terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O olho


ESTRUTURA:

Uma comparação didáctica do olho é com um ovo.

A esclera seria a casca do ovo.
A retina seria a fina membrana que recobre o interior da casca do ovo.
O vítreo seria a clara do ovo, que preenche o espaço interno.



Imagem de um olho


Estrutura do olho

CÓRNEA: é uma estrutura transparente anterior do olho. Esta estrutura é possível de ser trocada em um transplante de córnea, nas doenças que afetam severamente a córnea.

CRISTALINO: O cristalino é a lente do olho, que se localiza logo atrás da pupila. A opacidade desta lente chama-se catarata. A cirurgia de catarata consiste na remoção do cristalino e no implante de uma lente intra-ocular no seu lugar.

ESCLERA: A parte branca do olho, parede externa, é chamada de esclera.

PUPILA: A pupila na verdade é um buraco central na íris, a parte colorida do olho. Através deste buraco o médico consegue observar o olho por dentro. A dilatação da pupila aumenta este buraco e propicia melhor exame das estruturas do fundo de olho: vítreo, nervo óptico, retina e coróide. O exame destas estruturas chama-se mapeamento de retina e os exames fotográficos destas estruturas chamam-se retinografia e retinografia fluorescente (ou angiofluoresceínografia).

RETINA: Numa comparação com uma máquina fotográfica, nossa retina seria o filma fotográfico. As células fotorreceptoras da retina são responsáveis por transformar a luz em impulso elétrico, que será enviado ao cérebro através do nervo óptico.

Existem dois tipos de células fotorreceptoras na retina: os cones e os bastonetes. Os cones são responsáveis pela visão no claro, visão de cores, de detalhes e estão localizados na mácula, área central da retina. Os bastonetes precisam de pouca luz para funcionar e, por estarem localizados na área mais periférica da retina, são responsáveis pelo campo de visão periférico. O funcionamento das células fotorreceptoras depende muito do funcionamento das células do epitélio pigmentário da retina. Os vasos sangüíneos trazem oxigênio e nutrição para a retina.

VÍTREO: O vítreo é parecido com a clara de um ovo; é transparente e preenche a cavidade do globo ocular. O vítreo fica aderido à retina.

CORÓIDE: É uma camada que fica entre a retina e a esclera. É composta por uma rede de vasos sangüíneos, diferentes dos vasos da retina.



COMO FUNCIONA:

O olho é como uma câmara fotográfica. Quando você tira uma fotografia, as lentes na parte anterior da câmara permitem que a luz entre e seja focada directamente sobre o filme, que recobre a parte posterior interna da câmara. Quando a luz atinge o filme, a imagem é gravada no filme.

O olho funciona exatamente da mesma forma. As estruturas anteriores do olho (córnea, pupila e cristalino) são transparentes e permitem a entrada da luz. A luz passa por um grande espaço no centro do olho, chamado de cavidade vítrea. Esta cavidade é preenchida por uma substância gelatinosa transparente, chamada de vítreo. A luz é focada numa fina camada de tecido chamada de retina, que recobre a parede posterior interna do olho. A retina é como o filme da câmara. É o tecido que vê. Quando a luz focada atinge a retina, uma fotografia é tirada.

As mensagens sobre esta imagem são transformadas pela retina em impulsos elétricos e enviadas do cérebro, através do nervo óptico. Cada olho tem um nervo óptico que funciona como um fio que conecta o olho ao cérebro. O cérebro recebe estes impulsos elétricos dos dois olhos e os processa, como um computador, formando as imagens.

A percepção visual ocorre em dois estágios. A luz entra pela córnea (estrutura transparente da parte anterior do olho) e é projetada no fundo do olho, onde é convertida em um sinal elétrico por um órgão altamente especializado: a retina. Sinais elétricos assim gerados são enviados através do nervo óptico ao cérebro para que sejam processados.

A conversão da luz em sinais elétricos é realizada na retina por células neurais especializadas, os fotorreceptores (cones e bastonetes). Os cones são responsáveis pela visão diurna e estão envolvidos no processamento visual dos detalhes, concentrando-se na região central da retina. Já os bastonetes são os mediadores da visão noturna. Estes dois tipos de neurônios estabelecem um complexo sistema de conexões com outras células da retina, propiciando condições para que se possa detectar mínimos contrastes, rápidas alterações na intensidade luminosa, detalhes espaciais finos e diferentes tonalidades de cor. Logo atrás da retina neurossensorial, está o epitélio pigmentado da retina. Este confere a cor ao fundo de olho, além de se constituir numa reserva importante de vitaminas.

Camadas da Retina: A retina tem duas partes: a retina periférica e a mácula. Se você imaginar a retina como um círculo com o alvo no centro, a mácula é como o alvo: é muito pequena. Ela está localizada próximo ao nervo óptico. A área grande da retina, que cerca a Mácula e faz 95 % da retina, é chamada de retina periférica. A retina periférica nos dá a visão para os lados, que é chamada “visão periférica", Isto é o que nos referimos quando dizemos "Eu vi algo no canto de meu olho", porque a retina periférica não é capaz de ver detalhes claramente, não podemos usar esta visão periférica para ler, enfiar uma agulha, dirigir ou mesmo reconhecer uma face. Se eu vejo alguém ao meu lado, "no canto de meu olho," eu posso dizer quem a pessoa é por sua forma geral mas não serei capaz de ver a expressão no rosto dessa pessoa.

A fim de ver o detalhe fino, devemos olhar em linha recta, usando a mácula, o centro do alvo da retina. Mesmo que a mácula seja somente uma parte pequena da retina, ela é cem vezes mais sensível ao detalhe do que a retina periférica. A mácula nos permite ver o detalhe minúsculo, ler fina impressão, reconhecer as faces, enfiar uma agulha, ler a hora, ver sinais na rua, ver grãos de sal que estão sendo derramado de um shaker. Se você olhar directamente para a palavra a verde

- mácula -

você está olhando com sua mácula. Se mantiver seu olho fixado na palavra "mácula", está ciente das outras palavras por causa de sua visão periférica, mas não poderá ler bem nenhuma das outras palavras. Caso consiga lê-las, é porque você está olhando aquelas palavras ao invés da palavra "mácula".

Para o exame da retina, o médico oftalmologista utiliza-se principalmente dos seguintes exames:
  • Oftalmoscopia binocular indireta: permite o exame global da retina. Através da técnica de indentação escleral, pode-se avaliar a integridade da região mais periférica da retina.
  • Biomicroscopia de fundo: técnica utilizada para o exame das regiões mais centrais da retina, como a mácula, o nervo óptico e os vasos sanguíneos do fundo do olho.
  • Angiografia fluoresceínica e indocianinografia: exames das estruturas vasculares do fundo do olho, realizados através do uso de contrastes, com fotografias seqüenciais do fundo do olho.
  • Ultrassom ocular: usado para a determinação do comprimento axial do globo ocular, bem como para avaliar a retina, quando os meios oculares não estão claros, ou para medir objetivamente determinadas lesões no fundo do olho.
  • Tomografia de coerência óptica: exame realizado para que sejam obtidos cortes em secção da retina, visando o estudo das suas camadas e das suas relações com outros tecidos oculares.
  • Testes eletrofisiológicos: medida dos sinais elétricos ao longo das diversas etapas das vias visuais, com o objectivo de identificar déficits de função de determinados grupos de células ou de estruturas específicas do fundo do olho.


Fonte: Grupo Retina São Paulo

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