quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A tecnologia desafia o impossível: Cegos que vêm e surdos que ouvem

Depois dos implantes auditivos, começam a ser dados os primeiros passos na área da visão. Doenças e deficiências tidas como definitivas começam a ser desafiadas pela tecnologia.
Imagem YouTube

A tecnologia está por todo o lado no mundo moderno, mas a revelação da sua importância ganha um destaque especial quando permite aquilo que era, até há pouco tempo, impossível. As melhorias na área da saúde são, provavelmente, um dos melhores exemplos. Em 2011 um vídeo correu mundo (24 milhões de visualizações) com uma revelação emotiva. Sloan Churman, surda de nascença, ligou o botão de um implante auditivo que lhe permitiu ouvir pela primeira vez.

Em janeiro, a eSight divulgou imagens de Kathy Beitz, uma mulhertecnicamente cega desde os 11 anos que voltou a ver e, seguramente, com uma das melhores imagens que algum dia poderia ter: o seu filho recém-nascido.

Esta tecnologia baseia-se nuns óculos especiais que incluem um câmara capaz de ampliar e modificar a imagem, permitindo a cegos/amblíopes em determinadas condições recuperar a visão de forma indireta, ou seja, uma projeção nos óculos em tudo semelhantes aos utilizados nos modernos dispositivos de realidade virtual.
A semana passada a Mayo Clinic revelou imagens de mais um passo importante na tecnologia da saúde. Allen Zderad, um paciente com retinite pigmentosa, perdeu a visão quase na totalidade há dez anos, sendo capaz de distinguir a luz de uma forma muito ténue. Uma prótese na retina chamada Argus II Retinal Prosthesis System é capaz de “projetar” imagens diretamente no nervo ótico, contornando a retina defeituosa. O sistema baseia-se numa câmara e num processador que converte a imagem num sinal elétrico.
Allen Zderad é um dos 15 pacientes nos EUA a usar este sistema. A instalação é complexa e requer um plano de adaptação motora. Mas é um esforço que compensa. As imagens, sempre emotivas, falam por si.

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