Quase 40 milhões de pessoas no mundo estão desnecessariamente cegas e outras
240 milhões têm baixa visão. Praticamente 285 milhões de pessoas com deficiência
visual vivem em países em desenvolvimento e sofrem de erros de refração não
corrigidos e catarata.
Mas a Unidos pela Visão, uma empresa social localizada em New Haven, Connecticut, está
fortalecendo comunidades ao redor do mundo para melhorar os cuidados dos olhos e
diminuir as possibilidades de deficiência visual. A organização assegura
tratamento oftalmológico – seja com medicação, uma cirurgia de restauração da
visão a 150 dólares ou até mesmo um par de óculos – para pacientes que vivem em
situação de pobreza em Gana, Índia, Honduras e também nos EUA e Canadá.
Mais de 1,3 milhões de pessoas no mundo superaram as barreiras de cuidados
com os olhos através dos serviços oferecidos pela Unidos pela Visão,
podendo elas pagar ou não pelo serviço – a conta sempre foi coberta pela
organização social.
A pobreza, com frequência, cobra um preço que impede muitos de chegar aos
serviços de saúde. Moradores rurais podem levar metade do dia para chegar a um
centro qualificado de cuidados oftalmológicos e mesmo que eles tenham recursos
para pagar pelo serviço, geralmente não podem (ou não querem) gastar suas
preciosas horas de trabalho em trânsito.
Outros têm medo de médicos, abalados com a falta de informação sobre
procedimentos cirúrgicos; há um mito difundido na África do Oeste de que a
cirurgia de catarata envolve a substituição do olho danificado por um olho de
cabra.
“Muitos pacientes (em países em desenvolvimento) acham que quando seus
cabelos ficam grisalhos, seus olhos ficam pálidos – um sintoma da catarata
avançada,” disse Jennifer Staple-Clark, visionária e empreendedora social da
Unidos pela Visão e vencedora do desafio “Mais Saúde” do Changemakers da Ashoka.
“Eles pensam que faz parte do envelhecimento e que nada pode ser feito.”
As barreiras que os pacientes apresentam em relação aos cuidados de saúde
causam milhares de perdas de visão a cada ano, mas há esperança. “Na verdade,
uma cirurgia de catarata de 15 minutos restaura a visão de uma pessoa por
completo”, diz Staple-Clark, e completa explicando que 80% das questões ligadas
aos olhos dos pacientes são de fácil prevenção.
Staple-Clark primeiro sonhou em eliminar a deficiência visual em 2000,
enquanto estudava no segundo ano na Yale University, trabalhando como assistente
de pesquisa em uma clínica de olhos de New Haven. Embora a maioria de seus
pacientes tivesse seguro de saúde e tivesse feito exames médicos de rotina, eles
sofriam de glaucoma, uma doença ocular que resulta em cegueira se não tratada.
Os pacientes de Staple-Clark frequentemente expressavam arrependimento por nunca
ter visitado um optometrista, uma experiência que a motivou a fundar uma
organização estudantil que conectasse os membros da comunidade de New Haven com
programas de cuidados da saúde com cobertura nacional através da Academia
Americana de Oftamologia e da Associação Americana de Optometria. O trabalho da
estudante foi tão bem sucedido que Staple-Clark ampliou seu modelo de cuidado
dos olhos para 50 divisões de Universidades nos Estados Unidos e Canadá. Hoje, a
Unidos pela Visão investe recursos humanos e financeiros em clínicas
oftalmológicas locais para oferecer serviços de qualidade de cuidados com os
olhos (incluindo exames, diagnóstico, tratamento e cirurgia) para aqueles que
vivem em situação de pobreza.
“Nossos colaboradores atendem entre 100 e 300 pacientes por dia em qualquer
lugar”, Staple-Clark disse ao Changemakers. “Em um ano, oftalmologistas,
enfermeiras e optometristas da Unidos pela Visão chegam às regiões rurais para
oferecer tratamento presencial, além de transportar pacientes que precisam de
cuidados e cirurgia avançados nos centros em grandes cidades tais como
Acra.”
O programa da Unidos pela Visão em Gana é apoiado por 45 oftalmologistas do país e atualmente
realiza metade de todas as operações aos olhos.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Em Matosinhos os restaurantes vão ter ementas em Braille
A partir do próximo mês, os restaurantes da cidade de Matosinhos vão
tornar-se mais acessíveis às pessoas com deficiência visual. Tudo graças a uma
iniciativa que passa pela transcrição para Braille das ementas de cerca de 30
estabelecimentos hoteleiros especializados em peixe e marisco, anunciou a
Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
A ação está a ser promovida por esta entidade em parceria com a Associação
dos Restaurantes de Matosinhos (ARM) e será lançada no Dia
Mundial do Braille, que se assinala a 4 de Janeiro, com um jantar
especial num dos restaurantes aderentes, o Dom Peixe.
À Lusa, o presidente da ARM explicou que o projeto surgiu em consequência da
vontade de "elevar o nível dos restaurantes associados, melhorando o atendimento
que é prestado" a estes clientes."Para nós, esta iniciativa inovadora
faz todo o sentido e se ajudar a que outros restaurantes sigam o exemplo,
melhor", afirmou Rui Sousa Dias.
As cartas em Braille estarão disponíveis em restaurantes nas freguesias de
Matosinhos, Perafita e Leça da Palmeira.
Os estabelecimentos aderentes são os seguintes: O Filipe, Rei da Sardinha
Assada, Casa da Boa Gente, SegundaCasa, Doca X, Dom Peixe, Sempr’Assar, O
Valentim, Cais 51, Tito I, Tito II, O Lusitano, S.Valentim, Palato, O Xarrôco,
Lage do Senhor do Padrão, Trás D’Orelha, Salta-Ó-Muro, D. Zeferino, O Gaveto, O
Manel, A Marisqueira de Matosinhos e O Iate, O Arquinho do Castelo, Os Rapazes e
Jácome, A Casinha e Veleiros.
tornar-se mais acessíveis às pessoas com deficiência visual. Tudo graças a uma
iniciativa que passa pela transcrição para Braille das ementas de cerca de 30
estabelecimentos hoteleiros especializados em peixe e marisco, anunciou a
Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
A ação está a ser promovida por esta entidade em parceria com a Associação
dos Restaurantes de Matosinhos (ARM) e será lançada no Dia
Mundial do Braille, que se assinala a 4 de Janeiro, com um jantar
especial num dos restaurantes aderentes, o Dom Peixe.
À Lusa, o presidente da ARM explicou que o projeto surgiu em consequência da
vontade de "elevar o nível dos restaurantes associados, melhorando o atendimento
que é prestado" a estes clientes."Para nós, esta iniciativa inovadora
faz todo o sentido e se ajudar a que outros restaurantes sigam o exemplo,
melhor", afirmou Rui Sousa Dias.
As cartas em Braille estarão disponíveis em restaurantes nas freguesias de
Matosinhos, Perafita e Leça da Palmeira.
Os estabelecimentos aderentes são os seguintes: O Filipe, Rei da Sardinha
Assada, Casa da Boa Gente, SegundaCasa, Doca X, Dom Peixe, Sempr’Assar, O
Valentim, Cais 51, Tito I, Tito II, O Lusitano, S.Valentim, Palato, O Xarrôco,
Lage do Senhor do Padrão, Trás D’Orelha, Salta-Ó-Muro, D. Zeferino, O Gaveto, O
Manel, A Marisqueira de Matosinhos e O Iate, O Arquinho do Castelo, Os Rapazes e
Jácome, A Casinha e Veleiros.
Linha de brinquedos portugueses para crianças invisuais
Peças foram testadas por crianças do distrito de Aveiro.
São brinquedos coloridos, com texturas e materiais diferentes que foram concebidos “expressamente a pensar em crianças com dificuldades visuais”, explica Leonor Pereira, mestre em Engenharia Têxtil pela Universidade do Minho (UMinho), que desenvolveu a dissertação «Design Inclusivo: Tocar para Ver – Brinquedos para Crianças Cegas e de Baixa Visão».
Esta linha de divertimentos infantis visa ajudar as crianças a interagir de forma saudável com os restantes colegas. “É incluí-las a todos os níveis, proporcionar-lhes maneiras de brincar, conviver e interagir entre as duas realidades”, explica. Não basta criar peças de ‘design’ por si só, esclarece Leonor Pereira, que é professora do ensino básico há vários anos. O objectivo principal é conceber produtos com qualidade estética e táctil, que visa proporcionar uma maior integração das crianças com problemas visuais no meio envolvente.
O desenvolvimento da motricidade fina e da percepção de texturas por parte das crianças envolvidas é notório: “São brinquedos que elas podem explorar com as mãos, descobrindo as diferentes texturas, reconhecendo as formas, os pormenores, as semelhanças e as diferenças, bem como estimular a coordenação e a integração dos sentidos”.
Estas peças foram testadas por crianças de um jardim-de-infância do distrito de Aveiro, com idades compreendidas entre os três e seis anos. O feedback foi “muito positivo” e os resultados decorrentes desta nova forma de inclusão social foram vantajosos: “A interacção entre as crianças foi extremamente engraçada e enriquecedor verificar que elas perceberam o sentido da brincadeira e partilharam a mesma experiência que as restantes”, certifica a professora.
Leonor Pereira.
As peças foram construídas com base nas texturas, relevos e cores recorrendo, por isso, a diferentes malhas e bordados, perceptíveis através do tacto. Leonor Pereira aproveita para referir a escassez de brinquedos adaptados, obrigando os educadores a construir do zero objectos didácticos, sem terem muitas vezes formação para tal. A comercialização é uma possibilidade: “Ficamos com uma forte vontade de concretizar este projecto e torná-lo mais real, à disposição de todos”, assinalou ainda.
A pouca formação dos professores relativamente à educação especial é uma das críticas apontadas pela antiga aluna da UMinho. “É muito difícil conseguirmos perceber as necessidades das crianças cegas, autistas ou surdas. Temos sempre o apoio dos professores do ensino especial, que trabalham especificamente com eles, mas nem sempre é suficiente”, explica.
A formação inicial, a aposta em equipamentos e a adaptação dos espaços nas escolas são algumas das sugestões. Esta não é, segundo Leonor Pereira, uma sociedade completamente inclusiva, porque ainda há muitas barreiras: “As crianças com deficiências não usufruem das mesmas oportunidades do que as restantes”, conclui.
São brinquedos coloridos, com texturas e materiais diferentes que foram concebidos “expressamente a pensar em crianças com dificuldades visuais”, explica Leonor Pereira, mestre em Engenharia Têxtil pela Universidade do Minho (UMinho), que desenvolveu a dissertação «Design Inclusivo: Tocar para Ver – Brinquedos para Crianças Cegas e de Baixa Visão».
Esta linha de divertimentos infantis visa ajudar as crianças a interagir de forma saudável com os restantes colegas. “É incluí-las a todos os níveis, proporcionar-lhes maneiras de brincar, conviver e interagir entre as duas realidades”, explica. Não basta criar peças de ‘design’ por si só, esclarece Leonor Pereira, que é professora do ensino básico há vários anos. O objectivo principal é conceber produtos com qualidade estética e táctil, que visa proporcionar uma maior integração das crianças com problemas visuais no meio envolvente.
O desenvolvimento da motricidade fina e da percepção de texturas por parte das crianças envolvidas é notório: “São brinquedos que elas podem explorar com as mãos, descobrindo as diferentes texturas, reconhecendo as formas, os pormenores, as semelhanças e as diferenças, bem como estimular a coordenação e a integração dos sentidos”.
Estas peças foram testadas por crianças de um jardim-de-infância do distrito de Aveiro, com idades compreendidas entre os três e seis anos. O feedback foi “muito positivo” e os resultados decorrentes desta nova forma de inclusão social foram vantajosos: “A interacção entre as crianças foi extremamente engraçada e enriquecedor verificar que elas perceberam o sentido da brincadeira e partilharam a mesma experiência que as restantes”, certifica a professora.
Leonor Pereira.
As peças foram construídas com base nas texturas, relevos e cores recorrendo, por isso, a diferentes malhas e bordados, perceptíveis através do tacto. Leonor Pereira aproveita para referir a escassez de brinquedos adaptados, obrigando os educadores a construir do zero objectos didácticos, sem terem muitas vezes formação para tal. A comercialização é uma possibilidade: “Ficamos com uma forte vontade de concretizar este projecto e torná-lo mais real, à disposição de todos”, assinalou ainda.
A pouca formação dos professores relativamente à educação especial é uma das críticas apontadas pela antiga aluna da UMinho. “É muito difícil conseguirmos perceber as necessidades das crianças cegas, autistas ou surdas. Temos sempre o apoio dos professores do ensino especial, que trabalham especificamente com eles, mas nem sempre é suficiente”, explica.
A formação inicial, a aposta em equipamentos e a adaptação dos espaços nas escolas são algumas das sugestões. Esta não é, segundo Leonor Pereira, uma sociedade completamente inclusiva, porque ainda há muitas barreiras: “As crianças com deficiências não usufruem das mesmas oportunidades do que as restantes”, conclui.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Revogação do documento Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais
Pelo Despacho 17169/2011, publicado hoje em Diário da República, o Ministro da Educação procede à revogação do documento Currículo Nacional do Ensino Básico. Pode ler-se no normativo:
a) O documento Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais deixa de constituir documento orientador do Ensino Básico em Portugal;
b) As orientações curriculares desse documento deixam de constituir referência para os documentos oficiais do Ministério da Educação e Ciência, nomeadamente para os programas, metas de aprendizagem, provas e exames nacionais;
c) Os programas existentes e os seus auxiliares constituem documentos orientadores do ensino, mas as referências que neles se encontram a conceitos do documento Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais deixam de ser interpretados à luz do que nele é exposto;
d) Os serviços competentes do Ministério de Educação e Ciência, através da Secretaria de Estado do Ensino Básico e Secundário, irão elaborar documentos clarificadores das prioridades nos conteúdos fundamentais dos programas; esses documentos constituirão metas curriculares a serem apresentadas à comunidade educativa, e serão objecto de discussão pública prévia à sua aprovação.
a) O documento Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais deixa de constituir documento orientador do Ensino Básico em Portugal;
b) As orientações curriculares desse documento deixam de constituir referência para os documentos oficiais do Ministério da Educação e Ciência, nomeadamente para os programas, metas de aprendizagem, provas e exames nacionais;
c) Os programas existentes e os seus auxiliares constituem documentos orientadores do ensino, mas as referências que neles se encontram a conceitos do documento Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais deixam de ser interpretados à luz do que nele é exposto;
d) Os serviços competentes do Ministério de Educação e Ciência, através da Secretaria de Estado do Ensino Básico e Secundário, irão elaborar documentos clarificadores das prioridades nos conteúdos fundamentais dos programas; esses documentos constituirão metas curriculares a serem apresentadas à comunidade educativa, e serão objecto de discussão pública prévia à sua aprovação.
Palestiniana autista e cega tornou-se pianista com a ajuda
A história de Rasha já deu origem a um documentário
Quando um casal de missionários holandeses a encontrou, Rasha Hamid encontrava-se em muito mau estado.
Aos 4 anos, ela e a irmã viviam confinadas num quarto desde o nascimento. Alimentadas só com leite, sofriam de grave atraso mental e físico. Mal falavam, batiam constantemente com a cabeça, enfiavam os dedos nos olhos. Foram recolhidas pelo casal Vollbehrs e mais tarde integradas em Beit Yemina, a escola- orfanato por eles criada nas imediações de Belém.
Um dia, quando se cantava um hino, Rasha começou a acompanhar com uma harmonia própria. Surpreendidos, os Vollbehrs perceberam que tinham ali alguém com verdadeiro talento musical. Compraram um piano, onde Helena Vollbehrs ensinou Rasha a tocar.
Quanto se tornou necessário que ela prosseguisse os estudos a um nível superior, levaram-na para o conservatório.
A política não era importante
A professora Devorah Schramm, nascida nos EUA e judia ortodoxa (apresenta-se sempre com a pesada peruca que as normas religiosas impõem), foi informada de que havia uma criança cega à sua espera.
Percebeu que além de cega, Rasha tinha severos bloqueios mentais e comunicacionais, e era palestiniana. Mas nem hesitou. Para ela, a política não tem muita importância. Aceitou a aluna de 11 anos, e nunca se arrependeu.
Logo nas primeiras aulas, ficou espantada com as harmonias que ela gerava espontaneamente. Harmonias negras, insólitas, que formariam a base de muitas das futuras composições de Rasha.
Quando lhe perguntam o que significa a música para a sua aluna, Schramm responde com uma palavra: paz.
Intifada, e dificuldades financeiras
Se a vocação musical estava fora de dúvida, algumas das outras dificuldades permaneciam. Houve momentos difíceis, tanto a nível da relação entre aluna e professora (embora Schramm diga que o melhor de tudo, para si, foram os momentos em que Rasha, incapaz de articular palavras, se virava para ela com ternura) como das evoluções lá fora.
Entre esses anos de aprendizagem teve lugar a segunda Intifada, especialmente sangrenta. A certa altura, militantes palestinianos disparavam da zona onde Rasha vivia para aquela onde vivia Devorah. Mas esta não se deixou dissuadir.
Hoje em dia Rasha está com 36 anos, e a relação continua. Os problemas agora são ao mesmo tempo políticos e financeiros. Beit Yemina tem de gastar muito dinheiro para obter as autorizações que permitem a Rasha ir a Israel para ter aulas. Fala-se em cortar.
Devorah espera que não aconteça. E evoca o prazer de Rasha quando toca em público e ouve os aplausos. "Às vezes ela própria aplaude".
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/palestiniana-autista-e-cega-tornou-se-pianista-com-a-ajuda-de-uma-judia-ortodoxa=f694490#ixzz1heautVqW
Quando um casal de missionários holandeses a encontrou, Rasha Hamid encontrava-se em muito mau estado.
Aos 4 anos, ela e a irmã viviam confinadas num quarto desde o nascimento. Alimentadas só com leite, sofriam de grave atraso mental e físico. Mal falavam, batiam constantemente com a cabeça, enfiavam os dedos nos olhos. Foram recolhidas pelo casal Vollbehrs e mais tarde integradas em Beit Yemina, a escola- orfanato por eles criada nas imediações de Belém.
Um dia, quando se cantava um hino, Rasha começou a acompanhar com uma harmonia própria. Surpreendidos, os Vollbehrs perceberam que tinham ali alguém com verdadeiro talento musical. Compraram um piano, onde Helena Vollbehrs ensinou Rasha a tocar.
Quanto se tornou necessário que ela prosseguisse os estudos a um nível superior, levaram-na para o conservatório.
A política não era importante
A professora Devorah Schramm, nascida nos EUA e judia ortodoxa (apresenta-se sempre com a pesada peruca que as normas religiosas impõem), foi informada de que havia uma criança cega à sua espera.
Percebeu que além de cega, Rasha tinha severos bloqueios mentais e comunicacionais, e era palestiniana. Mas nem hesitou. Para ela, a política não tem muita importância. Aceitou a aluna de 11 anos, e nunca se arrependeu.
Logo nas primeiras aulas, ficou espantada com as harmonias que ela gerava espontaneamente. Harmonias negras, insólitas, que formariam a base de muitas das futuras composições de Rasha.
Quando lhe perguntam o que significa a música para a sua aluna, Schramm responde com uma palavra: paz.
Intifada, e dificuldades financeiras
Se a vocação musical estava fora de dúvida, algumas das outras dificuldades permaneciam. Houve momentos difíceis, tanto a nível da relação entre aluna e professora (embora Schramm diga que o melhor de tudo, para si, foram os momentos em que Rasha, incapaz de articular palavras, se virava para ela com ternura) como das evoluções lá fora.
Entre esses anos de aprendizagem teve lugar a segunda Intifada, especialmente sangrenta. A certa altura, militantes palestinianos disparavam da zona onde Rasha vivia para aquela onde vivia Devorah. Mas esta não se deixou dissuadir.
Hoje em dia Rasha está com 36 anos, e a relação continua. Os problemas agora são ao mesmo tempo políticos e financeiros. Beit Yemina tem de gastar muito dinheiro para obter as autorizações que permitem a Rasha ir a Israel para ter aulas. Fala-se em cortar.
Devorah espera que não aconteça. E evoca o prazer de Rasha quando toca em público e ouve os aplausos. "Às vezes ela própria aplaude".
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/palestiniana-autista-e-cega-tornou-se-pianista-com-a-ajuda-de-uma-judia-ortodoxa=f694490#ixzz1heautVqW
Projeto "Horta Sensorial"
Dando continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver em prol das pessoas com deficiência visual, a marca L’Occitane criou um projeto internacional designado “Vela Solidária” que se destina a apoiar instituições sociais com actuação nesta área. Em Portugal, a L’Occitane uniu-se à ACAPO e juntas vão promover o projeto “Horta Sensorial” que pretende requalificar a área exterior do futuro Centro de Treino de Atividades da Vida Diária da ACAPO em Lisboa. A campanha encontra-se já em vigor em todas as lojas L’Occitane e 100% do valor das velas (15 euros) serão revertidos para o projeto da ACAPO. José Coimbra e Carla Rocha, as vozes do “Café da Manhã” da RFM, são os padrinhos deste projeto que pretende contribuir para a habilitação e reabilitação dos utentes com deficiência visual.
A Física no dia-a-dia
Uma exposição baseada na obra A Física no dia-a-dia de Rómulo de Carvalho - exposição bilingue, acessível a visitantes com mobilidade reduzida e com conteúdos para o público cego.
Rómulo de Carvalho e o seu livro "A física no dia a dia" são o mote da nova exposição do Pavilhão do Conhecimento que convida a conhecer a ciência que se esconde nos pequenos gestos do quotidiano.
A exposição é inaugurada quinta-feira, mas a presidente do Pavilhão do Conhecimento explicou à Lusa que esta é uma exposição para descobrir de uma maneira simples a ciência e a física que se esconde dentro de todas as casas.
Está por isso organizada e dividida conforme as divisões de uma casa: o quarto - com experiências sobre luz e visão -, a sala - com experiência sobre som e audição -, o escritório - com experiências sobre eletricidade e magnetismo -, a despensa - com experiências sobre forças, temperaturas e volume -, a cozinha - com experiências sobre água -, e o jardim - com experiências sobre o ar.
De acordo com Rosália Vargas, "A física no dia a dia" é um livro "fantástico" e dado que a exposição se enquadra na semana da Ciência e da Tecnologia, é também uma forma de homenagear "esse grande divulgador de ciência e grande físico que escreveu o livro de uma forma muito coloquial e muito simples".
Passo a passo, quem visitar a exposição é convidado a testar conhecimentos e realizar 73 experiências, todas as que estão no livro de Rómulo de Carvalho.
Por exemplo, é perguntado se sabe porque é que alguns espelhos fazem as caras grandes e outros pequenas ou se é capaz de construir uma máquina fotográfica ou até por que é que é perigoso "escarafunchar" os ouvidos com os dedos ou outros objetos.
Noutro ponto é possível saber para que servem e como funcionam as bússolas ou testar diferentes fios de metal para ver a sua resistência, bem como perceber, por exemplo, por que é que os navios de guerra não vão ao fundo apesar de serem feitos de ferro e aço.
"Estamos a estudar engenharia e já vimos a maior parte destas coisas, mas se calhar pessoas da nossa idade que viessem cá ficavam a aprender muitas coisas diferentes", apontou Marisa Lima, 19 anos, estudante do Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa que foi ao Pavilhão do Conhecimento visitar "O mar é fixe, mas não é só peixe" e espreitou a "A física no dia a dia" por acaso.
Já a Rodrigo Gonçalves, 19 anos e igualmente estudante do IST, o que mais lhe interessou foi a parte com experiências com eletricidade.
"É a parte que é mais abstrata, que foge mais ao senso comum", justificou.
"A física no dia a dia" serve ainda para, ao fim de doze anos de funcionamento e pela primeira vez, o Pavilhão do Conhecimento aventurar-se na produção de exposições próprias.
"É uma exposição que foi totalmente concebida e produzida em Portugal e é uma exposição que está feita para itinerar, portanto, vamos pô-la no circuito internacional", revelou Rosália Vargas.
A responsável explicou que até agora o Pavilhão do Conhecimento tem recebido exposições temporárias internacionais e que entenderam estar na hora de colocar no mercado internacional "exposições de grande qualidade e dimensão".
"Esta vai ser a primeira e estamos no bom caminho porque há já muito interesse por parte de museus e centros de ciência nesta exposição", garantiu Rosália Vargas.
A exposição "A física no dia a dia" arranca quinta-feira e vai estar patente até setembro de 2012.
Rómulo de Carvalho e o seu livro "A física no dia a dia" são o mote da nova exposição do Pavilhão do Conhecimento que convida a conhecer a ciência que se esconde nos pequenos gestos do quotidiano.
A exposição é inaugurada quinta-feira, mas a presidente do Pavilhão do Conhecimento explicou à Lusa que esta é uma exposição para descobrir de uma maneira simples a ciência e a física que se esconde dentro de todas as casas.
Está por isso organizada e dividida conforme as divisões de uma casa: o quarto - com experiências sobre luz e visão -, a sala - com experiência sobre som e audição -, o escritório - com experiências sobre eletricidade e magnetismo -, a despensa - com experiências sobre forças, temperaturas e volume -, a cozinha - com experiências sobre água -, e o jardim - com experiências sobre o ar.
De acordo com Rosália Vargas, "A física no dia a dia" é um livro "fantástico" e dado que a exposição se enquadra na semana da Ciência e da Tecnologia, é também uma forma de homenagear "esse grande divulgador de ciência e grande físico que escreveu o livro de uma forma muito coloquial e muito simples".
Passo a passo, quem visitar a exposição é convidado a testar conhecimentos e realizar 73 experiências, todas as que estão no livro de Rómulo de Carvalho.
Por exemplo, é perguntado se sabe porque é que alguns espelhos fazem as caras grandes e outros pequenas ou se é capaz de construir uma máquina fotográfica ou até por que é que é perigoso "escarafunchar" os ouvidos com os dedos ou outros objetos.
Noutro ponto é possível saber para que servem e como funcionam as bússolas ou testar diferentes fios de metal para ver a sua resistência, bem como perceber, por exemplo, por que é que os navios de guerra não vão ao fundo apesar de serem feitos de ferro e aço.
"Estamos a estudar engenharia e já vimos a maior parte destas coisas, mas se calhar pessoas da nossa idade que viessem cá ficavam a aprender muitas coisas diferentes", apontou Marisa Lima, 19 anos, estudante do Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa que foi ao Pavilhão do Conhecimento visitar "O mar é fixe, mas não é só peixe" e espreitou a "A física no dia a dia" por acaso.
Já a Rodrigo Gonçalves, 19 anos e igualmente estudante do IST, o que mais lhe interessou foi a parte com experiências com eletricidade.
"É a parte que é mais abstrata, que foge mais ao senso comum", justificou.
"A física no dia a dia" serve ainda para, ao fim de doze anos de funcionamento e pela primeira vez, o Pavilhão do Conhecimento aventurar-se na produção de exposições próprias.
"É uma exposição que foi totalmente concebida e produzida em Portugal e é uma exposição que está feita para itinerar, portanto, vamos pô-la no circuito internacional", revelou Rosália Vargas.
A responsável explicou que até agora o Pavilhão do Conhecimento tem recebido exposições temporárias internacionais e que entenderam estar na hora de colocar no mercado internacional "exposições de grande qualidade e dimensão".
"Esta vai ser a primeira e estamos no bom caminho porque há já muito interesse por parte de museus e centros de ciência nesta exposição", garantiu Rosália Vargas.
A exposição "A física no dia a dia" arranca quinta-feira e vai estar patente até setembro de 2012.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Associação de Apoio à Informação a Cegos e Amblíopes - linha telefónica em funcionamento
A Associação de Apoio à Informação a Cegos e Amblíopes (AAICA), é uma instituição sem fins lucrativos (IPSS), constituída só por voluntários dedicados.
Sendo a mobilidade o maior problema dos deficientes visuais, torna-se o telefone o meio mais utilizado pelos mesmos, assim procuramos de forma determinada, proporcionar a todas as pessoas com cegueira, baixa visão e às suas famílias, orientações que melhorem a sua qualidade de vida, dando-lhes a conhecer as respostas existentes e procurando articular serviços do ponto vista médico, educativo, formativo, social, cultural, jurídico ou outros. Tendo em atenção que as áreas prioritárias de informação são as de saúde e serviços, educação e formação profissional, legislação e benefícios, lazer e desporto.O principal objectivo da AAICA é prestar informação, para tal dispõe de um serviço de informação (Linha telefónica de Apoio nº 213478417 com horário experimental de terça a sexta feira das 14 às 18 horas) para pessoas com deficiência visual e suas famílias.
Contactar directamente com a população alvo, escutar as suas necessidades e prestar informação, quer com a presença da AAICA nos locais referenciados (consultas de subvisão, centros de reabilitação, etc), promovendo também acções de Informação/Divulgação ou na linha telefónica de apoio, permite contribuir para uma melhor qualidade de vida e uma maior participação das mesmas na sociedade e no panorama socioeconómico. A centralização de informação no site www.aaica.pt vai permitir poder orientar cada cidadão portador de deficiência visual e suas famílias, consoante as suas necessidades, podendo os mesmos optar sempre de acordo com a sua situação e o que considerem melhor para si.
Designer cria etiquetadora em Braille
O mundo da tecnologia vem mostrando que pode ser extremamente útil para levar facilidades e principalmente, acessibilidade para milhares de pessoas com deficiências físicas ao redor mundo. Depois de estudantes transformarem um tablet em digitador em Braille e de modificarem um Kinect para atuar como um cão-guia, Ted Moallem criou uma etiquetadora em Braille barata e com uma tecnologia bem simples, a Braille-It Labeler.
O aparelho, que foi apresentado recentemente na Conferência A Better World by Design 2011, é um dispositivo que permite que as pessoas com deficiência visual imprimam com facilidade etiquetas adesivas em Braille.
Moallem utilizou materiais muito comuns para construir a Braille-It como alumínio e fios de aço. O aparelho também possui seis botões que são compatíveis com o alfabeto Braille, tornando muito simples a digitação.
Assim que o usuário for digitando as palavras ou frases que deseja, a Braille-It vai imprimindo simultaneamente em uma fita de vinil adesiva o conteúdo digitado.
O mais interessante é que pessoas com deficiência visual foram treinadas e estão trabalhando na construção do aparelho em Katpadi, na Índia, ajudando a refinar ainda mais o design e os métodos de construção do aparelho.
“As pessoas com deficiência visual não podem depender apenas das grandes indústrias para tornar o alfabeto Braille mais acessível. Aproximadamente dois séculos depois que um adolescente cego inventou o Braille, as ferramentas mais utilizadas para escrever o alfabeto ainda são as mesmas que Louis Braille usou. A indústria Braille de baixo custo estagnou”, afirmou Ted Moallem.
O inventor acredita que as fitas adesivas em Braille produzidas pelo aparelho possam ser muito utilizadas para a identificação tátil de comidas, remédios e muitas outras aplicações no dia a dia das pessoas com deficiência visual.
Isenção de Taxas Moderadoras
Foi publicado o Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de Novembro, que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte dos utentes no que respeita ao regime das taxas moderadoras e à aplicação de regimes especiais de benefícios, tendo por base a definição das situações determinantes de isenção de pagamento ou comparticipação, como situações clínicas relevantes de maior risco de saúde ou situações de insuficiência económica.
Nos termos do referido diploma, estão isentos do pagamento de taxas moderadoras, entre outros, os utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
Nos termos do referido diploma, estão isentos do pagamento de taxas moderadoras, entre outros, os utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Congresso Português de Reabilitação Visual
Têm início a 15 de novembro as inscrições para o Congresso Português de Reabilitação Visual, que vai decorrer nos dias 16 e 17 de março de 2012, em Aveiro (Meliá Ria Hotel), organizado, entre outros, pela Universidade do Minho. A iniciativa, dirigida a todos os que trabalham, investigam ou têm forte interesse pela reabilitação visual, pretende constituir um espaço de encontro e de valorização dos profissionais e recursos existentes em Portugal, bem como de formação e desenvolvimento contínuo.
Trata-se de um evento multidisciplinar, com palestras sobre temas atuais e espaços de discussão e de sociabilização para promover a troca de experiências e o estabelecimento de colaborações.
31 de dezembro é a data limite para submissão de comunicações.
Termina a 15 de janeiro o prazo para a inscrição a preço mínimo.
Aguarda-se a acreditação para créditos de formação contínua de professores e outros profissionais.
Para mais informações, consultar o sítio Congresso Português de Reabilitação Visual.
Trata-se de um evento multidisciplinar, com palestras sobre temas atuais e espaços de discussão e de sociabilização para promover a troca de experiências e o estabelecimento de colaborações.
31 de dezembro é a data limite para submissão de comunicações.
Termina a 15 de janeiro o prazo para a inscrição a preço mínimo.
Aguarda-se a acreditação para créditos de formação contínua de professores e outros profissionais.
Para mais informações, consultar o sítio Congresso Português de Reabilitação Visual.
Orçamento do Estado para 2012:ajudas técnicas
O Governo vai disponibilizar cerca de 12 milhões de euros do Orçamento do Estado para 2012 para o financiamento de produtos de apoio a pessoas com deficiências, anunciou o secretário de Estado da Segurança Social.
Presente no Parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado, Marco António Costa adiantou que há já um despacho conjunto entre os Ministérios da Economia, Solidariedade e Segurança Social e Saúde que vem pela primeira vez regulamentar a atribuição de ajudas técnicas.
"As ajudas técnicas para os deficientes são comparticipadas financeiramente por três ministérios diferentes neste momento. O que tinha acontecido até aqui é que havia uma ausência de cooperação e definição de objectivos financeiros com que cada um se comprometia para o ano de 2011", explicou o secretário de Estado.
Segundo Marco António Costa já está neste momento em circulação o despacho que define os valores atribuídos por cada um dos Ministérios, cabendo ao Ministério da Economia e do Emprego, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) a atribuição de 2,4 milhões de euros, ao Ministério da Saúde 6 milhões de euros e ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social a atribuição de 3,7 milhões de euros num total de mais de 12 milhões de euros.
Na opinião do secretário de Estado, esta medida permite uma "optimização da gestão", já que o despacho conjunto vem permitir a "visão integrada de utilização dos recursos públicos".
O secretário de Estado não adiantou, no entanto, de que forma é que o despacho vai regular a atribuição das verbas.
Presente no Parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado, Marco António Costa adiantou que há já um despacho conjunto entre os Ministérios da Economia, Solidariedade e Segurança Social e Saúde que vem pela primeira vez regulamentar a atribuição de ajudas técnicas.
"As ajudas técnicas para os deficientes são comparticipadas financeiramente por três ministérios diferentes neste momento. O que tinha acontecido até aqui é que havia uma ausência de cooperação e definição de objectivos financeiros com que cada um se comprometia para o ano de 2011", explicou o secretário de Estado.
Segundo Marco António Costa já está neste momento em circulação o despacho que define os valores atribuídos por cada um dos Ministérios, cabendo ao Ministério da Economia e do Emprego, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) a atribuição de 2,4 milhões de euros, ao Ministério da Saúde 6 milhões de euros e ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social a atribuição de 3,7 milhões de euros num total de mais de 12 milhões de euros.
Na opinião do secretário de Estado, esta medida permite uma "optimização da gestão", já que o despacho conjunto vem permitir a "visão integrada de utilização dos recursos públicos".
O secretário de Estado não adiantou, no entanto, de que forma é que o despacho vai regular a atribuição das verbas.
O que faz um cego na biblioteca?
O que faz um cego na biblioteca? Lê. Não com os olhos, mas com os dedos. Ou os ouvidos. Na Biblioteca Nacional (BN) a área de leitura para deficientes visuais é um espaço democrático, o único em que se permite a consulta das obras por menores de 18 anos. Basta saber ler para entrar. E passar pelas portas de vidro é ser admitido numa dimensão diferente. No corredor central há muita luz, mas nas salas e no depósito, não. Hermínia Robalo, cega de nascença, está na Biblioteca há 39 anos e é responsável pelo serviço. Trabalha com 4 cegos e 1 amblíope. Atendem a todo o país. Mandam livros pelo correio e recebem leitores. Têm disponíveis 3417 livros em braille, 1881 áudio-livros e 890 títulos electrónicos (lidos por um programa de computador). Sem preconceitos: de Eça de Queiroz a José Rodrigues dos Santos.
in A Casa de Todos os Livros, Revista Única, 12-11-2011
Biblioteca Nacional de Portugal
Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa
Tel. 21 798 20 00
bn@bnportugal.pt
http://www.bnportugal.pt/
in A Casa de Todos os Livros, Revista Única, 12-11-2011
Biblioteca Nacional de Portugal
Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa
Tel. 21 798 20 00
bn@bnportugal.pt
http://www.bnportugal.pt/
Pavimentos com texturas especiais para cegos
Quatro texturas de revestimento de pisos adaptados a cegos foram apresentadas esta manhã numa conferência no Museu da Casa da Luz promovida pela Ordem dos Arquitectos. A Ceramic [Cerâmicas Aleluia], a empresa que desenvolveu este conceito, criou quatro texturas que, caso sejam implementadas em Portugal, poderão funcionar como uma espécie de semáforos para invisuais.
Estes revestimentos de cerâmica - que a empresa assegura ser de grande resistência - são colocados no chão. O cego pode então sentir se está numa zona proibida, de sinal vermelho, numa de sinal amarelo e que exige cautela ou, noutra, de sinal verde e livre circulação. A quarta textura é para mudanças de direcção. A ideia da empresa é uniformizar este tipo de sinalização e garantir melhores acessibilidades aos cegos.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
"Visões" em exposição no Centro Cirúrgico de Coimbra
Visões. São revelações. Imagens impossíveis de detectar a olho nu. É o momento em que a perícia humana se alia à melhor tecnologia.
A exposição VISÕES é o resultado de um dia-a-dia vivido no Centro Cirúrgico de Coimbra. São exemplos do melhor registo, da melhor qualidade, do melhor equipamento, dos melhores profissionais e do melhor diagnóstico.
À primeira impressão pensamos tratar-se de constelações, explosões solares, bordados e rendas, além de inúmeras e intermináveis ramificações, ou seja, admiráveis imagens captadas algures no universo.
Mas não é nada disso. Os olhos enganam-nos. As imagens compiladas para a exposição Visões ilustram casos clínicos de doentes observados pelos oftalmologistas do Centro Cirúrgico de Coimbra. A mostra inclui diversas patologias, como doenças raras e genéticas, quistos, retinopatias, descolamento de retina, asteróides, neovascularização ou uma subluxação do cristalino, entre outras. Situações e patologias que foram operadas no Centro Cirúrgico de Coimbra com sucesso.
Maria Pedro Silva e Robert van Velze captaram o impossível de detectar a olho nu, num momento em que a perícia humana se alia à melhor tecnologia. Visões ilustram um dia-a-dia vivido no Centro Cirúrgico de Coimbra e provam a procura pela melhor imagem, melhor registo, melhor qualidade, melhor equipamento, melhores profissionais e melhor diagnóstico. Vemos diferente, fazemos diferente.
Catálogo: AQUI.
A exposição está patente no edifício sede do Centro Cirúrgico de Coimbra.
Centro Cirúrgico de Coimbra
Rua Dr. Manuel Campos Pinheiro, 51
Espadaneira - S. Martinho do Bispo
3045-089 Coimbra, Portugal
Telefone: +351 239 802 700
E-mail: centrocirurgico@ccci.pt
Web: http://www.ccci.pt/
A exposição VISÕES é o resultado de um dia-a-dia vivido no Centro Cirúrgico de Coimbra. São exemplos do melhor registo, da melhor qualidade, do melhor equipamento, dos melhores profissionais e do melhor diagnóstico.
À primeira impressão pensamos tratar-se de constelações, explosões solares, bordados e rendas, além de inúmeras e intermináveis ramificações, ou seja, admiráveis imagens captadas algures no universo.
Mas não é nada disso. Os olhos enganam-nos. As imagens compiladas para a exposição Visões ilustram casos clínicos de doentes observados pelos oftalmologistas do Centro Cirúrgico de Coimbra. A mostra inclui diversas patologias, como doenças raras e genéticas, quistos, retinopatias, descolamento de retina, asteróides, neovascularização ou uma subluxação do cristalino, entre outras. Situações e patologias que foram operadas no Centro Cirúrgico de Coimbra com sucesso.
Maria Pedro Silva e Robert van Velze captaram o impossível de detectar a olho nu, num momento em que a perícia humana se alia à melhor tecnologia. Visões ilustram um dia-a-dia vivido no Centro Cirúrgico de Coimbra e provam a procura pela melhor imagem, melhor registo, melhor qualidade, melhor equipamento, melhores profissionais e melhor diagnóstico. Vemos diferente, fazemos diferente.
Catálogo: AQUI.
A exposição está patente no edifício sede do Centro Cirúrgico de Coimbra.
Centro Cirúrgico de Coimbra
Rua Dr. Manuel Campos Pinheiro, 51
Espadaneira - S. Martinho do Bispo
3045-089 Coimbra, Portugal
Telefone: +351 239 802 700
E-mail: centrocirurgico@ccci.pt
Web: http://www.ccci.pt/
Instituto do Emprego e Formação Profissional
O Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.), enquanto Organismo Intermédio, informa que decorre, entre os dias 8 de Novembro e 12 de Dezembro de 2011, o período para apresentação de candidaturas, no âmbito das Tipologias de Intervenção 6.2 – Qualificação das Pessoas com Deficiências e Incapacidades e 6.4 – Qualidade dos Serviços e Organizações, especificamente, ações de formação e sensibilização dirigidas a técnicos e outros profissionais de reabilitação profissional, nos termos e condições definidos no respetivo aviso de abertura de candidaturas.
Consulte a documentação de suporte às candidaturas
- Aviso de Abertura de Candidaturas – TI 6.2 e 6.4
- Orientações Técnicas para a TI 6.2
- Orientações Técnicas para a TI 6.4
Consulte a documentação de suporte às candidaturas
- Aviso de Abertura de Candidaturas – TI 6.2 e 6.4
- Orientações Técnicas para a TI 6.2
- Orientações Técnicas para a TI 6.4
1as Olimpíadas do Braille
A ACAPO vai promover no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a 3 de Dezembro, as 1as Olimpíadas do Braille, um concurso aberto à participação de todos os conhecedores deste sistema de leitura e escrita.
O concurso será constituído por um conjunto de três provas, estando os concorrentes distribuídos por quatro escalões etários:
1º Escalão – concorrentes com deficiência visual e com idades compreendidas entre os oito e os doze anos;
2º Escalão – concorrentes com deficiência visual e com idades compreendidas entre os treze e os vinte anos;
3º Escalão – concorrentes com deficiência visual e com idade superior a vinte anos;
4º Escalão – concorrentes sem deficiência visual.
O prazo de inscrições decorre entre os dias 2 e 18 de Novembro, através do preenchimento de formulário disponível, nas Delegações da ACAPO e no site da ACAPO.
As provas serão realizadas no período entre as 14h30 e as 18 horas, no Auditório da Estação de Metro do Alto dos Moinhos, em Lisboa. O prémio para o vencedor de cada escalão é uma viagem à Disneyland de Paris com visita à terra Natal de Louis Braille, Coupvray.
Consulte o Regulamento das 1as Olimpíadas do Braille (doc.439 KB)
. Preencha a ficha de inscrição aqui
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Estudante cria aplicação para escrita em braille em tablets
“Há uma app para isso” é cada vez mais uma forma apropriada de descrever a inovação crescente dos tempos em que vivemos. Um estudante norte-americano desenvolveu uma aplicação que permite a invisuais escreverem em braille num tablet.
Adam Duran, estudante universitário, desenvolveu esta app com a ajuda de dois mentores, Adrian Lew e Sohan Dharmaraja, durante um curso de verão na Universidade de Stanford, localizada em Palo Alto, na Califórnia.
Esta invenção poderá vir a facilitar em muito a vida dos invisuais, que até agora, se quisessem uma ferramenta de escrita, não tinham alternativa aos dispositivos com preços de vários milhares de dólares, os quais se assemelham às antigas máquinas tipográficas.
O desenvolvimento desta aplicação tomou lugar no Army High-Performance Computing Research Center (AHPCRC) da Universidade de Stanford, mas a ideia que esteve na sua origem não foi a de uma aplicação para escrever em braille mas, sim, para o ler.
“A tecnologia, apesar de definitivamente útil, seria limitada na sua aplicação ao dia a dia” disse Adam Duran à publicação “Stanford Report”. “A killer app não era um leitor, mas sim uma ferramenta de escrita” adicionou Sohan Dharmaraja.
Este software aproveita-se dos amplos ecrãs táteis da maioria dos tablets, os quais já estão devidamente preparados para reconhecer o toque e agir consoante o mesmo, algo que torna a ferramenta útil para os invisuais pois o toque é um dos sentidos pelos quais se orientam no desempenho das tarefas diárias.
Graças à “inteligência” dos ecrãs táteis, o teclado e as teclas podem reajustar-se automaticamente à posição dos dedos do utilizador de cada vez que este os pousa no aparelho. O tamanho dos dedos e o estilodatilográfico dos utilizadores também não é um problema para o software.
Uma vez associada às tecnologias de reconhecimento de voz cada vez mais populares, esta invenção poderá providenciar uma panóplia de usos para os invisuais, como aliás demonstra Sohan Dharmaraja num vídeo do YouTube.
Atividade ao ar livre ajuda a combater a miopia
As atividades ao ar livre, desde um simples passeio ou piquenique até à prática de desporto, inibem a progressão da miopia, enquanto as atividades de visão ao perto potenciam o seu aumento, confirmam estudos da Universidade do Minho, coordenados pelo professor Jorge Jorge.
“A nossa pesquisa vem mostrar que o elevado número de horas a utilizar a visão ao perto, nomeadamente estar no computador ou na leitura, pode levar ao aumento da miopia. Em sentido contrário, a prática de atividade física funciona como um inibidor da sua progressão”, explica Jorge Jorge, do Departamento de Física (área de Optometria e Ciências da Visão) da Escola de Ciências da UMinho. Caso para dizer que, afinal, não são só as cenouras que fazem bem aos olhos.
A sua equipa desenvolve uma série de trabalhos que confirmam as alterações provocadas por aqueles fatores no desenvolvimento da miopia. Está ainda a realizar estudos sobre a redução da taxa de progressão da miopia utilizando lentes de contacto de geometria progressiva e lentes deortoqueratologia. Os projetos decorrem no CEORLab - Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental do Centro de Física da UMinho.
A miopia é um problema visual que afeta um quarto da população mundial. Em Portugal, a prevalência média ronda os 20%, mas nos mais jovens ultrapassa já 30%. Considerando que em valores de miopia superiores a 6 Dioptrias existe um risco acrescido de ocorrerem determinadas patologias oculares é por isso necessário enveredar todos os esforços para conhecer as razões do aparecimento e progressão da miopia assim como as técnicas para redução da sua taxa de progressão.
Jorge Jorge licenciou-se em Física Aplicada – especialização em Optometria em 1995 e doutorou-se em Ciências em 2006, na UMinho. Nesta universidade é professor auxiliar e diretor do mestrado em Optometria Avançada. Integra o conselho editorial do “Journal of Optometry” e tem publicados mais de 30 artigos científicos e três capítulos de livro.
“A nossa pesquisa vem mostrar que o elevado número de horas a utilizar a visão ao perto, nomeadamente estar no computador ou na leitura, pode levar ao aumento da miopia. Em sentido contrário, a prática de atividade física funciona como um inibidor da sua progressão”, explica Jorge Jorge, do Departamento de Física (área de Optometria e Ciências da Visão) da Escola de Ciências da UMinho. Caso para dizer que, afinal, não são só as cenouras que fazem bem aos olhos.
A sua equipa desenvolve uma série de trabalhos que confirmam as alterações provocadas por aqueles fatores no desenvolvimento da miopia. Está ainda a realizar estudos sobre a redução da taxa de progressão da miopia utilizando lentes de contacto de geometria progressiva e lentes deortoqueratologia. Os projetos decorrem no CEORLab - Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental do Centro de Física da UMinho.
A miopia é um problema visual que afeta um quarto da população mundial. Em Portugal, a prevalência média ronda os 20%, mas nos mais jovens ultrapassa já 30%. Considerando que em valores de miopia superiores a 6 Dioptrias existe um risco acrescido de ocorrerem determinadas patologias oculares é por isso necessário enveredar todos os esforços para conhecer as razões do aparecimento e progressão da miopia assim como as técnicas para redução da sua taxa de progressão.
Jorge Jorge licenciou-se em Física Aplicada – especialização em Optometria em 1995 e doutorou-se em Ciências em 2006, na UMinho. Nesta universidade é professor auxiliar e diretor do mestrado em Optometria Avançada. Integra o conselho editorial do “Journal of Optometry” e tem publicados mais de 30 artigos científicos e três capítulos de livro.
ACAPO relança Revista Louis Braille
Decorridos 10 anos da edição do último exemplar, a ACAPO relançou no dia do seu 22º aniversário, uma das mais marcantes publicações da história da Instituição. Trata-se de Louis Braille, uma revista especializada na área da deficiência visual, que regressa agora em versão digital e com uma periodicidade trimestral.
“Embora ancorada em princípios ligeiramente diferentes”, a nova publicação pretende assumir “a relevância de outros tempos, colmatando uma lacuna, no que concerne à produção e difusão de conhecimento relacionado com a deficiência visual”, tal como se lê no editorial do número 0 da revista, da autoria do Presidente da Direcção Nacional da ACAPO, Carlos Lopes.
Na edição número 0 da revista poderá ler uma entrevista à Presidente da União Mundial de Cegos; um artigo sobre acessibilidades; uma reportagem sobre o caso de sucesso do Grupo Jerónimo Martins na integração profissional de pessoas com deficiência visual; um artigo do médico oftalmologista Florindo Esperancinha, que faz uma retrospetiva dos avanços da oftalmologia nos últimos 20 anos; e uma reflexão de Graça Pegado, Professora Especializada na Área da Deficiência Visual, sobre a integração educativa dos alunos com deficiência visual.
Ler a revista em PDF AQUI.
Graça Pegado A integração educativa do aluno com deficiência visual
Professora Especializada na área da deficiência visual
Independentemente da sua natureza, a existência de um défice visual significativo condiciona o processo de aprendizagem dos alunos que o manifestam. A inclusão sócio-educativa dos mesmos exige um trabalho concertado por parte da família, dos professores ou educadores e outros agentes educativos que possam, de uma forma ou de outra, encontrar-se envolvidos no contexto escolar dos alunos, no sentido de verem minimizadas as consequências decorrentes dos problemas de visão que lhes possam vir a limitar as oportunidades de um desempenho académico desejável.
Com o objetivo de regulamentar a organização da Educação Especial nas escolas portuguesas, teve lugar a publicação do Decreto-Lei nº 3/2008 de 7 de janeiro. O diploma em vigor dedica um artigo à Educação de alunos cegos e com baixa visão, onde é consagrado um conjunto de medidas aplicáveis aos alunos portadores de deficiência visual, de cuja articulação depende a qualidade da resposta educativa que as escolas de referência para estes alunos estariam, à partida, habilitadas a oferecer, sendo múltiplos os fatores que para esse fim concorrem. Os recursos humanos e materiais que são colocados à disposição, a constituição das turmas, a adaptação do currículo e as atitudes, as práticas e as competências do pessoal docente constituem aspetos que condicionam a eficácia das medidas enunciadas, na promoção do sucesso escolar e inclusão social.
Fazendo uma retrospetiva relativamente ao acompanhamento de alunos com deficiência visual na última década, é-nos dado a perceber que a modernização das tecnologias em muito beneficiou o esforço que o Ministério da Educação tem vindo a desenvolver, no sentido de proporcionar aos alunos que a escola em si acolhe, as respostas mais adequadas às suas especificidades.
Por outro lado, através de uma desconstrução criteriosa da realidade que os nossos alunos vivem nas escolas da Grande Lisboa, concluímos que esse investimento não é, de todo, suficiente para assegurar que princípios como a promoção da igualdade de oportunidades pelos quais se rege a Escola Inclusiva estejam a ser respeitados.
Com efeito, é do conhecimento comum que um número significativo de medidas enunciadas na lei não encontra, frequentemente, a correspondência desejada na escola pública. É este o caso da sobejamente conhecida falta de equipamentos informáticos e materiais didáticos adequados, bem como a total ausência de preocupação com a acessibilidade dos alunos dentro da escola e nas suas imediações. De facto, a conceção arquitectónica da maioria dos espaços escolares que integram a rede de escolas de referência em nada difere dos demais estabelecimentos de ensino, não se verificando sequer a utilização de recursos alternativos, tais como pisos tácteis, placas sinalizadoras em braille, etc.
Ainda no vasto campo das acessibilidades, um outro aspeto que importa aqui sublinhar, é a escandalosa falta de acesso que os alunos cegos têm aos manuais escolares quando os mesmos são disponibilizados em formato digital, à luz de um protocolo que o M.E. celebrou com um número considerável de editoras. O formato que os alunos recebem via e-mail não é compatível com os leitores de ecrã que utilizam. E, mesmo após várias chamadas de atenção junto das entidades competentes, nenhuma posição foi ainda tomada no sentido de resolver uma situação inaceitável que compromete seriamente a garantia da igualdade tão apregoada pelo referido diploma.
Por outro lado, a abordagem das questões que se relacionam com os recursos humanos e sua preparação para o desempenho das funções que lhes estão designadas obriga, irremediavelmente, à análise refletida da sua formação. Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que a oferta formativa na área da deficiência visual é extremamente escassa na zona da Grande Lisboa.
Acresce ainda o facto de os programas curriculares dos cursos de especialização se encontrarem, regra geral, desajustados relativamente às necessidades da prática educativa.
Áreas de importância central como a orientação e mobilidade, a avaliação visual e funcional, a aplicação de programas de estimulação visual, a utilização de meios informáticos específicos, o treino de atividades de vida diária e a promoção de competências sociais estão, habitualmente, ausentes do currículo.
Mesmo um professor especializado no domínio da visão, sem ter ainda acumulado alguns anos de experiência, chega à escola com uma preparação deficitária, uma vez que os conhecimentos adquiridos não satisfazem, em larga medida, as necessidades das suas funções.
Tendo em conta o atual cenário acerca do qual nos foi possível enunciar apenas um número reduzido de situações exemplificativas, parece-nos fundamental deixar claro que a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo sistema educativo depende, em primeira instância, de um processo de consciencialização coletiva, em que o respeito inadiável pelo aluno com deficiência visual se impõe de forma perentória. Trata-se de uma realidade que implica, essencialmente, uma outra conceção de organização escolar, ultrapassando a via da uniformidade e reconhecendo o direito à diferença.
Independentemente da sua natureza, a existência de um défice visual significativo condiciona o processo de aprendizagem dos alunos que o manifestam. A inclusão sócio-educativa dos mesmos exige um trabalho concertado por parte da família, dos professores ou educadores e outros agentes educativos que possam, de uma forma ou de outra, encontrar-se envolvidos no contexto escolar dos alunos, no sentido de verem minimizadas as consequências decorrentes dos problemas de visão que lhes possam vir a limitar as oportunidades de um desempenho académico desejável.
Com o objetivo de regulamentar a organização da Educação Especial nas escolas portuguesas, teve lugar a publicação do Decreto-Lei nº 3/2008 de 7 de janeiro. O diploma em vigor dedica um artigo à Educação de alunos cegos e com baixa visão, onde é consagrado um conjunto de medidas aplicáveis aos alunos portadores de deficiência visual, de cuja articulação depende a qualidade da resposta educativa que as escolas de referência para estes alunos estariam, à partida, habilitadas a oferecer, sendo múltiplos os fatores que para esse fim concorrem. Os recursos humanos e materiais que são colocados à disposição, a constituição das turmas, a adaptação do currículo e as atitudes, as práticas e as competências do pessoal docente constituem aspetos que condicionam a eficácia das medidas enunciadas, na promoção do sucesso escolar e inclusão social.
Fazendo uma retrospetiva relativamente ao acompanhamento de alunos com deficiência visual na última década, é-nos dado a perceber que a modernização das tecnologias em muito beneficiou o esforço que o Ministério da Educação tem vindo a desenvolver, no sentido de proporcionar aos alunos que a escola em si acolhe, as respostas mais adequadas às suas especificidades.
Por outro lado, através de uma desconstrução criteriosa da realidade que os nossos alunos vivem nas escolas da Grande Lisboa, concluímos que esse investimento não é, de todo, suficiente para assegurar que princípios como a promoção da igualdade de oportunidades pelos quais se rege a Escola Inclusiva estejam a ser respeitados.
Com efeito, é do conhecimento comum que um número significativo de medidas enunciadas na lei não encontra, frequentemente, a correspondência desejada na escola pública. É este o caso da sobejamente conhecida falta de equipamentos informáticos e materiais didáticos adequados, bem como a total ausência de preocupação com a acessibilidade dos alunos dentro da escola e nas suas imediações. De facto, a conceção arquitectónica da maioria dos espaços escolares que integram a rede de escolas de referência em nada difere dos demais estabelecimentos de ensino, não se verificando sequer a utilização de recursos alternativos, tais como pisos tácteis, placas sinalizadoras em braille, etc.
Ainda no vasto campo das acessibilidades, um outro aspeto que importa aqui sublinhar, é a escandalosa falta de acesso que os alunos cegos têm aos manuais escolares quando os mesmos são disponibilizados em formato digital, à luz de um protocolo que o M.E. celebrou com um número considerável de editoras. O formato que os alunos recebem via e-mail não é compatível com os leitores de ecrã que utilizam. E, mesmo após várias chamadas de atenção junto das entidades competentes, nenhuma posição foi ainda tomada no sentido de resolver uma situação inaceitável que compromete seriamente a garantia da igualdade tão apregoada pelo referido diploma.
Por outro lado, a abordagem das questões que se relacionam com os recursos humanos e sua preparação para o desempenho das funções que lhes estão designadas obriga, irremediavelmente, à análise refletida da sua formação. Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que a oferta formativa na área da deficiência visual é extremamente escassa na zona da Grande Lisboa.
Acresce ainda o facto de os programas curriculares dos cursos de especialização se encontrarem, regra geral, desajustados relativamente às necessidades da prática educativa.
Áreas de importância central como a orientação e mobilidade, a avaliação visual e funcional, a aplicação de programas de estimulação visual, a utilização de meios informáticos específicos, o treino de atividades de vida diária e a promoção de competências sociais estão, habitualmente, ausentes do currículo.
Mesmo um professor especializado no domínio da visão, sem ter ainda acumulado alguns anos de experiência, chega à escola com uma preparação deficitária, uma vez que os conhecimentos adquiridos não satisfazem, em larga medida, as necessidades das suas funções.
Tendo em conta o atual cenário acerca do qual nos foi possível enunciar apenas um número reduzido de situações exemplificativas, parece-nos fundamental deixar claro que a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo sistema educativo depende, em primeira instância, de um processo de consciencialização coletiva, em que o respeito inadiável pelo aluno com deficiência visual se impõe de forma perentória. Trata-se de uma realidade que implica, essencialmente, uma outra conceção de organização escolar, ultrapassando a via da uniformidade e reconhecendo o direito à diferença.
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Fonte: Revista Louis Braille,
Out/Nov/Dez 2011
Câmara de Silves promove Jornadas Cinematográficas da Deficiência
Durante o próximo mês de Novembro, a Câmara Municipal de Silves vai promover, todos os sábados, na biblioteca municipal, as Jornadas Cinematográficas da Deficiência, evento com o qual se pretende abordar, em cada sessão, um tipo de deficiência específica, mental, visual, motora ou auditiva.
Para além de divulgar o SIM-PD (Serviços de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade) de Silves, esta iniciativa visa “não só sensibilizar os munícipes para as problemáticas da deficiência”, através da visualização de filmes sobre várias temáticas, mas também “abrir um espaço de diálogo onde no final de cada sessão os participantes irão opinar sobre a temática que inspirou o filme”.
«I Am Sam – A força do amor», de Jessie Nelson, será o primeiro filme a ser exibido, a 5 de novembro, numa belíssima reflexão sobre a capacidade de cuidar que uma pessoa com deficiência mental pode ter, fazendo o público refletir sobre a discriminação sofrida por estas pessoas no seu meio social.
No dia 12 de novembro, será a vez de «À primeira vista» ser exibido. De Irwin Winkler, o enredo explora a jornada de um homem cujo mundo era a escuridão da cegueira, mas que pode ser iluminado por “um milagre da ciência e pela magia do amor”.
Baseado em factos da vida real, será exibido no dia 19 de novembro o filme «Mar Adentro», que relata a história de Ramón Sampedro, um marinheiro que ficou tetraplégico após um acidente de mergulho, mostrando a sua luta pelo direito de acabar com a própria vida.
As jornadas terminam no dia 26 de Novembro, com o filme «Filhos do Silêncio», de Randa Haines, numa abordagem da deficiência auditiva.
Para além de divulgar o SIM-PD (Serviços de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade) de Silves, esta iniciativa visa “não só sensibilizar os munícipes para as problemáticas da deficiência”, através da visualização de filmes sobre várias temáticas, mas também “abrir um espaço de diálogo onde no final de cada sessão os participantes irão opinar sobre a temática que inspirou o filme”.
«I Am Sam – A força do amor», de Jessie Nelson, será o primeiro filme a ser exibido, a 5 de novembro, numa belíssima reflexão sobre a capacidade de cuidar que uma pessoa com deficiência mental pode ter, fazendo o público refletir sobre a discriminação sofrida por estas pessoas no seu meio social.
No dia 12 de novembro, será a vez de «À primeira vista» ser exibido. De Irwin Winkler, o enredo explora a jornada de um homem cujo mundo era a escuridão da cegueira, mas que pode ser iluminado por “um milagre da ciência e pela magia do amor”.
Baseado em factos da vida real, será exibido no dia 19 de novembro o filme «Mar Adentro», que relata a história de Ramón Sampedro, um marinheiro que ficou tetraplégico após um acidente de mergulho, mostrando a sua luta pelo direito de acabar com a própria vida.
As jornadas terminam no dia 26 de Novembro, com o filme «Filhos do Silêncio», de Randa Haines, numa abordagem da deficiência auditiva.
Software abre as portas do mundo digital a invisuais
Em 1999, há doze anos, Abílio Duarte reivindicava um computador para aquele que era um dos maiores acervos em braille do País, a funcionar na Biblioteca Professor Machado Vilela, em Vila Verde. Hoje há vários PC e Abílio foi um dos responsáveis pela disseminação de um software revolucionário para cegos.
Há pouco mais de uma década, um computador adaptado para utilizadores invisuais custava três mil euros, verba que a Biblioteca Professor Machado Vilela não tinha. Mas depois do apelo lançado por Abílio Duarte, responsável pelo acervo em braille daquela instituição, a autarquia arranjou forma de fornecer o equipamento, indispensável para a pesquisa de livros e acesso à internet.
Ainda assim, muita coisa mudou desde então. Hoje, a biblioteca usa nos seus três computadores um software NVDA, um sistema de leitura do ecrã (através de voz sintética) para Windows, com a particularidade de ser gratuito. E isso deve-se, mais uma vez, à vontade de Abílio.
"Existem vários outros softwares deste género mas custam cerca de 1300 euros, sem contar depois com as actualizações. Ora, se tivermos em conta que é um programa que se destina a uma população com uma elevada taxa de desemprego, é incomportável. Já o NVDA é completamente gratuito e faz praticamente tudo o que os outros programas fazem", justifica.
Abílio Duarte, de 40 anos, estava em Londres quando ouviu pela primeira vez falar do software desenvolvido numa plataforma comunitária em vários países. Quando regressou a Portugal, entrou em contacto com quem trabalhava no projecto, testou-o e envolveu-se. A ele se deve grande parte da divulgação, incentivo e acções de formação para o uso do programa, que pode mudar a vida de muitos invisuais, permitindo-lhes consultar a internet, o e-mail, as redes sociais ou usar o Skype.
Há pouco mais de uma década, um computador adaptado para utilizadores invisuais custava três mil euros, verba que a Biblioteca Professor Machado Vilela não tinha. Mas depois do apelo lançado por Abílio Duarte, responsável pelo acervo em braille daquela instituição, a autarquia arranjou forma de fornecer o equipamento, indispensável para a pesquisa de livros e acesso à internet.
Ainda assim, muita coisa mudou desde então. Hoje, a biblioteca usa nos seus três computadores um software NVDA, um sistema de leitura do ecrã (através de voz sintética) para Windows, com a particularidade de ser gratuito. E isso deve-se, mais uma vez, à vontade de Abílio.
"Existem vários outros softwares deste género mas custam cerca de 1300 euros, sem contar depois com as actualizações. Ora, se tivermos em conta que é um programa que se destina a uma população com uma elevada taxa de desemprego, é incomportável. Já o NVDA é completamente gratuito e faz praticamente tudo o que os outros programas fazem", justifica.
Abílio Duarte, de 40 anos, estava em Londres quando ouviu pela primeira vez falar do software desenvolvido numa plataforma comunitária em vários países. Quando regressou a Portugal, entrou em contacto com quem trabalhava no projecto, testou-o e envolveu-se. A ele se deve grande parte da divulgação, incentivo e acções de formação para o uso do programa, que pode mudar a vida de muitos invisuais, permitindo-lhes consultar a internet, o e-mail, as redes sociais ou usar o Skype.
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fonte Correio da manhã
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Movimento Pais em Rede - Matosinhos
O Movimento Pais em Rede - Coordenações Distritais do Porto/Vila Real vão realizar, no dia 5 de Novembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, o encontro "Escola/Sociedade Inclusiva e Pais Especiais" , que contará com a presença de individualidades reconhecidas na área da Educação, de testemunhos na primeira pessoa de pessoas "especiais" e de pais.
O principal objetivo deste encontro é dar a conhecer o poder que os pais de "filhos especiais" têm, na construção de uma verdadeira Escola/Sociedade Inclusiva. Queremos, assim, que a inclusão seja possível e que pais e técnicos caminhem juntos para que a chegada seja um sucesso.
As inscrições poderão ser feitas através do link: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE4tcjNFWDNJZW9xcXVUN01sSmF3cHc6MQ
Pais em Rede
Coordenação Distrital do Porto
Ilda Taborda - 919717627
Celeste Carvalho - 919008382
Fátima Carvalho -916498826
O principal objetivo deste encontro é dar a conhecer o poder que os pais de "filhos especiais" têm, na construção de uma verdadeira Escola/Sociedade Inclusiva. Queremos, assim, que a inclusão seja possível e que pais e técnicos caminhem juntos para que a chegada seja um sucesso.
As inscrições poderão ser feitas através do link: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE4tcjNFWDNJZW9xcXVUN01sSmF3cHc6MQ
Pais em Rede
Coordenação Distrital do Porto
Ilda Taborda - 919717627
Celeste Carvalho - 919008382
Fátima Carvalho -916498826
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Mil Brinquedos Mil Sorrisos (4ª edição)
O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da ESECS - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Instituto Politécnico de Leiria, lançou a quarta edição da Campanha "Mil Brinquedos Mil Sorrisos".
Desde 2008 que o CRID-IPL se lançou nesta odisseia da fantasia, recebemos brinquedos eletrónicos, novos ou usados que são adaptados pelos alunos e professores do curso de Engenharia Eletrotécnica ESTG-Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do IPL, dedicando parte do seu tempo livre a uma tarefa tão nobre. Posteriormente são tratados, embrulhados e oferecidos às crianças que deles precisam, nomeadamente crianças com deficiências motoras.
A campanha, tal como nos anos anteriores, tem como objetivo recolher brinquedos junto de toda a sociedade civil e proceder à respetiva adaptação. De forma a poderem ser adaptados, os brinquedos devem ter um sistema eletrónico.
A recolha deste ano reverterá para as Equipas Locais de Intervenção Precoce.
Os Brinquedos podem ser entregues até ao dia 20 de Novembro no CRID na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, na Câmara Municipal de Leiria, na ESTG- Escola Superior de Tecnologia e Gestão, junto à Associação de Estudantes, nos serviços Centrais do Instituto Politécnico de Leiria e no Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. em Lisboa (de segunda a sexta, no horário do expediente)
A entrega dos Brinquedos será efetuada no dia 3 de Dezembro, no decorrer da II Gala da Inclusão na cidade de Leiria.
A Campanha recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o Alto Patrocínio de Sua Excelência Dra. Maria Cavaco Silva.
Mais informações em:
http://sites.ipleiria.pt/milbrinquedos/
Guia informativo para pessoas com deficiência
A ANACOM acaba de editar um guia com o objetivo de informar as pessoas com necessidades especiais sobre os equipamentos, funcionalidades e serviços de telefone fixo, telemóvel e Internet disponíveis em Portugal.
O anúncio foi feito durante o II Congresso Nacional de Inclusão, que decorreu em Coimbra, subordinado ao tema “Inclusão Digital = Cidadania Ativa”.
A Autoridade Nacional de Comunicações apresenta, deste modo, um conjunto de respostas possíveis adequadas a múltiplas situações: há respostas especiais para utilizadores com problemas de visão, de audição, de mobilidade reduzida, bem como soluções pensadas especificamente para os idosos.
O guia – denominado “Guia para utilizadores com necessidades especiais: conheça as soluções adaptadas de telefone e Internet” – já pode ser consultado online, na página da ANACOM. Porém, a sua divulgação irá ser alargada. Laura Henriques avançou que esta nova ferramenta será distribuída em papel por todo o País em data a revelar e terá também uma versão em áudio e outra em braille.
Clique AQUI para consultar o Guia integral publicado pela ANACOM.
O anúncio foi feito durante o II Congresso Nacional de Inclusão, que decorreu em Coimbra, subordinado ao tema “Inclusão Digital = Cidadania Ativa”.
A Autoridade Nacional de Comunicações apresenta, deste modo, um conjunto de respostas possíveis adequadas a múltiplas situações: há respostas especiais para utilizadores com problemas de visão, de audição, de mobilidade reduzida, bem como soluções pensadas especificamente para os idosos.
O guia – denominado “Guia para utilizadores com necessidades especiais: conheça as soluções adaptadas de telefone e Internet” – já pode ser consultado online, na página da ANACOM. Porém, a sua divulgação irá ser alargada. Laura Henriques avançou que esta nova ferramenta será distribuída em papel por todo o País em data a revelar e terá também uma versão em áudio e outra em braille.
Clique AQUI para consultar o Guia integral publicado pela ANACOM.
Crianças com deficiência vão poder usar brinquedos eletrónicos com uma pulseira
Estudantes da Guarda estão a desenvolver uma pulseira que permitirá às crianças com deficiência acionarem o funcionamento de brinquedos.
Segundo explicou Tiago Caldeira, a nova pulseira destina-se a“crianças com deficiências muito profundas” e deverá ficar concluída até ao final do ano.“A ideia é adaptar o comando do brinquedo com uma ficha que fará a ligação à pulseira que, com um simples toque, irá comandar o controlo remoto do brinquedo”, explicou o coordenador do projeto.O sistema, que será oferecido a instituições de solidariedade social que acolhem crianças com deficiência, permitirá assim que as crianças brinquem de “forma autónoma com vários brinquedos (eletrónicos) ao mesmo tempo”.
“Os movimentos na pulseira equivalem às instruções no comando, por assim dizer”, acrescentou Tiago Caldeira, que não esquece a alegria de uma menina de nove anos quando conseguiu, pela primeira vez, brincar com uma boneca (adaptada).
O especialista em robótica sublinhou que a “simples colocação de um interruptor acessível num brinquedo pode significar para uma criança com deficiência brincar ou não com ele”.
Os interruptores dos brinquedos são, por norma, colocados de forma a “não se notarem muito” e o acesso torna-se difícil para crianças com deficiência, mas para os jovens que desenvolvem a sua adaptação o objectivo é “ligar o brinquedo, mesmo que seja com um murro, para que todos possam brincar com ele de forma autónoma”, afirma Tiago Caldeira.
A pulseira está a ser criada no âmbito do projecto Co(n)tacto, na Associação Desenvolver o Talento, da Guarda, com o apoio da Fundação Montepio.
Segundo explicou Tiago Caldeira, a nova pulseira destina-se a“crianças com deficiências muito profundas” e deverá ficar concluída até ao final do ano.“A ideia é adaptar o comando do brinquedo com uma ficha que fará a ligação à pulseira que, com um simples toque, irá comandar o controlo remoto do brinquedo”, explicou o coordenador do projeto.O sistema, que será oferecido a instituições de solidariedade social que acolhem crianças com deficiência, permitirá assim que as crianças brinquem de “forma autónoma com vários brinquedos (eletrónicos) ao mesmo tempo”.
“Os movimentos na pulseira equivalem às instruções no comando, por assim dizer”, acrescentou Tiago Caldeira, que não esquece a alegria de uma menina de nove anos quando conseguiu, pela primeira vez, brincar com uma boneca (adaptada).
O especialista em robótica sublinhou que a “simples colocação de um interruptor acessível num brinquedo pode significar para uma criança com deficiência brincar ou não com ele”.
Os interruptores dos brinquedos são, por norma, colocados de forma a “não se notarem muito” e o acesso torna-se difícil para crianças com deficiência, mas para os jovens que desenvolvem a sua adaptação o objectivo é “ligar o brinquedo, mesmo que seja com um murro, para que todos possam brincar com ele de forma autónoma”, afirma Tiago Caldeira.
A pulseira está a ser criada no âmbito do projecto Co(n)tacto, na Associação Desenvolver o Talento, da Guarda, com o apoio da Fundação Montepio.
Biblioteca Aberta do Ensino Superior
Biblioteca com conteúdos acessíveis on-line, resulta do trabalho em parceria entre nove Instituições de Ensino Superior e constitui-se pela articulação de três grandes áreas: produção de informação, acesso à informação e partilha de informação.
Possui um acervo de mais de 3000 títulos em Braille, áudio e texto integral. Sendo uma estrutura em desenvolvimento, na BAES é possível encontrar muita informação, na área das Ciências Sociais e Humanas. Pretende-se, a curto prazo, alargar a produção para as áreas da Matemática, Música e Química, aumentar o nº de títulos para as actuais áreas e, a médio prazo, introduzir novas áreas do saber.
Os estudantes do ensino superior com necessidades educativas especiais podem aceder ao texto integral de colecções específicas que lhes são dirigidas, designadas pelo título genérico de colecções ALFA, autenticando-se, quando para tal são solicitados pelo sistema, com as mesmas credenciais que utilizam para o acesso à rede wireless (e-U/eduroam) das suas instituições.
O acesso está disponível a partir da Biblioteca Virtual da Universidade do Porto.
Em caso de dificuldade no processo de autenticação ou para obter mais informação são disponibilizados os contactos dos diversos parceiros BAES:
Universidade do Porto: saed@letras.up.pt
Universidade de Aveiro: difusao@doc.ua.pt
Universidade de Coimbra: atped@dtp.uc.pt
Universidade de Évora: nae@uevora.pt
Universidade de Lisboa
(Reitoria): div.alunos@reitoria.ul.pt
(FCUL): gapsi@sa.fc.ul.pt
(FLUL): saa@fl.ul.pt
Universidade do Minho: gaed@reitoria.uminho.pt
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro: certic@utad.pt
Possui um acervo de mais de 3000 títulos em Braille, áudio e texto integral. Sendo uma estrutura em desenvolvimento, na BAES é possível encontrar muita informação, na área das Ciências Sociais e Humanas. Pretende-se, a curto prazo, alargar a produção para as áreas da Matemática, Música e Química, aumentar o nº de títulos para as actuais áreas e, a médio prazo, introduzir novas áreas do saber.
Os estudantes do ensino superior com necessidades educativas especiais podem aceder ao texto integral de colecções específicas que lhes são dirigidas, designadas pelo título genérico de colecções ALFA, autenticando-se, quando para tal são solicitados pelo sistema, com as mesmas credenciais que utilizam para o acesso à rede wireless (e-U/eduroam) das suas instituições.
O acesso está disponível a partir da Biblioteca Virtual da Universidade do Porto.
Em caso de dificuldade no processo de autenticação ou para obter mais informação são disponibilizados os contactos dos diversos parceiros BAES:
Universidade do Porto: saed@letras.up.pt
Universidade de Aveiro: difusao@doc.ua.pt
Universidade de Coimbra: atped@dtp.uc.pt
Universidade de Évora: nae@uevora.pt
Universidade de Lisboa
(Reitoria): div.alunos@reitoria.ul.pt
(FCUL): gapsi@sa.fc.ul.pt
(FLUL): saa@fl.ul.pt
Universidade do Minho: gaed@reitoria.uminho.pt
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro: certic@utad.pt
Banco do livro escolar PORTO
O que é o Banco do Livro escolar?
Reutilizar é ainda melhor que Reciclar!
No Banco do Livro escolar todos ganham.
O Banco do Livro escolar fuciona há 2 anos no Porto e pretende promover a troca gratuita de livros escolares entre alunos do ensino básico e secundário.
No momento em que escrevo esta nota existem aprox 400 livros escoalres à espera de quem precise deles!
Como funciona?
O Banco do Livro escolar recebe os livros de que os alunos já não precisam.
O Banco do Livro escolar disponibiliza gratuitamente os mesmos livros a quem precisa deles.
O Banco do Livro escolar funciona no
Centro de Estudos - Henrique Cunha
Av Dr Antunes Guimarães, 63 - 3º dto
4100 079 Porto
tel 912447177
Os livros disponíveis no Banco do Livro escolar são fotografados e publicados diariamente no perfil:
http://facebook.com/henriquecunha
https://www.facebook.com/pages/Henrique-Cunha-Centro-de-estudos/119818878031610
As fotos são 'públicas' pelo que qualquer pessoa as pode ver.
Se já ofereceu os livros escolares a outra pessoa já cumpriu o princípio de funcionamento do Banco do Livro pelo que pode levantar novos livros escolares sem entregar outros livros.
Onde entregar / levantar os Livros escolares?
Como ajudar o Banco do Livro escolar não tendo nem precisando de livros?
Para que esta ideia se transforme num sucesso e beneficie mais gente precisa de ser bem divulgada!
A melhor colaboração que pode dar é totalmente gratuita e passa apenas por 'partilhar' esta Nota com os seus amigos.
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No Banco do Livro escolar todos ganham.
O Banco do Livro escolar fuciona há 2 anos no Porto e pretende promover a troca gratuita de livros escolares entre alunos do ensino básico e secundário.
No momento em que escrevo esta nota existem aprox 400 livros escoalres à espera de quem precise deles!
Como funciona?
O Banco do Livro escolar recebe os livros de que os alunos já não precisam.
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O Banco do Livro escolar funciona no
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Av Dr Antunes Guimarães, 63 - 3º dto
4100 079 Porto
tel 912447177
Os livros disponíveis no Banco do Livro escolar são fotografados e publicados diariamente no perfil:
http://facebook.com/henriquecunha
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As fotos são 'públicas' pelo que qualquer pessoa as pode ver.
Se já ofereceu os livros escolares a outra pessoa já cumpriu o princípio de funcionamento do Banco do Livro pelo que pode levantar novos livros escolares sem entregar outros livros.
Onde entregar / levantar os Livros escolares?
Como ajudar o Banco do Livro escolar não tendo nem precisando de livros?
Para que esta ideia se transforme num sucesso e beneficie mais gente precisa de ser bem divulgada!
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Biblioteca de S. João da Madeira abre Centro de Leitura Especial para os 400 cegos e amblíopes da região
A Biblioteca Municipal Renato Araújo, de S. João da Madeira, abre na terça-feira ao público um Centro de Leitura Especial dirigido aos cerca de 400 cegos e amblíopes identificados na região.
No dia em que comemora 50 anos de existência, esse equipamento do município passa a dispor de uma sala que, vocacionada para utilizadores com necessidades especiais decorrentes de deficiência visual, lhes proporciona um acesso facilitado à informação e, sobretudo, autonomia na pesquisa e consulta de conhecimento.
Para Rui Costa, vice-presidente da Câmara de S. João da Madeira e responsável pela biblioteca enquanto vereador da Cultura, este serviço é um "contributo para tornar mais acessível a informação em geral e a literatura em particular, cumprindo-se também a função inclusiva da Biblioteca Municipal".
Fonte da Biblioteca Renato Araújo adiantou à Lusa que, em termos práticos, a nova sala funcionará com recurso ao fundo em Braille já disponível nesse espaço, acrescentando-lhe, contudo, "equipamento específico para leitura, ampliação de textos e imagens, pesquisa na internet, audição de livros e elaboração de materiais pelo próprio utilizador".
A aquisição desses recursos implicou um investimento de 23 mil euros financiados em cerca de 90 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi justificada com a indicação de que, segundo a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, existirá em S. João da Madeira e nos municípios mais próximos uma comunidade de cerca de 400 invisuais.
"Espera-se que a implementação deste centro aumente, por um lado, a consciencialização para a inclusão pela diferença", lê-se no documento de apresentação do projeto à Gulbenkian, "e que, por outro, aproxime da biblioteca os públicos que, até este momento, não encontravam a satisfação das suas necessidades culturais e informativas nesta instituição".
A nova estrutura implicará ainda "um serviço de esclarecimento da comunidade local, para dar a conhecer a problemática da deficiência nas suas múltiplas vertentes" e ajudar a criar em torno desse tema "uma imagem desprovida de preconceitos".
O objetivo é também "responder eficazmente às necessidades informativas de públicos relacionados direta ou indiretamente com esta temática, designadamente famílias, educadores, técnicos de reabilitação e técnicos de bibliotecas, entre outros".
Numa primeira fase, a Biblioteca Renato Araújo irá promover visitas domiciliárias e ações de esclarecimento junto da população alvo, para divulgação direta do seu Centro de Leitura Especial.
Na etapa seguinte, incentivar-se-á essa comunidade a tornar-se frequentadora assídua da Biblioteca "e de toda a sua dinâmica cultural".
No dia em que comemora 50 anos de existência, esse equipamento do município passa a dispor de uma sala que, vocacionada para utilizadores com necessidades especiais decorrentes de deficiência visual, lhes proporciona um acesso facilitado à informação e, sobretudo, autonomia na pesquisa e consulta de conhecimento.
Para Rui Costa, vice-presidente da Câmara de S. João da Madeira e responsável pela biblioteca enquanto vereador da Cultura, este serviço é um "contributo para tornar mais acessível a informação em geral e a literatura em particular, cumprindo-se também a função inclusiva da Biblioteca Municipal".
Fonte da Biblioteca Renato Araújo adiantou à Lusa que, em termos práticos, a nova sala funcionará com recurso ao fundo em Braille já disponível nesse espaço, acrescentando-lhe, contudo, "equipamento específico para leitura, ampliação de textos e imagens, pesquisa na internet, audição de livros e elaboração de materiais pelo próprio utilizador".
A aquisição desses recursos implicou um investimento de 23 mil euros financiados em cerca de 90 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi justificada com a indicação de que, segundo a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, existirá em S. João da Madeira e nos municípios mais próximos uma comunidade de cerca de 400 invisuais.
"Espera-se que a implementação deste centro aumente, por um lado, a consciencialização para a inclusão pela diferença", lê-se no documento de apresentação do projeto à Gulbenkian, "e que, por outro, aproxime da biblioteca os públicos que, até este momento, não encontravam a satisfação das suas necessidades culturais e informativas nesta instituição".
A nova estrutura implicará ainda "um serviço de esclarecimento da comunidade local, para dar a conhecer a problemática da deficiência nas suas múltiplas vertentes" e ajudar a criar em torno desse tema "uma imagem desprovida de preconceitos".
O objetivo é também "responder eficazmente às necessidades informativas de públicos relacionados direta ou indiretamente com esta temática, designadamente famílias, educadores, técnicos de reabilitação e técnicos de bibliotecas, entre outros".
Numa primeira fase, a Biblioteca Renato Araújo irá promover visitas domiciliárias e ações de esclarecimento junto da população alvo, para divulgação direta do seu Centro de Leitura Especial.
Na etapa seguinte, incentivar-se-á essa comunidade a tornar-se frequentadora assídua da Biblioteca "e de toda a sua dinâmica cultural".
iPad pode ajudar crianças com deficiência visual cortical a enxergar melhor
Um pesquisador da Universidade do Kansas acredita que o iPad pode ajudar a melhorar as vidas e perspectivas de crianças com deficiência visual cortical (DVC), uma doença neurológica severa resultante de danos cerebrais e que impede seus portadores de processarem informações visuais.
- Testamos 15 crianças e ficamos absolutamente chocados - disse Muriel Saunders, professor pesquisador assistente da universidade. - Cada uma delas ficou fascinada com o iPad. Crianças que geralmente não olhavam para as pessoas, não respondiam a objetos ou respondiam de forma muito repetitiva, ficaram completamente entretidas com o iPad. Foi uma experiência maravilhosa.
Saunders disse que essas crianças geralmente trabalham com terapeutas e com os pais usando uma caixa de luz, semelhante à caixa de luz de um médico para ver um raio-X. Isto porque elas respondem mais a luzes e a objetos em alto contraste. - Uma pessoa com DVC vai passar muito tempo olhando luzes - explicou o pesquisador.
Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz - mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças.
Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda.
Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.
Saunders agora está conduzindo os testes iniciais com iPad em parceria com o instituto Junior Blind of America em Los Angeles.
- Testamos 15 crianças e ficamos absolutamente chocados - disse Muriel Saunders, professor pesquisador assistente da universidade. - Cada uma delas ficou fascinada com o iPad. Crianças que geralmente não olhavam para as pessoas, não respondiam a objetos ou respondiam de forma muito repetitiva, ficaram completamente entretidas com o iPad. Foi uma experiência maravilhosa.
Saunders disse que essas crianças geralmente trabalham com terapeutas e com os pais usando uma caixa de luz, semelhante à caixa de luz de um médico para ver um raio-X. Isto porque elas respondem mais a luzes e a objetos em alto contraste. - Uma pessoa com DVC vai passar muito tempo olhando luzes - explicou o pesquisador.
Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz - mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças.
Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda.
Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.
Saunders agora está conduzindo os testes iniciais com iPad em parceria com o instituto Junior Blind of America em Los Angeles.
Exposição Multissensorial "Olha Por Mim"
07 a 27 de Outubro de 2011
Casa Municipal da Cultura de Coimbra
Galeria Pinho Dinis
“Olha por mim” é uma exposição Multissensorial e Inclusiva, concebida com cuidados de inclusão, podendo também ser “vista” por cegos. Para tal foi criado um áudio-guia com características únicas que, contrariando as normas europeias, oferece-nos uma viagem pelos sentidos, através de um texto poético que expressa toda a emoção contida nas telas (e muitas as surpresas acústicas…) aliado a uma experiência táctil e outros pequenos nadas que prometem, a todos os visitantes, sem excepção, fazer desta uma experiência única.
Desta forma, esta exposição é um tubo de ensaio, uma mala pedagógica, que pretende levar a todo o País, um conjunto de técnicas simples, para que outros aprendam com elas, melhorando-as e aperfeiçoando-as.
As verbas conseguidas através deste projecto revertem, na sua totalidade, para a “Quinta dos Girassóis“, um projecto, sem fins lucrativos, de apoio à Idade Maior, no domínio das demências degenerativas e cuidados paliativos.
Casa Municipal da Cultura de Coimbra
Galeria Pinho Dinis
“Olha por mim” é uma exposição Multissensorial e Inclusiva, concebida com cuidados de inclusão, podendo também ser “vista” por cegos. Para tal foi criado um áudio-guia com características únicas que, contrariando as normas europeias, oferece-nos uma viagem pelos sentidos, através de um texto poético que expressa toda a emoção contida nas telas (e muitas as surpresas acústicas…) aliado a uma experiência táctil e outros pequenos nadas que prometem, a todos os visitantes, sem excepção, fazer desta uma experiência única.
Desta forma, esta exposição é um tubo de ensaio, uma mala pedagógica, que pretende levar a todo o País, um conjunto de técnicas simples, para que outros aprendam com elas, melhorando-as e aperfeiçoando-as.
As verbas conseguidas através deste projecto revertem, na sua totalidade, para a “Quinta dos Girassóis“, um projecto, sem fins lucrativos, de apoio à Idade Maior, no domínio das demências degenerativas e cuidados paliativos.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Glaucoma é a primeira causa prevenível de cegueira em Portugal e no mundo
15 de Outubro:
Dia da Bengala Branca no
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra
O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, da Direcção Regional de Cultura do Centro e a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, escolheram o próximo dia 15 de Outubro - Dia Mundial da Bengala Branca para, no quadro do projecto “Património para Todos – Todos Têm Direito a Ter Direitos”, realizar uma iniciativa conjunta destinada a sensibilizar o público em geral e as individualidades em particular para a promoção do acesso das pessoas com deficiência visual à fruição do Património.
Algumas personalidades, nas quais se incluem V. Ex.ª serão convidados a - de olhos vendados - participar num conjunto de actividades que lhes permitirão melhor compreender como as pessoas sem visão podem orientar-se nos espaços e fruir do património.
O programa em anexo apresenta com maior detalhe as propostas para esta iniciativa.
Dada as características da iniciativa solicitamos confirmação da presença até ao próximo dia 13 de Outubro.
Artur Côrte-Real
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Rua das Parreiras
3040-266 Coimbra
Tel: 239 801 160
Mosteiro.scvelha@drcc.pt
publicado por MJA [11.Out.11]
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Biblioteca de S. João da Madeira abre
Centro de Leitura Especial para
os 400 cegos e amblíopes da região
RTP notícias
8.10.2011
A Biblioteca Municipal Renato Araújo, de S. João da Madeira, abre na terça-feira ao público um Centro de Leitura Especial dirigido aos cerca de 400 cegos e amblíopes identificados na região.
No dia em que comemora 50 anos de existência, esse equipamento do município passa a dispor de uma sala que, vocacionada para utilizadores com necessidades especiais decorrentes de deficiência visual, lhes proporciona um acesso facilitado à informação e, sobretudo, autonomia na pesquisa e consulta de conhecimento.
Para Rui Costa, vice-presidente da Câmara de S. João da Madeira e responsável pela biblioteca enquanto vereador da Cultura, este serviço é um "contributo para tornar mais acessível a informação em geral e a literatura em particular, cumprindo-se também a função inclusiva da Biblioteca Municipal".
Fonte da Biblioteca Renato Araújo adiantou à Lusa que, em termos práticos, a nova sala funcionará com recurso ao fundo em Braille já disponível nesse espaço, acrescentando-lhe, contudo, "equipamento específico para leitura, ampliação de textos e imagens, pesquisa na internet, audição de livros e elaboração de materiais pelo próprio utilizador".
A aquisição desses recursos implicou um investimento de 23 mil euros financiados em cerca de 90 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi justificada com a indicação de que, segundo a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, existirá em S. João da Madeira e nos municípios mais próximos uma comunidade de cerca de 400 invisuais.
"Espera-se que a implementação deste centro aumente, por um lado, a consciencialização para a inclusão pela diferença", lê-se no documento de apresentação do projeto à Gulbenkian, "e que, por outro, aproxime da biblioteca os públicos que, até este momento, não encontravam a satisfação das suas necessidades culturais e informativas nesta instituição".
A nova estrutura implicará ainda "um serviço de esclarecimento da comunidade local, para dar a conhecer a problemática da deficiência nas suas múltiplas vertentes" e ajudar a criar em torno desse tema "uma imagem desprovida de preconceitos".
O objetivo é também "responder eficazmente às necessidades informativas de públicos relacionados direta ou indiretamente com esta temática, designadamente famílias, educadores, técnicos de reabilitação e técnicos de bibliotecas, entre outros".
Numa primeira fase, a Biblioteca Renato Araújo irá promover visitas domiciliárias e ações de esclarecimento junto da população alvo, para divulgação direta do seu Centro de Leitura Especial.
Na etapa seguinte, incentivar-se-á essa comunidade a tornar-se frequentadora assídua da Biblioteca "e de toda a sua dinâmica cultural".
AYC.
Lusa/Fim
publicado por MJA [10.Out.11]
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iPad pode ajudar crianças com
deficiência visual cortical a enxergar melhor
06/10/2011
O Globo
Um pesquisador da Universidade do Kansas acredita que o iPad pode ajudar a melhorar as vidas e perspectivas de crianças com deficiência visual cortical (DVC), uma doença neurológica severa resultante de danos cerebrais e que impede seus portadores de processarem informações visuais.
- Testamos 15 crianças e ficamos absolutamente chocados - disse Muriel Saunders, professor pesquisador assistente da universidade. - Cada uma delas ficou fascinada com o iPad. Crianças que geralmente não olhavam para as pessoas, não respondiam a objetos ou respondiam de forma muito repetitiva, ficaram completamente entretidas com o iPad. Foi uma experiência maravilhosa.
Saunders disse que essas crianças geralmente trabalham com terapeutas e com os pais usando uma caixa de luz, semelhante à caixa de luz de um médico para ver um raio-X. Isto porque elas respondem mais a luzes e a objetos em alto contraste. - Uma pessoa com DVC vai passar muito tempo olhando luzes - explicou o pesquisador.
Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz - mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças.
Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda.
Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.
Saunders agora está conduzindo os testes iniciais com iPad em parceria com o instituto Junior Blind of America em Los Angeles.
publicado por MJA [10.Out.11]
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Exposição Multissensorial "Olha Por Mim"
de Mirtilo Gomes
07 a 27 de Outubro de 2011
Casa Municipal da Cultura de Coimbra
Galeria Pinho Dinis
“Olha por mim” é uma exposição Multissensorial e Inclusiva, concebida com cuidados de inclusão, podendo também ser “vista” por cegos. Para tal foi criado um áudio-guia com características únicas que, contrariando as normas europeias, oferece-nos uma viagem pelos sentidos, através de um texto poético que expressa toda a emoção contida nas telas (e muitas as surpresas acústicas…) aliado a uma experiência táctil e outros pequenos nadas que prometem, a todos os visitantes, sem excepção, fazer desta uma experiência única.
Desta forma, esta exposição é um tubo de ensaio, uma mala pedagógica, que pretende levar a todo o País, um conjunto de técnicas simples, para que outros aprendam com elas, melhorando-as e aperfeiçoando-as.
As verbas conseguidas através deste projecto revertem, na sua totalidade, para a “Quinta dos Girassóis“, um projecto, sem fins lucrativos, de apoio à Idade Maior, no domínio das demências degenerativas e cuidados paliativos.
publicado por MJA [6.Out.11]
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Formação Especializada em
Alunos Cegos e com Baixa Visão
~ domínio 930 ~
Universidade Lusófona
A Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) oferece um Curso de Formação Especializada, na modalidade de Pós-Graduação, no Domínio 930 ("Alunos Cegos e com Baixa Visão"), abrangendo a literacia braille e desenvolvimento sensorial e cognitivo, desenvolvimento conceptual e da tifloperceptibilidade, orientação e mobilidade, autonomia e independência, sociocomunicabilidade e interacção, relacionamento e competências sociais, inclusão e qualidade de vida destes alunos/cidadãos, incluindo aprofundada formação e prática em:
Grafia braille da língua portuguesa e de outras línguas, bem como grafias científica, informática e musicográfica;
Leitura e escrita na polivalência do Sistema Braille;
Tifloperceptibilidade, orientação e mobilidade, autonomia e independência, sociocomunicabilidade e interacção, relacionamento e competências sociais, inclusão e qualidade de vida;
Promoção e orientação da adequabilidade de escolas/escolas de referência/serviços e outros equipamentos públicos e privados a pessoas cegas e com baixa visão;
Hardware/software e tecnologias específicas/leitores de ecrã e formatos alternativos/imagens tácteis para alunos cegos e com baixa visão.
DURAÇÃO: 270 horas
Inscrições até dia 15 de Outubro de 2011
UNIDADES CURRICULARES TEÓRICAS:
>> "Teorias e Sistemas de Comunicação: Especificidades Aumentativas e Alternativas, Braillológicas e Tiflológicas"
>> "Tecnologias de Acesso à Informação e Comunicação Aumentativa e Alternativa"
>> "Didáctica Comunicacional e Desenvolvimento Sensorial e Cognitivo"
>> "Competências Comunicativas, Inclusão e Qualidade de Vida"
UNIDADES CURRICULARES TEÓRICO-PRÁTICAS:
>> "Desenvolvimento Tiflopercepcional e Relacional: Orientação e Mobilidade"
>> "Literacia Braille: Formação e Prática de Leitura e Escrita na Polivalência do Sistema Braille"
>> "Literacia e Tecnologia Adaptativa: Formação e Prática em Hardware/Software e Tecnologias Específicas/Leitores de Ecrã e Formatos Alternativos/Imagens Tácteis para Alunos Cegos e com baixa Visão"
CORPO DOCENTE:
Aquilino Rodrigues
Augusto Deodato Guerreiro
Francisco Ramos Leitão
Isabel Amaral
Júlio Damas Paiva
Maria Benedita da Maia Lima
HORÁRIO:
- Sexta-feira (17h30-23h00, com meia hora de intervalo)
- Sábado (a partir das 09h00)
E-mails:
filipa.vieira@ulusofona.pt / mestrado.com.alternativa@ulusofona.pt
Fonte: LERPARAVER
publicado por MJA [6.Out.11]
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Mudar de Vida
"Os Cegos"
RTP 1
3 Out 2011
"Mudar de Vida" é um novo programa de reportagem que mostra o mundo como ele é. Todas as semanas um repórter conta experiências de vida passando – literalmente - por elas. Vive como e com pessoas de varias profissões e de múltiplas existências.
O lema é: Viver e contar. Nas primeiras semanas a jornalista Rosário Salgueiro veste a pele de um bombeiro e vive como ele acompanhando os fogos de Verão ou o socorro dos doentes. Veste também a pele de uma agricultora num tempo em que se apela a um regresso aos campos ou de uma auxiliar num centro de emergência para crianças abandonadas.
No 3.º programa "Os Cegos" Rosário Salgueiro vive durante uma semana, como cega, para nos mostrar as dificuldades vividas pelas pessoas cegas, no dia-a-dia.
Direção: Nuno Santos/Rosário Salgueiro
Coordenação: Rosário Salgueiro
Veja aqui o vídeo passado na RTP1 em 3 de Outubro:
http://www0.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=28064&c_id=1&dif=tv&idpod=63617
publicado por MJA [4.Out.11]
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Glaucoma é a primeira causa prevenível
de cegueira em Portugal e no mundo
04/10/2011
RCM Pharma
SPO deixa alerta pela saúde visual dos portugueses
O glaucoma continua a ser uma das principais causas de cegueira em Portugal e afecta mais frequentemente pessoas idosas. A propósito do Dia Mundial da Visão, que se assinala no próximo dia 13 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) lembra que o glaucoma continua a ser a segunda causa de cegueira a nível mundial, sendo a primeira causa prevenível de cegueira irreversível, em comunicado de imprensa.
Segundo o Plano Nacional de Visão 2005-2010, a doença afecta cerca de 67 mil portugueses, estando, no entanto, identificados 200 mil hipertensos oculares, isto é, pessoas com valores altos de pressão intraocular, mas que ainda não sofrem de glaucoma.
O glaucoma é uma doença do nervo óptico, de evolução crónica, que conduz à perda progressiva do campo visual. Na fase inicial é geralmente assintomático, tornando-se incapacitante nas fases mais tardias e originando dependência de terceiros. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para uma prevalência mundial de 70 milhões de indivíduos afetados e 2,5 milhões de novos casos por ano.
Segundo Manuela Carvalho, do Grupo Português de Glaucoma da SPO, “o impacto social do glaucoma é pesado, dado que atinge 1 a 4 por cento da população com mais de 40 anos. Um estudo publicado recentemente no jornal científico «Current Medical Research and Opinion» revela que o custo anual do tratamento do glaucoma é bastante inferior ao custo anual social da cegueira. O seu diagnóstico pode ser realizado por um oftalmologista numa consulta de rotina, pelo que é fundamental que toda a população esteja sensibilizada para a importância de consultar um oftalmologista de forma regular”.
A vigilância regular é também fundamental na infância, explica Eduardo Silva, especialista em oftalmologia pediátrica e membro da SPO, que realça que “a promoção da saúde visual em idade pediátrica e na adolescência é muito importante , pois a deteção precoce de problemas visuais pode garantir um melhor desenvolvimento físico, emocional e social das nossas crianças”.
Já Fernando Bivar, do Grupo Português de Ergoftalmologia da SPO, refere que “a saúde oftalmológica dos portugueses está condicionada pela ineficácia das escolhas da informação visual por parte das várias instituições da nossa sociedade. As cores e os contrastes escolhidos e a forma de colocar informação vertical e horizontal deveriam obedecer à fisiologia da visão, para que toda a sinalética possa ser melhor percebida por quem vê bem mas também por aqueles que sofrem de patologias oculares”.
A “Saúde visual na criança”, “Ambiente e oftalmologia” e o Glaucoma serão os temas debatidos pela SPO com representantes de outras sociedades médicas portuguesas numa sessão comemorativa do Dia Mundial da Visão, promovida com o objetivo de “sensibilizar os colegas das restantes especialidades para a importância da saúde visual da população portuguesa, focando os problemas que podem ser prevenidos ou tratados quando detetados numa fase inicial, como é o caso do glaucoma e das doenças oftalmológicas pediátricas”, explica Manuela Carmona, presidente da SPO.
A presidente realça ainda que “a SPO considera que uma maior colaboração entre especialistas contribui para que o doente seja melhor tratado, pelo que estamos à disposição das outras sociedades para colaborar naquilo que for necessário. Ao trabalharmos juntos podemos contribuir para que a população portuguesa seja mais saudável e seja tratada de forma mais eficaz”.
Dia da Bengala Branca no
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra
O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, da Direcção Regional de Cultura do Centro e a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, escolheram o próximo dia 15 de Outubro - Dia Mundial da Bengala Branca para, no quadro do projecto “Património para Todos – Todos Têm Direito a Ter Direitos”, realizar uma iniciativa conjunta destinada a sensibilizar o público em geral e as individualidades em particular para a promoção do acesso das pessoas com deficiência visual à fruição do Património.
Algumas personalidades, nas quais se incluem V. Ex.ª serão convidados a - de olhos vendados - participar num conjunto de actividades que lhes permitirão melhor compreender como as pessoas sem visão podem orientar-se nos espaços e fruir do património.
O programa em anexo apresenta com maior detalhe as propostas para esta iniciativa.
Dada as características da iniciativa solicitamos confirmação da presença até ao próximo dia 13 de Outubro.
Artur Côrte-Real
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Rua das Parreiras
3040-266 Coimbra
Tel: 239 801 160
Mosteiro.scvelha@drcc.pt
publicado por MJA [11.Out.11]
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Biblioteca de S. João da Madeira abre
Centro de Leitura Especial para
os 400 cegos e amblíopes da região
RTP notícias
8.10.2011
A Biblioteca Municipal Renato Araújo, de S. João da Madeira, abre na terça-feira ao público um Centro de Leitura Especial dirigido aos cerca de 400 cegos e amblíopes identificados na região.
No dia em que comemora 50 anos de existência, esse equipamento do município passa a dispor de uma sala que, vocacionada para utilizadores com necessidades especiais decorrentes de deficiência visual, lhes proporciona um acesso facilitado à informação e, sobretudo, autonomia na pesquisa e consulta de conhecimento.
Para Rui Costa, vice-presidente da Câmara de S. João da Madeira e responsável pela biblioteca enquanto vereador da Cultura, este serviço é um "contributo para tornar mais acessível a informação em geral e a literatura em particular, cumprindo-se também a função inclusiva da Biblioteca Municipal".
Fonte da Biblioteca Renato Araújo adiantou à Lusa que, em termos práticos, a nova sala funcionará com recurso ao fundo em Braille já disponível nesse espaço, acrescentando-lhe, contudo, "equipamento específico para leitura, ampliação de textos e imagens, pesquisa na internet, audição de livros e elaboração de materiais pelo próprio utilizador".
A aquisição desses recursos implicou um investimento de 23 mil euros financiados em cerca de 90 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi justificada com a indicação de que, segundo a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, existirá em S. João da Madeira e nos municípios mais próximos uma comunidade de cerca de 400 invisuais.
"Espera-se que a implementação deste centro aumente, por um lado, a consciencialização para a inclusão pela diferença", lê-se no documento de apresentação do projeto à Gulbenkian, "e que, por outro, aproxime da biblioteca os públicos que, até este momento, não encontravam a satisfação das suas necessidades culturais e informativas nesta instituição".
A nova estrutura implicará ainda "um serviço de esclarecimento da comunidade local, para dar a conhecer a problemática da deficiência nas suas múltiplas vertentes" e ajudar a criar em torno desse tema "uma imagem desprovida de preconceitos".
O objetivo é também "responder eficazmente às necessidades informativas de públicos relacionados direta ou indiretamente com esta temática, designadamente famílias, educadores, técnicos de reabilitação e técnicos de bibliotecas, entre outros".
Numa primeira fase, a Biblioteca Renato Araújo irá promover visitas domiciliárias e ações de esclarecimento junto da população alvo, para divulgação direta do seu Centro de Leitura Especial.
Na etapa seguinte, incentivar-se-á essa comunidade a tornar-se frequentadora assídua da Biblioteca "e de toda a sua dinâmica cultural".
AYC.
Lusa/Fim
publicado por MJA [10.Out.11]
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iPad pode ajudar crianças com
deficiência visual cortical a enxergar melhor
06/10/2011
O Globo
Um pesquisador da Universidade do Kansas acredita que o iPad pode ajudar a melhorar as vidas e perspectivas de crianças com deficiência visual cortical (DVC), uma doença neurológica severa resultante de danos cerebrais e que impede seus portadores de processarem informações visuais.
- Testamos 15 crianças e ficamos absolutamente chocados - disse Muriel Saunders, professor pesquisador assistente da universidade. - Cada uma delas ficou fascinada com o iPad. Crianças que geralmente não olhavam para as pessoas, não respondiam a objetos ou respondiam de forma muito repetitiva, ficaram completamente entretidas com o iPad. Foi uma experiência maravilhosa.
Saunders disse que essas crianças geralmente trabalham com terapeutas e com os pais usando uma caixa de luz, semelhante à caixa de luz de um médico para ver um raio-X. Isto porque elas respondem mais a luzes e a objetos em alto contraste. - Uma pessoa com DVC vai passar muito tempo olhando luzes - explicou o pesquisador.
Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz - mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças.
Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda.
Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.
Saunders agora está conduzindo os testes iniciais com iPad em parceria com o instituto Junior Blind of America em Los Angeles.
publicado por MJA [10.Out.11]
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Exposição Multissensorial "Olha Por Mim"
de Mirtilo Gomes
07 a 27 de Outubro de 2011
Casa Municipal da Cultura de Coimbra
Galeria Pinho Dinis
“Olha por mim” é uma exposição Multissensorial e Inclusiva, concebida com cuidados de inclusão, podendo também ser “vista” por cegos. Para tal foi criado um áudio-guia com características únicas que, contrariando as normas europeias, oferece-nos uma viagem pelos sentidos, através de um texto poético que expressa toda a emoção contida nas telas (e muitas as surpresas acústicas…) aliado a uma experiência táctil e outros pequenos nadas que prometem, a todos os visitantes, sem excepção, fazer desta uma experiência única.
Desta forma, esta exposição é um tubo de ensaio, uma mala pedagógica, que pretende levar a todo o País, um conjunto de técnicas simples, para que outros aprendam com elas, melhorando-as e aperfeiçoando-as.
As verbas conseguidas através deste projecto revertem, na sua totalidade, para a “Quinta dos Girassóis“, um projecto, sem fins lucrativos, de apoio à Idade Maior, no domínio das demências degenerativas e cuidados paliativos.
publicado por MJA [6.Out.11]
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Formação Especializada em
Alunos Cegos e com Baixa Visão
~ domínio 930 ~
Universidade Lusófona
A Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) oferece um Curso de Formação Especializada, na modalidade de Pós-Graduação, no Domínio 930 ("Alunos Cegos e com Baixa Visão"), abrangendo a literacia braille e desenvolvimento sensorial e cognitivo, desenvolvimento conceptual e da tifloperceptibilidade, orientação e mobilidade, autonomia e independência, sociocomunicabilidade e interacção, relacionamento e competências sociais, inclusão e qualidade de vida destes alunos/cidadãos, incluindo aprofundada formação e prática em:
Grafia braille da língua portuguesa e de outras línguas, bem como grafias científica, informática e musicográfica;
Leitura e escrita na polivalência do Sistema Braille;
Tifloperceptibilidade, orientação e mobilidade, autonomia e independência, sociocomunicabilidade e interacção, relacionamento e competências sociais, inclusão e qualidade de vida;
Promoção e orientação da adequabilidade de escolas/escolas de referência/serviços e outros equipamentos públicos e privados a pessoas cegas e com baixa visão;
Hardware/software e tecnologias específicas/leitores de ecrã e formatos alternativos/imagens tácteis para alunos cegos e com baixa visão.
DURAÇÃO: 270 horas
Inscrições até dia 15 de Outubro de 2011
UNIDADES CURRICULARES TEÓRICAS:
>> "Teorias e Sistemas de Comunicação: Especificidades Aumentativas e Alternativas, Braillológicas e Tiflológicas"
>> "Tecnologias de Acesso à Informação e Comunicação Aumentativa e Alternativa"
>> "Didáctica Comunicacional e Desenvolvimento Sensorial e Cognitivo"
>> "Competências Comunicativas, Inclusão e Qualidade de Vida"
UNIDADES CURRICULARES TEÓRICO-PRÁTICAS:
>> "Desenvolvimento Tiflopercepcional e Relacional: Orientação e Mobilidade"
>> "Literacia Braille: Formação e Prática de Leitura e Escrita na Polivalência do Sistema Braille"
>> "Literacia e Tecnologia Adaptativa: Formação e Prática em Hardware/Software e Tecnologias Específicas/Leitores de Ecrã e Formatos Alternativos/Imagens Tácteis para Alunos Cegos e com baixa Visão"
CORPO DOCENTE:
Aquilino Rodrigues
Augusto Deodato Guerreiro
Francisco Ramos Leitão
Isabel Amaral
Júlio Damas Paiva
Maria Benedita da Maia Lima
HORÁRIO:
- Sexta-feira (17h30-23h00, com meia hora de intervalo)
- Sábado (a partir das 09h00)
E-mails:
filipa.vieira@ulusofona.pt / mestrado.com.alternativa@ulusofona.pt
Fonte: LERPARAVER
publicado por MJA [6.Out.11]
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Mudar de Vida
"Os Cegos"
RTP 1
3 Out 2011
"Mudar de Vida" é um novo programa de reportagem que mostra o mundo como ele é. Todas as semanas um repórter conta experiências de vida passando – literalmente - por elas. Vive como e com pessoas de varias profissões e de múltiplas existências.
O lema é: Viver e contar. Nas primeiras semanas a jornalista Rosário Salgueiro veste a pele de um bombeiro e vive como ele acompanhando os fogos de Verão ou o socorro dos doentes. Veste também a pele de uma agricultora num tempo em que se apela a um regresso aos campos ou de uma auxiliar num centro de emergência para crianças abandonadas.
No 3.º programa "Os Cegos" Rosário Salgueiro vive durante uma semana, como cega, para nos mostrar as dificuldades vividas pelas pessoas cegas, no dia-a-dia.
Direção: Nuno Santos/Rosário Salgueiro
Coordenação: Rosário Salgueiro
Veja aqui o vídeo passado na RTP1 em 3 de Outubro:
http://www0.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=28064&c_id=1&dif=tv&idpod=63617
publicado por MJA [4.Out.11]
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Glaucoma é a primeira causa prevenível
de cegueira em Portugal e no mundo
04/10/2011
RCM Pharma
SPO deixa alerta pela saúde visual dos portugueses
O glaucoma continua a ser uma das principais causas de cegueira em Portugal e afecta mais frequentemente pessoas idosas. A propósito do Dia Mundial da Visão, que se assinala no próximo dia 13 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) lembra que o glaucoma continua a ser a segunda causa de cegueira a nível mundial, sendo a primeira causa prevenível de cegueira irreversível, em comunicado de imprensa.
Segundo o Plano Nacional de Visão 2005-2010, a doença afecta cerca de 67 mil portugueses, estando, no entanto, identificados 200 mil hipertensos oculares, isto é, pessoas com valores altos de pressão intraocular, mas que ainda não sofrem de glaucoma.
O glaucoma é uma doença do nervo óptico, de evolução crónica, que conduz à perda progressiva do campo visual. Na fase inicial é geralmente assintomático, tornando-se incapacitante nas fases mais tardias e originando dependência de terceiros. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para uma prevalência mundial de 70 milhões de indivíduos afetados e 2,5 milhões de novos casos por ano.
Segundo Manuela Carvalho, do Grupo Português de Glaucoma da SPO, “o impacto social do glaucoma é pesado, dado que atinge 1 a 4 por cento da população com mais de 40 anos. Um estudo publicado recentemente no jornal científico «Current Medical Research and Opinion» revela que o custo anual do tratamento do glaucoma é bastante inferior ao custo anual social da cegueira. O seu diagnóstico pode ser realizado por um oftalmologista numa consulta de rotina, pelo que é fundamental que toda a população esteja sensibilizada para a importância de consultar um oftalmologista de forma regular”.
A vigilância regular é também fundamental na infância, explica Eduardo Silva, especialista em oftalmologia pediátrica e membro da SPO, que realça que “a promoção da saúde visual em idade pediátrica e na adolescência é muito importante , pois a deteção precoce de problemas visuais pode garantir um melhor desenvolvimento físico, emocional e social das nossas crianças”.
Já Fernando Bivar, do Grupo Português de Ergoftalmologia da SPO, refere que “a saúde oftalmológica dos portugueses está condicionada pela ineficácia das escolhas da informação visual por parte das várias instituições da nossa sociedade. As cores e os contrastes escolhidos e a forma de colocar informação vertical e horizontal deveriam obedecer à fisiologia da visão, para que toda a sinalética possa ser melhor percebida por quem vê bem mas também por aqueles que sofrem de patologias oculares”.
A “Saúde visual na criança”, “Ambiente e oftalmologia” e o Glaucoma serão os temas debatidos pela SPO com representantes de outras sociedades médicas portuguesas numa sessão comemorativa do Dia Mundial da Visão, promovida com o objetivo de “sensibilizar os colegas das restantes especialidades para a importância da saúde visual da população portuguesa, focando os problemas que podem ser prevenidos ou tratados quando detetados numa fase inicial, como é o caso do glaucoma e das doenças oftalmológicas pediátricas”, explica Manuela Carmona, presidente da SPO.
A presidente realça ainda que “a SPO considera que uma maior colaboração entre especialistas contribui para que o doente seja melhor tratado, pelo que estamos à disposição das outras sociedades para colaborar naquilo que for necessário. Ao trabalharmos juntos podemos contribuir para que a população portuguesa seja mais saudável e seja tratada de forma mais eficaz”.
Co(n)tato se vê a obra no BERARDO
- Dirigida a cegos e pessoas com baixa visão -
Explore o nosso museu de forma criativa. Acionamos os sentidos e criamos diferentes contatos com as obras de arte. Como ver o que está lá e o que não está lá? Vamos conversar co(n)tato e criar objetos dialogantes.
concepção: Rita de Sá
Para além destas, outras atividades da nossa programação podem ser adaptadas ao público com necessidades especiais.
Para mais informações contate o Serviço Educativo: Tel. 213 612 800.
FUNDAÇÃO DE ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA
COLECÇÃO BERARDO
Praça do Império
1449-003 Lisboa
Tel +351.213.612.878
E-mail museuberardo@museuberardo.pt
http://www.museuberardo.pt/
Explore o nosso museu de forma criativa. Acionamos os sentidos e criamos diferentes contatos com as obras de arte. Como ver o que está lá e o que não está lá? Vamos conversar co(n)tato e criar objetos dialogantes.
concepção: Rita de Sá
Para além destas, outras atividades da nossa programação podem ser adaptadas ao público com necessidades especiais.
Para mais informações contate o Serviço Educativo: Tel. 213 612 800.
FUNDAÇÃO DE ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA
COLECÇÃO BERARDO
Praça do Império
1449-003 Lisboa
Tel +351.213.612.878
E-mail museuberardo@museuberardo.pt
http://www.museuberardo.pt/
terça-feira, 11 de outubro de 2011
CONFERÊNCIA TOCAR … OUVIR … SENTIR …
Data: 12 de Outubro 2011
Local: Coimbra - Casa Municipal da Cultura
PROGRAMA
10:00 Sessão de Abertura
Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos (Vice-Presidente da CMC e Vereadora da Cultura)
10:15 1.º Tema: ARTE ACESSÍVEL
Moderação: Berta Duarte (Chefe da Divisão de Museologia da CMC)
Participantes:
Josélia Neves (prof.ª universitária) – A Audiodescrição: No cinema, no teatro, na dança...
Tânia Lopes - (artista plástica) - Uma exposição para ver de olhos fechados
11:00 Debate
11:15 2.º Tema: INCLUSÃO DIGITAL
Moderação: Nuno Pimenta (Chefe da Divisão de Informática da CMC)
Participantes:
Jorge Fernandes (responsável pela unidade de Acesso da UMIC) – Toda a informação ao alcance dum clic… ou de uma tecla de atalho
Alice Ribeiro (responsável do Serviço de Apoio Ao Estudante com Deficiência da Universidade do Porto) - Biblioteca Aberta do Ensino Superior - Cooperação para partilha da informação
12:00 Debate
12:30 Pausa para Almoço
14:00 3.º Tema: LIVROS QUE FALAM
Moderador: Rita Santos (Directora de Informação da RUC)
Fernando Alvim (locutor e apresentador da RTP) Leitura de audiolivros. Ler ou interpretar?
Júlio Costa (responsável da Biblioteca Sonora da BPMP) -uma experiência de décadas na gravação de livros falados
Sofia Vaz Serra (locutora voluntária na BMC) – O prazer de partilhar leituras: relato de uma experiência de voluntariado
16:00 Debate
16:15 4.º Tema: A INFORMAÇÃO NA PONTA DOS DEDOS
Moderação: Maria José Miranda (Chefe da Divisão de Bibliotecas da CMC)
Participantes:
Joana Branco – (tradutora e professora do ensino básico e secundário): "Traduzindo a visão noutros sentidos"
Bruáa Editora - "O livro negro das cores" ou a aproximação do ver e não ver: Conversa com Menena Cottin e Mónica Bergna (via Skype) sobre a concepção do "Livro Negro das Cores".
Ana Fontes (ex-professora do ensino especial) – "Mãos que lêem. Técnicas de leitura Braille com leitura de um texto".
Inscrições:
leitura.especial@cm-coimbra.pt
jose.guerra@cm-coimbra.pt
Tel. 239 702 630
Entrada Livre (condicionada à lotação da sala)
Nota: no acto da inscrição deve ser referida a eventual necessidade de apoio especial, como por exemplo tradução em LGP (Língua Gestual Portuguesa) ou informação impressa em Braille, com pelo menos uma semana de antecedência da data de realização da Conferência.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Programa Mudar de vida - Viver para Contar "CEGOS"
Mudar de Vida é um novo programa de reportagem que mostra o mundo como ele é
Todas as semanas um repórter conta experiências de vida passando – literalmente - por elas. Vive como e com pessoas de varias profissões e de múltiplas existências. O lema é: Viver e contar.
Mudar de Vida é um novo programa de reportagem que mostra o mundo como ele é.
Direção: Nuno Santos/Rosário Salgueiro Coordenação: Rosário Salgueiro
Clique aqui para ver ver o Viver para Contar "CEGOS"
Rosário Salgueiro viveu uma semana como cega para nos mostrar por que dificuldades passam os cegos do nosso país.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Jogos de tabuleiro adaptados a pessoas com deficiência visual
"Tendo em consideração aspectos como a usabilidade, ergonomia, exequibilidade, economia e sem descurar a atractividade e criatividade, efectuaram-se alterações ao nível dos contrastes, texturas e relevos dos materiais e suportes de informação das regras", explica a ACAPO. Os jogos adaptados, três dos quais integram o Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, "além de contribuírem para o desenvolvimento do raciocínio matemático, fomentam, nos seus praticantes, atitudes sociais como a cooperação, espírito de equipa, respeito mútuo, responsabilidade e iniciativa", acrescenta.
Os jogos estão adequados para praticantes de todas as idades, sendo indicados para o processo de aprendizagem dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. A LuduScience - Ideias e Ciências dedica-se à concepção, criação e divulgação de material didáctico e jogos educativos, pretendendo aliar a tudo isto uma outra componente que se traduz na preservação do património histórico-cultural português.
Os jogos educativos podem ser adquiridos através das delegações da ACAPO, na página da LuduScience, na Unidade de Equipamentos e Serviços Tiflotécnicos, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, no museu da Universidade de Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa e no Museu Municipal de Penafiel.
Os jogos estão adequados para praticantes de todas as idades, sendo indicados para o processo de aprendizagem dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. A LuduScience - Ideias e Ciências dedica-se à concepção, criação e divulgação de material didáctico e jogos educativos, pretendendo aliar a tudo isto uma outra componente que se traduz na preservação do património histórico-cultural português.
Os jogos educativos podem ser adquiridos através das delegações da ACAPO, na página da LuduScience, na Unidade de Equipamentos e Serviços Tiflotécnicos, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, no museu da Universidade de Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa e no Museu Municipal de Penafiel.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM GUIA PARA DIRECTORESE
Encontra-se disponível para download a publicação Educação Inclusiva e Educação Especial: Um guia para Diretores.
Elaborado com base nos contributos de diversos profissionais que se disponibilizaram a partilhar as suas práticas, e fruto de uma aprofundada reflexão sobre as mesmas, este Guia pretende constituir um suporte à ação dos diretores de agrupamentos de escolas e de escolas não agrupadas.
Planos dos alunos deficientes para 2011-2012 ficaram esquecidos
Centros que prestam apoio à escolas enviaram os seus projectos para 2011/2012 às direcções regionais. Planos não chegaram à tutela.
Todos os planos de acção dos centros de recursos para a inclusão (CRI) foram rejeitados pelo Ministério da Educação e Ciência. Os projectos destinados aos alunos com necessidades educativas especiais não tiveram a “aprovação técnica” da tutela que, no entanto, decidiu manter as mesmas verbas do ano lectivo anterior, obrigando agora os CRI a ajustar com cada agrupamento ou escolas os apoios que vão prestar aos alunos. Em causa não estão cortes orçamentais, mas uma falha de comunicação que terá levado a tutela a optar por um mal menor. Seguindo os procedimentos de anos anteriores, os 74 centros de recursos para a inclusão elaboraram os seus planos de acção de acordo com as necessidades solicitadas pelas escolas e agrupamentos, enviando as candidaturas às respectivas direcções regionais de educação (DRE). Só que estas propostas nunca terão chegado a entrar no gabinete da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário.
Entre o envio das candidaturas e a sua aprovação, foi preciso atravessar uma mudança de governo com uma nova equipa do MEC e ainda um processo de simplificação administrativa, que já levou o ministro Nuno Crato a anunciar o fim das DRE em Dezembro de 2012. Nada disso tem a ver com ensino especial, mas o certo é que os CRI terão sido apanhados nesta avalanche de mudanças. Com o processo de extinção das direcções regionais de educação, os planos de acção para apoiar os alunos portadores de deficiência ficaram esquecidos numa gaveta ou num ficheiro informático, em vez de essa informação passar das DRE para a tutela. Os responsáveis pelos CRIS, que julgaram estar perante atrasos decorrentes da mudança de governo, acabaram por ser surpreendidos com a reprovação dos planos de acção.
“O Ministério informou-nos que aprovou apenas os montantes do ano anterior, mas desconhecemos a razão para os planos de acção não terem sido aprovados, explica João Dias, da Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - Humanitas.
O i apurou, no entanto, que as candidaturas nunca chegaram ao conhecimento da tutela e que, aprovar agora as propostas apresentadas pelos CRI, seria um processo demorado que iria atrasar mais os serviços e técnicos destinados a esta população. A solução passou por conceder as mesmas verbas de 2010 e delegar nos centros de recursos para a inclusão a responsabilidade de coordenar os apoios que vão ser necessários com as escolas e agrupamentos.
“Os valores são os mesmos, mas os projectos para este ano são diferentes, porque os alunos são outros e as necessidades também não são as mesmas, como é natural”, explica Rogério Cação, da Federação de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci). É esse o trabalho que está a ser feito pelos CRI, que em cada estabelecimento tentam perceber como podem ajustar as verbas às necessidades os alunos: “As aulas começaram na quinta-feira, mas os CRI e as escolas estão a trabalhar depressa, penso que numa semana o processo estará concluído”, diz João Dias. Do ministério obtiveram o compromisso de que o impacto do trabalho feito nas escolas iria ser avaliado no fim do ano lectivo.
Todos os planos de acção dos centros de recursos para a inclusão (CRI) foram rejeitados pelo Ministério da Educação e Ciência. Os projectos destinados aos alunos com necessidades educativas especiais não tiveram a “aprovação técnica” da tutela que, no entanto, decidiu manter as mesmas verbas do ano lectivo anterior, obrigando agora os CRI a ajustar com cada agrupamento ou escolas os apoios que vão prestar aos alunos. Em causa não estão cortes orçamentais, mas uma falha de comunicação que terá levado a tutela a optar por um mal menor. Seguindo os procedimentos de anos anteriores, os 74 centros de recursos para a inclusão elaboraram os seus planos de acção de acordo com as necessidades solicitadas pelas escolas e agrupamentos, enviando as candidaturas às respectivas direcções regionais de educação (DRE). Só que estas propostas nunca terão chegado a entrar no gabinete da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário.
Entre o envio das candidaturas e a sua aprovação, foi preciso atravessar uma mudança de governo com uma nova equipa do MEC e ainda um processo de simplificação administrativa, que já levou o ministro Nuno Crato a anunciar o fim das DRE em Dezembro de 2012. Nada disso tem a ver com ensino especial, mas o certo é que os CRI terão sido apanhados nesta avalanche de mudanças. Com o processo de extinção das direcções regionais de educação, os planos de acção para apoiar os alunos portadores de deficiência ficaram esquecidos numa gaveta ou num ficheiro informático, em vez de essa informação passar das DRE para a tutela. Os responsáveis pelos CRIS, que julgaram estar perante atrasos decorrentes da mudança de governo, acabaram por ser surpreendidos com a reprovação dos planos de acção.
“O Ministério informou-nos que aprovou apenas os montantes do ano anterior, mas desconhecemos a razão para os planos de acção não terem sido aprovados, explica João Dias, da Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - Humanitas.
O i apurou, no entanto, que as candidaturas nunca chegaram ao conhecimento da tutela e que, aprovar agora as propostas apresentadas pelos CRI, seria um processo demorado que iria atrasar mais os serviços e técnicos destinados a esta população. A solução passou por conceder as mesmas verbas de 2010 e delegar nos centros de recursos para a inclusão a responsabilidade de coordenar os apoios que vão ser necessários com as escolas e agrupamentos.
“Os valores são os mesmos, mas os projectos para este ano são diferentes, porque os alunos são outros e as necessidades também não são as mesmas, como é natural”, explica Rogério Cação, da Federação de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci). É esse o trabalho que está a ser feito pelos CRI, que em cada estabelecimento tentam perceber como podem ajustar as verbas às necessidades os alunos: “As aulas começaram na quinta-feira, mas os CRI e as escolas estão a trabalhar depressa, penso que numa semana o processo estará concluído”, diz João Dias. Do ministério obtiveram o compromisso de que o impacto do trabalho feito nas escolas iria ser avaliado no fim do ano lectivo.
proposta do Bloco de Esquerda - antecipação da idade de reforma e aposentação por velhice, sem penalização, para trabalhadores com deficiência visual
A proposta do Bloco de Esquerda defende que a idade geral de acesso à pensão de aposentação, estabelecida em 65 anos para os trabalhadores dos sectores público e privado, deve ser reduzida para os trabalhadores com deficiência visual igual ou superior a 90%.
Exposição de motivosA Convenção Sobre Os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Resolução da AssembLeia da República nº 57/2009, de 30 de Julho, ratificada pelo Decreto do Presidente da República, nº 71/2009, de 30 de Julho, "reconhece que a deficiência constitui um conceito complexo e resulta da interacção entre as pessoas com limitações e as barreiras sociais e ambientais que impedem a sua plena e efectiva participação na sociedade, em igualdade com todos os cidadãos".
No âmbito do direito internacional comparado, encontramos exemplos de discriminação positiva, como o de Espanha, através do Real Decreto 1539/2003, de 5 de Dezembro, e o do Brasil, aprovado em Abril de 2010 (Concessão pelo regime geral de previdência social, de aposentadoria especial ao trabalhador com deficiência). Em ambos os casos se prevê que pessoas com deficiência, dependendo do grau e do tempo de actividade profissional, vejam reduzida a idade de reforma.
A Lei de Bases do regime jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência (Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto), consagra a necessidade da existência de acções positivas tendentes a aplanar as desigualdades resultantes de se ser um cidadão com deficiência, bem como, o tratamento singular que é devido a cada um destes indivíduos.
No mesmo sentido, consagra esta Lei de Bases, no seu artigo 4º, que: "à pessoa com deficiência é reconhecida a singularidade, devendo a sua abordagem ser feita de forma diferenciada, tendo em consideração as circunstâncias pessoais".
No nº 2, artigo 6º da referida Lei é reconhecido que "a pessoa com deficiência deve beneficiar de medidas de acção positiva com o objectivo de garantir o exercício dos seus direitos e deveres, corrigindo uma situação factual de desigualdade que persista na vida social".
O Artigo 1º do Decreto-Lei n.º 49.331, de 28 de Outubro de 1969, já estabelecia que: “Para efeitos médico-sociais e assistenciais, considera-se cegueira: a) A ausência total da visão; b) As situações irrecuperáveis em que: a acuidade visual seja inferior a 0,1 no melhor olho e após a correcção apropriada; ou a acuidade visual, embora superior a 0,1, seja acompanhada de limitação do campo visual igual ou inferior a 20º angulares”.
O quadro legal e referencial, no que à deficiência visual respeita, conheceu, porém, significativa evolução. A Organização Mundial de Saúde tem apresentado tabelas de classificação dos graus de incapacidade, nomeadamente, a Classificação Internacional de Funcionalidade. A presente iniciativa guia-se pelos critérios estabelecidos na Tabela Nacional de Incapacidades, que se inspira na tabela europeia “Guide barème europeén d’evaluation dês atteintes à lá intégrité physique e psychique”. A referida Tabela foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º 352/2007, de 23 de Outubro, e é com base nela que são passados os atestados médicos de incapacidade multiuso.
É um imperativo de justiça social melhorar esta situação, tanto mais que a actividade profissional das pessoas com esta deficiência é exercida em condições particularmente penosas de dureza e desgaste, tal como refere o art.º 20.º b) do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de Maio. As exigências de resposta colocadas ao trabalhador cego ou grande amblíope são sempre muito maiores do que as colocadas aos restantes trabalhadores.
A proposta do Bloco de Esquerda defende que a idade geral de acesso à pensão de aposentação, estabelecida em 65 anos para os trabalhadores dos sectores público e privado, deve ser reduzida para os trabalhadores com deficiência visual igual ou superior a 90%. O presente direito parte da vontade do trabalhador e passa, nos casos em que a deficiência visual esteja entre os 60% e os 90%, pela avaliação do elevado índice de desgaste por uma Junta Médica.
Assim, e partindo da vontade expressa do trabalhador, a idade de reforma por velhice, passa a ser aos 55 anos para os trabalhadores com incapacidade permanente global igual ou superior a 90%, desde que o trabalhador tenha 20 anos de carreira contributiva, e sem que, para o efeito, esteja sujeito a qualquer tipo de penalização.
Leia o Projecto de Lei completo AQUI.
Exposição de motivosA Convenção Sobre Os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Resolução da AssembLeia da República nº 57/2009, de 30 de Julho, ratificada pelo Decreto do Presidente da República, nº 71/2009, de 30 de Julho, "reconhece que a deficiência constitui um conceito complexo e resulta da interacção entre as pessoas com limitações e as barreiras sociais e ambientais que impedem a sua plena e efectiva participação na sociedade, em igualdade com todos os cidadãos".
No âmbito do direito internacional comparado, encontramos exemplos de discriminação positiva, como o de Espanha, através do Real Decreto 1539/2003, de 5 de Dezembro, e o do Brasil, aprovado em Abril de 2010 (Concessão pelo regime geral de previdência social, de aposentadoria especial ao trabalhador com deficiência). Em ambos os casos se prevê que pessoas com deficiência, dependendo do grau e do tempo de actividade profissional, vejam reduzida a idade de reforma.
A Lei de Bases do regime jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência (Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto), consagra a necessidade da existência de acções positivas tendentes a aplanar as desigualdades resultantes de se ser um cidadão com deficiência, bem como, o tratamento singular que é devido a cada um destes indivíduos.
No mesmo sentido, consagra esta Lei de Bases, no seu artigo 4º, que: "à pessoa com deficiência é reconhecida a singularidade, devendo a sua abordagem ser feita de forma diferenciada, tendo em consideração as circunstâncias pessoais".
No nº 2, artigo 6º da referida Lei é reconhecido que "a pessoa com deficiência deve beneficiar de medidas de acção positiva com o objectivo de garantir o exercício dos seus direitos e deveres, corrigindo uma situação factual de desigualdade que persista na vida social".
O Artigo 1º do Decreto-Lei n.º 49.331, de 28 de Outubro de 1969, já estabelecia que: “Para efeitos médico-sociais e assistenciais, considera-se cegueira: a) A ausência total da visão; b) As situações irrecuperáveis em que: a acuidade visual seja inferior a 0,1 no melhor olho e após a correcção apropriada; ou a acuidade visual, embora superior a 0,1, seja acompanhada de limitação do campo visual igual ou inferior a 20º angulares”.
O quadro legal e referencial, no que à deficiência visual respeita, conheceu, porém, significativa evolução. A Organização Mundial de Saúde tem apresentado tabelas de classificação dos graus de incapacidade, nomeadamente, a Classificação Internacional de Funcionalidade. A presente iniciativa guia-se pelos critérios estabelecidos na Tabela Nacional de Incapacidades, que se inspira na tabela europeia “Guide barème europeén d’evaluation dês atteintes à lá intégrité physique e psychique”. A referida Tabela foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º 352/2007, de 23 de Outubro, e é com base nela que são passados os atestados médicos de incapacidade multiuso.
É um imperativo de justiça social melhorar esta situação, tanto mais que a actividade profissional das pessoas com esta deficiência é exercida em condições particularmente penosas de dureza e desgaste, tal como refere o art.º 20.º b) do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de Maio. As exigências de resposta colocadas ao trabalhador cego ou grande amblíope são sempre muito maiores do que as colocadas aos restantes trabalhadores.
A proposta do Bloco de Esquerda defende que a idade geral de acesso à pensão de aposentação, estabelecida em 65 anos para os trabalhadores dos sectores público e privado, deve ser reduzida para os trabalhadores com deficiência visual igual ou superior a 90%. O presente direito parte da vontade do trabalhador e passa, nos casos em que a deficiência visual esteja entre os 60% e os 90%, pela avaliação do elevado índice de desgaste por uma Junta Médica.
Assim, e partindo da vontade expressa do trabalhador, a idade de reforma por velhice, passa a ser aos 55 anos para os trabalhadores com incapacidade permanente global igual ou superior a 90%, desde que o trabalhador tenha 20 anos de carreira contributiva, e sem que, para o efeito, esteja sujeito a qualquer tipo de penalização.
Leia o Projecto de Lei completo AQUI.
Out of Sight - um filme de animação chinês
A animação chinesa Out of Sight mostra uma menina cega, que é assaltada e levada para fora do seu caminho habitual. Uma vez neste novo mundo ela precisa utilizar os seus sentidos para saber onde está e como se locomover. O desenrolar da história apresenta de uma maneira sensível e muito bonita toda esta descoberta.
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sábado, 13 de agosto de 2011
A cegueira não é um impedimento para que a criança consiga ter desenvolvimento harmonioso, tanto sócio-afectivo como cognitivo
A cegueira não é um impedimento para que a criança consiga ter desenvolvimento harmonioso, tanto sócio-afectivo como cognitivo
Desenvolvimento sócio-afectivoEnquanto que na criança com visão, esta tem um papel fundamental a reconhecer a cara da mãe, as suas expressões faciais, e principalmente na exploração do meio que a rodeia, a criança cega tem de recorrer ao tacto, à audição e ao olfacto para criar esse laço afectivo com o cuidador e para receber informação sobre os objectos e o meio que a rodeia.
Ao final do 1º mês começa a tocar no rosto das pessoas próximas, a partir do 5º mês este comportamento apenas se verifica nas pessoas conhecidas e a partir do 7º mês já é capaz de reconhecer pessoas estranhas através do tacto, da voz (audição) e do olfacto (cheiro).
Nas interacções sociais, a criança com deficiência visual não tem a noção dos sinais não verbais de comunicação tais como gestos ou expressões faciais, como tal é importante proporcionar lhe outros estímulos, normalmente através da fala, para que ela possa assimilar a informação correctamente.
Desenvolvimento Cognitivo
Durante muito tempo considerou-se que as crianças invisuais tinham um atraso cognitivo em relação às crianças normais. Actualmente sabe-se que não é verdade.
No entanto, sabe-se que a criança invisual tem dificuldades ao nível do desenvolvimento cognitivo causadas pela ausência de percepção visual. As suas maiores dificuldades estão presentes na categorização e ordenação dos objectos, na noção de permanência do objecto e na formação de conceitos.
Na formação de conceitos a visão é muito importante pois vai integrar toda a informação que foi apreendida pelos outros órgãos sensoriais, uma criança normal, ao mesmo tempo que cheira, ouve e toca num cavalo, também o está a ver e a interiorizar a sua imagem. Na criança cega, a falta de visão terá neste caso de ser compensada por um adulto, que através do diálogo lhe evidencia os aspectos relevantes do cavalo e é a partir destes aspectos que a criança vai criar o seu conceito.
A categorização de objectos e pessoas é complicada devido a não existir capacidade de visualizar os objectos para posteriormente os separar e ordenar pelos seus atributos. A criança invisual terá então de aprender a categorizar através da indicação verbal dada pelo adulto, ou pela percepção táctil, sendo que é importante que lhe sejam verbalizados os atributos que diferenciam um objecto do outro.
A noção de permanência do objecto é muito mais difícil de adquirir para o bebé cego pois para ele o objecto deixa de existir assim que perde o contacto com ele ou deixa de ouvir o seu som. Só a partir dos 7 meses é que a criança começa a apresentar o comportamento normal de agarrar um objecto e a partir dos 9 meses começa a procurar objectos que já teve na mão anteriormente. Aos 12 meses procura objectos indo ao encontro dos sons, mesmo que ainda não tenha tido qualquer contacto com o objecto.
Texto da autoria de Drª Teresa Paula Marques
Psicóloga Clínica, especialista em Psicologia Infantil e do Adolescente
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Família guia de pais
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