Uma em cada 30 crianças revelou ter ambliopia moderada a grave, durante o primeiro ano de um projeto de despiste daquela patologia, mais conhecida por "olho preguiçoso", que decorre no Hospital de Braga, foi este domingo divulgado.
"No âmbito deste projeto de despiste da ambliopia nas crianças de Braga, patologia mais conhecida por 'olho preguiçoso', é já possível concluir que uma em cada 30 crianças tem ambliopia moderada a grave", refere o comunicado.
Em caso de dúvida, as crianças são sinalizadas, com uma informação de retorno que é remetida aos encarregados de educação, através das escolas.
Dessa forma, se o quadro se agravar, os pais devem marcar consultas da especialidade.
O Projeto Pimpolho pretende despistar a ambliopia a todas as crianças de Braga, que frequentam estabelecimentos de ensino público ou privado, com idades compreendidas entre os três e os quatro anos, idades em que a patologia pode ser revertida.
O hospital sublinha que a ambliopia, se não for tratada, pode afetar "para sempre" a saúde e qualidade de vida da criança.
A ambliopia é uma doença exclusiva da infância e apenas tratável nessa fase da vida.
O hospital frisa ainda que o sucesso do tratamento da ambliopia pode atingir quase 100 por cento, ao passo que o não tratamento na idade pediátrica acarreta cegueira, baixa visão ou visão subnormal, não passível de ser corrigida para o resto da vida.
Ou seja, mesmo com posteriores cirurgias, correção ótica ou outros tratamentos, a criança ficará "para sempre sem visão normal".
A ambliopia é acuidade visual baixa de um ou dos dois olhos, causada por alterações que perturbam o normal desenvolvimento da visão durante um período crítico.
É tratável até aos 60 meses, sendo o seu tratamento menos eficaz depois desta faixa etária.
O balanço pormenorizado do primeiro ano do Projeto Pimpolho será feito na segunda-feira, em conferência de imprensa, no Hospital de Braga.
O projeto resulta de uma parceria entre o Hospital e a Câmara de Braga.
Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário