Estudantes da Guarda estão a desenvolver uma pulseira que permitirá às crianças com deficiência acionarem o funcionamento de brinquedos.
Segundo explicou Tiago Caldeira, a nova pulseira destina-se a“crianças com deficiências muito profundas” e deverá ficar concluída até ao final do ano.“A ideia é adaptar o comando do brinquedo com uma ficha que fará a ligação à pulseira que, com um simples toque, irá comandar o controlo remoto do brinquedo”, explicou o coordenador do projeto.O sistema, que será oferecido a instituições de solidariedade social que acolhem crianças com deficiência, permitirá assim que as crianças brinquem de “forma autónoma com vários brinquedos (eletrónicos) ao mesmo tempo”.
“Os movimentos na pulseira equivalem às instruções no comando, por assim dizer”, acrescentou Tiago Caldeira, que não esquece a alegria de uma menina de nove anos quando conseguiu, pela primeira vez, brincar com uma boneca (adaptada).
O especialista em robótica sublinhou que a “simples colocação de um interruptor acessível num brinquedo pode significar para uma criança com deficiência brincar ou não com ele”.
Os interruptores dos brinquedos são, por norma, colocados de forma a “não se notarem muito” e o acesso torna-se difícil para crianças com deficiência, mas para os jovens que desenvolvem a sua adaptação o objectivo é “ligar o brinquedo, mesmo que seja com um murro, para que todos possam brincar com ele de forma autónoma”, afirma Tiago Caldeira.
A pulseira está a ser criada no âmbito do projecto Co(n)tacto, na Associação Desenvolver o Talento, da Guarda, com o apoio da Fundação Montepio.
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