quinta-feira, 13 de novembro de 2014

UNIÃO EUROPEIA DE CEGOS PUBLICA RELATÓRIO «ACCESS DENIED»

Um relatório publicado hoje revela que em 2014, 30 milhões de europeus com deficiência visual continuam a enfrentar barreiras injustas e desnecessárias no acesso a atividades básicas, serviços e informações, nomeadamente, online.
O relatório demonstra que estas barreiras podem ser encontradas em caixas de multibanco, máquinas de bilhetes, websites, aplicações, televisores e outros bens de consumo como microondas ou máquinas de lavar roupa.
Surpreendemente, esta pesquisa da União Europeia de Cegos mostra ainda que mesmo as instituições da UE regularmente falham na disponibilização de informação acessível a pessoas com deficiência visual. Em particular, os websites da Comissão e do Conselho Europeu foram analisados e classificados como “muito aquém” e “extremamente inacessível”, respetivamente.
"É tempo de a União Europeia acabar com esta discriminação e pôr a sua casa em ordem”, diz o Presidente da União Europeia de Cegos, Wolfgang Angermann.
Hoje (11) e amanhã, membros da União Europeia de Cegos, entre os quais a ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, estão no Parlamento Europeu a organizar um “encontro às escuras”. O evento, apoiado pela eurodeputada Catherine Stihler, em parceria com a eurodeputada Rosa Estaras, promove curtos (e não românticos) encontros que visam destacar os obstáculos quotidianos que as pessoas com deficiência visual enfrentam e o papel da União Europeia na sua eliminação, através de legislação e implementação de normas e tecnologias existentes.
A União Europeia de Cegos pede a todos os eurodeputados - muitos dos quais já manifestaram o seu apoio – a defenderem uma legislação forte o suficiente para acabar com a exclusão social das pessoas com deficiência visual.
"Em janeiro de 2011, a Comissão prometeu uma “Lei Europeia da Acessibilidade" [European Accessibility Act] para remover barreiras no acesso a informações, usufruto de bens e serviços e a viajar”, diz Angermann "mas ainda estamos à espera - é tempo de a União Europeia deixar de ignorar as pessoas cegas!"

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