terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A importância da assinatura para os cegos


 


 

 Assinar o seu próprio nome é um ato de emancipação.


 Muitas vezes uma pessoa cega, por não saber assinar o seu nome e usar a impressão digital, é confundida ou passa a imagem de uma pessoa analfabeta. Ao assinar a pessoa cega adquire sentimentos de auto-realização, de independência e de responsabilidade.

 
Asssim, é preciso não esquecer de inserir nos Programas educativos dos alunos com deficiência visual, o ensino da escrita cursiva .

 
Não há uma técnica específica e única para um professor ensinar escrita cursiva, esta actividade vai do bom senso e da intuição do professor.  Algumas sugestões para  este trabalho:

  1 - Observar se o aluno já tem bem trabalhado o esquema corporal e, principalmente, se é capaz de dissociar movimentos de pulso, cotovelos e ombros;

 
2 - Observar se a coordenação motora fina está bem desenvolvida;

 
3 - Observar a orientação espacial;

 
4 - Observar a formação de conceitos quanto à linhas retas, inclinadas, ângulos, curvas e sinuosas;

 
5 - Observar a memória tátil.

 
― Apontando com o dedo indicador, fazer movimentos circulares no espaço livre.

― Fazer os mesmos movimentos na parede.

― Usar as duas mãos neste momento, sendo que a esquerda fica na parede marcando o limite.

 

 6 -Mostrar o movimento das letras tanto no espaço vertical quanto no horizontal e pedir que o aluno reproduza. Pode-se usar o rosto, pois, através das linhas do rosto encontramos formas de mostrar as letras (como exemplo, o livro de Maria da Glória Beutenmuller, "Das Linhas do Rosto as Letras do Alfabeto").
 

7 - Trabalhar na régua a assinatura.

 

8 - Por último, lápis, caneta e papel com o guia-mão.

 
Dependendo do aluno, este processo levará de um a três meses ou mais.

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