O ensaio, financiado pela União Europeia, visa encontrar um tratamento não invasivo para prevenir “a neurodegeneração retiniana e atrasar o seu desenvolvimento”, disse à agência Lusa José Cunha Vaz, presidente da AIBILI e coordenador da pesquisa.
“Estamos ainda em fase de estudo e num processo de procura”, sublinhou o especialista, acreditando, no entanto, no sucesso da investigação, pois “há dados científicos” que podem considerar-se “animadores”.
A investigação, que se prolongará durante dois anos e envolverá 11 centros europeus, avaliará a “segurança e eficácia do colírio (tendo por base dois medicamentos neuroprotectores) para tratar a retinopatia na sua fase inicial”.
Esta doença ocular atinge perto de 30% dos diabéticos e a longo prazo conduz a uma perda severa da visão ou mesmo à cegueira.
O ensaio clínico integra-se num projecto desenvolvido pelo Consórcio Europeu para o Tratamento Precoce da Retinopatia Diabética (Eurocondor), em que participam 17 hospitais, universidades e centros de investigação de oito países europeus, dirigido pelo Instituto de Investigação do Hospital del Vall Hebrón, de Barcelona.
A selecção do AIBILI para coordenar o ensaio clínico não surpreendeu José Cunha Vaz, pois, sublinha, a instituição a que preside “é mais reconhecida a nível internacional do que no plano nacional, como, aliás, sucede com alguns outros centros de investigação portugueses”.
A AIBILI coordena uma “rede europeia que integra 80 centros de estudos, de 16 países, relacionados com a oftalmologia e a visão”, que actualmente está a desenvolver seis investigações a nível internacional, acrescenta José Cunha Vaz.
Organização de Pesquisas Tecnológicas (RTO) no mercado de saúde, “dedicada a contribuir para o desenvolvimento de novos produtos para a imagem latente de saúde, empresas farmacêuticas e de biotecnologia”, a AIBILI foi criada em 1989 e funciona, desde 1994, no Pólo de Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra (Pólo III).
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