Cientistas identificam pela 1.ª vez diferenças no desenvolvimento da retina.
Cientistas da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, descobriram por que pessoas que nasceram surdas ou perderam a audição muito novas têm a visão periférica maior. Em artigo publicado no periódico PLoS One, os pesquisadores encontraram em deficientes auditivos diferenças na distribuição das células do nervo da retina. De acordo com a equipe britânica, é o que lhes permite enxergar mais objetos nos extremos do campo visual e, assim, ter uma melhor percepção do ambiente que os rodeia.
Pesquisas anteriores já haviam constatado que deficientes auditivos enxergam melhor, o que vinha sendo explicado por fatores relacionados ao córtex visual, a região do cérebro que processa a visão. Os pesquisadores de Sheffield são os primeiros a explicar o ganho de visão a partir de diferenças no desenvolvimento da retina.
Para chegar a este resultado, os cientistas analisaram as pupilas de voluntários usando uma técnica chamada Tomografia de Coerência Ótica, que permite estudar as menores estruturas do olho. Com isso, conseguiram perceber diferenças entre a formação da retina de pessoas com e sem deficiência auditiva. Os pesquisadores também avaliaram o campo visual e compararam os resultados com as análises das retinas. Os autores esperam que o estudo ajude no tratamento de deficientes auditivos.
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