domingo, 8 de outubro de 2017

Amar criou viagens para cegos, como ele

Amar em Machu Picchu

Aos 18 anos ficou quase sem ver. Disseram-lhe que se quisesse viajar teria de ser com um cuidador. Então criou uma agência de viagens.
Saltou de aviões, escalou vulcões, fez esqui e já velejou para várias ilhas – conduziu inclusivamente um carro. Até aqui tudo bem, não fosse o facto de Amar Latif ser invisual. O empresário britânico tinha 4 anos quando os médicos disseram aos seus pais que tinha uma doença rara (retinite pigmentosa), e que iria ficar, de forma gradual, cego. O prognóstico estava certo: aos 18 anos tinha apenas 5% de visão.
Quando se dirigiu a uma operadora de viagens, disseram-lhe que precisava de levar alguém para cuidar dele. "Diziam-me muitas vezes "tu és cego, não podes fazer isto nem aquilo", conta Amar Latif à SÁBADO. O empresário, hoje com 46 anos, quis provar o contrário. E foi assim, que em 2004, fundou a Traveleyes, a primeira agência de viagens para turistas e deficientes visuais. Hoje, fazem mais de 60 viagens por ano, com pessoas que têm até 80 anos. "Os viajantes com visão guiam e descrevem os locais aos cegos e, em troca, viajam com até 50% de desconto".
Saiba tudo sobre o projecto de Amar Latif na edição nº 701 da SÁBADO, nas bancas a 4 de Outubro de 2017.

fonte: Sábado

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