sábado, 7 de janeiro de 2017

Menino cego vê pela primeira vez após cirurgia


Até há pouco tempo, Criscent Bwambale fazia parte das 18 milhões de pessoas de países em desenvolvimento com cegueira curável. A cegueira comprometia o futuro do menino mas uma simples cirurgia mudou a sua vida.

Criscent Bwambale, do Uganda, tem apenas seis anos e até há pouco tempo fazia parte das 18 milhões de pessoas de países em desenvolvimento com cegueira curável. As cataratas comprometiam o futuro do menino mas uma simples cirurgia mudou a sua vida.

Criscent Bwambale vive com sua avó numa casa de barro no Uganda. Em janeiro, a família respondeu ao anúncio de uma equipa médica, apoiada por uma ONG, que convidou as crianças da comunidade a fazerem exame à vista.

A equipa médica e a ciurgia foram organizadas pela ONG Sightsavers, uma organização que tem como prioridade combater o flagelo da cegueira evitável em todo o mundo. No seu site, a ONG divulgou a comovente "viagem" de Criscent.

Criscent nasceu com cataratas nos dois olhos e só conseguia distinguir vagas zonas de luz e escuridão. Através da Sightsavers, o menino foi submetido, com sucesso, a uma cirurgia em ambos os olhos num hospital de Mbarara, no oeste do país.

A cirurgia de Criscent aconteceu mais tarde do que os médicos gostariam. A visão humana deixa de se desenvolver aos 7 anos de idade, por isso as intervenções médicas devem ser prestadas antes desta idade crítica.

Mesmo assim, graças a um acompanhamento médico regular e a um bom par de óculos, Criscent já conseguiu recuperar cerca de 50 por cento da sua visão.

“Sempre rezei e tive esperança, mas nunca consegui arranjar a ajuda que ele necessitava porque somos demasiado pobres. Com o tempo acabei por aceitar que a sua vida seria marcada pela cegueira.”

"Adquirir visão é um processo", disse o médico Magyezi. "Com os óculos, Criscent vai aprender a usar os olhos e o que vê com eles. Assim poderá interpretar o mundo".

A Sightsavers é uma organização internacional que trabalha em mais 30 país, sobretudo no continente africano, para curar ou prevenir casos de cegueira.

Apesar de 80% dos casos de cegueira poderem ser evitados, graças à medicina atual, nos países em vias de desenvolvimento, sobretudo na África Subsariana, mais de 50% dos pacientes não recebem tratamento acabando por perder a visão, alerta a Organização Mundial de Saúde.

Fonte: Boas Notícias

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