Uma exposição baseada na obra A Física no dia-a-dia de Rómulo de Carvalho - exposição bilingue, acessível a visitantes com mobilidade reduzida e com conteúdos para o público cego.
Rómulo de Carvalho e o seu livro "A física no dia a dia" são o mote da nova exposição do Pavilhão do Conhecimento que convida a conhecer a ciência que se esconde nos pequenos gestos do quotidiano.
A exposição é inaugurada quinta-feira, mas a presidente do Pavilhão do Conhecimento explicou à Lusa que esta é uma exposição para descobrir de uma maneira simples a ciência e a física que se esconde dentro de todas as casas.
Está por isso organizada e dividida conforme as divisões de uma casa: o quarto - com experiências sobre luz e visão -, a sala - com experiência sobre som e audição -, o escritório - com experiências sobre eletricidade e magnetismo -, a despensa - com experiências sobre forças, temperaturas e volume -, a cozinha - com experiências sobre água -, e o jardim - com experiências sobre o ar.
De acordo com Rosália Vargas, "A física no dia a dia" é um livro "fantástico" e dado que a exposição se enquadra na semana da Ciência e da Tecnologia, é também uma forma de homenagear "esse grande divulgador de ciência e grande físico que escreveu o livro de uma forma muito coloquial e muito simples".
Passo a passo, quem visitar a exposição é convidado a testar conhecimentos e realizar 73 experiências, todas as que estão no livro de Rómulo de Carvalho.
Por exemplo, é perguntado se sabe porque é que alguns espelhos fazem as caras grandes e outros pequenas ou se é capaz de construir uma máquina fotográfica ou até por que é que é perigoso "escarafunchar" os ouvidos com os dedos ou outros objetos.
Noutro ponto é possível saber para que servem e como funcionam as bússolas ou testar diferentes fios de metal para ver a sua resistência, bem como perceber, por exemplo, por que é que os navios de guerra não vão ao fundo apesar de serem feitos de ferro e aço.
"Estamos a estudar engenharia e já vimos a maior parte destas coisas, mas se calhar pessoas da nossa idade que viessem cá ficavam a aprender muitas coisas diferentes", apontou Marisa Lima, 19 anos, estudante do Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa que foi ao Pavilhão do Conhecimento visitar "O mar é fixe, mas não é só peixe" e espreitou a "A física no dia a dia" por acaso.
Já a Rodrigo Gonçalves, 19 anos e igualmente estudante do IST, o que mais lhe interessou foi a parte com experiências com eletricidade.
"É a parte que é mais abstrata, que foge mais ao senso comum", justificou.
"A física no dia a dia" serve ainda para, ao fim de doze anos de funcionamento e pela primeira vez, o Pavilhão do Conhecimento aventurar-se na produção de exposições próprias.
"É uma exposição que foi totalmente concebida e produzida em Portugal e é uma exposição que está feita para itinerar, portanto, vamos pô-la no circuito internacional", revelou Rosália Vargas.
A responsável explicou que até agora o Pavilhão do Conhecimento tem recebido exposições temporárias internacionais e que entenderam estar na hora de colocar no mercado internacional "exposições de grande qualidade e dimensão".
"Esta vai ser a primeira e estamos no bom caminho porque há já muito interesse por parte de museus e centros de ciência nesta exposição", garantiu Rosália Vargas.
A exposição "A física no dia a dia" arranca quinta-feira e vai estar patente até setembro de 2012.
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