fonte: Saúdevisual
Os ipads têm um aplicativo chamado Baby Finger, em que as crianças podem tocar imagens Muriel Sanders, pesquisador da Universidade do Kansas, EUA, acredita que o iPad pode ajudar a melhorar as vidas e perspectivas de crianças com deficiência visual cortical (DVC), uma doença neurológica severa resultante de danos cerebrais e que impede seus portadores de processarem informações visuais.
Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz - mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças.
Alguém com disfunção cortical visual grave vai gastar muito tempo olhando para as luzes. Elas podem simplesmente sentar e olhar para uma luz dentro de uma casa ou para fora da janela. Até podem lançar brevemente um olhar a algo que passa, mas não olham para o rosto de pessoas e nem para objetos. Por isso essas pessoas parecem ser cegas.
Os iPads – que parecem uma caixa de luz – têm um aplicativo chamado Baby Finger, em que as crianças podem tocar imagens e formas coloridas que aparecem no fundo branco.
Assim como o iPhone já está sendo usado com crianças com autismo para ajudá-las a ajustar a sobrecarga sensorial, há um grande potencial para usar o dispositivo como ferramenta de ensino para crianças com deficiência visual. Ele não só pode ser usado para ajudá-las a interagir com a tela, como também pode ensiná-las a controlar as coisas que veem.
Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda.
Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.
Sanders frisou que esta é apenas uma pequena amostra e ainda falta uma pesquisa formal para documentar o poder do iPad para ajudar estas crianças.
“Usando o iPad, os meninos não só podem interagir com a tela, mas podemos ensinar através de uma série de passos a controlar as coisas nessa tela”, considerou a médica, que agora procura financiamento para realizar uma pesquisa mais profunda.
Durante os testes iniciais, Muriel contou com a colaboração de especialistas do Junior Blind of America, uma instituição que se dedica a trabalhar com crianças cegas.
Sem comentários:
Enviar um comentário