segunda-feira, 31 de março de 2014

20000 visitas. Obrigada. obrigada, obrigada!


É com satisfação que constato que este espaço atingiu as 20000 visitas. :) :) :)
Embora as estatísticas não sejam o meu objectivo, mas sim o gozo pessoal de contribuir para a divulgação e debate acerca da educação especial, fico muito contente por constatar este número de visitas. 
Obrigada, a todos os que contribuíram para este número!

domingo, 30 de março de 2014

UMA MÃE DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL INVENTA UM ARNÊS PARA QUE ESTAS CRIANÇAS POSSAM ANDAR.

Veja que linda a invenção de Debby Elnatan, mãe de um menino que tem paralisia cerebral: um suporte que o sustenta junto aos corpos do pais para que andem junto.

sábado, 29 de março de 2014

PEDAGOGIA FUNCIONAL

Já conhece a PEDAGOGIA FUNCIONAL : Ficheiro de actividades Práticas? da autoria do prof Manuel Alves Ribeiro---licenciado em Ciências da Educação e Educação Especial .
 Promove as competências de inserção na sociedade de alunos com NEE e dá um sentido à VIDA.Permite a autonomia social e a autoconfiança do sujeito.
Aceda a www.boladeneve,veja mais detalhes e faça a sua encomenda .Em promoção apenas 15 € + portes.


 


A PROBLEMÁTICA DA ESCRITA

INTEGRA ESTRATÉGIAS INOVADORAS PARA O APERFEIÇOAMENTO ORTOGRÁFICO E IDEIAS PARA ESCREVER MELHOR. É MUITO PRÁTICO E APRESENTA A AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM CASOS DE PERTURBAÇÕES DA COMUNICAÇÃO ESCRITA. Recomendado aos docentes de EDUC. ESPECIAL .



 Aceda ao nosso site em www.boladeneve.pt e observe outros RECURSOS para as NEE a partir do 1º ciclo , onde poderá adquirir . Telef. 244 044 672 .

NEE para a EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

ABORDA OS PRINCIPAIS PROBLEMAS INCLUINDO A HIPERATIVIDADE .É um contributo para a eventual atualização dos modos de pensamento e de ação dos Educadores .
 A INTERVENÇÃO DEVE SER PRECOCE !
Aceda ao nosso site em www.boladeneve.pt para obter mais detalhes e adquirir .


 


Papa recebe em audiência milhares de cegos e de surdos


O Papa Francisco recebeu esta manhã em audiência membros das associações de cegos e de surdos de vários países. 
“Eis as duas culturas opostas. A cultura do encontro e a cultura da exclusão, do preconceito. A pessoa doente ou com deficiência, a partir da sua fragilidade, do seu limite, pode tornar-se testemunha do encontro: o encontro com Jesus, que abre à vida e à fé e ao encontro com os outros, com a comunidade”, afirmou Francisco, perante seis mil pessoas, e com as palavras sempre traduzidas para língua gestual de vários países
“Com efeito, só quem reconhece a própria fragilidade, o próprio limite, é que pode construir relações fraternas e solidárias, na Igreja e na sociedade", diz o Papa.
No final do seu discurso, Francisco demorou-se no cumprimento pessoal aos cerca de 6.000 presentes, muitos dos quais acompanhados dos seus cães-guia, que deram mais algum colorido ao auditório Paulo VI, no Vaticano.
In: RR por indicação de Livresco

Tatuagens e bananas que acabam numa caneta que também é para invisuais

 

Filippo Fiumani, artista italiano de 26 anos, criou uma caneta para invisuais, mas até lá chegar desenhou em bananas, espalhou-as por Lisboa, e também se inspirou em tatuagens de prisioneiros russos

        





O jovem artista italiano de 26 anos estava quase a desistir da ideia quando pôs a última caneta que construiu nas mãos de Francisco Vicente, invisual de 49 anos. “Juro que nunca vi uma expressão assim tão forte na cara de uma pessoa”. Filippo Fiumani desenvolveu vários protótipos de uma caneta que faz desenhos em relevo até chegar ao resultado final que apresentou no âmbito de um mestrado: chama-se Le Mani e é um objecto leve, movido a electricidade, que vai criando relevo no papel à medida que é usado e que pode ter aplicações não só no campo artístico, mas também educativo. É para toda a gente, mas o sentido final do instrumento foi pensado para que quem não vê possa desenhar e ainda perceber o que os outros desenham, através do relevo criado. Filippo Fiumani teve 20 valores com este projecto que desenvolveu durante seis meses, ao longo do mestrado em Design de Produção no IADE – Creative University, em Portugal.
Antes de ter pedido a Francisco Vicente (conhecido por Frank), que perdeu a visão aos 21 anos, para experimentar a última caneta que concebeu, Filippo Fiumani já começava “a achar que estava a tentar dar um fim a uma coisa que realmente se calhar ninguém precisava”. Hoje está tão confiante na utilidade da caneta que até já tem mais ideias para aperfeiçoá-la e tentar convencer financiadores a comercializá-la.
Apesar de haver no mercado outras canetas pensadas para serem usadas por invisuais, de uma forma geral, aquela criada por este artista é sobretudo para desenhar ou perceber o que os outros desenham. Tem uma ponta que funciona como uma agulha, que vai furando e criando relevo no verso do papel, e que é movida por um pequeno motor – alguns protótipos funcionam através de pilhas ou baterias, outros, como o último, trabalham directamente ligados a uma tomada eléctrica. Agora a ideia de Fiumani é precisamente retirar essa parte eléctrica, fazendo com que o movimento não dependa deste tipo de energia. O criador quer tornar a caneta não só mais autónoma, mas também ecológica.
Filippo Fiumani é natural de Loreto, em Itália, embora tenha vivido sempre em Osimo. Em 2010 chegou a Portugal, para fazer Erasmus em Lisboa, e, embora pelo meio tenha viajado e passado mesmo uma temporada em Florianópolis, Brasil, é por Portugal que tem andado nos últimos quatro anos e é por cá que quer ficar. Já passou também por Peniche, esteve numa empresa em que aprendeu a arranjar e a fazer pranchas de surf – a modalidade é uma das paixões que tem, a par de muitas outras, como o desenho, as tatuagens dos marinheiros e dos prisioneiros russos, a iconografia dos santos… Até 1 de Abril, Filippo Fiumani tem mesmo uma exposição na Fábrica Features, no Chiado, em Lisboa, que se chama Santos, Marinheiros e Barbudos.

Bananas grafitadas
Quando começou a pensar na tese de mestrado que teria de entregar, no trabalho que iria desenvolver, Filippo Fiumani não pensava fazer uma caneta que pudesse ser usada por invisuais. Isso acabou por acontecer, mas não foi programado desde início. Neste caso específico, o que o inspirou mesmo foram as tatuagens dos prisioneiros russos ou o método usado por eles para gravarem imagens no corpo.
“Comecei a estudar como é que os presos russos faziam as tatuagens na prisão. Qual era o instrumento? Inicialmente usavam uma agulha e faziam uma tinta com borracha queimada. Queimavam a borracha, a cinza era posta num pano, urinavam para aí e o líquido que caía era o que usavam para molhar a agulha [e se tatuarem] ”, explica. Com o tempo, “começaram a substituir o puro trabalho manual” por uma agulha já com motor, que conseguiam aplicar, retirando, por exemplo, a bateria de algum walkman disponível nas prisões para os reclusos ouvirem música.
Fiumani não criou logo a caneta final, a que considera mais conseguida do ponto de vista da leveza e do manuseamento. Criou vários protótipos até lá, experimentou diferentes superfícies, como tecido, madeira, fruta. Uma manhã, quando acordou e foi buscar, como sempre faz, uma banana para comer, olhou para ela e começou a experimentar a caneta, a fazer desenhos na superfície amarela.
A partir daí, decidiu levar as experiências mais longe e começou a pendurar bananas desenhadas em vários sítios de Lisboa e a trocar as que estavam no supermercado pelas da sua autoria. “O engraçado é que [no supermercado] levavam sempre as pintadas. Uma vez entrei, deixei lá umas dez e depois fui dar uma volta, comprar um pouco de massa... Estava lá um menino que se virou para outro e disse ‘olha, olha, João, chegaram as bananas grafitadas da Colômbia!”, conta. Havia quem tirasse fotografias e quem se espantasse quando passava na rua à noite e via uma banana pendurada da janela de casa de Filippo, quase até ao passeio.

Fonte

quinta-feira, 27 de março de 2014

Portal CIF



Uma ideia desenvolvida por  Sérgio Miguel Marques Mateus, no âmbito da sua dissertação de Mestrado. Muitos parabéns ao autor.

Qual a funcionalidade do PortalCIF?
A inclusão de uma criança nos serviços de apoios especializados de Educação Especial não é, nem nunca poderá ser efectuada de ânimo leve, daí que seja muito frequente recorrer-se à formação de equipas multidisciplinares que permitam desenvolver avaliações sustentadas e com recurso à CIF.

No entanto este é sem dúvida um processo moroso e exigente, onde todos os intervenientes têm que efectuar as suas avaliações sofrendo fortes condicionantes temporais e laborais.
A necessidade de efectuar avaliações em diferentes contextos, em diferentes momentos e por diferentes profissionais, faz com que não possam ser feitas em conjunto e em simultâneo, evidenciando assim dificuldades de cariz organizativo.

Face a todas estas dificuldades, e tendo em conta que vivemos num mundo dominado pelo “globalizante”, onde o recurso às novas tecnologias de informação e comunicação são sem sombra de dúvida o futuro de todas as instituições, procuramos através desta ferramenta online, minimizar estas dificuldades sem colocar em causa a qualidade da avaliação.
 
 

quarta-feira, 26 de março de 2014

A audiodescrição é importante?

A audiodescrição é importante? Sim, é! Percebam porquê no vídeo abaixo.
A audiodescrição de um conteúdo audiovisual é uma adaptação essencial para que a pessoa cega consiga acompanhar o conteúdo. Neste vídeo, procuramos mostrar como a audiodescrição funciona...
Audiodescrição com voz de Filomena Crespo

Provas de final de 3.º ciclo a nível de escola e suas consequências

Sem comentários!

O atual "Regulamento das provas e dos exames do ensino básico e do ensino secundário" é taxativo ao referir que "A partir do ano letivo de 2013-2014, os alunos referidos no número anterior [alunos cegos, com baixa visão, surdos severos ou profundos, com limitações motoras severas ou com limitações funcionais do domínio cognitivo do 9.° ano de escolaridade] que pretendam frequentar os cursos científico-humanísticos do ensino secundário têm de realizar, obrigatoriamente, as provas finais do 3.° ciclo a nível nacional podendo, no entanto, usufruir de condições especiais de avaliação ao abrigo da legislação em vigor." (Cf. n.º 5 do art.º 46.º do Anexxo II do Despacho normativo n.º 5/2013).

O JNE esclarece que os alunos do 9.º ano de escolaridade que realizem provas a nível de escola podem prosseguir estudos de secundário em cursos científico-humanísticos.
 
"Relativamente à questão que nos colocou informamos que não vai ser considerada qualquer limitação a nível de prosseguimento de estudos de nível secundário incluindo os cursos científico humanísticos caso os alunos realizem provas finais do 9.º ano de Português e de Matemática a nível de escola desde que estejam abrangidos pelo Decreto Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro e nos termos constantes da Norma para Aplicação de Condições Especiais na Realização de Provas e Exames JNE/2014.
Com os melhores cumprimentos."



Esta posição vai contra a legislação que fundamenta e suporta a Norma para Aplicação de Condições Especiais na Realização de Provas e Exames JNE/2014. Do ponto de vista legal, uma norma não pode anular um Despacho normativo que a suporta.
Deste ministério só acredito em informações escritas e assinadas! E mais não comento...

 

terça-feira, 25 de março de 2014

curso online «Inclusão e Acesso às Tecnologias»

Encontram-se abertas até dia 30 de março de 2014 as inscrições para o curso online «Inclusão e Acesso às Tecnologias», promovido pela Direção-Geral da Educação em colaboração com o Centro de Recursos TIC para a Educação Especial de Santarém... e o Centro de Competência TIC da ESE de Santarém, no âmbito do projeto europeu SENnet.

O curso tem a duração de 10 semanas e decorrerá entre 31 de março e 8 de Junho 2014.

O curso está aberto a qualquer interessado, embora tenha sido concebido para uma comunidade educativa que lida com alunos com necessidades educativas especiais.

As inscrições devem ser feitas na página web - http://inctec2014.blogspot.pt/ e para informação mais detalhada deve consultar a página «Para começar» onde se encontra o guião do curso.

Projeto Hipoterapia apoia alunos com necessidades educativas especiais


A Associação Recreativa e Cultural da Azenha (ARCA) apresentou, no Clube Hípico de Valongo, o projeto “Hipoterapia”, destinado a alunos com necessidades educativas especiais do Agrupamento de Escolas de Campo.
No Centro Hípico de Valongo, já são 16 os alunos com necessidades educativas especiais que usufruem do prazer de andar a cavalo com fins terapêuticos. Os benefícios da hipoterapia são evidentes a nível cognitivo, motor, social e emocional. Para já, apenas usufruem do projeto os 16 alunos com necessidades educativas especiais que frequentam a hipoterapia durante o horário letivo, em substituição de disciplinas mais complexas que não têm capacidades para aprender. Futuramente pretende-se alargar o projeto Hipoterapia a todos alunos com necessidades educativas especiais do Agrupamento de Escolas de Campo, que são cerca de 40, e em horários não letivos de modo a conciliar a hipoterapia com a aprendizagem curricular.
Este projeto é dinamizado pela ARCA, em parceria o Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPJD), o Clube Hípico de Campo, o Agrupamento de Escolas de Campo, a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Campo e a Associação das Coletividades do Concelho de Valongo. A Câmara Municipal de Valongo e a Junta de Freguesia de Campo e Sobrado também se associaram a esta parceria, apoiando o projeto em termos logísticos.
As entidades envolvidas no projeto Hipoterapia formalizaram também um protocolo, que vai permitir um primeiro apoio financeiro no valor de 1.500€ por parte do IPJD. Este protocolo permitirá também assegurar a continuidade do projeto, que até agora dependia apenas da boa vontade das entidades envolvidas.

Colecção “Meninos Especiais”


A Associação Pais em Rede lançou recentemente uma coleção de livros intitulada “Meninos Especiais”.
A coleção “Meninos Especiais” tem neste momento três livros editados cujos personagens principais são a Vera uma menina com trisomia 21, o João que é um menino com autismo e o Tiago que tem paralisia cerebral. Os livros foram escritos por três autores – Luisa Ducla Soares, Alice Vieira e Luisa Beltrão.
A apresentação terá lugar no sábado, dia 29 de março, às 15h30, no auditório da biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

sábado, 22 de março de 2014

sessões de cinema especialmente preparadas para crianças e jovens com necessidades especiais

Pela 5ª vez em Portugal a VENCER AUTISMO promove sessões de cinema especialmente preparadas para crianças e jovens com necessidades especiais !

Filme: Rio 2

 
 
Sessão dia 6 de Abril - Domingo ás 11H nos cinemas LUSOMUNDO nas seguintes salas:...

Aveiro (Forum)
Porto (Norteshopping)
Vila Real (DolceVita douro)
Lisboa (Vasco da Gama)
Viseu (Forum)
Oeiras (Oeiras Park)

Os bilhetes são adquiridos nas bilheteiras dos cinemas.
Preço do Bilhete: 4,30€

Estas sessões foram programadas para garantir que a experiência da ida ao cinema seja uma experiencia agradavel quer para estas crianças quer para os pais/pessoas que as acompanhem.

Nestas sessões :

* As luzes estarão ligadas(mas de forma a que o filme possa ser visto devidamente)
* O volume será diminuido significativamente
* Não haverá trailer no inicio do filme
* As crianças podem levantar-se entrar e sair da sala ( sempre supervisionadas pelo adulto/os que a acompanham)
* Filme em Português

Trailer: http://www.zonlusomundo.pt/Filme.aspx?id=12769

"Luz Profunda", um mergulho na cegueira deles


"Luz Profunda" é um ensaio fotográfico que mostra um fragmento da vida dos cegos num espaço onírico: a água, a origem da vida. A piscina é um espaço "onde eles potenciam os seus sentidos e onde as suas supostas carências desaparecem. Ali são livres", explica Miriam Sánchez Varela, autora de "Luz Profunda". 
A fotografia a preto e branco é parte de um discurso simbólico. "A água, a luz e a escuridão levam-nos a questionar a fragilidade daquilo que significa ser cego e a sua relação com o mundo daqueles que veem e, mais ainda, com o ato fotográfico." Para Miriam Sánchez Varela, a água funcionou como "uma espécie de laboratório fotográfico de onde emergem imagens". "Para mim, eles são luz. Procuro representar a cegueira de uma forma muito subtil e com isso quebrar preconceitos", resume. "Luz Profunda" é um dos trabalhos candidatos ao Nexofoto - Concurso Iberoamericano de fotografia.

Para aceder às restantes fotografias, clicar aqui, página P3 do Público.
Por indicação de Livresco.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia 21 de março, dia da pessoa com trissomia 21.



http://cantinhodosolhares.blogspot.pt/2014/03/que-tipo-de-vida-vai-ter-o-meu-filho.html

teatro é de todos e para todos

Este ano, o ‪‎Dia Mundial do Teatro‬ será comemorado com a apresentação da peça «Boeing Boeing» com recurso à audiodescrição. Porque o "teatro é de todos e para todos!"

Evento 
Titulo:
Sessão especial de inclusão | "BOEING BOEING" no Teatro da Trindade | Dia Mundial do Teatro
Quando:
27.03.2014 - 27.03.2014 20.30 h - 23.30 h
Onde:
Teatro Trindade -
Categoria:
Eventos

Descrição

A Yellow Star Company comemora dia 27 de Março, às 21h30, no Teatro da Trindade, o Dia Mundial do Teatro com a exibição da peça «Boeing Boeing» que tem no seu elenco nomes como Sofia Ribeiro, Patricia Tavares, Melânia Gomes, Elsa Galvão, Luis Esparteiro e João Didelet.
Visita ao palco pelas 20h30 (30 minutos com a descrição do cenário, figurino, fisionomia, caraterísticas e voz das personagens )
Início de espetáculo às 21h30
Conversa com atores às 23h30
Reserve o equipamento de audiodescrição ao comprar o seu bilhete.
Preço 50% de desconto em 1ª Plateia
(campanha exclusiva a espetadores e acompanhantes com incapacidades visuais e auditivas, mediante reserva prévia)

Sinopse:
Uma hilariante comédia de enganos sobre a trajetória de um Casanova da Era do Jacto, Bernardo um arquiteto que está noivo de três mulheres, Janete, Julietta e Judite, três hospedeiras de bordo, de diferentes países com quem vive sem que saibam a existência uma das outras. Berta, a fiel empregada doméstica de Bernardo, é cúmplice neste jogo amoroso, trocando as fotografias, roupas de cama e ementas para que nenhuma das noivas desconfie da presença de outras mulheres. Até que um dia os seus amores vão chegar à sua casa ao mesmo tempo… Dada a azáfama vivida na casa de Bernardo, Berta está à beira de um ataque de nervos! Um amigo de longa data do arquiteto, Roberto Seguro, veio visitá-lo e vê-se apanhado na maior trama amorosa que alguma vez viu e que terá um fim inesperado...
Fonte: Yellow Star Company
Mais informações:
Margarida Lourenço
Produção
937486601 | margaridalourenco@yellowstarcompany.com

Local

Instituição:
Teatro Trindade
Rua:
Lg. da Trindade , 7-A
ZIP:
1200-466 L

quinta-feira, 20 de março de 2014

curso online «Inclusão e Acesso às Tecnologias»

Encontram-se abertas as inscrições para o curso online «Inclusão e Acesso às Tecnologias»

Período de inscrição: de 03/03/2014 a 30/03/2014
O curso é aberto e gratuito.
http://inctec2014.blogspot.pt/
 

ação de informação ACAPO - Porto

Em 2009, com o lançamento do iPhone 3GS, a Apple tornou-se pioneira no desenvolvimento de telefones táteis acessíveis a pessoas com deficiência visual.
Este será o tema da ação de informação que vai promover na  Delegação do Porto no próximo dia 5 de abril, a partir das 14h30. As inscrições estão abertas até ao dia 2 de abril.
Mais informações em www.acapo.pt.

13.ª EDIÇÃO DO CAMPO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE


De 10 a 22 de agosto, a Associação Internacional Lions Clube realiza em Klingenberg/Scharbeutz, na Alemanha, a 13ª edição do Campo Internacional da Juventude para jovens com deficiência visual. A iniciativa está aberta à participação de 20 jovens, com idades entre os 18 e 25 anos, oriundos de qualquer país europeu. Para além da vertente turística, os jovens poderão usufruir de atividades como canoagem, passeios a cavalo, escalada, condução em carros de instrução, entre outras.

quarta-feira, 19 de março de 2014

PAIS CEGOS-

 
[Reflexões sobre as dificuldades e estratégias dos pais cegos, quando cuidam de seus filhos. As situações referiam-se a amamentar, banhar, alimentar, acidentes domésticos e dar remédio, e o tato, audição e olfato e a rede social contribuindo para sua autonomia.]

O Cego e a Filha - Alfonso Castelao, aguarela - início do séc. XX
O Cego e a Filha - Alfonso Castelao
aguarela - início do séc. XX
 
INTRODUÇÃO
No processo de desenvolvimento do ser humano, os atributos do cuidar são fundamentais e não há pessoa melhor para falar, demonstrar e dedicar-se ao cuidado dos filhos que os pais. Esses exercem uma forma de cuidado especial e, muitas vezes, essa se torna sua razão existencial e essencial para o desenvolvimento dos filhos(1). Contudo, deficiências podem interferir no cuidado dos filhos e é importante que os profissionais de saúde avaliem como se sentem esses pais, quais suas dificuldades e que auxílios necessitam(2).
Para subsidiar a reflexão, realizou-se entrevista em profundidade, técnica dinâmica e flexível, útil para a apreensão de uma realidade, tendo como questão norteadora: fale sobre sua experiência, como cego, no cuidado dos seus filhos. Os sujeitos foram pais que tiveram filhos após a cegueira e que aceitaram participar do estudo após assinar termo de consentimento livre e esclarecido, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (COMEPE), sob o nº 345/05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Seleccionou-se um pai e uma mãe cegos, identificados como Maria e José. Maria, 28 anos, casada, dona de casa, estudante do ensino fundamental, mãe de quatro filhos. José, 53 anos, casado, pai de duas filhas, servidor público. A partir da leitura exaustiva das entrevistas procedeu-se a recortes agrupados em dificuldades e estratégias encontradas para cuidarem dos seus filhos. No interior das tabelas há categorias temáticas para melhor visualização.

Tabela 1
Dificuldades encontradas pelos
pais cegos para cuidar dos seus filhos
Maria
Alimentação: ... não sabia amamentar, segurar, colocar para arrotar...
Higiene: ... não sabia dar banho, tinha medo da criança cai r, beber água do banho....não cuidava do umbigo, o curativo me deixava preocupada...
Cuidados de saúde: ... o remédio líquido... não tem uma marquinha no copo que possa me orientar...
Acidentes: ... o remédio líquido... não tem uma marquinha no copo que possa me orientar...
José
Papel de pai: ... que os filhos não se sintam responsáveis por nós... cegos que tiveram filhos de visão normal e que largaram bengala, largaram braille e ficaram dependentes das crianças...
Acidentes: ... cuidados com remédio...marcar em braile...

Amamentar requer ajuda para ser feito corretamente e prevenir problemas na mama puerperal e o desmame precoce(3). Uma boa pega é fundamental para prevenir problemas na mama e propiciar vínculo afetivo(4). Maria referiu dificuldade no banho, insegurança sobre a temperatura da água, ocorrência de acidentes, aos produtos a serem utilizados na higiene da criança. Utilizar o tato e olfato ao cuidar da criança, a disposição dos utensílios e medidas de segurança transmitem autoconfiança à mãe e preservam o bem-estar da criança.
Para administrar medicamentos líquidos, os pais adotam copo com dosagem única, o que permite perceber quando está cheio por meio do toque.
Acidentes domésticos são prevenidos mantendo em local adequado materiais de limpeza, produtos tóxicos e cáusticos e as crianças longe do fogão, de janelas e escadas. A prevenção de acidentes faz parte da habilitação das pessoas cegas nas atividades da vida diária e os primeiros socorros podem ser ensinados com tecnologia educacional adequada(5-6).
José destaca sua responsabilidade como pai e manifesta repúdio aos que delegam esse papel e se apoiam no filho vidente, em um momento da vida em que a criança mais precisa dele. Apesar disso, os pais cegos encontram estratégias para cuidar dos filhos.

Tabela 2
Estratégias encontradas pelos pais cegos
para cuidarem dos seus filhos
Maria
Aprendizagem: ... fui cuidando sozinha... mas tudo o que eu fazia tinha que pegar... pra gente que não enxerga ter que pegar...
Alimentação: ... amamentar fui aprender com o tempo... depois fui dando outras coisas, frutas, sopinha, eu mesma fazia...
Higiene: ... comecei a trocar uma fralda... minha irmã... me ensinô a banhar, cuidar do umbigo, trocar, vestir... eu colocava a água com a mão sabia a temperatura... os outros três fui eu que cuidei...
Cuidados de saúde: ... levava pra vacinar, olhava a temperatura do corpo... pezinhos e nos braços... sinal de febre, gotas... boto o dedo sinto e conto as gotas...
Acidentes: ... tinha um pano pegando fogo... a menina de seis anos apagou porque ela enxerga... se você conversar, elas vão guardando aquilo e não vai teimar...
José
Aprendizagem: ... a gente procurou criar nossos próprios recursos, nossos próprios métodos para poder lidar com o problema...
Alimentação: ... consegue tomar conta da casa, das crianças ...questão da alimentação...
Cuidados de saúde: ... remédios, a gente faz marca em braille ou com o nome do remédio... dos cuidados que todo pai tem que ter nós tivemos, criando nossos filhos...
Acidentes: ... organizar... sempre no mesmo lugar... tatear ou cheirar... tudo marcado...
Papel de pai: ... com a minha bengala para que eu dependesse da minha bengala e não das filhas... alguém disse: "tome conta do seu pai" ... eu disse: "não é ela que está comigo, sou eu que estou com ela, eu é que sou responsável"
A cegueira: ... as filhas convivem bem com a minha cegueira... percebem que para eu ver eu tinha que pegar... na mente delas eu conseguia ver tudo com a mão... a mão na fotografia ... a tela da televisão...

As estratégias adotadas pelos pais cegos para cuidarem dos seus filhos apoiam-se nos sentidos remanescentes, o tato, o olfato e a audição. Usar redes de apoio é fundamental para o auxílio no cuidado pela mãe cega que as associou com estratégias independentes de cuidar. Maria foi apoiada pela irmã que a ensinou a alimentar, banhar. Contou com a solidariedade da vizinha que a socorria nas situações de imprevisto, quando levava a criança à pediatra, recebia instruções como identificar febre e secreção em ferimentos.
Para alimentar seu filho com colher, segura a cabeça da criança para ter noção da posição da boca. As porções sólidas são oferecidas com a colher em pequena quantidade e as líquidas, em copo. A palavra-chave usada foi o pegar, ou seja, tocar a criança, palpar o alimento, sentir a temperatura da pele e da água. A organização dos objetos é fundamental para a execução de cuidado com os filhos. A autonomia foi evidenciada, mesmo tendo sido enfatizada a procura de apoio de outras pessoas.
Ao administrar medicações em gotas, sentem nos dedos as gotas caírem. Apesar de a legislação prever a identificação dos medicamentos em braille, isso ainda não foi plenamente adotado. As receitas médicas transcritas para o braille também é direito do cego(7). Os profissionais de saúde admitem não dominar habilidades para assistir essas pessoas, relatam não saber se comunicar com pessoas cegas e surdas(8).
A ocorrência de acidentes domésticos mostra que o domicílio e as medidas preventivas não são adequados(5). As atividades da vida diária a serem realizadas pelos cegos incluem cozinhar, lavar, passar, limpar a casa e fazem parte da habilitação recebida em escolas especiais(9). Os cegos utilizam meios não visuais para estabelecerem relações com as pessoas e com os objetos que os cercam. Jamais se deve privá-los de uma experiência real, pois elas maximizam seu ajustamento social(10). O depoimento de José é um exemplo de ajustamento, seguro de si e com boa autoestima.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pôde-se constatar a complexidade de situações vivenciadas pelos pais cegos quando amamentam, alimentam, banham e administram medicamentos. O pai cego destaca o relacionamento social, a mãe cega enfatiza o cuidado biológico.
Desenvolvem estratégias criativas no cuidado com os filhos com o uso do olfato e do tato, o apoio de familiares e vizinhos. Os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, devem estar mais próximos a essas pessoas e produzir conhecimento para esse grupo tão pouco contemplado em nossa sociedade.

REFERÊNCIAS

  • 1. Grossmann K, Grossmann EK. Maternal sensitivy. In: Crittenden PME, Claussen AH, editors. The organization of attachment relationship: maturation, culture and context. New York: Cambridge University; 2003. p. 13-37.
  • 2. Behl DD, Akers JF, Boyce MJ, Taylor MJ. Do mothers interact differently with children who are visually impaired? J Visual Blindness 1996; (90):501-11.
  • 3. Swanson V, Power KG. Initiation and continuation of breastfeeding: theory of planned behaviour. J Adv Nurs 2005 May; 50(3):272-82.
  • 4. Handa S, Takahasi C, Morimoto M. The management of puerpera by visiting midwives one month after delivery. Stud Health Technol Inform 2006; 122:940.
  • 5. Pagliuca LMF, Costa NM. Deficiente visual: avaliação de risco para acidente doméstico. Esc Anna Nery Rev Enferm 1999; 3(2):97-106.
  • 6. Pagliuca LMF, Costa EM, Costa NM, Souza KM. Desenvolvendo tecnologia para prevenção e tratamento de emergências domésticas para cegos. Rev Bras Enferm 1996; 48(1):83-4.
  • 7. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências [on line] [ Acesso 2007 fev 13]. Disponível em:
  • 8. Macedo KNF, Pagliuca LMF. Características da comunicação interpessoal entre profissionais de saúde e deficientes visuais. Rev Paul Enferm 2005; 23(3/4):221-6
  • 9. Pagliuca LMF. A arte da comunicação na ponta dos dedos - a pessoa cega. Rev Latino-am Enfermagem 1996 abril; 4 (n. especial):127-37.
  • 10. Fonseca V. Educação especial. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.

Guia para os Pais da Criança Deficiente Visual

            O seu filho nasceu com deficiência visual, apesar de esperar uma criança normal.  De início não acreditou... desesperou... foi de médico em médico... ficou preocupado com o futuro, pode até ter rejeitado o seu filho...   Acredite que ele poderá desenvolver-se e vir a funcionar como indivíduo independente e de forma semelhante às crianças com vista. Mas semelhante não é igual - cada criança tem a sua maneira própria de aprender - o seu filho poderá precisar de mais tempo, de mais atenção, de adaptações específicas aos seus problemas.   Temos a certeza que os pais informados e com AMOR proporcionarão aos filhos um clima de bom crescimento físico, mental, social e emocional.  É pensando nas suas dificuldades e nos direitos do seu filho, que surge este guia.               

O SEU FILHO PRECISA DE SER TOCADO
Os primeiros contactos do bebé com a mãe, fazem-se através do corpo, onde a vista desempenha um papel importante. O seu filho não vê! O contacto corpo a corpo tem de ser reforçado desde início. Vocês vão ficar contentes, ao saber que o vosso bebé, se for embalado nos vossos braços, numa grande intimidade física, virá a mostrar preferência, logo nas 1ªs semanas, pelos pais, protestando quando estiver nos braços de um estranho.Aproveitem todas as situações para esse contacto físico: a mamada, o banho, a mudança de fralda... O principal perigo para uma criança cega é, estar durante muito tempo sozinha. Isto representa, uma séria ameaça ao desenvolvimento da personalidade da criança cega. Diminui a sua capacidade de explorar independentemente, de descobrir por si próprio os acontecimentos do mundo exterior. Não o deixe muito tempo privado do contacto corporal. Mude-o várias vezes de posição ao longo do dia; barriga para baixo, sentado (isto, claro que antes de ele ser capaz de o fazer sozinho). Dance com ele ao colo... Sente-o nos seus joelhos... embale-o... Sente-o no seu colo, enquanto borda...Não é a cegueira apenas, que fecha o mundo para a criança, mas a insuficiência de estímulos nos primeiros anos de vida. Em condições favoráveis a cegueira não é obstáculo à criação de relações de amor. O sorriso não é automático. É preciso repetir várias vezes antes que ele apareça. O seu filho não tem a imagem visual das expressões do rosto humano (o sorriso, a cara zangada, etc.). Brinque com ele para que ele possa copiar essas expressões: Toque-o até fazê-lo rir; Esfregue-lhe o nariz; Faça-lhe muitas cócegas. Sempre que possível transporte o seu filho junto de si, para que sinta os movimentos da mãe.Para se desenvolver, o seu filho precisa de encontrar significado no seu mundo, através do relacionamento humano. Isto só é possível com uma ligação afectiva com os pais.

AS MÃOS VÊEM... COMPREENDEM... FALAM...
O desenvolvimento das mãos é fundamental para o seu filho. É a partir daí que ele vai agarrar, explorar, entrar em contacto com o mundo que o rodeia. É importante que todos os bebés levem a mão à boca. Se o seu filho não o fez... brinque com ele, levando uma das mãos à boca, depois a outra, falando-lhe sempre do que as mãos vão tocando: os lábios, os dentes, a língua. Esta aprendizagem é o ponto de partida para muitos movimentos necessários à alimentação. É através das mãos que o seu filho vai, tomando conhecimento do seu próprio corpo, e do mundo que o rodeia. Primeiro são as experiências tácteis com mãe (a exploração do seu corpo) depois com os objectos por ela fornecidos.

As mãos que exploram a cara da mãe, juntam outras impressões sensitivas da mãe, com a experiência táctil. As brincadeiras com os dedos, que acontecem nos bebés que vêem, podem não acontecer espontaneamente. Temos de ajudá-lo a juntar as mãos na linha média, isto é, levar a que as duas mãos se encontrem à frente do corpo. Mas como?

Faça brincadeiras com o seu filho ao colo, de modo a que as mãos se juntem ao meio. As mãos do bebé no biberão ligam a experiência agradável de estar ao colo da mãe ao prazer de comer. Quando a criança, já se senta, coloque-lhe à frente uma bandeja com brinquedos. A bandeja será, um lugar de encontro de objectos interessantes. Procurar e localizar é o papel dos olhos nas crianças visuais. No caso das crianças cegas será o desenvolvimento das mãos, o mais importante para que ela venha a ser capaz de ver.

As mãos da criança cega, devem servir para muitas coisas: têm de procurar coisas constante e persistentemente; têm de se dar conta de todos os detalhes como a forma, o peso, as qualidades de textura. Além disto têm de servir como as mãos de todas as crianças, para agarrar, segurar e manipular. Isso é pesado! Isso é quadrado!

O CORPO... O ESPAÇO...
Deitado... Sentado... Em pé... É natural que o seu filho, goste mais de estar deitado. Isso dá-lhe mais segurança. Como pode ver, o apoio do corpo é menor à medida que o espaço diminui. É aí que a insegurança aumenta.
 
BRINCAR COM O CORPO
Um bebé que vê, rapidamente encontra por si só interesses que o levam a desenvolver vários movimentos como virar-se para o lado, levantar a cabeça, rebolar, rolar sobre si mesmo, o que é o ponto de partida para posteriores aquisições: sentar, gatinhar, pôr-se de pé, andar, etc.
O seu filho não vê. Vamos descobrir outra forma de lhe fornecer interesses, que lhe permitam passar por estas fases. Mas como? Para estimular o controlo da cabeça e do pescoço, pode por exemplo:
1.º Quando ele estiver deitado coloque-lhe debaixo da cabeça qualquer objecto que produza som.
2.º Deitá-lo de barriga para baixo, o que o obrigará a mexer-se. Para tornar esta posição mais interessante pode por exemplo, colocar papéis amarrotados debaixo do lençol. O mais pequeno movimento de qualquer parte do corpo produzirá som.
Ponha sempre, vários objectos à volta do seu filho. Ele descobrirá que sozinho, pode provocar sons. Coloque nos braços e nas pernas pulseiras sonoras (por exemplo, guizos). 0 seu bebé começará a perceber que é o seu braço e a sua perna que mexem.
O seu filho só está interessado nas coisas com as quais está em contacto. Todas as outras coisas simplesmente não existem.
Se o seu filho já se senta (mesmo com apoio), coloque-lhe à frente um alguidar com vários objectos. O seu filho passará depois à posição de pé. Dê-lhe muita segurança. Pendure uma barra com objectos sonoros na parte de cima do parque. Ele quererá agarrar os objectos adquirindo a posição de pé.
Se o seu filho, na posição de barriga para baixo, já levanta o tronco, apoiando-se nas mãos. Se já é capaz de seguir a direcção do som, está apto a gatinhar. No entanto há muitos bebés que não gatinham, e o seu filho pode perfeitamente vir a andar sem passar por esta fase. A pouco e pouco o seu filho começará com a sua ajuda a deslocar os braços e as pernas para a direita e para a esquerda, quer dizer, ele já é capaz de andar de lado com apoio. É chegado o momento de andar.
A criança que vê, rapidamente se interessa pelo movimento, porque quer agarrar um objecto colocado mais além. O seu filho precisa de mais estímulos para atingir esta fase. Inicie com ele a marcha... Comece por lhe dar as mãos, colocando-se à frente dele. Ponha-se atrás dele, colocando as suas mãos debaixo dos braços do seu filho. É  normal que ele fique parado. Ponha então os seus pés junto dos deles e inicie a marcha... Vá diminuindo o seu apoio à medida que o seu filho é capaz de o fazer sozinho. Transforme esta actividade numa brincadeira... coloque os objectos preferidos a uma certa instância...Com o início da marcha, o seu filho adquire um grande número de experiências que o informarão da possibilidade de deslocação das pessoas e dos objectos.
Ele aprende:
- a seguir o som através do movimento;
- que ao deslocar-se na direcção da voz da mãe ou do pai, vai poder agarrá-los. O seu filho já se desloca sozinho. Não faça mudanças de móveis sem que o tenha antes avisado.

ESPAÇO... O BRINQUEDO...
Nos primeiros meses, o seu filho, precisa que o espaço que o rodeia, seja bem limitado, para que tenha uma certa protecção e segurança. Se nestes primeiros meses o seu filho teve oportunidade de sentir o seu próprio corpo, em várias posições... Se as suas mãos brincaram com diversos brinquedos de formas e sons diferentes... Vai começar a interessar-se pelo espaço imediato à sua volta. Ficará assim, apto para se movimentar, num espaço mais largo, logo que tome consciência dos interesses fora do seu alcance imediato...Depois dos pais e das pessoas de quem gosta, são os brinquedos que ajudam a criança a fazer descobertas importantes, sobre si mesmo, sobre o seu corpo e sobre as qualidades dos objectos.
Desde muito cedo, o seu filho mostrará interesse pelos brinquedos. Nas primeiras semanas poderá colocar-lhe no berço brinquedos leves, macios e que produzam som ao mais pequeno movimento do bebé. À medida que o bebé cresce, vamos introduzindo brinquedos comuns: bolas, rocas, guizos, bonecos que provoquem som, etc.. Estes brinquedos, para além do prazer, unem o interesse táctil com o som. E não são os brinquedos caros que são bons. Ele ficará contente com as panelas, uma lata com feijão dentro, pratos, etc..Se o seu filho deixou cair um objecto, não lho dê logo. Leve a mão da criança na direcção do lugar onde está esse objecto. A pouco e pouco ele explorará o espaço à procura do objecto "perdido" e ganhará noções de distância:
- O carro está dentro da caixa. Vamos tirar o carro da caixa e meter lá as bolas.
- O carro caiu no chão. Está debaixo da mesa. Apanha-o e põe-o em cima da mesa.
- Dá o jogo à Lili, que está na tua frente.
Ele precisa ter a noção das diferentes posições espaciais: DENTRO, FORA; ATRÁS, À FRENTE; EM CIMA, EM BAIXO; e mais tarde... ESQUERDA e DIREITA...
Crie no seu filho hábitos de arrumação. Arranje espaços certos para todas as coisas: os brinquedos; a roupa; os sapatos.

ALIMENTAÇÃO
A introdução dos alimentos - sumos, purés, sólidos - deve ser feita exactamente nas mesmas idades do bebé que vê. Quando poderá o meu filho comer sozinho? Todas as crianças começam por comer com os dedos. O seu filho, mais do que qualquer outra criança, deve ter oportunidade de colocar alimentos na sua própria boca com as mãos. Isto lhe dará mais informações sobre a comida.
Deixe que o seu filho conheça os alimentos com as mãos, ao mesmo tempo que lhe vai dizendo os nomes deles. A auto-estimulação com as mãos, é um óptimo jogo e também, uma esplêndida maneira de praticar a apreensão de pequenos objectos, que lhe virá a ser útil noutras situações... O bebé que vê, cedo começa a querer agarrar a colher, o prato, o copo. O seu filho pode ter dificuldade em perceber os movimentos que lhe permitem levar a colher cheia de comida à boca. Ensine-lhe esses movimentos. Talvez porque é mais simples, mais limpo, e o seu filho nunca o exigiu, você nunca pensou que é importante ensinar este movimento na altura em que ele é mais natural, isto é, quando ele tem já capacidade de agarrar e segurar objectos. Nesta altura, deixe-o, segurar o prato, a colher e o copo.

NÃO SE ESQUEÇA DE LHE FALAR DO SABOR DOS ALIMENTOS.
- Toma a caneca.
- O bacalhau está salgado.
- Hum, o leite está doce.
Se encorajar o seu filho, ele rapidamente começa a querer agarrar o copo e a colher. Dê-lhe para as mãos um copo. Primeiro só com um pouco de leite, guiando-lhe os movimentos das mãos até chegar a boca. Logo que a criança se consiga sentar, pode utilizar comida que se possa comer com as mãos (bolachas, pão, etc.) Deverá ser posta num tabuleiro colocado à sua frente. Mostre ao seu filho o prato vazio. À medida que o enche, diga-lhe sempre o que vai comer.
- Vamos, agora deitar as ervilhas...
- Vamos descascar a pêra.
- Vamos agora lavar a boca. Não se esqueça de dar sinal de que acabou de comer.

BANHO
A situação do banho é fundamental para o conhecimento do corpo. À medida que o esfrega aproveite para chamar a atenção e nomear as diferentes partes do corpo. Pegue-lhe na mão dizendo:
- Agora estamos a lavar a tua barriga.
- Agora estamos a lavar a cabeça.
NOTA: Tenha sempre em atenção a temperatura da água do banho do seu filho. A água muito quente, pode prejudicar o tacto e a água demasiado fria é-lhe desagradável.

VESTUÁRIO
: O seu filho deve, desde muito cedo, colaborar nos movimentos do despir e do vestir: levantar os braços para tirar a camisola... subir a camisola, agarrando em baixo... Inicialmente tire-lhe as meias até ao calcanhar, ele puxará o resto.
NOTA: À medida que o veste ou despe, não se esqueça de dizer os nomes das diferentes peças de vestuário. Relacione com o tempo...:
"Hoje faz frio. Vamos vestir esta camisola de lã."
Em relação ao seu filho todas estas actividades devem obedecer a um horário rígido. Uma criança que vê, facilmente relaciona a noite com o sono, o dia com o acordar, etc. O seu filho precisa seguir rituais ao longo do dia, para que se possa aperceber, que há um tempo determinado para cada coisa.

O OUVIDO (O QUE OUVE)...

Desde muito cedo o seu filho começou a ouvir uma infinidade de sons (a voz e os passos dos pais, portas a abrir e a fechar, o rádio, a televisão, o telefone, etc). A criança que vê, rapidamente se apercebe das causas dos sons. O seu filho precisa de experimentar, de receber informações verbais do que se está a passar: "A Maria fechou a porta."

FALE-LHE SEMPRE
À medida que o seu filho começa a explorar, duma forma mais pormenorizada os objectos, ele começa a escutar atentamente os sons produzidos por estes e a criar outros sons através dos movimentos voluntários das mãos. Mais tarde, o objecto pode-lhe ser apresentado, fazendo ruído com ele, ou dando pancadas leves no objecto com um dedo, antes de lho darmos para a mão. Se o fizer, desenvolverá no seu filho o sentido de orientação pelo ouvido e a capacidade de atingir objectos através do som. Aproveite todas as situações para o desenvolvimento auditivo. Fale constantemente com o seu filho:
- A mãe está a fazer a sopa ao Nuno.
- A Maria está a cantar.
Tenha o cuidado de informar sempre o seu filho da presença de familiares ou amigos:
"Olha Nuno, chegou a tia Joana com o Pedro."
Dê-lhe informações acerca dos cheiros:
"Estamos no Jardim.  Ai, que cheirinho a flores."
Quando sair com o seu filho, para a rua, fale-lhe do tempo, da temperatura:
"Está a chover. Vamos abrir o guarda-chuva e apertar o casaco."
Fale-lhe também, dos ruídos que se ouvem:
"É um camião." "É o ruído de uma enxada."
Não se aproxime, nem deixe que se aproximem do seu filho sem lhe falar. Não lhe dê um objecto para a mão sem referir o nome:
"Toma, isto é uma pedra."
"Dá-me a mão."
"Que abraço tão forte!!!"

DEIXE-O... BRINCAR...  CONVERSAR... CONVIVER.
Aumente o círculo de relações do seu filho. Deixe-o brincar em casa e na rua com os irmãos, primos e vizinhos. Leve-o a brincar ao Parque... à casa dos amigos e familiares. MAS ATENÇÃO: Não se esqueça nunca de apresentar as pessoas. TODAS as pessoas; Não se esqueça nunca de lhe dizer o local onde está, o que há e como é...
- Pedro, está é a Sra. Ana.
- Apresento-te, o Sr. e a Sra. Fernandes e o Sr. Manuel.
- O parque é grande e há muitos meninos a brincar: no baloiço e no escorrega.
- Estamos no mercado e está muita gente.

NOTA FINAL
O seu filho já percorreu um determinado caminho... teve mais facilidades em adquirir certas noções... mais dificuldade em adquirir outras...
Precisou de mais tempo para conseguir compreender e fazer algumas coisas... realizou outras rapidamente...
Mas não acaba aqui. O seu filho vai continuar o caminho...
Reforce sempre o que ele faz de positivo. O sucesso gera sucesso.
E se alguma vez não souber a melhor maneira de ensinar o seu filho, numa determinada tarefa...
TAPE OS SEUS OLHOS E EXPERIMENTE... Poderá encontrar a maneira mais acertada de o fazer compreender.
E... CONTEM CONNOSCO... juntos encontraremos a melhor maneira de dar ao seu filho, as oportunidades de desenvolvimento, a que ele tem direito.
 
DGEBS - Divisão de Ensino Especial

terça-feira, 18 de março de 2014

VISÕES - O INTERIOR DO OLHO HUMANO

EXPOSIÇÃO VISÕES - O INTERIOR DO OLHO HUMANO

De 13 de Março de 2014 a 29 de Junho de 2014
Sala da Cortiça - MUHNAC
Terça a Sexta – 10h00 às 17h00
Fim de semana – 11h00 às 18h00
Encerra à segunda-feira e feriados

Prolongado o prazo para inserir os dados dos alunos na plataforma até 31 de março


Considerando as alterações que foram introduzidas, no presente ano letivo, no processo de requerimento de condições especiais na realização de provas e exames para alunos com necessidades educativas especiais, comunicamos que: 

1 ‐ O prazo para registo de dados de alunos na plataforma online do Júri Nacional de Exames é alargado até 31 de março de 2014, tendo em consideração o elevado número de alunos por cada agrupamento de escolas. 
A partir de 1 de abril já não será possível às escolas ter acesso à plataforma, quer para registo de dados de novos alunos, quer para alteração de dados de alunos já registados, bem como para a inserção de documentos digitalizados em pdf. 

2 ‐ O Requerimento/Despacho – Condições especiais na realização de provas do ensino básico, quando impresso, não contempla o parecer do diretor da escola que foi registado no campo de texto “Pareceres” relativo à aplicação de condições especiais nas provas do ensino básico (n.º 1 da Secção III da referida NORMA), dado que a sua assinatura no Despacho de Autorização pressupõe a sua concordância com as medidas propostas pelo professor titular de turma ou pelo diretor de turma e já discriminadas no próprio documento. 

3 – O registo de dados relativos a cada aluno implica, obrigatoriamente, que sejam inseridos na plataforma online do JNE os documentos mencionados no n.º 28 (ensino básico) e no n.º 29 (ensino secundário) da Secção IV da referida NORMA, sem os quais não se considera completo o processo do aluno. Cada documento digitalizado em pdf para ser inserido na plataforma não deve ultrapassar os 3.000 Kb. Documentos de dimensão superior podem bloquear e inviabilizar a sua introdução na plataforma. 

4 – No registo de dados de alunos com necessidades educativas especiais e que não possuam documento de identificação, ou seja, bilhete de identidade ou cartão de cidadão, deve ser atribuído o número interno de identificação, de acordo com o estipulado nos n.ºs 87, 88 e 89 da NORMA 01/JNE/2014. 

5 ‐ Na plataforma não devem ser registados dados de alunos com dislexia que se inscrevem em 2014 nas provas e exames do ensino secundário e aos quais, em 2013, foi já emitido pelo Presidente do JNE um despacho que incluiu o seguinte texto: 

A autorização agora concedida para a aplicação da Ficha A, enviada ao Júri Nacional de Exames, mantém‐se válida na classificação dos exames do ensino secundário que o aluno disléxico vier a realizar na mesma escola em anos subsequentes a 2013, ano abaixo mencionado, não sendo, neste caso, necessário requerer nova autorização ao Presidente do Júri. 

O Presidente do Júri Nacional de Exames
Luís Miguel Pereira dos Santos

Acesso ao documento aqui.

Na semana mundial do glaucoma

O que é Glaucoma?
                                                           
O glaucoma refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam danos no nervo óptico, nervo que carrega informações visuais do olho até o cérebro.
Em muitos casos, os danos ao nervo óptico resultam de um aumento da pressão ocular, também conhecida como pressão intraocular.

Causas

O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira. Existem quatro tipos principais de glaucoma:
  • Glaucoma de ângulo aberto (crônico)
  • Glaucoma de ângulo fechado (agudo)
  • Glaucoma congênito
  • Glaucoma secundário
A parte frontal do olho é preenchida por um fluido claro chamado de humor aquoso. Esse fluido é constantemente produzido na parte posterior do olho. Ele deixa o olho através de canais na parte frontal do olho em uma área chamada de cavidade anterior, ou simplesmente de ângulo.
Qualquer coisa que diminua ou bloqueie o fluxo desse fluido para fora do olho provoca o aumento da pressão ocular. Essa pressão é denominada pressão intraocular. Na maioria dos casos de glaucoma, essa pressão está elevada e provoca danos no nervo principal no olho, o nervo óptico.
Adam Pressão intraocular afeta o nervo óptico
O glaucoma de ângulo aberto (crônico) é o tipo mais comum de glaucoma.
  • A causa é desconhecida Um aumento na pressão ocular desenvolvese lentamente com o passar do tempo. A pressão empurra o nervo óptico e a retina para trás do olho
  • O glaucoma de ângulo aberto tende a ser hereditário. Os riscos à predisposição aumentam caso haja um pai ou avó com este tipo de glaucoma. Afro-descendentes têm maior predisposição para a doença
O glaucoma de ângulo fechado (agudo) ocorre quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada. Isso origina um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular.
  • O glaucoma de ângulo fechado é uma emergência. Isso é bem diferente do glaucoma de ângulo aberto, que de forma lenta e indolor vai danificando a visão
  • Se você já teve glaucoma agudo em um olho, há um grande risco de que o outro olho seja afetado, e o médico provavelmente recomendará tratamento preventivo
  • O uso de midiátricos e de certos medicamentos pode provocar um ataque de glaucoma agudo
O glaucoma congênito é hereditário.
  • É presente no nascimento
  • Resulta de um desenvolvimento anormal dos canais de circulação do humor aquoso no olho
O glaucoma secundário é causado por:
  • Drogas, tais como os corticosteroides
  • Doenças oculares, tais como uveíte
  • Doenças sistêmicas

Exames

Um exame ocular pode ser usado para identificar o glaucoma. O médico precisará examinar o interior do olho, observando através da pupila, que geralmente é dilatada. O médico geralmente realiza um exame completo do olho.
Adam 
 
                                    Exames podem detectar o glaucoma
A averiguação da pressão intraocular (tonometria) apenas não é o suficiente para diagnosticar o glaucoma, pois a pressão ocular muda. A pressão ocular é normal em aproximadamente 25% das pessoas com glaucoma. Isso é chamado de glaucoma de tensão normal. Existem outros problemas que podem causar danos no nervo óptico.
Os testes para diagnosticar o glaucoma incluem:
  • Gonioscopia (uso de lentes especiais para verificar os canais de circulação do ângulo)
  • Teste de tonometria para medir a pressão ocular
  • Imagens do nervo óptico
  • Resposta do reflexo da pupila
  • Exame retinal
  • Exame com lâmpada de fenda
  • Acuidade visual
  • Medição do campo visual
               

Sintomas de Glaucoma

Glaucoma de ângulo aberto

  • Muitas pessoas NÃO apresentam sintomas até o início da perda da visão
  • Perda gradual da visão periférica (lateral, também denominada visão de túnel)

Glaucoma de ângulo fechado

  • Os sintomas podem ser intermitentes no início ou piorarem prontamente
  • Dor grave e súbita em um olho
  • Visão diminuída ou embaçada
  • Náusea e vômito
  • Halos coloridos ao redor das luzes
  • Olhos vermelhos
  • Olhos de aparência inchada

Glaucoma congênito

  • Os sintomas costumam ser notados quando a criança tem alguns meses de vida
  • Nebulosidade na parte frontal do olho
  • Aumento de um olho ou de ambos os olhos
  • Olho vermelho
  • Sensibilidade à luz
  • Lacrimação

                            Tratamento de Glaucoma                        

O objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular. Dependendo do tipo de glaucoma, isso pode ser feito através de medicamentos ou cirurgia.
Tratamento para o glaucoma de ângulo aberto:
 
A maioria das pessoas com o glaucoma de ângulo aberto pode ser submetida a um tratamento bem-sucedido com colírios. A maioria dos colírios usados atualmente possui poucos efeitos colaterais, em comparação aos do passado. Pode ser necessário mais de um tipo de colírio. Alguns pacientes podem ser tratados com pílulas para baixar a pressão ocular. Novas pílulas e colírios vêm sendo desenvolvidos para proteger o nervo óptico dos danos do glaucoma.
Alguns pacientes podem precisar de outras formas de tratamento, como o tratamento a laser, para auxiliar na desobstrução da circulação do humor aquoso. Esse procedimento é geralmente indolor. Outros pacientes podem precisar de cirurgia tradicional para abrir um novo canal para o humor aquoso.
Tratamento para o glaucoma de ângulo fechado:
O ataque do ângulo fechado agudo é uma emergência médica. A cegueira pode ocorrer alguns dias depois, quando não é tratado. Colírios, pílulas e medicamento intravenoso são utilizados para baixar a pressão. Alguns pacientes ainda precisam ser submetidos a uma operação de emergência, chamada de iridotomia. Este procedimento usa um laser para abrir um novo canal na íris. Esse novo canal alivia a pressão e previne um novo ataque.
Tratamento para o glaucoma congênito:
Essa forma de glaucoma é quase sempre tratada com cirurgia para desobstruir as câmaras do ângulo. Isso é feito com o paciente completamente anestesiado.
 

Expectativas

Glaucoma de ângulo aberto:
Com bons cuidados, a maioria dos pacientes do glaucoma de ângulo aberto pode controlar a doença e não perder a visão, mas a doença não pode ser curada. É importante ter sempre acompanhamento médico.
Glaucoma de ângulo fechado:
Diagnóstico e tratamento imediatos ao ataque são a chave para salvar a visão. Busque o atendimento de emergência imediatamente caso haja sintomas de ataque de glaucoma do ângulo fechado.
Glaucoma congênito:
Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais. Se a cirurgia for realizada cedo, muitos pacientes não sofrerão problemas futuros.
 

Prevenção

Não há como prevenir um glaucoma de ângulo aberto, mas pode-se evitar a perda da visão decorrente da moléstia. Diagnóstico precoce e cuidados meticulosos são as chaves para a prevenção da perda da visão.
 
A maioria das pessoas que sofre de glaucoma de ângulo aberto não apresenta sintomas. Todos acima dos 40 anos devem passar um exame óptico pelo menos uma vez a cada 5 anos, ou com mais frequência se fizerem parte do grupo de risco. Os grupos de risco incluem pessoas com histórico familiar de glaucoma de ângulo aberto e afro-descendentes.
Pessoas com alto risco para glaucoma agudo podem optar por submeter-se a uma iridotomia antes de sofrer um ataque. Os pacientes que tiveram um episódio anterior podem passar por esse mesmo procedimento para impedir a recorrência.



Já no blogue sobre o mesmo assunto:

     http://cantinhodosolhares.blogspot.pt/2014/03/semana-mundial-do-glaucoma.html  
                     
Fontes e referências:
  • Burr JM, Mowatt G, Hernández R, Siddiqui MA, Cook J, Lourenco T, et al. The clinical effectiveness and cost-effectiveness of screening for open angle glaucoma: a systematic review and economic evaluation. Health Technol Assess. 2007 Oct;11(41):iii-iv, ix-x, 1-190.
  • Kwon YH, Figert JH, Kuehn MH, Alward WL. Primary open-angle glaucoma. N Engl J Med. 2009 Mar 12;360(11):1113-24.
  • Vass C, Hirn C, Sycha T, Findl O, Bauer P, Schmetterer L. Medical interventions for primary open angle glaucoma and ocular hypertension. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Oct 17;(4):CD003167.