'Amore, Anthony Adamis, George King e Lloyd Aiello - desenvolvem o seu trabalho de investigação na Harvard Medical School e no Colégio de Medicina da Universidade de Illinois. Eles demostraram o papel decisivo que o VEGF tem em doenças graves da retina e provaram que o uso de agentes anti-VEGF no seu tratamento pode bloquear esse efeito negativo. Por isso estão agora disponíveis no mercado mundial medicamentos "que melhoram significativamente a visão das pessoas afetadas por doenças devastadoras e incapacitantes", assinala o comunicado da Fundação Champalimaud.
A investigação realizada pelos premiados abrange todas as etapas científicas, desde a identificação da molécula que bloqueia o VEGF à descrição do seu papel na doença retino-vascular, à avaliação experimental de um inibidor e à sua aplicação no tratamento dos doentes afetados.
Os outros seis cientistas que partilham o prémio com Napoleone Ferrara - Joan Miller, Evengelos Gragoudas, Patricia D'Amore, Anthony Adamis, George King e Lloyd Aiello - desenvolvem o seu trabalho de investigação na Harvard Medical School e no Colégio de Medicina da Universidade de Illinois. Eles demostraram o papel decisivo que o VEGF tem em doenças graves da retina e provaram que o uso de agentes anti-VEGF no seu tratamento pode bloquear esse efeito negativo. Por isso estão agora disponíveis no mercado mundial medicamentos "que melhoram significativamente a visão das pessoas afetadas por doenças devastadoras e incapacitantes", assinala o comunicado da Fundação Champalimaud.
A investigação realizada pelos premiados abrange todas as etapas científicas, desde a identificação da molécula que bloqueia o VEGF à descrição do seu papel na doença retino-vascular, à avaliação experimental de um inibidor e à sua aplicação no tratamento dos doentes afetados.
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