sábado, 13 de agosto de 2011

A cegueira não é um impedimento para que a criança consiga ter desenvolvimento harmonioso, tanto sócio-afectivo como cognitivo

A cegueira não é um impedimento para que a criança consiga ter desenvolvimento harmonioso, tanto sócio-afectivo como cognitivo

Desenvolvimento sócio-afectivo
Enquanto que na criança com visão, esta tem um papel fundamental a reconhecer a cara da mãe, as suas expressões faciais, e principalmente na exploração do meio que a rodeia, a criança cega tem de recorrer ao tacto, à audição e ao olfacto para criar esse laço afectivo com o cuidador e para receber informação sobre os objectos e o meio que a rodeia.
Ao final do 1º mês começa a tocar no rosto das pessoas próximas, a partir do 5º mês este comportamento apenas se verifica nas pessoas conhecidas e a partir do 7º mês já é capaz de reconhecer pessoas estranhas através do tacto, da voz (audição) e do olfacto (cheiro).
Nas interacções sociais, a criança com deficiência visual não tem a noção dos sinais não verbais de comunicação tais como gestos ou expressões faciais, como tal é importante proporcionar lhe outros estímulos, normalmente através da fala, para que ela possa assimilar a informação correctamente.
Desenvolvimento Cognitivo
Durante muito tempo considerou-se que as crianças invisuais tinham um atraso cognitivo em relação às crianças normais. Actualmente sabe-se que não é verdade.
No entanto, sabe-se que a criança invisual tem dificuldades ao nível do desenvolvimento cognitivo causadas pela ausência de percepção visual. As suas maiores dificuldades estão presentes na categorização e ordenação dos objectos, na noção de permanência do objecto e na formação de conceitos.
Na formação de conceitos a visão é muito importante pois vai integrar toda a informação que foi apreendida pelos outros órgãos sensoriais, uma criança normal, ao mesmo tempo que cheira, ouve e toca num cavalo, também o está a ver e a interiorizar a sua imagem. Na criança cega, a falta de visão terá neste caso de ser compensada por um adulto, que através do diálogo lhe evidencia os aspectos relevantes do cavalo e é a partir destes aspectos que a criança vai criar o seu conceito.


A categorização de objectos e pessoas é complicada devido a não existir capacidade de visualizar os objectos para posteriormente os separar e ordenar pelos seus atributos. A criança invisual terá então de aprender a categorizar através da indicação verbal dada pelo adulto, ou pela percepção táctil, sendo que é importante que lhe sejam verbalizados os atributos que diferenciam um objecto do outro.


A noção de permanência do objecto é muito mais difícil de adquirir para o bebé cego pois para ele o objecto deixa de existir assim que perde o contacto com ele ou deixa de ouvir o seu som. Só a partir dos 7 meses é que a criança começa a apresentar o comportamento normal de agarrar um objecto e a partir dos 9 meses começa a procurar objectos que já teve na mão anteriormente. Aos 12 meses procura objectos indo ao encontro dos sons, mesmo que ainda não tenha tido qualquer contacto com o objecto.

Texto da autoria de Drª Teresa Paula Marques
Psicóloga Clínica, especialista em Psicologia Infantil e do Adolescente

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ACAPO - Formação para Prof E.E. em Orientação e Mobilidade

Para responder às necessidades de formação dos professores de ensino especial, a ACAPO promove em Setembro uma Acção de Formação em Orientação e Mobilidade, que terá lugar em Lisboa.

Conheça o programa da formação.

Faça a sua inscricão.

Universidade de Coimbra com um roteiro turístico em braille,

A Universidade de Coimbra (UC) anunciou hoje a disponibilização de um roteiro turístico, em braille, destinado aos invisuais que visitam os espaços da instituição. O roteiro, disponível em português e inglês, pretende tornar «mais acessível» a visita aos invisuais, fornecendo informação complementar às explicações dadas pelos guias turísticos, disse hoje à agência Lusa Maria Isabel Teixeira, do Gabinete de Apoio a Necessidades Educativas Especiais da UC.

«Permite não só acompanharem com mais pormenor as explicações dadas pelos técnicos, mas também guardarem consigo a história e os monumentos e usufruírem de repetidas leituras, saboreando este circuito turístico», afirmou.

O roteiro em braille está disponível ao mesmo preço (2,5 euros) do guia turístico normal, tendo sido produzidos, nesta fase, apenas 12 exemplares, seis em português e outros tantos em inglês.

«O roteiro é uma inovação mas, para já, não temos necessidade de uma produção em série. A procura ainda é uma incógnita. Se se revelar necessário, serão disponibilizados mais exemplares», disse Maria Isabel Teixeira.

Todos os anos cerca de 500 mil turistas de diversas proveniências visitam o Paço das Escolas da Universidade de Coimbra, num circuito que inclui, entre outros espaços, visitas à Sala dos Capelos, Torre, Biblioteca Joanina Capela de São Miguel ou a Prisão Académica.

Universidade de Coimbra com um roteiro turístico em braille,

A Universidade de Coimbra (UC) anunciou hoje a disponibilização de um roteiro turístico, em braille, destinado aos invisuais que visitam os espaços da instituição. O roteiro, disponível em português e inglês, pretende tornar «mais acessível» a visita aos invisuais, fornecendo informação complementar às explicações dadas pelos guias turísticos, disse hoje à agência Lusa Maria Isabel Teixeira, do Gabinete de Apoio a Necessidades Educativas Especiais da UC.

«Permite não só acompanharem com mais pormenor as explicações dadas pelos técnicos, mas também guardarem consigo a história e os monumentos e usufruírem de repetidas leituras, saboreando este circuito turístico», afirmou.

O roteiro em braille está disponível ao mesmo preço (2,5 euros) do guia turístico normal, tendo sido produzidos, nesta fase, apenas 12 exemplares, seis em português e outros tantos em inglês.

«O roteiro é uma inovação mas, para já, não temos necessidade de uma produção em série. A procura ainda é uma incógnita. Se se revelar necessário, serão disponibilizados mais exemplares», disse Maria Isabel Teixeira.

Todos os anos cerca de 500 mil turistas de diversas proveniências visitam o Paço das Escolas da Universidade de Coimbra, num circuito que inclui, entre outros espaços, visitas à Sala dos Capelos, Torre, Biblioteca Joanina Capela de São Miguel ou a Prisão Académica.

ACAPO - campanha de angariação de fundos“Eu já sei”

A ACAPO desenvolveu uma campanha de angariação de fundos através de chamadas de valor acrescentado para o número de telefone 760.50.10.55. Subordinada ao conceito “Eu já sei”, a campanha mostra de forma simples e clara algumas das actividades/tarefas que a ACAPO, através dos seus serviços, presta a associados e utentes. Para além da componente institucional, a campanha terá também uma componente solidária, já que através do número 760.50.10.55 é possível contribuir para a Associação.

Numa primeira fase, a campanha está disponível nos suportes imprensa escrita, televisão e redes sociais.

Conheça o anúncio AQUI.

Miopia tratada durante a noite


Estima-se que em Portugal haja cerca de dois milhões de pessoas que sofrem de miopia. Dessas, apenas três por cento usam lentes de contacto nocturnas para corrigir o problema.


A terapia corneal refractiva (TCR) é uma técnica não cirúrgica que permite, através do uso nocturno de lentes de contacto especialmente desenhadas para o efeito, reduzir a miopia e o astigmatismo dos pacientes.
O segredo está na curva inversa da lente, que, em vez de acompanhar em paralelo a curvatura do olho, tem uma geometria inversa e, por isso, faz pressão na zona central da córnea. É esta pressão que permite aplanar a curva da córnea e, desta forma, corrigir a miopia, pois os raios luminosos passam a ter o seu foco na retina, o que não acontece com os pacientes míopes.
As lentes, que são aplicadas apenas durante a noite, são rígidas, feitas com materiais de silicone e permeáveis aos gases, o que permite que a córnea respire, pois continua a receber oxigénio.
José Batoca, especialista em optometria, disse ao CM que este é "um processo bastante satisfatório, pois garante uma visão normal depois de tirar as lentes até ao fim do dia e até mais".
O tempo de tratamento varia consoante os valores de miopia e de astigmatismo, mas por norma, até um mês, os pacientes recuperam a sua visão a cem por cento. "Não é um tratamento definitivo. Tem de se utilizar as lentes todas as noites ou, em alguns casos, noite sim, noite não. Mas tem de ser sempre, senão a córnea volta à sua disposição normal."
O MEU CASO: LEONOR ALVES
"ACABARAM OS PARES DE ÓCULOS"
Leonor Alves, de 23 anos, começou a usar óculos há dez anos, quando se apercebeu de que tinha dificuldades em ler o que os professores escreviam no quadro. Licenciada em Relações Internacionais, a jovem, que mora em Oeiras, confessa que nunca gostou de usar óculos. "Tornei-me cada vez mais dependente de óculos. Aquilo que começou por ser apenas um recurso tornou-se indispensável no meu dia-a-dia, fosse a conduzir, na praia ou em concertos", recorda.
O desconforto, aliado ao facto de todos os anos ter de comprar lentes novas, levou-a a procurar outras soluções. "Tentei usar lentes de contacto diurnas, mas fui desaconselhada, porque tenho falta de lágrima e, por isso, não sou uma boa candidata", lembra. Quando já se tinha conformado com a necessidade de usar óculos, Leonor descobriu, através de um amigo, as lentes de contacto nocturnas, que considera "extremamente vantajosas". "Acabaram-se os óculos na minha vida. Vou a todo lado e não tenho qualquer dificuldade em ver sem óculos."
Há quatro meses que Leonor usa as lentes todas as noites.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ano escolar 2010-2011


Foi publicado em Diário da República o Despacho n.º 9788/2011, que determina o calendário escolar para o ano de 2011-2012.
Através do Decreto-Lei n.º 94/2011, de 3 de Agosto, procede-se a alterações à organização e à gestão curricular do ensino básico, bem como à avaliação das aprendizagens e ao processo de desenvolvimento do currículo nacional, reajustando a organização curricular dos 2.º e 3.º ciclos.
Constituindo preocupação do XIX Governo Constitucional a promoção do sucesso escolar, a redução da dispersão curricular nos 2.º e 3.º ciclos, o reforço da aprendizagem em disciplinas estruturantes, como a Língua Portuguesa e a Matemática, bem como a eficaz avaliação do ensino básico, torna-se necessário alterar o artigo 13.º e os anexos II e III do referido diploma.
A alteração que se introduz constitui, na sua essência, um ajustamento na organização curricular prevista nos anexos II e III, sem prejuízo de uma alteração curricular mais profunda que urge fazer. Alarga -se ainda no artigo 13.º a avaliação da aprendizagem e o processo de desenvolvimento do currículo nacional pela implementação de provas finais no 2.º ciclo do ensino básico