Uma
missa às escuras vai ser celebrada domingo numa paróquia de Coimbra,
com o objetivo de sensibilizar aqueles que veem para as dificuldades e
potencialidades dos cegos e amblíopes.
A missa tem início às 21.15 horas, na Igreja de São João Baptista, zona da Portela, e será celebrada pelo padre Jorge Santos, que disse à Lusa que "tem andado a treinar" para ultrapassar as dificuldades impostas pela escuridão.
"A leitura do Evangelho neste domingo até a sei de cor, as outras leituras vão ser em braille (por invisuais)", afirmou o pároco, que admitiu poder valer-se, durante alguns passos da missa, de uma pequena vela.
Jorge Santos já aconselhou o coro e músicos que participarão na celebração a que "tentem treinar, para saber de cor" os cânticos e músicas.
Para que nenhuma luz entre no templo, "todos os vidros vão ser forrados de negro" e, mesmo assim, os fiéis convidados a vendar os olhos, para poderem melhor sentir na pele as limitações impostas pela escuridão, disse à Lusa Ana Eduarda Ribeiro, assistente social da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) em Coimbra, promotora da iniciativa.
O objetivo deste tipo de ações de sensibilização é também, disse a assistente social, "permitir perceber as potencialidades que existe na deficiência visual".
Vai ser uma experiência de "cerca de uma hora, quando os invisuais têm-na [a impossibilidade de verem] a toda a hora", afirmou Ana Eduarda Ribeiro, referindo que entre as maiores dificuldades relatadas no dia a dia pelos invisuais estão o facto de "as outras pessoas não se desviarem", para eles melhor circularem, e "obras mal sinalizadas e mal vedadas".
É a segunda vez que uma "missa às escuras" é celebrada naquela paróquia, embora agora se trate de uma missa à hora habitual - a última aos domingos -, sendo o resultado da coleta a favor da ACAPO.
A primeira "missa às escuras" foi celebrada há dois anos, numa colaboração da paróquia com a ACAPO Coimbra e, de acordo com o pároco e a assistente social, revelou-se "uma experiência muito interessante para todos".
Muitas das pessoas que assistiram à primeira missa "disseram ter ficado surpreendidas porque, de olhos vendados, estiveram mais atentas, não se distraíram com a pessoa do lado", referiu Ana Eduarda Ribeiro.
Ao padre Jorge Santos, os fiéis relataram ter vivenciado a missa "de uma forma mais profunda, com maior atenção, e que perceberam o que passam" os que não veem.
"Quando entraram na igreja e mesmo durante a comunhão tiveram de precisar sempre dos outros, foi uma experiência enriquecedora para todos, houve gente que se emocionou até às lágrimas", sublinhou o pároco.
À agência Lusa, o padre Jorge Santos disse que aprendeu com a primeira experiência "o sentido da comunhão, o quanto é difícil fazer a vida normal" na escuridão.
"Queremos também dizer (com a iniciativa) a todos os invisuais que a Igreja está com eles e não os esquece, que estejam abertos a outra luz, a de Cristo", declarou.
A missa tem início às 21.15 horas, na Igreja de São João Baptista, zona da Portela, e será celebrada pelo padre Jorge Santos, que disse à Lusa que "tem andado a treinar" para ultrapassar as dificuldades impostas pela escuridão.
"A leitura do Evangelho neste domingo até a sei de cor, as outras leituras vão ser em braille (por invisuais)", afirmou o pároco, que admitiu poder valer-se, durante alguns passos da missa, de uma pequena vela.
Jorge Santos já aconselhou o coro e músicos que participarão na celebração a que "tentem treinar, para saber de cor" os cânticos e músicas.
Para que nenhuma luz entre no templo, "todos os vidros vão ser forrados de negro" e, mesmo assim, os fiéis convidados a vendar os olhos, para poderem melhor sentir na pele as limitações impostas pela escuridão, disse à Lusa Ana Eduarda Ribeiro, assistente social da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) em Coimbra, promotora da iniciativa.
O objetivo deste tipo de ações de sensibilização é também, disse a assistente social, "permitir perceber as potencialidades que existe na deficiência visual".
Vai ser uma experiência de "cerca de uma hora, quando os invisuais têm-na [a impossibilidade de verem] a toda a hora", afirmou Ana Eduarda Ribeiro, referindo que entre as maiores dificuldades relatadas no dia a dia pelos invisuais estão o facto de "as outras pessoas não se desviarem", para eles melhor circularem, e "obras mal sinalizadas e mal vedadas".
É a segunda vez que uma "missa às escuras" é celebrada naquela paróquia, embora agora se trate de uma missa à hora habitual - a última aos domingos -, sendo o resultado da coleta a favor da ACAPO.
A primeira "missa às escuras" foi celebrada há dois anos, numa colaboração da paróquia com a ACAPO Coimbra e, de acordo com o pároco e a assistente social, revelou-se "uma experiência muito interessante para todos".
Muitas das pessoas que assistiram à primeira missa "disseram ter ficado surpreendidas porque, de olhos vendados, estiveram mais atentas, não se distraíram com a pessoa do lado", referiu Ana Eduarda Ribeiro.
Ao padre Jorge Santos, os fiéis relataram ter vivenciado a missa "de uma forma mais profunda, com maior atenção, e que perceberam o que passam" os que não veem.
"Quando entraram na igreja e mesmo durante a comunhão tiveram de precisar sempre dos outros, foi uma experiência enriquecedora para todos, houve gente que se emocionou até às lágrimas", sublinhou o pároco.
À agência Lusa, o padre Jorge Santos disse que aprendeu com a primeira experiência "o sentido da comunhão, o quanto é difícil fazer a vida normal" na escuridão.
"Queremos também dizer (com a iniciativa) a todos os invisuais que a Igreja está com eles e não os esquece, que estejam abertos a outra luz, a de Cristo", declarou.
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