quinta-feira, 28 de junho de 2018
Calendário escolar 2018/2019
A redução de turma e o ensino secundário: a negação da inclusão
Do preâmbulo, destaca-se:
"Entre os preditores de sucesso escolar encontram-se as dinâmicas pedagógicas potenciadas não apenas ao nível individual, mas também ao nível da organização da turma em que cada aluno se insere. Entre estas dinâmicas, a diferenciação pedagógica em sala de aula é absolutamente fundamental para que seja possível mais inclusão. Para que a diferenciação seja possível, os grupos constituídos devem ter uma dimensão que a favoreça."
"Aos alunos com necessidades específicas que estejam em efetiva permanência na turma, em dinâmicas de verdadeira inclusão, continua a ser garantido o acesso a turmas com 20 alunos, permitindo uma mais capaz organização para atender, de forma mais intensa, às suas necessidades."
A recente publicação do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, que estabelece o regime de constituição de grupos e turmas e o período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino no âmbito da escolaridade obrigatória, não deixa de surpreender.
Relativamente à redução de alunos por turma, constata-se que, desde a educação pré-escolar até ao final do ensino básico, o diploma determina a possibilidade das turmas serem constituídas por 20 alunos, sempre que no relatório técnico-pedagógico seja identificada como medida de acesso à aprendizagem e à inclusão a necessidade de integração do aluno em turma reduzida, não podendo esta incluir mais de dois nestas condições. A aplicação desta medida fica, no entanto, dependente do acompanhamento e da permanência destes alunos na turma em pelo menos 60 % do tempo curricular.
Chegados ao ensino secundário, deparamo-nos, surpreendentemente, com dois cenários diferentes e antagónicos quanto ao princípio da equidade e da inclusão.
Nos cursos científico-humanísticos e nos cursos do ensino artístico especializado, nas áreas das artes visuais e dos audiovisuais, o número mínimo para abertura de uma turma é de 26 alunos e o de uma disciplina de opção é de 20 alunos, sendo o número máximo de 30 alunos, sem prever a possibilidade de redução de turma, mesmo que o relatório técnico-pedagógico assim o determine como medida de acesso à aprendizagem e à inclusão.
No entanto, se os alunos enveredarem por um curso profissional, as turmas podem ser constituídas por 20 alunos, sempre que no relatório técnico-pedagógico seja identificada como medida de acesso à aprendizagem e à inclusão a necessidade de integração do aluno em turma reduzida, não podendo esta incluir mais de dois nestas condições.
Desta análise, resulta claramente uma discriminação dos alunos cujo relatório técnico-pedagógico identifique a necessidade da sua integração em turma reduzida ao transitarem para o ensino secundário. Estes alunos, para poderem beneficiar desta condição essencial no acesso à aprendizagem e à inclusão, têm apenas como opção o prosseguimento de estudos em cursos profissionais.
Afinal, porque é que um aluno faz todo o seu percurso no ensino básico numa turma reduzida, como medida de acesso à aprendizagem e à inclusão, e não pode prosseguir com a mesma medida no ensino secundário regular? O ensino secundário regular não deve, também, promover o acesso à aprendizagem e à inclusão?
Escolas artísticas que tenham alunos com necessidades especiais vão ser beneficiadas
O financiamento do Estado às escolas particulares do ensino artístico especializado vai passar a valorizar as que têm crianças e jovens com necessidades educativas especiais ou as que que têm alunos beneficiários da Ação Social Escolar (atribuída a agregados que têm um rendimento mensal igual ou inferior ao salário mínimo nacional).
Este será um dos critérios de análise e ponderação das candidaturas aos chamados contratos de patrocínio, que são destinados ao ensino artístico. A novidade consta do aviso de abertura do concurso para a celebração daqueles contratos, que foi publicado nesta quarta-feira no site da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. As candidaturas decorrem até 11 de julho.
O outro critério que é valorizado na selecção das candidaturas já tinha sido utilizado no último concurso, realizado em 2015, e diz respeito à estabilidade e à experiência do corpo docente.
Nos contratos de patrocínio o financiamento é calculado por aluno e não por turma, como sucede com os contratos de associação (que enquadram o financiamento do Estado a colégios privados não especializados). O número máximo de alunos a financiar nos cursos de música, dança, artes visuais e audiovisuais é de 25.749 o que, segundo o Ministério da Educação (ME), é semelhante ao número de alunos que foram abrangidos pelo contratos celebrados em 2015/2016 e cujo prazo de vigência terminou agora.
Mas em vez dos três anos de duração estipulados em 2015, os novos contratos serão celebrados por cinco anos lectivos, perdurando assim até 2022/2023 no caso dos que forem assinados para se iniciarem em Setembro próximo. O concurso aberto nesta quarta-feira também se destina a contratos com início em 2019/2020 e que terminarão em 2023/2024. Durante todo este período, o número máximo de alunos a financiar (25.749) não poderá sofrer alterações.
O custo por aluno, que varia entre 350 e 5400 euros por ano, mantêm-se igual ao que foi determinado em 2015, mas o montante total de financiamento disponível para o período de 2018/2019 a 2023/2024 sobe para 237 milhões de euros. Em 2015 tinham sido disponibilizados 177 milhões para um período de três anos lectivos, menor do que aquele que agora passará a estar a vigor.
Segundo o Ministério da Educação, a alteração ao modelo de financiamento agora posta em prática visa garantir que as verbas disponibilizadas acompanhem a duração de todo o ciclo do ensino do aluno. Deste modo, refere o ministério, sempre que se abrirem novos ciclos “vai ser possível olhar para a rede existente a partir do zero”, o que não sucede agora porque com contratos de três anos há muitos alunos que, no final destes, ainda não completaram o seu nível de ensino e a quem o Estado tem obrigação de continuar a financiar até que tal aconteça.
Pouca oferta pública
Estes terão de ser abrangidos pelos novos contratos plurianuais o que limita, diz o ME, a “entrada de novos operadores no sistema” e reduz também a “equidade geográfica” na distribuição das verbas, uma vez que esta operação tem de ter em conta os alunos que já estavam financiados.
Os contratos de patrocínio abrangem três níveis de ensino: iniciações (1.º ciclo), básico (2.º e 3.º ciclos) e secundário. Dos 25.749 alunos que poderão receber verbas do Estado, 20.736 estão no básico. A grande maioria daqueles contratos destina-se ao financiamento de cursos de música, num total de 23.743 alunos. Nos cursos de dança, artes visuais e audiovisuais este número desce para 2006.
À semelhança do que acontece com os contratos de associação, com os colégios a serem financiados para garantirem ensino gratuito aos alunos, também os de patrocínio se destinam a assegurar que os jovens não são prejudicados por não existir oferta pública na sua área de residência. O Ministério da Educação já reconheceu que, no caso do ensino artístico, esta “é altamente deficitária”. Existem nove escolas públicas de ensino artístico especializado, a que se juntará no próximo ano lectivo o novo Conservatório de Loulé, no Algarve. Já no ensino particular, e só no que diz respeito a escolas financiadas pelo Estado, existem mais de 130.
terça-feira, 19 de junho de 2018
Melhor artigo científico na área da Oftalmologia
fonte: Jornal Público
O melhor artigo científico da Harvard Medical School é (outra vez) da Inês.
Inês Laíns venceu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor artigo científico na área da Oftalmologia da Harvard Medical School. A médica e investigadora dedica-se ao estudo do diagnóstico da principal causa de cegueira em pessoas acima dos 50 anos
A portuguesa Inês Laíns publicou, pelo segundo ano consecutivo, o melhor artigo científico na área da Oftalmologia da Harvard Medical School, instituição norte-americana onde desenvolve investigação há já quatro anos sobre a degenerescência macular relacionada com a idade (DMI). O prémio — que, no passado, só por uma vez tinha sido atribuído duas vezes à mesma pessoa — foi entregue na última sexta-feira, 8 de Junho. “Estamos a tentar desenvolver biomarcadores que nos indiquem quais as pessoas com maior risco de ter DMI ou de ficar pior com o passar do tempo”, explica a médica, ao telefone com o P3 a partir de Boston, onde vive.
A degenerescência macular relacionada com a idade é “a principal causa de cegueira em pessoas acima dos 50 anos” e, numa fase precoce, é “maioritariamente assintomática”. “Estudos indicam que 69% dos doentes que nos chegam já estão numa fase avançada da doença, já perderam a visão e não há muito que possamos fazer”, diz a médica, para quem urge “identificar as pessoas mais cedo”. A pensar nisso, a também investigadora de 32 anos está a trabalhar numa “nova técnica” com “resultados muito encorajadores” que mostram como “as pessoas com DMI apresentam diferenças numa análise ao sangue, quando comparadas com pessoas da mesma idade que não a têm”. “E essas alterações variam com a evolução da doença.”
A conimbricense, formada no Centro Hospitalar e Universitário da sua cidade, simplifica: “Quando vamos ao médico de família, ele pode pedir análises ao sangue. Sabemos que se tivermos um nível de colesterol elevado apresentamos um risco maior de sofrer um enfarte ou um acidente vascular cerebral — e temos que tentar modificar alguma coisa. E isso é o que nós chamamos biomarcadores.” Na Universidade de Harvard, Inês está a tentar identificar algo semelhante no sangue que esteja relacionado com a DMI.
“Potencial e idealmente, este deveria ser um teste feito a todas os indivíduos com mais de 50 anos”, continua. “Claro que podemos diagnosticar as pessoas que vão ao oftalmologista, mas o problema é que muitas não vão de uma forma regular.” Esta doença, com “uma prevalência enorme”, tem consequências terríveis para a qualidade de vida dos doentes porque “mesmo quem não perde a visão tem uma distorção e alterações na visão central”. “Imagina o que é viver com uma zona preta no meio do campo visual.”
Esta doença “muito complexa” precisa de ser estudada, acredita Inês, até porque é “multifactorial”: “Tanto envolve factores genéticos como ambientais e nós não compreendemos muito bem como é que esses factores interagem para promover o seu aparecimento.” A investigação em curso em Harvard — em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra — foi inicialmente financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pelo programa Harvard-Portugal. Há 500 doentes envolvidos: 200 dos Estados Unidos, seguidos no Massachusetts Eye and Ear Hospital, e 300 portugueses, seguidos na unidade de Coimbra.
Existem diferenças entre os pacientes portugueses e os norte-americanos, sim, e o objectivo da investigação é explorá-las. “Queremos perceber como é que essas diferenças se relacionam com as diferenças genéticas e com o estilo genético de ambos os grupos”, refere. Os investigadores têm informações sobre a dieta dos participantes, bem como estudos genéticos dos mesmos, e o próximo passo é “voltar a ver os doentes ao fim de cinco anos”. Isto porque as conclusões publicadas agora resultam de dados colhidos em 2015 e 2016 e a ideia é analisar o perfil do sangue dos doentes, quer daqueles que sofreram agravamento da DMI, quer daqueles cujo estado se manteve inalterável.
Em 2017, o artigo premiado pela Universidade de Harvard — Structural Changes Associated with Delayed Dark Adaptation in Age-Related Macular Degeneration —, focava-se no teste de adaptação ao escuro, que também é útil para a compreensão dos mecanismos da DMI. Isto porque existe apenas um único tratamento para a doença, desenvolvido por Joan Miller. Inês e o grupo de investigação onde está inserida dedicam-se ao diagnóstico e à compreensão da doença. “Se compreendermos melhor os mecanismos, vamos conseguir ajudar quem estuda o tratamento.”
Depois de vencer pela segunda vez o Evangelos S. Gragoudas Award — que inclui uma “gratificação pessoal” de 5000 dólares (4237 euros) — com o trabalho 'Human Plasma Metabolomics Study Across All States of Age-related Macular Degeneration Identifies Potential Lipid Biomarkers', Inês prepara-se para repetir a especialidade médica em Oftalmologia para poder exercer nos Estados Unidos. “Estive quatro anos só a fazer investigação, tenho saudades de ver doentes.”
Todos os professores produzem o mesmo efeito na Greve (para o grupo 910)
Os professores do Grupo 910 fazem parte do CT e, por isso, são convocados tendo que estar presentes na reunião.
Os professores deste grupo, também fazem parte do CT, uma vez que, a legislação, não abre exceções no seu caso, inserindo-se no ponto 1 do art.º 28.º do DN 1-F/2016. Por isso, são parte integrante do CT. Logo, se um professor do Grupo 910 fizer greve, a reunião terá de ser remarcada, tal e qual se fosse outro professor de outro grupo a faltar.
Os professores do Grupo 910 não são convidados a participar nas reuniões de CT, são convocados, e, imagine-se, marcam-lhes falta se não o fizerem.
Rui Cardoso em Blog deArLindo
Autorização de realização da despesa destinada ao apoio financeiro do Estado a Centros de Recursos de Apoio à Inclusão
Assim, o Conselho de Ministros resolve:
1 - Autorizar a realização da despesa relativa aos apoios financeiros aos Centros de Recursos para a Inclusão, decorrentes da celebração de contratos de cooperação para o ano letivo de 2018/2019, até ao montante global de (euro) 10 490 000,00.
2 - Determinar que os encargos resultantes do disposto no número anterior não podem exceder, em cada ano económico, os seguintes montantes:
a) 2018: (euro) 3 496 260,00;
b) 2019: (euro) 6 993 740,00.
3 - Determinar que os encargos financeiros resultantes dos apoios são satisfeitos pelas verbas adequadas inscritas e a inscrever no orçamento da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
4 - Estabelecer que o montante fixado na alínea b) do n.º 2 para o ano económico de 2019 pode ser acrescido do saldo apurado no ano económico de 2018.
terça-feira, 12 de junho de 2018
Mais anos de estudo associados a aumento de miopia
fonte: Lusa | RTP
Miopia, Hipermetropia, Presbiopia e Astigmatismo -Erros de Refracção-
- Visão e Defeitos Visuais Instituto Penido Burnier
- Distúrbios Refractivos Manual Merck
- Compreender uma prescrição para lentes Magnivisão
- Miopia Degenerativa Manuel Monteiro Pereira novo
- Cirurgia Laser da Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo Joaquim Mira
- Vídeo de uma cirurgia LASIK YouTube
- Lasik e efeitos adversos Jader da Silva Alves
- Lasik: indicações, riscos e cuidados Fly to Doc
- Correcção da visão com lentes fáquicas Fly to Doc
- Prevenção do Desenvolvimento da Miopia Rufino Ribeiro
- Lentes de contacto MiSight® diminuem progressão da miopia em crianças AlertLife
segunda-feira, 11 de junho de 2018
iSeaBlind, a bengala tecnológica que auxilia cegos
fonte: Exame Informática | 06.06.2018
'Lente de contacto especial' reduz progressão de miopia em crianças
fonte: DN | Lusa |
"É possível atrasar o crescimento do olho humano com dispositivos óticos", apontam investigadores Uma equipa internacional, que inclui cientistas da Universidade do Minho (UMinho), conseguiu reduzir em 59% a progressão da miopia em crianças dos oito aos 12 anos através de uma "lente de contacto especial", anunciou hoje a academia.
Weihenmayer, o maior Aventureiro Cego do Mundo
Erik Weihenmayer nasceu em 1968 com uma DDR - uma doença degenerativa da retina, que progressivamente lhe destruiu as retinas e o levou à cegueira, quando tinha 13 anos; no entanto este evento nunca realmente limitou a sua vida. Ele é um daqueles raros indivíduos que não apenas conseguiram superar uma deficiência, mas vivem como se ela nunca tivesse acontecido.
vídeo com áudio em português (3min)
vídeo com legendas em português (10min)
Em 2001, Erik escalou o Monte Everest (8.850 metros de altura). Desde então escalou todas as sete montanhas mais altas dos sete continentes, os chamados Sete Cumes. Erik Weihenmayer recebeu vários prémios, entre os quais o 'National Courage Award' pela sua coragem em perseverar além dos limites que a sua condição física lhe permitia.
foto: Weihenmayer desce o Grand Canyon em kayak (2014)
Erik Weihenmayer também dá palestras motivacionais e é escritor. O seu primeiro livro chama-se “Touch the Top of the World”; foi publicado em dez países e seis idiomas (sem edição em português). Este livro de memórias cheio de acção foi transformado em filme em 2006. A missão de Erik ao Everest também foi amplamente registada no documentário premiado “Farther than the Eye Can See”:
Documentário “Farther than the Eye Can See" (50min)
- Touch the Top of the World: A Blind Man's Journey to Climb Farther Than the Eye can See (2002)
- The Adversity Advantage: Turning Everyday Struggles Into Everyday Greatness (2007)
- No Barriers: A Blind Man's Journey to Kayak the Grand Canyon (2017)
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fontes: Oddity Central; Revoada; Outside Magazine; Touch the Top; Wikipedia
Canoagem Adaptada promove inclusão social e desportiva
Durante a manhã desta sexta-feira, 39 utentes dos Centros de Atividades Ocupacionais da Secretaria Regional da Educação de São Pedro, Santo António, Machico, Santa Cruz, Camacha, São Vicente e Câmara de Lobos participaram no VI Encontro Regional de Canoagem.
A prova, organizada pelo CNF desde 2013, foi composta por provas de canoagem nas distâncias de 100 e 200 metros em kayaks monolugares e Kayaks bilugares.
Na prova de K1 Femininos, Ana Paula do Centro de Actividades Ocupacionais (Cao) de Câmara de Lobos foi a grande vencedora, seguida por Catarina Gonçalves do Cao de Santa Cruz e Ana Lisarda do Cao S. Pedro Já nos Masculinos, Paulo Lira foi o grande vencedor, utente do Cao Santo António, Décio Sá em segundo, também do mesmo centro e Sérgio Teixeira do Cao de Machico. Nas provas de K2 mistos ou femininos, a classificação foi a seguinte: 1.º lugar, Dúlio Aguiar e Paulo Lira do Cao de Santo António, 2.º lugar José Moniz e Sérgio Teixeira do Cao Machico e 3.º lugar Rodrigo Aguiar e Carlos Barradas do Cao S. Pedro.
A entrega de prémios decorreu no Centro Náutico de São Lázaro e contou com a presença da secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rita Andrade que deu os “parabéns” a todos os participantes e realçou a importância do “trabalho em rede” e “do esforço de todas as partes envolvidas para concretizar este projeto”, onde espera que todos se tenham “divertido muito, sendo isso o mais importante”.
A organização teve a colaboração da Associação Regional de Canoagem da Madeira e da Secretaria Regional da Educação, Administração dos Portos da Madeira e AAPNEM Associação de Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais da Madeira.
Fonte: dnotícias
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Retinopatia Diabética
Retinopatia Diabética
- Diabetes e Visão Dr. A. Augusto Magalhães
- Edema Macular Diabético Dr.ª Joana Reis
- Como classificar o Edema Macular Diabético Dr.ª Ângela Carneiro
- Retinopatia Diabética: diagnóstico e tratamento Dr. Rufino Silva
- Retinopatia Diabética GER Portugal novo
- Perspetivas futuras no tratamento da Retinopatia Diabética Dr. Rufino Silva
- Implante para o Edema Macular Diabético Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro
- Eylea supera outros medicamentos para o Edema Macular Diabético National Institutes of Health
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Diabetes e visão
A. Augusto Magalhães
Introdução
A diabetes é uma doença decorrente da falta de insulina ou da sua incapacidade em exercer os efeitos metabólicos a que está destinada. A primeira descrição da doença remonta ao papiro de Ebers no antigo Egipto onde é descrita como “doença do excesso de urina doce associada a emagrecimento e morte”. Trata-se de uma doença das sociedades modernas em que existe uma adulteração dos hábitos alimentares e uma excessiva tendência ao sedentarismo.
Definição
Os principais sintomas de diabetes são a sede, a poliuria e a perda de peso; frequentemente existem queixas de visão esborratada. O diagnóstico é confirmado laboratorialmente com a presença de uma glicemia superior a 200 mg/dl, confirmada em segunda análise. Dependendo da idade de aparecimento e do quadro clínico consideram-se dois tipo fundamentais de diabetes (tipo I – insulino dependente e tipo II – não insulino dependente) com prognósticos muito diferentes.
Manifestações oftalmológicas
Do ponto de vista oftalmológico a consequência mais grave é a retinopatia diabética (RD); contudo é preciso dizer que todos os segmentos do aparelho visual podem estar afectados. Começando pela superfície ocular é frequente a diminuição da sensibilidade da córnea com propensão para o aparecimento de ceratites, úlceras neurotróficas e defeitos epiteliais persistentes; as alterações corneanas são sobretudo frequentes após cirurgia ocular muitas vezes complicada pela maior demora na cicatrização. A alteração do segmento anterior mais conhecida e com maior impacto social e económico é a catarata, a qual é 4 vezes mais frequente no diabético. O risco de catarata aumenta com a duração da doença e com o mau controlo metabólico. Para além da catarata o cristalino pode ser atingido por variações rápidas dos níveis de glicemia causando visão esborratada por alterações refractivas, muitas vezes flutuantes devidas à acumulação de sorbitol.
Porque cegam os diabéticos?
A grande causa de cegueira por diabetes é a RD. Inicia-se com uma alteração bioquímica única: o aumento da glicose sérica; seguem-se outras alterações bioquímicas que têm como resultado modificações estruturais da membrana basal dos capilares retinianos, das células endoteliais e dos pericitos. Desta forma acaba por haver ruptura da barreira hemato-retiniana com o aparecimento de edema macular e alterações da circulação, com isquemia, que tem como consequência o desenvolvimento de neovascularização. O edema macular e a neovascularização retiniana são as grandes causas de cegueira por diabetes.
Factores de risco para retinopatia diabética
A RD ao fim de 15 anos está presente em 97,5% dos diabéticos tipo 1 (67,5 % na forma proliferativa) e em 77,8% dos diabéticos tipo 2 (15,5 % na forma proliferativa); os factores de risco são: a duração da diabetes, a idade, o valor da hemoglobina glicosilada e a tensão arterial. O edema macular está presente ao fim de 20 anos em 29% dos diabéticos do tipo 1 e em 28% dos diabéticos tipo 2; os factores de risco são a duração da diabetes, os valores da hemoglobina glicosilada, a proteinuria e a tensão arterial.
Tratamento
O tratamento da RD assenta em dois grandes pilares: o tratamento da doença sistémica e dos factores de risco e o tratamento das complicações retinianas.
Quanto ao tratamento da doença é fundamental um bom controlo metabólico: o tratamento intensivo reduz em 25 % o aparecimento de lesões e em 75% a sua progressão. É também fundamental tratar outros factores de risco conhecidos como a hipertensão arterial e as dislipidémias.
Relativamente ao tratamento da retinopatia propriamente dita, o método mais eficaz continua a ser a fotocoagulação Laser, que destruindo a retina isquémica diminui a produção de mediadores bioquímicos, fundamentalmente o “Vascular Endothelial Growth Factor” (VEGF), capazes de levar ao desenvolvimento de alterações estruturais e à cegueira. No caso de edema macular o tratamento Laser é localizado, e tem como objectivo atrasar a perda da acuidade visual; permite uma redução na diminuição da visão de 24 par 12%. Nos casos de isquemia e neovascularização da retina realiza-se panfotocoagulação (laser em grandes áreas entre as arcadas vasculares e o equador). Este procedimento permite uma redução superior a 50% no risco de cegueira nos doentes com RD proliferativa e uma regressão de 70-90% da neovascularizaçao pré-retiniana ou papilar.
Nos casos mais graves de RD com proliferação fibrovascular e/ou descolamento da retina, o tratamento é cirúrgico e deverá sempre ser efectuado em centros de referência com cirurgiões muito diferenciados neste tipo de cirurgia.
Com a crescente compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da RD, e nomeadamente do papel fundamental do VEGF, começam a ser utilizados alguns fármacos muito promissores, capazes de inibir a proliferação vascular e as alterações da permeabilidade vascular. Os antiangiogénicos e nomeadamente um Aptamer – Pegaptanib e os anticorpos monoclonais- Bevacizumab (IgG) e Ranibizumab (antigen binding Fragment –Fab) têm-se mostrado eficazes no tratamento da neovascularização que ocorre na degenerescência macular senil e é provável que no futuro possam vir a ser muito úteis no tratamento da proliferação vascular por diabetes.
Finalmente é necessário dizer que todos os diabéticos devem ser submetidos a exames oftalmológicos cuja periodicidade deve ser decidida em função dos achados clínicos. Na diabetes tipo 1 o início da doença é normalmente conhecido com precisão, e uma vez que a RD surge em média 7 anos depois, o exame inicial é menos urgente; contudo após 20 anos de evolução 90-95 % dos doentes apresentam RD pelo que devem ser rigorosamente vigiados. Nos diabéticos tipo 2, a data do início da doença é muitas vezes desconhecida pelo que o primeiro exame deve ser efectuado de imediato; de facto o primeiro exame pode revelar lesões de RD em 20% dos casos. Posteriormente a frequência dos exames deve ser decidida pelo oftalmologista em função do estado clínico de cada doente. É no entanto necessário referir que há períodos de risco acrescido de desenvolver RD que obrigam a maiores cuidados: na puberdade e adolescência (raramente se desenvolve RD antes deste período), na gravidez, durante o equilíbrio rápido da glicemia (o inicio de tratamento com insulina está muitas vezes relacionado com o aparecimento da RD), após a cirurgia de catarata e aquando de descompensação tensional ou renal.
"Terminei o 9.º ano, e agora?" Novo site ajuda alunos a decidir
A poucos dias de terminarem as aulas, o Ministério da Educação lançou um novo portal para ajudar os alunos, em particular os do 9.º ano, a decidir qual a área que querem seguir. No portal, os alunos podem pesquisar os cursos e as áreas disponíveis a partir do 10.ª ano e por área geográfica.
O estudante pode pesquisar pelo nome do curso ou área de interesse. Se escolher, por exemplo, a palavra "informática" o portal mostra-lhe todos os cursos desta área em todo o país. O lançamento do site é acompanhado de uma campanha de divulgação junto dos alunos deste grau de ensino nas próximas semana, convidando-os a conhecer o portal. A campanha é suportada, segundo o mesmo jornal, por cartazes e brochuras de divulgação, que vão passar também a ser distribuídas nos estabelecimentos de ensino.
As escolas também estão a ser convidadas a usar o site nas suas estratégias de orientação vocacional dos alunos do 9.º ano, através dos psicólogos escolares.
Especialmente destinado para os alunos que querem seguir para o ensino profissional, o Ministério apresenta o portal como um "complemento" da informação sobre os cursos profissionais. Contudo, no portal da oferta educativa estão elencados mais do que este tipo de cursos.
Existem 2555 cursos, da oferta geral do ensino básico e cursos científico-humanísticos do ensino secundário, passando pelo ensino artístico especializado, até ofertas de Educação e Formação de Adultos.
Fonte: DN
Lista retificada dos Centros de Apoio à Vida Independente (CAVI)
1.ª Edição do Curso “Literacia Digital para o Mercado de Trabalho” para Jovens com Necessidades Educativas Especiais
segunda-feira, 4 de junho de 2018
Inclusão no Ensino Superior: Reflexões Portugal-Brasil
Inclusão no Ensino Superior: Evidências, Experiências, e Reflexões Portugal-Brasil
17:00 Palestra: “Inclusão educacional na educação superior no Brasil: Políticas governamentais à permanência”, por Fabiane Adela Tonetto Costas, da Universidade Federal de Santa Maria, Brasil.
17:45m Reflexões em torno da Universidade do Minho
Moderadora: Anabela Cruz-Santos (Instituto de Educação, CIEd, Universidade do Minho)
Leandro S. Almeida (Instituto de Educação, CIEd, Universidade do Minho)
Carlos Barbosa (Gabinete para a Inclusão -GPI, Universidade do Minho)
18.30 Encerramento
Organização:
Departamento de Psicologia da Educação e Educação Especial do Instituto de Educação (DPEEE) e Gabinete para a Inclusão (GPI) da UMinho.
Entrada livre. Será entregue um certificado de participação no final do seminário.
Designer cria fonte que combina a escrita em Braille com a tradicional
Teatro "Pedro e Inês" com 1.º guião multiformato Inclusivo.
Serviu também para a visibilidade de boas práticas e para o anúncio público dos compromissos das autoridades regionais no sentido do desenvolvimento de projetos culturais inclusivos, com a cooperação do Instituto Politécnico de Leiria.