sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Revista Louis Braille N.º 9

 
A revista Louis Braille é uma publicação digital, especializada na área da deficiência visual, com periocidade trimestral, editada pela ACAPO.

Capa Revista Louis Braille n.9  

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

À descoberta com quatro sentidos

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha decidiu proporcionar aos seus visitantes uma experiência diferente. Com os olhos vendados, quarenta pessoas, entre adultos e crianças, partiram à aventura descobrindo, através do tato, algumas das peças que figuram no espaço, ouvindo a audiodescrição inédita de uma das mais emblemáticas peças do acervo, cheirando ervas aromáticas e degustando iguarias típicas da região.

O Museu da Comunidade Concelhia foi eleito, em 2012, como o Melhor Museu Português, pela Associação Portuguesa de Museologia e foi, mais tarde, galardoado com o Prémio Kenneth Hudson do Fórum Europeu dos Museus.

Com o lema "Museu de todos", o espaço já abriu as portas a cerca de 16 mil visitantes e está preparado para receber pessoas com incapacidades visuais, auditivas, motoras ou intelectuais.

À agência Lusa, a vereadora da Câmara da Batalha com o pelouro da cultura, Cíntia Silva, garantiu que atividades como esta vão continuar.

A iniciativa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha é um exemplo de inclusão e valorização das pessoas com deficiência em Portugal.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Aprendizagem braille: Numeração

Atendendo como sempre à célula Braille:
(imagem célula Braille)

As letras de A a J correspondem também a cada um dos algarismos, sendo que se coloca o sinal de número Números e Sinais Com Eles Usados(3456 ) antes de cada número para os distinguir das letras. Quando um número é formado por dois ou mais algarismos, só o primeiro é precedido deste sinal.

Assim, para escrevermos 25, devemos escrever: Números e Sinais Com Eles Usadosbe.
 letra A=nº1
 letra B=nº2
 letra C=nº3
 letra D=nº4
 letra E=nº5
 letra F=nº6
 letra G=nº7
 letra H=nº8
 letra I=nº9
 letra J=nº0



Exemplos:
45 escreve-se Números e Sinais Com Eles Usadosde
2965 escreve-se Números e Sinais Com Eles Usadosbife
5 escreve-se Números e Sinais Com Eles Usadose
614971 escreve-se Números e Sinais Com Eles Usadosfadiga
4931 escreve-se Números e Sinais Com Eles Usadosdica

 
 
 
 
 

Números decimais

 
O sinal Números e Sinais Com Eles Usados (2) representa a vírgula e o ponto que em tinta se empregam para, num numeral decimal, separar a parte inteira da parte decimal.

EXEMPLOS:
Exemplos



Números Ordinais

 Os números ordinais representam-se pelos números , precedidos do sinal Números e Sinais Com Eles Usados (3456) e seguidos de uma das terminações o, a, os, as.

EXEMPLOS:
Exemplos


 

 

Numeração romana

Escreve-se com letras maiúsculas. Emprega-se o sinal Números e Sinais Com Eles Usados (46 46) antes da primeira.

EXEMPLOS:
Exemplos 




 

Sinais usados com números

 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

VIII Seminário “Exclusão Digital na Sociedade de Informação”



Cartaz: VIII Seminário sobre Exclusão Digital na Sociedade de Informação, a 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2014 na FMH

Nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2014, decorrerá na Faculdade de Motricidade Humana o VIII Seminário “Exclusão Digital na Sociedade de Informação”.

Com este seminário pretende-se promover a discussão e divulgar trabalhos que possam contribuir para o combate à infoexclusão e fomentar a acessibilidade das TIC. As anteriores edições deste seminário têm juntado aproximadamente 150 especialistas, sendo cerca de metade dos participantes de origem estrangeira, com predominância sul-americana.

O evento vai ser transmitido em direto através do link:
  Mais informações podem ser obtidas na página do seminário em: http://www.fmh.utl.pt/semimelisboa.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cientistas usam vírus modificado para curar cegueira

        

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) pode tornar mais seguro o uso de vírus para tratar doenças genéticas que levam à cegueira – o vírus atua como “mensageiro”, levando genes modificados até células específicas e fazendo com que eles substituam os defeituosos.
Embora sofisticado, o método não é simples. “Introduzir uma agulha através da retina e injetar atrás dela o vírus modificado é um procedimento cirúrgico arriscado”, explica o professor David Schaffer, um dos responsáveis pela pesquisa. Para aumentar o leque de opções, Schaffer e sua equipe geraram cerca de 100 milhões de variantes de um vírus (cada uma carregando diferentes proteínas em sua superfície) e, após diversos testes com cobaias, escolheram cinco capazes de penetrar a retina com eficiência.
“Com base em 14 anos de pesquisa, nós conseguimos criar um vírus que você precisa apenas injetar no humor vítreo [o líquido que preenche o globo ocular] para que eles levem genes a um grupo difícil de alcançar de células delicadas, de modo cirúrgico, seguro e não invasivo”, resume. “É um procedimento de 15 minutos, e você poderá ir pra casa no mesmo dia”.


http://hypescience.com/cientistas-usam-virus-modificado-para-curar-cegueira/

Alunos do ISEC criam “app” para cidadãos invisuais


05 ALUNOS ISEC
Quatro estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) criaram uma aplicação móvel (app) para cidadãos invisuais. O desafio surgiu na disciplina “Arquiteturas Móveis”, lecionada no último ano da licenciatura em Engenharia Informática.
A aplicação chama-se “EyExtension Keyboard” e é constituída por duas versões alternativas de teclado com apenas quatro teclas. “Decidimos dividir o ecrã do dispositivo para facilitar a utilização das pessoas invisuais”, explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS Bruno Simões, um dos alunos envolvidos no projeto.

Fonte e Versão completa na edição impressa em DIÁRIO AS BEIRAS

Televisões com novas regras de emissão de programas acessíveis a deficientes

 
ERC estipula "quotas" mínimas de programas com legendagem, tradução em língua gestual ou audiodescrição para as estações pública e privadas, incluindo os canais do cabo. As associações de deficientes aplaudem o plano mas apontam falhas.

As televisões vão ter novas regras que facilitam o acesso à programação por deficientes visuais e auditivos. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) aprovou um plano até 2017, que estipula os mínimos de horas semanais ou anuais de conteúdos com legendagem em teletexto, tradução em língua gestual portuguesa (LGP) ou audiodescrição. Ainda não se sabe se os operadores irão contestar judicialmente o documento

A deliberação da ERC aplica-se ao canal público e aos operadores privados generalistas, bem como aos canais regionais da RTP e aos canais do serviço por assinatura. A RTP, enquanto canal de serviço público, vai ter de antecipar um ano (começando já no próximo dia 1 de Fevereiro) as obrigações definidas, em relação aos canais privados (que só começam a 1 de Fevereiro de 2015). Um ano depois de adoptarem o plano, os operadores terão de duplicar as "quotas".

Ainda não se sabe se os operadores irão contestar judicialmente o documento, tal como fizeram em 2009, levando à suspensão do plano. Em resposta por email ao PÚBLICO, o gabinete de comunicação da TVI diz que a estação “cumpre neste aspecto tudo a que a lei obriga e está sempre disponível a, dentro da razoabilidade, melhorar as condições de recepção dos telespectadores”. A SIC, por sua vez, diz que "determinadas obrigações" são "muito onerosas" para os privados. A RTP não respondeu em tempo útil.

Ouvidos pela ERC durante a consulta pública, todos os operadores protestaram alegando que o “contexto económico-financeiro” de crise no sector inviabiliza a concretização do plano. O argumento, porém, não convence as associações de deficientes ouvidas pelo PÚBLICO, que esperavam que a ERC fosse mais além.


Audiodescrição é "inviável"
Segundo a deliberação, RTP1, SIC e TVI ficam obrigadas a emitir, entre as 8h e as 2h, oito horas semanais de “programas de ficção, documentários ou magazines culturais” com legendagem recorrendo “a qualquer meio técnico ao seu alcance”, e três horas semanais de programas de cariz informativo, educativo, cultural, recreativo ou religioso com tradução para LGP, incluindo “a interpretação integral de um dos serviços noticiosos do período nocturno”.

Para a RTP2, a ERC estipula dez horas semanais de programas de ficção com legendagem e seis horas semanais de programas informativos com LGP. Os canais regionais (RTP Madeira e RTP Açores), têm de garantir, entre as 8h e as 2h, duas horas semanais de programas informativos com LGP. O mesmo para os canais do cabo – como RTP Informação, SIC Notícias, TVI24, CMTV ou EconómicoTV, mas apenas no período entre as 19h e as 24h.

A ERC obriga também a transmitir as mensagem do Presidente da República, do presidente da Assembleia da República ou do primeiro-ministro, tal como as comunicações dos serviços de protecção civil, com legendagem especial ou em LGP.

Uma das medidas mais contestadas pelos operadores é a obrigatoriedade de transmitir programas de ficção ou documentários com audiodescrição - uma ferramenta em que as imagens que surgem no ecrã são oralmente descritas, útil para cegos e amblíopes. A RTP1 terá de emitir 35 horas anuais; para a RTP2, SIC e TVI, esta obrigação só entra em vigor em 2016 e resume-se a 12 horas anuais.

Neste domínio, o regulador recuou em relação ao plano de 2009, que previa 1h30 semanais de audiodescrição. “É um objectivo mais realista”, justifica Rui Mota, da ERC, acrescentando que foi encontrada "uma solução de compromisso entre todas as partes”. Em comunicado, a entidade reforça que procurou "estabelecer metas justas e proporcionadas, respeitando a realidade dos operadores de televisão e também as legítimas expectativas dos cidadãos com necessidades especiais".

Mesmo assim, os privados queixam-se dos custos. A SIC, por exemplo, fala na necessidade de investir no total mais de 816 mil euros, dos quais 471 mil seriam destinados à audiodescrição, o que torna "inviável" esta solução. A TVI considera que a audiodescrição terá um "impacte muito reduzido junto do público a que se destina" e lembra também os custos - no total, "três a quatro centenas de milhares de euros por ano" - exigindo do Estado o pagamento de "contrapartidas".


ERC preferiu ser "cautelosa"
O plano da ERC foi bem recebido pelas associações de deficientes mas estas gostariam que o regulador fosse mais ambicioso. A vice-presidente da Federação Portuguesa de Associações de Surdos (FPAS), Ângelo Costa, defende que há “melhoramentos a fazer” para garantir “total acessibilidade” aos surdos, 24 horas por dia. Por seu lado, a presidente da Associação Portuguesa de Deficientes, Ana Sezudo, lamenta que o acesso à audiodescrição seja “muito reduzido” e critica o facto de o plano não se pronunciar sobre a legendagem em linguagem fácil (método que utiliza palavras simples, frases curtas), “indispensável para outras pessoas com deficiência” além dos surdos ou cegos.

Ana Sezudo considera ainda que não deveriam ser definidos horário de acesso, uma vez que "as pessoas com deficiência devem ter liberdade na opção quanto ao acesso à informação".

Outro aspecto que ficou aquém do desejado é o tamanho da janela do intérprete de LGP, ainda demasiado pequeno. A FPAS queria que a janela ocupasse um terço do ecrã. A ERC remeteu o assunto para o capítulo das recomendações, sugerindo "a escolha de um rectângulo em que a altura deverá ser superior à largura". "Resolvemos ser cautelosos porque nesse domínio há o risco de colidir com a liberdade editorial dos operadores, mas isso não diminui a importância da medida", afirma Rui Mota. "Ainda estamos muito longe de atingir o patamar ideal", admite.

Rua Mota lamenta que os operadores não considerem o potencial de mercado existente nestas adaptações. É verdade que ninguém sabe com certeza a dimensão do público-alvo destas medidas. Estima-se que 15% da população mundial tem uma deficiência e que 10% da população deficiente é surda. Os Censos 2011 não permitem apurar com certeza o número de pessoas com deficiência em Portugal, mas indicam que 13% dos portugueses têm dificuldade em ouvir. Ou seja, cerca de 1,4 milhões de pessoas.

Sérgio Gomes da Silva, director do Gabinete para os Meios de Comunicação Social e coordenador do grupo de reflexão Media e Deficiência, aplaude a lógica progressiva do plano, com períodos de adaptação, bem como o alargamento do plano aos canais regionais e aos do cabo. “É positivo. Aliás, só o facto de já termos um plano é um progresso”, afirma.


Fonte publico

Recomendações


Como tornar a informação escrita acessível

Quando a vossa empresa ou o vosso serviço disponibiliza informação escrita para os clientes ou utentes é com a intenção de comunicar com eles. Se o cliente ou utente não conseguir ler o texto, este objectivo não é atingido. As nossas recomendações têm como objectivo contribuir para que os responsáveis pela imagem e comunicação de uma entidade possam chegar a todos os seus potenciais clientes e a todos os cidadãos. Muitas das recomendações apresentadas trarão benefícios para outros leitores que tenham dificuldade em ler ou entender textos com apresentações complexas. Recomendações para tornar a informação escrita acessível (doc. 3,05MB)

Como atender uma pessoa com deficiência visual

A qualidade do atendimento é um fator chave na imagem de uma organização, que tem impacto não só na fidelização dos clientes mas também na motivação e bem-estar dos funcionários. Contudo, não basta proceder a um atendimento dito prestável e simpático. É importante perceber as características de cada cliente, de forma a proporcionar um atendimento personalizado que responda às suas expetativas e necessidades. Este documento permite obter informação essencial no que respeita ao atendimento de clientes com deficiência visual, o que irá permitir colmatar eventuais lacunas na formação de colaboradores que estão em contacto com o público em geral. Recomendações sobre o atendimento a pessoas com deficiência visual.

Como tornar as suas apresentações (power points) acessíveis

A ACAPO reconhece e aceita que as apresentações em PowerPoint são um elemento constituinte dos congressos em geral e são uma mais-valia para grande parte das pessoas. No entanto, e como orador atento, deverá estar consciente que nem todos os participantes terão a mesma facilidade, ou mesmo a possibilidade, de ler a sua apresentação. Neste sentido, elaborou-se uma série de recomendações, que têm como objetivo aumentar o número de pessoas que conseguem tirar proveito da informação visual preparada pelos oradores. Directrizes para elaborar uma apresentação acessível.

Recomendações sobre design de produtos que podem ser utilizados por pessoas com deficiência visual

A ACAPO é contactada frequentemente por alunos que pretendem discutir um “produto para invisuais” que estão a conceber. São sempre boas e más notícias. Boas porque é bom saber que os alunos e as suas escolas se lembram das pessoas com deficiência visual e más porque revela lacunas nos seus conhecimentos. Sendo defensores do conceito de Design Inclusivo elaborámos um conjunto de informações e sugestões com o intuito de estimular a concepção de produtos para todos, que respondam às necessidades e expetativas das pessoas com deficiência visual. Acesso às recomendações sobre design de produtos que podem ser utilizados por pessoas com deficiência visual (doc. 369 KB).

Relatório sobre os testes aos pavimentos táteis de Vilamoura

Em 2011, na sequência do projeto de Requalificação da Baixa de Vilamoura, a ACAPO levantou algumas dúvidas relativamente ao sistema de pavimentos táteis aplicado. Uma vez que a empresa municipal Inframoura não mostrou abertura para conhecer e resolver os problemas diagnosticados, o Núcleo de Estudos e Investigação em Acessibilidade da ACAPO decidiu fazer um teste à utilização do referido sistema, com a participação de um grupo de utilizadores de bengala branca. O respetivo relatório foi enviado à Inframoura em Janeiro de 2013 e agora estamos a torna-lo público, na esperança de evitar o uso de sistemas imprópios no futuro em outros pontos do país. Acesso ao relatório sobre os teste aos pavimentos táteis de Vilamoura (pdf. 2,1 MB).

O uso de pavimento táctil na via pública

Apesar da legislação nacional contemplar algumas normas para o uso de pavimento táctil na via pública subsistem ainda algumas lacunas que impedem a uniformização dos materiais a utilizar. Neste contexto, a ACAPO através do documento O uso de pavimento táctil na via pública (doc. 1864KB) publica um conjunto de recomendações e soluções dirigidas aos projectistas.

Design de Sinalética

Através do documento Design de Sinalética (doc. 426KB) a ACAPO propõe a adopção de uma política de sinalética para todos.
 

Britânica relata drama de filho com «olhos dançantes»


A britânica Nicola Oates não desconfiava que a forma desastrada do seu filho, Thomas, quando bebé, fosse sinal de um problema nos seus olhos.
À medida que o pequeno ia crescendo, a situação ficou mais problemática. Ele tropeçava em qualquer objeto que estivesse no chão e começou a ficar atrasado em relação às outras crianças na escola.
Thomas também desenvolveu o hábito de virar a cabeça para a direita, apontando o queixo para baixo, quando tentava olhar para algo.
«Aquilo era muito estranho», afirmou Nicola, que mora com o filho na região de Midlands, área central de Inglaterra.
«Quando ele estava a andar, acabava por esbarrar com paredes, cadeiras, pessoas...tudo», acrescentou.
Nicola explica que virar a cabeça e outros comportamentos estranhos eram a forma que Thomas encontrou de «parar a oscilação dos olhos», um sintoma de uma desordem incurável que causa o movimento dos olhos chamada nistagmo.
Chamada de doença dos «olhos dançantes» devido aos movimentos incontroláveis nos olhos, o nistagmo também é responsável pelo aparecimento de muitos problemas de visão com o passar do tempo.
Jay Self, pediatra oftalmológico no Hospital Geral de Southampton e palestrante em oftalmologia genética na Universidade de Southampton, afirma que é muito importante descobrir mais sobre a doença, que afeta uma em cada mil pessoas no Reino Unido.
«Pode afetar a vida toda de uma pessoa, que pode ser de 80 a 90 anos, a vida no trabalho, família e gerações futuras», disse.
O médico descreve o nistagmo como uma visão estroboscópica, o que faz com que as crianças tenham dificuldade em ver objetos em movimento e sejam lentas no reconhecimento de rostos.
Segundo John Sanders, do grupo de apoio britânico especializado neste problema, o Nystagmus Network UK, poucos adultos com a desordem podem conduzir e a maioria tem dificuldades na vida quotidiana, educação e também para conseguir emprego.
As pessoas afetadas pelo nistagmo também têm problemas em situações normais da vida social, pois não conseguem ver os sinais que podem ser percebidos nos rostos de outras pessoas.
No entanto, estas dificuldades nem sempre são detetadas em exames de olhos tradicionais e a verdadeira extensão dos problemas de visão nunca é totalmente investigada.
O caso de Thomas é um destes exemplos: ele não é classificado como portador de deficiência visual pois consegue ler a tabela para exames oftalmológicos.
Apesar disso, o menino que agora tem oito anos, precisa de ajuda de luzes especiais e lentes para ajudá-lo na leitura, e também precisa de um corrimão para conseguir movimentar-se dentro de casa.
Quando Thomas está em casa usa óculos com lentes azuis para proteger os olhos e por volta das 19:00 já está exausto devido ao esforço que fez durante todo o dia para conseguir ver como deve ser.
«É muito difícil para ele. Ele não consegue avaliar a distância das coisas. Mesmo quando me abraça, precisa de ficar sobre os meus pés para descobrir onde estou», afirmou Nicola.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Escola de cães-guia de Mortágua entregou primeiro animal há 15 anos

 
A Escola de cães-guia de Mortágua comemora no sábado os 15 anos de entrega do primeiro animal em Portugal, a Camila, que deu início a uma história feita de relações bem-sucedidas entre os cães e invisuais."A Camila foi entregue ao senhor Augusto Horta, de Vila Franca de Xira, que continua a ser nosso utente, com outra cadela, porque a Camila já cá não está", contou à agência Lusa o presidente da direcção da escola, João Pedro Fonseca.
Até hoje, a escola já entregou 140 cães e a taxa de sucesso é elevada, acima dos 90%.
João Pedro Fonseca justificou esta taxa com o facto de haver uma selecção prévia muito criteriosa, com uma análise ao candidato e a tentativa de encontrar um cão que se lhe adeque.
"Nem todos os cães servem para todas as pessoas. Não vamos entregar um cão com um andamento muito rápido a uma pessoa com 60 anos", exemplificou.
Muitos cegos têm já a vida facilitada pelo companheiro de quatro patas, mas cerca de oitenta estão ainda à espera de concretizar esse sonho.
O responsável contou que há duas listas de espera, uma das quais de pessoas que já foram avaliadas, entrevistadas pelos técnicos de mobilidade e orientação e estiveram com os educadores dos cães, para saberem naquele momento quais estavam a ser educados. A outra lista é a de pessoas que ainda aguardam essa avaliação.
"Temos mais de 20 pessoas já avaliadas e outras que ainda aguardam", referiu, explicando que, desde que o cego se inscreve na escola até lhe ser entregue o cão passam, no mínimo, três anos.
A escola treinava onze ou doze cães por ano mas tem tentado acelerar o processo, de forma a conseguir fazer entregas mais rápidas.
"Hoje em dia produzimos 15 a 18 cães por ano, sendo que, para a nossa maior capacidade de produção, tem contribuído uma escola norte-americana que nos tem possibilitado a entrega de dois cães por ano", contou.
João Pedro Fonseca explicou que, normalmente, os cegos que usam cães têm entre 35 e 45 anos, vivem na cidade e são pessoas activas.
"Mais de 90% estão em áreas urbanas, por causa do perfil do candidato", sublinhou.
Como a escola não tem capacidade de entrega imediata, estabeleceu critérios de prioridade, um dos quais o candidato ser cidadão activo.
"Um cego é uma pessoa que não tem as mesmas oportunidades de acesso ao emprego, as poucas que tem estão em cidades. No mundo rural tem mais dificuldade de ter uma vida activa", considerou.
Os animais treinados na Escola de cães-guia de Mortágua são sobretudo da raça Labrador. Nascem na escola - onde há um centro de reprodução e uma maternidade -- e é feita a selecção da ninhada.
"De cada ninhada escolhemos só quatro ou cinco cães, para não termos muitos cães da mesma idade, porque só temos três educadores e um pré-educador", contou João Pedro Fonseca.
Aos dois meses, os cães vão para uma família de acolhimento (voluntários que vivem no eixo Coimbra -- Viseu -- Aveiro), onde ficam até aos 13/14 meses, para "aprenderem a viver dentro de uma casa, os cheiros, os barulhos, os ritmos e as proibições".
Quando têm 13/14 meses, começam a ir para a escola, fazendo um trabalho de educação específica de seis a dez meses, dependendo da época do ano e do cão, sendo que nunca é entregue ao cego antes dos 24 meses.
"Embora haja cães que antes estão perfeitamente preparados, há aqui uma questão de maturidade. Vamos entregar a segurança de uma pessoa a um animal. O cão tem de ter alguma maturidade para decidir", explicou o responsável.
Isto porque o animal, colocado perante uma situação inesperada, como um buraco no chão, pode ter de "assumir uma posição diferente da ordem que está a receber" e ter de desobedecer.
"Costumamos dizer na brincadeira que os nossos cães estão preparados quando têm capacidade de desobedecer", gracejou João Pedro Fonseca.

Fonte Sol

Sobre os testes intermédios

Não existem orientações específicas para os alunos com NEE, à semelhança dos exames nacionais.
O documento "Projeto Testes Intermédios 2013/2014 - INFORMAÇÃO AOS ALUNOS, PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO" refere, entre outros aspetos, que compete à escola assegurar que a realização do teste intermédio obedece às mesmas normas que presidem à realização de qualquer prova de avaliação interna e que todas as  situações serão enquadradas nesse âmbito.
Depreende-se, então, que os alunos com necessidades educativas especiais podem beneficiar das condições de realização previstas nos respetivos programas educativos individuais, à semelhança da realização de uma prova interna a qualquer disciplina.
 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Associação (ANEAE) acusa segurança social de deixar crianças com deficiência sem apoio



  
A Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado (ANEAE) acusou hoje a Segurança Social de bloquear os processos de atribuição de subsídio às famílias de crianças com deficiência e de querer transferir responsabilidades médicas para técnicos de educação.

A Segurança Social (SS) assinou no final do ano passado um novo protocolo que veio transferir para os delegados regionais de educação as competências médicas para certificar que as crianças e alunos se podem candidatar à atribuição de Subsídio de Educação Especial (SEE), acusou hoje Bruno Carvalho, presidente da ANEAE, em declarações à Lusa.

"Querem retirar os médicos do processo por uma questão economicista. É mais fácil recusar um apoio quando não há médicos", afirmou o presidente da ANEAE.

Contra o novo acordo, a associação decidiu avançar com uma providência cautelar e, no início deste mês, um tribunal decidiu suspender o protocolo. No entanto, segundo Bruno Carvalho, a SS deixou pendente todos os processos, "recusando-se ainda a dar qualquer tipo de informação aos pais e encarregados de educação destas crianças".

O responsável diz que existem processos que deram entrada nos serviços da Segurança Social no verão e que ainda não se sabe se terão direito ao Subsídio de Educação Especial -- um apoio para que as famílias mais carenciadas possam ter os filhos a frequentar especialistas variados, desde psicólogos, terapeutas da fala a fisiatras.

Segundo Bruno Carvalho, quando começaram as aulas, em Setembro, as clínicas começaram a dar apoio a quem precisava.

Mas, neste momento, "estão cerca de 10 mil crianças sem apoios e cerca de três mil postos de trabalho em causa", alertou, sublinhando que "os prejudicados são os mais carenciados, uma vez que as restantes famílias podem pagar as consultas".

A associação lançou entretanto uma petição a pedir a suspensão do acordo que conta neste momento com cerca de 6.500 assinaturas.

A associação diz já ter exposto o problema a vários governantes, desde o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República aos grupos parlamentares e Ordem dos Médicos, Ordem dos Psicólogos e Conselho Nacional de Educação.

A agência Lusa contactou o Instituto de Segurança Social, mas não obteve qualquer resposta até ao momento.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações

A Fundação Calouste Gukbenkian apresenta o concurso de âmbito nacional “Educação Especial-2014”, do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações.
 
No âmbito deste Programa, a Fundação Calouste Gulbenkian apoia atividades e ações inovadoras que promovam a educação, designadamente no âmbito da intervenção precoce, reabilitação e integração escolar e social das crianças e jovens com necessidades educativas especiais. Estes projetos devem identificar, projetar e desenvolver experiências concretas, que permitam criar condições para uma efetiva melhoria da qualidade das aprendizagens destas crianças e jovens.
As candidaturas podem ser enviadas para o Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações, de 03 de Fevereiro até ao dia 06 de Março p.f., por instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, legalmente reconhecidas, que apresentem projetos consonantes com o objeto do concurso, nos termos do Regulamento que juntamos em anexo.
Chamamos a atenção de V. Exa. para o facto de só serem aceites candidaturas on-line. Toda a documentação está disponível na página www.gulbenkian.pt (Atividades e Apoios / Apoios / Educação Especial). A ficha de candidatura deverá ser preenchida em:

Aprendizagem do Braille - Sinais de pontuação

Sinais de pontuação
 
 


 Assim temos:

 2=vírgula
23=ponto e vírgula
25=dois pontos
3=ponto
3 3 3=reticências
26=ponto de interrogação
235=ponto de exclamação
126 3=abrir parêntesis que é um sinal duplo, ou seja, um sinal que ocupa duas células.
6 345=fechar parêntesis
236=aspas
35=sublinhado, itálico, negrito

Dica interessante:
A vírgula e o ponto são os sinais de pontuação que considero mais importantes. Assim sendo, estes correspondem respectivamente aos pontos 2 para a vírgula e 3 para o ponto. Por sua vez o ponto e vírgula (;) é o conjunto dos dois, ou seja é feito com os pontos 2 e 3 na mesma célula.

 
 
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Investigação para tratar cegueira rara está a ser bem sucedida


  
imagem: Investigação para tratar cegueira rara está a ser bem sucedida

Uma experiência inovadora para tratar uma forma rara de cegueira hereditária foi bem sucedida em meia dúzia de voluntários em que o tratamento está a ser testado, segundo anunciaram os médicos que estão a fazer a investigação.
A técnica implica introduzir um gene na retina para corrigir um defeito no DNA, que provoca perda de visão degenerativa, uma doença chamada coroideremia.
Seis meses depois do tratamento, os pacientes mostraram melhorias na visão a baixa luz e dois dos seis doentes conseguiram ler mais linhas na tabela optométrica de Snellen (em que as letras vão diminuindo de tamanho de linha para linha), segundo contaram os investigadores ao jornal médico “The Lancet”.
Um dos pacientes conseguiu mesmo ver as estrelas numa noite de verão pela primeira vez.
«Ainda é cedo para saber se o tratamento vai resultar de forma duradoura», alertou Robert MacLaren, do Laboratório de Oftalmologia Nuffield, na Universidade de Oxford, que está a liderar a investigação.
«Mas podemos dizer que as melhorias na visão se têm mantido durante o período em que temos estado a acompanhar os doentes, que é já de dois anos num dos casos», acrescentou.
A coroideremia é causada pela mutação de um gene chamado CHM que provoca uma alteração na camada de tecido ocular entre a esclera (a zona branca do olho) e a retina (a parte colorida). A doença manifesta-se em cerca de uma em cada 50 mil pessoas e afeta sobretudo homens em idade jovem.

Técnica de terapia genética restaura visão em seis doentes


Uma equipa de cirurgiões da Universidade de Oxford usou uma técnica de terapia genética para melhorar a visão de seis pacientes que, de outra maneira, teriam permanecido cegos, de acordo com um estudo divulgado pela revista "The Lancet".

Segundo o estudo, (...) os doentes foram submetidos a uma cirurgia para pacientes que sofrem de uma doença hereditária rara, que causa a morte das células que detetam a luz, chamada coroideremia.
À BBC, o professor de oftalmologia da universidade de Oxford e responsável pela investigação, Robert McLaren, afirmou estar "absolutamente encantado" com o procedimento. "Realmente, não podíamos ter tido um melhor resultado", disse.
Os exames médicos começaram há dois anos e o primeiro paciente foi Jonatham Wyatt, que tinha então 63 anos e estava progressivamente a perder a visão, mas depois de submetido à cirurgia a sua visão melhorou, ao passo que outro doente disse que o tratamento tinha tido um "efeito imediato".
Se os pacientes continuarem a melhorar, os médicos pretendem alargar o procedimentos cirúrgico a outros doentes afetados por coroideremia, uma doença rara que afeta cerca de mil pessoas no Reino Unido, mas também poderá ser alargada a outras formas genéticas de cegueira, de acordo com o responsável médico pela investigação.
A coroideremia caracteriza-se pela perda progressiva da visão, é mais comum nos homens e resulta, na maior parte dos casos, de uma transmissão genética.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Governo avança com reforma da Educação Especial

 

Grupo de trabalho que vai analisar o que é preciso mudar no sector é constituído por pessoas da Segurança Social e da Educação.
Protesto de familiares de crianças com necessidades educativas especiais em frente ao Ministério da Educação, no arranque deste ano lectivo
Nos próximos três meses, um grupo de trabalho, agora nomeado, deverá apresentar ao Governo propostas para rever a legislação que regula a Educação Especial. Segundo um comunicado do Ministério da Educação e Ciência, é "evidente" a necessidade de realizar uma análise abrangente e sustentada do sector. E das dimensões que ele "implica e mobiliza".
O Governo determina, por isso, a criação de um grupo que terá como missão desenvolver um estudo com vista à revisão da legislação, lê-se no comunicado.
"Para a concretização desta missão deverão ser auscultados especialistas, instituições de ensino superior, organizações representativas de professores, pais e encarregados de educação, de pessoas com deficiência, de instituições particulares e cooperativas de educação especial, dos órgãos de administração e gestão de escolas, e outras entidades com reconhecido trabalho nesta área. Pretende-se assim um consenso o mais alargado possível em torno desta matéria", faz saber.
A notícia é avançada numa altura em que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel se encontra a analisar o teor de uma providência cautelar contra um protocolo celebrado em Outubro, entre o Instituto da Segurança Social (ISS) e a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, do Ministério da Educação. Os pedidos de subsídio de educação especial feitos por familiares de alunos com deficiências estão, por isso, suspensos.
O protocolo introduzia mudanças na forma como este apoio é concedido a alunos detentores de deficiências que exigem apoios especializados que não são facultados nas escolas. Mudanças que, segundo a Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado (ANEA), que representa empresas que prestam serviços de terapia da fala, psicologia clínica, fisiatria, entre outros, retiram os médicos do processo de avaliação das necessidades dos alunos. Por essa razão, a ANEA interpôs a providência cautelar.
O subsídio da educação especial é, contudo, apenas um dos instrumentos da Educação Especial que visa dar resposta à educação de crianças com necessidades educativas especiais.
O despacho que formaliza a criação do grupo de trabalho que vai analisar o sector é assinado pelos secretários de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, e da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho.
"O Governo dá assim cumprimento a um compromisso assumido publicamente pelo ministro da Educação e Ciência e pelo secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário", lê-se ainda no comunicado que passa em revista algumas medidas já levadas a cabo, como a "criação, em relação a 2011, de mais 29 Unidades de Apoio Especializado (Multideficiência e Surdo cegueira Congénita) e mais 35 Unidades de Ensino Estruturado (Autismo)" ou o "reforço de professores" de educação especial no quadro das escolas: "Um quarto das vagas do concurso de vinculação extraordinária foi para docentes desta área", sublinha o comunicado do ministério.
O grupo de trabalho agora nomeado é constituído pelas seguintes pessoas: Pedro Tiago Dantas Machado da Cunha, da Direcção-Geral da Educação, que coordena; Isabel Maria Azevedo Ferreira Cruz, da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares; Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte, da Inspecção-Geral da Educação e Ciência; e Ana Paula Coelho Sousa Alves, do ISS.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Ama-me sem me suportares! edição Braille

 
 
Ama-me sem me suportares! edição Braille

 
Sinopse
Ama-me sem me suportares, edição Braille é um livro de 40 poesias. Sobre o livro, Fátima Marinho escreve: “Este livro é um ensaio imperfeito sobre a métrica dos sentimentos - mas a prova adequada das suas aderências. Quis escrever poemas de amor, de saudade, de morte, de esperança e, durante sete capítulos, mantive o esforço, até desaguar nos fragmentos, para deixar que os poemas fossem exactamente isso: pequenos pedaços de tudo.”
 
Um livro de poesia é sempre uma ribeira brava, que a todo o momento pode galgar as margens e afogar o que nos sufoca. Nesse sentido, é também uma libertação inconsciente de arquétipos imemoriais. As palavras quando se juntam à roda de uma ideia deixam as ideias à roda até que todas caiam reconciliadas no chão. É assim que a poesia se intromete nos gestos do quotidiano e, transcendendo-os, os transfigura. Este é um livro onde os afectos servem a poesia que deles se serve para ser o que é.

Excerto
"Vozes

No fio, de luz, da vela, voltejam,
As vozes que o tempo calou.
Percorrem-me e colam-se nas paredes,
Franqueiam os móveis,
E sentam-se na cadeira de talha...
Não há silêncio que valha,
Ao silêncio das vozes que perdi."

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

text-to-speech

 
Ainda a estudar!
:)
 
Obrigada Sérgio Fernandes

Obrigada, obrigada, obrigada!


E só agora reparei que o blog chegou às 17000 visitas :)
Obrigada, obrigada, obrigada!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Aprendizagem de Braille: A acentuação



A acentuação

 

Ao contrário do que acontece na escrita a tinta, os sinais de acentuação em Braille são símbolos totalmente diversos das letras a que correspondem.

 Assim, o A com acento agudo escreve-se com os pontos 12356, enquanto que o A com til se escreve com os pontos 345

 No entanto, depois dos símbolos, seguem-se algumas dicas para melhor memorização

 Nota: apenas serão indicados aqui os sinais usados em português.

 

Á=12356

 É=123456

 Í=34

 Ó=346

 Ú=23456

 Â=16

 Ê=126

 ô=1456

 À=1246

 Ã=345

 Õ=246

 

Dica para as letras A, E e U com acento agudo.

 O é com acento agudo corresponde à célula Braille ou seja, são os pontos 123456. Para fazer o A com acento agudo retira-se o ponto 4, ficando-se apenas com os pontos 12356.

 Para oo U agudo retira-se o ponto 1, ficando-se apenas com os pontos 23456.

 

Para o A, E e O com acento circunflexo acrescenta-se o ponto 6 respectivamente às letras A, B e D, ficando-se com os seguintes sinais:

 A+6=16

 B+6=126

 D+6=56

Noruega: Campanha publicitária mostra por que deve contratar cegos

 

Noruega: Campanha publicitária mostra por que deve contratar cegos       Uma campanha publicitária na Noruega tornou-se viral na Internet ao mostrar por que motivo os patrões devem contratar funcionários cegos.
Num dos anúncios vemos um funcionário a interromper um momento de intimidade entre colegas, mas o homem não entende o que está a passar porque não consegue ver.
«Evite mexericos. Contrate um cego» é o slogan do spot, um de vários elaborados pela Associação de Cegos da Noruega.
Assista a mais alguns vídeos da série.
Por que devemos estar gratos por os cegos só usarem cães como guia:

Por que contratar cegos ajuda a poupar na luz:

Por que os cachorros também devem ter uma oportunidade de serem cães-guia:

Por que devemos respeitar quem está a trabalhar:


                
 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

INCLUSÃO:ALGUNS LIVROS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E PSICOPEDAGOGIA PARA DOWNLOAD

foto com vários livros coloridos


EDUCAÇÃO INCLUSIVA O PROFESSOR MEDIANDO PARA VIDA DE CRISTIANE T. SAMPAIO E SONIA MARIA R. SAMPAIO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA O PROFESSOR MEDIANDO PARA A VIDA
O DESAFIO DE EDUCAR: LIDANDO COM OS PROBLEMAS NA APRENDIZAGEM E NO COMPORTAMENTO. REVISTA SIMPRO-RIO, MAIO DE 2010.
O DESAFIO DE EDUCAR LIDANDO COM OS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM E DE COMPORTAMENTO
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA. SHIDERLENE VIEIRA DE ALMEIDA LOPES
PROCESSO DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

sábado, 11 de janeiro de 2014

Audiolivros gravados na Biblioteca Municipal de Coimbra

 
imagem: livros abraçados por um par de auscultadores

O projecto “Livros para os sentidos, sentido para o livro”, iniciado por José Guerra, na Biblioteca Municipal de Coimbra, em Janeiro de 2011, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, já garantiu a gravação digital de 106 audiolivros, igualmente distribuídos entre histórias destinadas a crianças e ficção dirigida a um público adulto.
Estas obras podem ser pedidas, sem encargos, por pessoas portadoras de deficiência visual, para serem ouvidas nos seus leitores de MP3, computadores ou telemóveis.

CONTACTOS:Serviço de Leitura Especial da Biblioteca Municipal de Coimbra
Rua Pedro Monteiro — 3000-329 Coimbra
telefone: 239.702.630
email: leitura.especial@cm-coimbra.pt
Web: http://www.cm-coimbra.pt/biblioteca/b309.htm

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Iniciação à aprendizagem do Braille (abecedário)

 


O Braille é constituído por seis pontos dispostos em dois grupos verticais de três pontos cada. Este conjunto de pontos constitui um caracter. Por exemplo, o "E" com acento agudo é formado pelos seis pontos enquanto o "A" é formado apenas pelo ponto um, ou seja, o primeiro ponto do topo esquerdo do grupo de seis pontos.

 

Estes pontos são saliências no papel com um espaço entre eles muito reduzido, para que cada carácter ocupe o menor espaço possível, mas suficientemente afastados para serem facilmente percebidos.

 

Com apenas estes seis pontos é possível representar todo o alfabeto, distinguindo letras acentuadas, números, pontuação e todo o tipo de caracteres especiais, como os que são usados em matemática, física, música, etc. Isto é conseguido fazendo preceder o carácter especificado por um outro que lhe atribui o símbolo desejado.

 

Por exemplo, os números são representados pelas letras do alfabeto de "A" a "J" sendo que a letra "A" representa o número "1" e a letra "J" o número "0". Mas como distinguir um "A" de um "1"? Colocando antes da letra um sinal que, neste caso é o sinal de cardinal "#"

 
Escrita:

 

A Máquina Braille

 


A máquina Braille é composta por 9 teclas. Ao passo que na disposição do texto escrito os pontos se contam de cima para baixo, na máquina Braille os pontos dispõem-se de dentro para fora.

 Devem colocar-se os três dedos médios de cada mão sobre o teclado da seguinte forma:

 

Mão esquerda: dedo indicador corresponde ao ponto 1, dedo médio ao ponto 2 e anelar ao ponto 3. O dedo mínimo poderá ser utilizado para mudar de linha, embora seja pouco funcional .

 Mão direita: Indicador corresponde ao ponto 4, médio ao ponto 5 e anelar ao ponto 6. Tal como anteriormente, o dedo mínimo pode ser utilizado para o retrocesso, mas é pouco funcional. Ambos os polegares são utilizados com a barra de espaços que fica no meio.

 

Como colocar a folha:

 Primeiro verificar se o carreto está totalmente desenrolado. Seguidamente levantar a barra libertadora do papel. A folha deve passar por baixo do cursor e encostar ao lado esquerdo. Depois prender a barra libertadora do papel e enrolar os dois punhos do silindro puxando-os para nós a té a máquina travar..

 Finalmente é só carregar na tecla de udança de linha e está pronto a escrever.

 

Leitura:

 


Em geral, os principais dedos para a leitura são os indicadores de ambas as mãos. No entanto, existem pessoas que utilizam outros dedos para leitura por terem o tacto mais apurado nesses dedos.

 No entanto o ideal é utilizar o maior número de dedos possível sobre o papel para uma leitura mais rápida e contínua.

 

Técnica correcta de leitura

 Colocar os dedos no início da linha e seguir da esquerda para a direita.

 A mão direita deve seguir até ao fim da linha, enquanto a esquerda deve descer para a linha seguinte e começar a ler antes que a direita termine a linha anterior. Então a mão direita vem ao encontro da esquerda e segue a partir do ponto em que esta parou.

 Isto permitirá uma leitura ininterrupta do texto.

 

Existem outras técnicas que poderão ou não ser igualmente eficazes, mas não são consideradas correctas, por isso não falaremos delas. No entanto poderão ser livremente utilizadas desde que tenham a mesma eficácia que a apresentada acima.

 

Algumas técnicas para melhor memorizar o alfabeto em Braille

 

Na aprendizagem do alfabeto Braille existem algumas técnicas simples que facilitam a sua memorização.

 Para começar, é muito importante saber as letras de A até J. Para estas também existem algumas técnicas de memorização mas já chegaremos lá.

 Vejamos então com que pontos se faz cada uma das letras de A a J:

 

A=1

 B=12

 C=14

 D=145

 E=15

 F=124

 G=1245

 H=125

 I=24

 J=245

 

Podemos verificar que as letras de A a J utilizam apenas os pontos 1, 2, 4 e 5 da célula Braille.

 Por sua vez, as letras desde o K até ao T correspondem às mesmas letras que vão desde o A até ao J, acrescentando-se o ponto 3 a cada uma delas. Assim temos:

 K=13

 L=123

 M=134

 N=1345

 O=135

 P=1234

 Q=12345

 R=1235

 S=234

 T=2345

 

Do U até ao Z, acrescenta-se os pontos 3 e 6 às letras de A a E, sendo o W ignorado por não seguir a regra:

 

U=136

 V=1236

 (W=2456)

 X=1346

 Y=13456

 Z=1356

 Ç=12346

 

Vejamos agora algumas dicas para memorizar as letras de A a J:

 As letras A e B são geralmente fáceis de memorizar. Concidere-se então as letras C, F e I:

 O ponto mais elevado de cada uma destas letras é o 4. Assim, para construir a letra seguinte acrescente-se o ponto 5. Depois, para construir a seguinte, retira-se o ponto 4.

 Exemplo:

 c=14

 D=145

 E=15

 Ou seja:

 c=1+4

 D=1+4+5

 E=1-4+5

 Com O F, G e H, repete-se o mesmo processo:

 f=124

 G=1245

 H=125

 

E com o I e o J, o processo é exactamente o mesmo:

 I=24

 J=245

 

Verificamos que apenas temos então que memorizar as letras C, F e I, às quais acrescentamos o ponto 5 e sucessivamente retiramos o ponto 4 (excepto a seguir ao J)

 Se quisermos ser ainda mais precisos, podemos fixar apenas a letra C, sendo que, para construir a letra F acrescentamos o ponto 2 e à letra I retiramos o ponto 1.

 Assim temos:

 C=14

 F=142

 I=42

 

Estas são algumas regras que podem facilitar a memorização do alfabeto Braille, e que não precisam ser utilizadas caso o leitor utilize outra técnica que lhe permita a memorização.

 
 
Plano da aula

UTILIZAR DE FORMA CORRECTA A MÁQUINA
NT
NA
EA
A
Colocar e tirar a folha de papel.
 
 
 
 
Fazer a mudança de linha; parágrafo.
 
 
 
 
Paginar as folhas.
 
 
 
 
Saber a localização dos pontos Braille e a sua transposição no teclado Braille.
 
 
 
 
Posicionar correctamente os dedos de ambas as mãos no teclado Braille.
 
 
 
 
Movimentar ambas as mãos, da esquerda para a direita
 
 
 
 
Controlar a pressão dos dedos sobre o teclado Braille
 
 
 
 
IDENTIFICAR / RECONHECER A CÉLULA BRAILLE (ORGANIZAÇÃO, ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DOS PONTOS).
NT
NA
EA
A
Discriminar pontos em diferentes posições.
 
 
 
 
Encontrar signos iguais e diferentes.
 
 
 
 
Contornar a lápis pontos.
 
 
 
 
Posicionar os antebraços sobre a mesa com os punhos ligeiramente elevados para proporcionar apoio adequado às mãos. Os dedos devem estar ligeiramente curvados.
 
 
 
 
Tactear símbolos Braille para aprender a avançar da esquerda para a direita e o inverso no princípio da linha seguinte.
 
 
 
 
Utilizar a posição adequada no teclado Braille.
 
 
 
 
Controlar a pressão dos dedos sobre os pontos Braille procurando que seja progressivamente mais suave.
 
 
 
 
Saber que a composição dos pontos 1,2,3,4 e 5 forma o grupo de letras de A a J.
 
 
 
 
Saber que ao acrescentar o ponto 3 ao grupo das letras de A a J é formado o grupo de letras K a T.
 
 
 
 
Conhecer a composição da Grafia Braille da Língua Oficial Portuguesa
NT
NA
EA
A
Escrever:
- vogais
 
 
 
 
- ditongos
 
 
 
 
- consoantes
 
 
 
 
Ler usando o tacto:
- vogais
 
 
 
 
- ditongos
 
 
 
 
- consoantes
 
 
 
 
Associar letras, fonemas e símbolos às respectivas combinações da célula Braille
 
 
 
 
Escrever:
- palavras
 
 
 
 
- frases
 
 
 
 
- palavras
 
 
 
 
- frases
 
 
 
 
- frases com sinais de pontuação
 
 
 
 
- pequenos textos com sinais de pontuação