Fonte: TSF
A escassez de material escolar adaptado para crianças invisuais no pré-escolar levou a ANIP - Associação Nacional de Intervenção Precoce - a criar um programa para colmatar esta falha.
O programa "Literacia emergente para crianças cegas" ganhou o prémio BPI Capacitar 2014, no valor de 19.640 EUR e pretende, numa primeira fase, ajustar histórias já existentes. Depois, criar livros de raiz, possibilitando que as crianças tenham a primeira iniciação ao braille.
Viviana Ferreira, Diretora do Centro de Apoio à Deficiência Visual, da ANIP, explica como uma imagem num livro tradicional pode ser adaptada para uma criança invisual: «Por exemplo, este desenho que tem umas meias, teremos de colocar aqui uma meia real ou uma imagem a três dimensões», diz.
É no contexto natural da criança que a intervenção é realizada. Seja em casa, na creche ou no infantário, a ação das técnicas da ANIP que incide também nos pais e nos educadores, tem sido feita com livros artesanais, criados pelas próprias técnicas que vão ao terreno. Acrescenta como é realizada a iniciação ao braille: «costumamos dizer que são umas bolinhas e que fazem cócegas, que é o braille».
Numa idade mais avançada, entre os 5 e os 6 anos, depois de compreendida a importância do dedo indicador, é tempo de sentir e de aprender o que é uma célula braille.
«Os seis pontinhos, que vão diminuindo de tamanho ao longo da história, exigindo às crianças que vão evoluindo nas competências de descriminação tátil até chegar à célula braille propriamente dita», acrescenta.
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