quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Aplicação criada no Porto ajuda cegos e evita situações de perigo
Aplicação criada no Porto ajuda cegos e evita situações de perigo | P3: O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Tecnologia e Ciência criou um sistema integrado que permite enviar informação sobre o ambiente circundante
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Boas festas
Festas felizes!
The Present' percorreu mais de 180 festivais de cinema em todo o mundo, nos quais “limpou” mais de 50 prémios. Esta curta-metragem de animação, uma das melhores que vimos nos últimos tempos, foi criada por Jacob Frey antes de terminar o curso em realização de animação no Institute of Animation, Visual Effects and Digital Postproduction do Filmakademie Baden-Wuerttemberg, em 2014.
Conta a história de um rapaz, agarrado aos videojogos, que recebe como presente um cachorrinho que não tem uma perna. Primeiro, os dois não se entendem, com o miúdo a rejeitar o pequeno animal pela sua deficiência física.
'The Present' baseia-se numa pequena tira cómica do brasileiro Fabio Coala e é o segundo trabalho de sucesso de Jacob Frey, em colaboração com a sua colega Anna Matacz. Juntos, criaram em 2009 uma curta intitulada Bob, que percorreu mais de 250 festivais de cinema em todo o mundo (disponível no Vimeo em SD). O pequeno filme passou por vários festivais de cinema de animação do mundo, incluindo o MONSTRA (Lisbon Animated Film Festival), tendo sido exibido no Cinema IDEAL em Junho do ano passado.
Multa de mil euros se não se der prioridade a grávidas e deficientes
A partir de amanhã, grávidas, deficientes e idosos com evidente incapacidade são atendidos primeiro.
Não dar prioridade no atendimento a uma grávida, a portadores de deficiência ou de incapacidade física e a pessoas acompanhadas por uma criança até aos dois anos é ilegal, a partir de amanhã. Quem não respeitar a lei, arrisca-se a ver entrar a Polícia pelo estabelecimento e, ainda, a ter de pagar uma multa que vai dos 50 até ao mil euros. As regras da prioridade valem praticamente em todos os serviços e deixam de estar dependentes da boa formação ou educação de cada um.
Fonte: JN
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
A Suta: Educação Especial: limites e potencialidades da ed...
A Suta: Educação Especial: limites e potencialidades da ed...: Artigo recentemente publicado na Revista Interritórios, de Miguel Correia, docente de Educação Especial, e Preciosa Fernandes, docente da Fa...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Universidade do Minho adapta brinquedos para crianças com deficiência
Desde 2006 que o Laboratório de Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho dedica uma semana da época natalícia à adaptação de brinquedos eletrónicos para que possam ser usados por crianças com deficiência.
"Transformamos todos os brinquedos que tenham alguma eletrónica e que sirvam para estimular as crianças com necessidades especiais, adaptando-os com uns interruptores grandes que possam ser acionados com a cabeça ou com o pé", explicou (...) Fernando Ribeiro, professor do Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho.
Os brinquedos são doados e recolhidos por um conjunto de instituições que os fazem chegar ao Laboratório de Robótica para serem adaptados por alunos e docentes voluntários, que se encarregam ainda de os distribuir por instituições que acolhem crianças com necessidades especiais, em várias cidades do Minho.
"Para nós é um trabalho simples, que se faz em 10 a 15 minutos (cada brinquedo) e a alegria que eles têm quando recebem estes brinquedos é indescritível", revela Fernando Ribeiro.
Este ano, pela primeira vez, o trabalho de adaptação dos brinquedos pode ser acompanhado pelo público, num dia aberto à comunidade, marcado para esta quarta-feira, na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães.
Fonte: TSF
"Transformamos todos os brinquedos que tenham alguma eletrónica e que sirvam para estimular as crianças com necessidades especiais, adaptando-os com uns interruptores grandes que possam ser acionados com a cabeça ou com o pé", explicou (...) Fernando Ribeiro, professor do Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho.
Os brinquedos são doados e recolhidos por um conjunto de instituições que os fazem chegar ao Laboratório de Robótica para serem adaptados por alunos e docentes voluntários, que se encarregam ainda de os distribuir por instituições que acolhem crianças com necessidades especiais, em várias cidades do Minho.
"Para nós é um trabalho simples, que se faz em 10 a 15 minutos (cada brinquedo) e a alegria que eles têm quando recebem estes brinquedos é indescritível", revela Fernando Ribeiro.
Este ano, pela primeira vez, o trabalho de adaptação dos brinquedos pode ser acompanhado pelo público, num dia aberto à comunidade, marcado para esta quarta-feira, na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães.
Fonte: TSF
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Abrandar o aumento da miopia em crianças
Projecto envolve 130 crianças e revelou que o recurso a umas lentes de contacto com um desenho especial pode ter 60% de eficácia, conseguindo que os olhos cresçam menos.
Investigadores testam alternativa a óculos e lentes de contacto convencionais para travar a progressão da miopia em crianças PEDRO CUNHA/ ARQUIVO
Estas lentes de contacto não travam por completo a miopia, nem tão pouco a conseguem curar fazendo com que regrida. Isso será para um futuro melhor que ainda está por vir. O que estas lentes serão capazes de fazer – e já não é pouco – é conseguir que a normal progressão da miopia aconteça bem mais devagar. São lentes de contacto “especiais” porque têm “um desenho diferente”, explica José González Méijome, director do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) da Universidade do Minho, onde se realizam testes clínicos com um grupo de 25 crianças.
As crianças que durante dois anos experimentaram estas lentes de contacto com um desenho especial progrediram de uma dioptria para “2,5 ou menos do que isso”. No mesmo período, o grupo de controlo que usou as lentes de contacto convencionais aumentou de uma dioptria para quatro. O projecto no CEORLab começou em 2012, quando as crianças tinham entre oito e dez anos, e os bons resultados obtidos fizeram com se decidisse prolongá-lo por mais dois anos. Nesta segunda fase, as 25 crianças envolvidas nos ensaios vão usar as lentes especiais e beneficiar do efeito de retenção observado na primeira fase do projecto.
Miopia: a culpa é da falta de sol
Miopia: a culpa é da falta de sol
“O problema da miopia é que o olho cresce de mais. Se passar de uma bola redondinha a uma bola de râguebi que estica numa direcção, a imagem vai ficando mais desfocada”, explica o investigador.
O tamanho do olho importa e uma diferença de meio milímetro pode parecer insignificante, mas não é. “Um milímetro de crescimento de olho pode significar três dioptrias ou mais nas suas lentes de contacto”, nota José González Méijome. A miopia moderada e alta inicia-se geralmente entre os cinco e os dez anos e progride de forma significativa até aos 16, altura em que tende a desacelerar. Assim, é sobretudo para crianças e jovens que a inovação pode ser eficaz.
“No grupo das crianças que usavam as lentes o olho cresceu menos 60 %”, explica o director do CEORLab, que exemplifica: “No grupo de controlo que usou lentes de contacto convencionais um olho com 20 milímetros cresceu, passados dois anos, para 21.” No grupo que usou estas lentes especiais passou para 20,4, acrescenta.
Mas afinal o que é que estas lentes têm de especial? “O seu desenho óptico, o modo como as dioptrias da lente são distribuídas à frente do olho”, responde o investigador. “Se uma criança tem duas dioptrias de miopia, a lente ‘normal’ tem a correcção de duas dioptrias em toda a sua área de visão para proporcionar uma visão nítida”, explica José González Méijome. Nestas lentes, contrapõe, “o que se faz é uma manipulação óptica da distribuição da potência das dioptrias”.
As novas lentes de contacto hidrofílicas estão a ser testadas por 130 crianças em quatro centros de investigação em todo o mundo, incluindo o CEORLab em Portugal, num projecto associado a uma empresa multinacional norte-americana e já são comercializadas. O projecto de investigação em curso e que só terminará no final de 2018 serve para demonstrar a segurança e eficácia das lentes e, se necessário, corrigir o seu desenho.
LER MAIS
Google e Novartis desenvolvem lentes de contacto para diabéticos
E se pudesse usar o telemóvel ou o tablet sem óculos?
Os alertas para o aumento da miopia na população mundial são conhecidos e há especialistas que defendem que a doença está a assumir “proporções epidémicas”. Um artigo na revista Nature, de Março de 2015, referia que, até ao final desta década, cerca de 2500 milhões de pessoas de todo o mundo terão miopia – ou seja, mais de um terço da população mundial. Neste momento, na Europa e nos Estados Unidos, cerca de metade dos jovens têm este problema. É o dobro dos valores registados há 50 anos.
O que é que nos está a deixar míopes? Não há uma resposta simples. “Conseguimos identificar factores que estarão a contribuir para isso, como hábitos de visão, a exigência educativa, a exposição a um trabalho visual a uma distância muito curta, a menor exposição à luz solar.” Depois há, claro, os factores genéticos que aumentam a probabilidade de ser míope.
Investigadores testam alternativa a óculos e lentes de contacto convencionais para travar a progressão da miopia em crianças PEDRO CUNHA/ ARQUIVO
Estas lentes de contacto não travam por completo a miopia, nem tão pouco a conseguem curar fazendo com que regrida. Isso será para um futuro melhor que ainda está por vir. O que estas lentes serão capazes de fazer – e já não é pouco – é conseguir que a normal progressão da miopia aconteça bem mais devagar. São lentes de contacto “especiais” porque têm “um desenho diferente”, explica José González Méijome, director do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) da Universidade do Minho, onde se realizam testes clínicos com um grupo de 25 crianças.
As crianças que durante dois anos experimentaram estas lentes de contacto com um desenho especial progrediram de uma dioptria para “2,5 ou menos do que isso”. No mesmo período, o grupo de controlo que usou as lentes de contacto convencionais aumentou de uma dioptria para quatro. O projecto no CEORLab começou em 2012, quando as crianças tinham entre oito e dez anos, e os bons resultados obtidos fizeram com se decidisse prolongá-lo por mais dois anos. Nesta segunda fase, as 25 crianças envolvidas nos ensaios vão usar as lentes especiais e beneficiar do efeito de retenção observado na primeira fase do projecto.
Miopia: a culpa é da falta de sol
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“O problema da miopia é que o olho cresce de mais. Se passar de uma bola redondinha a uma bola de râguebi que estica numa direcção, a imagem vai ficando mais desfocada”, explica o investigador.
O tamanho do olho importa e uma diferença de meio milímetro pode parecer insignificante, mas não é. “Um milímetro de crescimento de olho pode significar três dioptrias ou mais nas suas lentes de contacto”, nota José González Méijome. A miopia moderada e alta inicia-se geralmente entre os cinco e os dez anos e progride de forma significativa até aos 16, altura em que tende a desacelerar. Assim, é sobretudo para crianças e jovens que a inovação pode ser eficaz.
“No grupo das crianças que usavam as lentes o olho cresceu menos 60 %”, explica o director do CEORLab, que exemplifica: “No grupo de controlo que usou lentes de contacto convencionais um olho com 20 milímetros cresceu, passados dois anos, para 21.” No grupo que usou estas lentes especiais passou para 20,4, acrescenta.
Mas afinal o que é que estas lentes têm de especial? “O seu desenho óptico, o modo como as dioptrias da lente são distribuídas à frente do olho”, responde o investigador. “Se uma criança tem duas dioptrias de miopia, a lente ‘normal’ tem a correcção de duas dioptrias em toda a sua área de visão para proporcionar uma visão nítida”, explica José González Méijome. Nestas lentes, contrapõe, “o que se faz é uma manipulação óptica da distribuição da potência das dioptrias”.
As novas lentes de contacto hidrofílicas estão a ser testadas por 130 crianças em quatro centros de investigação em todo o mundo, incluindo o CEORLab em Portugal, num projecto associado a uma empresa multinacional norte-americana e já são comercializadas. O projecto de investigação em curso e que só terminará no final de 2018 serve para demonstrar a segurança e eficácia das lentes e, se necessário, corrigir o seu desenho.
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E se pudesse usar o telemóvel ou o tablet sem óculos?
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O que é que nos está a deixar míopes? Não há uma resposta simples. “Conseguimos identificar factores que estarão a contribuir para isso, como hábitos de visão, a exigência educativa, a exposição a um trabalho visual a uma distância muito curta, a menor exposição à luz solar.” Depois há, claro, os factores genéticos que aumentam a probabilidade de ser míope.
Ano Internacional dos Deficientes: Marcar a diferença com o diferente
Ano Internacional dos Deficientes: Marcar a diferença com o diferente: Ao longo da história sempre houve pessoas portadoras de deficiência. O reconhecimento dos seus direitos e da sua inserção social, apesar de lento, vai fazendo o seu caminho.
Politécnico de Leiria cria biblioteca braille "Mãos que leem"
O Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Politécnico de Leiria (CRID) vai criar uma biblioteca em braille, que ficará situada na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais. A biblioteca, com o mote “Mãos que leem” será única no país, pela particularidade de integrar obras de vários géneros, e conta com o apoio do Lions Clube de Leiria. A biblioteca será dotada com novos títulos mensalmente.
Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que «queremos disponibilizar um espaço em braille que englobe não só obras técnicas, que é o que geralmente acontece – incluídas numa biblioteca “normal” -, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades». «Queremos fazer a diferença, não só para que a população em geral se ponha no lugar da pessoa com deficiência, mas essencialmente para que este público possa ter acesso às mesmas opções culturais que a restante população».
Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que «queremos disponibilizar um espaço em braille que englobe não só obras técnicas, que é o que geralmente acontece – incluídas numa biblioteca “normal” -, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades». «Queremos fazer a diferença, não só para que a população em geral se ponha no lugar da pessoa com deficiência, mas essencialmente para que este público possa ter acesso às mesmas opções culturais que a restante população».
Avaliação dos alunos com CEI no ensino secundário
Tem sido recorrente a questão de como avaliar os alunos com necessidades educativas especiais do ensino secundário com a medida educativa de currículo específico individual (CEI).
Acontece que, relativamente aos alunos com CEI no ensino secundário, nunca houve qualquer referência à forma de expressar os resultados da avaliação. Neste contexto, por analogia e coerência com os procedimentos aplicados aos alunos de todo o ensino básico, foram-se expressando os resultados da avaliação de forma qualitativa, normalmente acompanhada de uma síntese descritiva das aprendizagens desenvolvidas.
No entanto, com o enquadramento normativo resultante da publicação do Despacho normativo n.º 1-F/2016, relativo ao ensino básico, os resultados da avaliação para os alunos com CEI nos 2.º e 3.º ciclos passa a traduzir-se numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, e, sempre que se considere relevante, deve ser acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar, sempre que aplicável, a inscrever na ficha de registo de avaliação (cf. n.º 3 e 4 do art.º 13.º do Despacho normativo n.º 1-F/2016).
Perante esta mudança de paradigma na expressão da avaliação dos alunos com CEI no ensino básico, faz sentido que, por coerência e analogia, esta terminologia se estenda aos alunos com CEI no ensino secundário.
Por outro lado, face à ausência de orientações superiores sobre o tipo de avaliação que se deve aplicar aos alunos com CEI no ensino secundário, aplica-se a designada "lei geral" que, neste caso concreto, determina que, no ensino secundário, "Em todas as disciplinas constantes dos planos de estudo são atribuídas classificações na escala de 0 a 20 valores." (cf. n.º 7 do art.º 29.º do Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 91/2013, de 10 de julho,176/2014, de 12 de dezembro, e 17/2016,de 4 de abril; n.º 5 do art.º 16.º da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro - cursos profissionais).
Assim, conjugando as normas de avaliação dos alunos do ensino secundário com uma leitura extensiva das normas aplicáveis aos alunos com CEI dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, e, ainda, por analogia com este nível educativa, considera-se que a avaliação dos alunos com CEI no ensino secundário deve ser expressa numa escala de 0 a 20 valores, acompanhada, eventualmente, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem.
Acontece que, relativamente aos alunos com CEI no ensino secundário, nunca houve qualquer referência à forma de expressar os resultados da avaliação. Neste contexto, por analogia e coerência com os procedimentos aplicados aos alunos de todo o ensino básico, foram-se expressando os resultados da avaliação de forma qualitativa, normalmente acompanhada de uma síntese descritiva das aprendizagens desenvolvidas.
No entanto, com o enquadramento normativo resultante da publicação do Despacho normativo n.º 1-F/2016, relativo ao ensino básico, os resultados da avaliação para os alunos com CEI nos 2.º e 3.º ciclos passa a traduzir-se numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, e, sempre que se considere relevante, deve ser acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar, sempre que aplicável, a inscrever na ficha de registo de avaliação (cf. n.º 3 e 4 do art.º 13.º do Despacho normativo n.º 1-F/2016).
Perante esta mudança de paradigma na expressão da avaliação dos alunos com CEI no ensino básico, faz sentido que, por coerência e analogia, esta terminologia se estenda aos alunos com CEI no ensino secundário.
Por outro lado, face à ausência de orientações superiores sobre o tipo de avaliação que se deve aplicar aos alunos com CEI no ensino secundário, aplica-se a designada "lei geral" que, neste caso concreto, determina que, no ensino secundário, "Em todas as disciplinas constantes dos planos de estudo são atribuídas classificações na escala de 0 a 20 valores." (cf. n.º 7 do art.º 29.º do Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 91/2013, de 10 de julho,176/2014, de 12 de dezembro, e 17/2016,de 4 de abril; n.º 5 do art.º 16.º da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro - cursos profissionais).
Assim, conjugando as normas de avaliação dos alunos do ensino secundário com uma leitura extensiva das normas aplicáveis aos alunos com CEI dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, e, ainda, por analogia com este nível educativa, considera-se que a avaliação dos alunos com CEI no ensino secundário deve ser expressa numa escala de 0 a 20 valores, acompanhada, eventualmente, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem.
Discriminação dos deficientes" tem aumentado na Europa
“O respeito pelas leis e regras dos direitos humanos não tem tido nos últimos anos resultados muito bons. A exclusão, a pobreza e a discriminação têm aumentado na comunidade europeia”, reconheceu esta terça-feira Yannis Vardakastanis, presidente do Fórum Europeu de Deficiência, no Primeiro Encontro do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa. Este encontro celebra os dez anos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
No encontro organizado pelo Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, Yannis Vardakastanis realçou a importância da convenção para assegurar os direitos das pessoas com deficiência, mas afirmou “que a sua implementação não é possível sem um movimento associativo forte”. “Estamos à margem da sociedade e queremos fazer parte dela e para isso temos de lutar contra estes problemas”. Para isso, o presidente do Fórum Europeu da Deficiência disse que “é necessária uma aliança entre todos: universidades, associações, sindicatos". "Precisamos de ser ativos para mobilizar as pessoas”, sublinhou.
Em Portugal, constatou Jorge Folcato, deputado do Bloco de Esquerda, “continua a verificar-se a construção e a inauguração de instituições” para internar pessoas com deficiência. Em resposta ao deputado, Yannis Vardakastanis mostrou-se contra e deu o exemplo do que na Grécia se conseguiu fazer: “Há 10 anos começámos por criar pequenos lares para evitar a institucionalização e por outro lado para retirar pessoas das instituições. Acabámos por criar 15 apartamentos e neste momento estamos a negociar com o governo a criação de mais 15”.
Programas para promover a inclusão?
O deputado afirmou ainda que, apesar de existirem muitos programas para promover a inclusão, nada foi efetivamente feito. “Sabemos que a escola não é inclusiva; os programas não foram cumpridos. Nunca se vai ao fundo das questões ver o que foi feito. Vivemos num país de faz de conta.”
“Temos de ser visíveis no final do dia senão somos esquecidos”, lamentou, por seu lado, Yannis Vardakastanis. E no que diz respeito à intervenção das associações na promoção da independência das pessoas com deficiência e às queixas referidas pela deputado do Bloco de Esquerda, deixou claro que a Europa não pode fazer nada se não forem denunciadas estas situações.
Já Pedro Grilo, da Associação Portuguesa de Deficientes, reforçou a importância da monitorização dos direitos das pessoas com deficiência mas defendeu que este controlo deve ser feito de forma “independente” sem a supervisão do Governo, como atualmente acontece.
Fonte: Público
No encontro organizado pelo Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, Yannis Vardakastanis realçou a importância da convenção para assegurar os direitos das pessoas com deficiência, mas afirmou “que a sua implementação não é possível sem um movimento associativo forte”. “Estamos à margem da sociedade e queremos fazer parte dela e para isso temos de lutar contra estes problemas”. Para isso, o presidente do Fórum Europeu da Deficiência disse que “é necessária uma aliança entre todos: universidades, associações, sindicatos". "Precisamos de ser ativos para mobilizar as pessoas”, sublinhou.
Em Portugal, constatou Jorge Folcato, deputado do Bloco de Esquerda, “continua a verificar-se a construção e a inauguração de instituições” para internar pessoas com deficiência. Em resposta ao deputado, Yannis Vardakastanis mostrou-se contra e deu o exemplo do que na Grécia se conseguiu fazer: “Há 10 anos começámos por criar pequenos lares para evitar a institucionalização e por outro lado para retirar pessoas das instituições. Acabámos por criar 15 apartamentos e neste momento estamos a negociar com o governo a criação de mais 15”.
Programas para promover a inclusão?
O deputado afirmou ainda que, apesar de existirem muitos programas para promover a inclusão, nada foi efetivamente feito. “Sabemos que a escola não é inclusiva; os programas não foram cumpridos. Nunca se vai ao fundo das questões ver o que foi feito. Vivemos num país de faz de conta.”
“Temos de ser visíveis no final do dia senão somos esquecidos”, lamentou, por seu lado, Yannis Vardakastanis. E no que diz respeito à intervenção das associações na promoção da independência das pessoas com deficiência e às queixas referidas pela deputado do Bloco de Esquerda, deixou claro que a Europa não pode fazer nada se não forem denunciadas estas situações.
Já Pedro Grilo, da Associação Portuguesa de Deficientes, reforçou a importância da monitorização dos direitos das pessoas com deficiência mas defendeu que este controlo deve ser feito de forma “independente” sem a supervisão do Governo, como atualmente acontece.
Fonte: Público
Biblioteca em braille única no País abre no início do ano em escola do IPL
Cerca de 40 livros vão fazer a 'estreia' da biblioteca em braille que abrirá no início do próximo ano na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) de Leiria. A criação da biblioteca foi anunciada no dia em que o Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) celebrou 10 anos, sendo que aquele espaço será único no País, pela particularidade de integrar obras de vários géneros. Contando com o apoio do Lions Clube de Leiria, a biblioteca será dotada mensalmente com novos livros. A coordenadora do CRID, Célia Sousa, explicou que a intenção passa por “disponibilizar um espaço em braille que englobe não só obras técnicas, que é o que geralmente acontece – incluídas numa biblioteca 'normal' -, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades”.
sábado, 10 de dezembro de 2016
Politécnico de Leiria cria biblioteca em alfabeto Braille
“Mãos que Lêem” é um projecto com o apoio do Lions Clube de Leiria
O Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria (CRID) vai criar uma biblioteca em alfabeto Braille na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS).
A colecção tem como nome Mãos que lêem e será a única no País.
A colecção tem como nome Mãos que lêem e será a única no País.
Integrando obras de vários géneros, a biblioteca será dotada com novos títulos mensalmente.
Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que a intenção deste centro e do Lions Clube de Leiria, que apoia a iniciativa, é a disponibilização de um espaço em alfabeto Braille “que englobe não só obras técnicas, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades”.
A docente e investigadora da ESECS sublinha que imprimir livros em Braille é dispendioso, “pelo que o apoio do Lions Clube de Leiria é essencial para a prossecução do projecto”.
O CRID vai adaptar, pelo menos, uma obra por mês, para integrar na biblioteca, sendo que, neste momento, já estão prontos para impressão 23 títulos. Até ao final do ano de 2017, o CRID espera ter 35 obras disponíveis na biblioteca.
O CRID já adaptou oito obras não técnicas para alfabeto Braille, antes da criação desta biblioteca. Entre os títulos preparados para leitura para invisuais, podemos encontrar Viver a vida a amar, de Fátima Lopes,Desnorte, de Inês Pedrosa, e Navios da noite, de João de Melo.
Também já editou dois livros infantis multiformato, e variado material informativo, e lançou o primeiro guião cultural inclusivo do Mundo (Braille, áudio-descrição, Língua Gestual Portuguesa e pictogramas), para o Mosteiro da Batalha.
Hoje, todos os espaços culturais de Leiria contam com guiões inclusivos, desenvolvidos pelo Centro de Recursos, do IPL.
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Santa Reads Braille
During the holiday season, there’s so much going on it’s easy to forget that it can be a very visual experience for most. That’s why it’s so important to remember to include as many people as we can.
Those who live with visual impairments unfortunately know what it feels like to be left out a little too well. Here at Braille Works, we were inspired to change that.
Last Christmas we had the amazing opportunity to help Santa Claus by sending his letters in Braille and large print to kids who are blind or visually impaired. The effort was branded “Santa Reads Braille” and it turned out to be a huge success! Over 300 children from all over America received a Braille letter from Santa.
Every kid already knows that Santa reads Braille, they don’t need to be convinced of that. We’re just stepping in to help prove it to them.
Why, you might ask? We really believe that everyone deserves to be included, especially with something as fun as a letter from Santa Claus.
Do you have a child or student in your life who reads Braille or large print? Would they enjoy getting a letter from Santa they could read for themselves?
Visit BrailleWorks.com today to get started. Just tell us who you are and where you want the letter delivered, and we’ll take care of the rest. You can help Santa reach even more kids across America this year by sharing the Santa Reads Braille program with family and friends. The Braille and large print letters will be delivered free of charge, just in time for Christmas Day.
From our family to yours, we wish you a Merry Christmas and a Happy New Year!
Guia psrs dar a conhecer aos turistas a Lisboa acessíve
A Câmara de Lisboa vai lançar este sábado o Guia de Turismo Acessível, que dá a conhecer os percursos turísticos recomendados para quem tem mobilidade condicionada, bem como os equipamentos e serviços que reúnem as necessárias condições de acessibilidade. O vereador dos Direitos Sociais diz que este guia demonstra que “é possível as pessoas com dificuldades motoras terem tempo de lazer e fruição em Lisboa”.
Com uma tiragem de mil exemplares, metade em português e a outra metade em inglês, o guia vai ser distribuído gratuitamente pela câmara e pela Associação Turismo de Lisboa nos seus postos de informação e equipamentos. Segundo o vereador João Afonso, ele estará também disponível online e deverá ser objeto de novas edições à medida que se justifique.
“Acreditamos que em fevereiro este guia estará bastante desatualizado”, diz o autarca com um sorriso, referindo-se à data prevista para a conclusão das obras no chamado Eixo Central. A partir dessa altura, sublinha, a cidade passará a dispor de “uma nova área de usufruto, uma nova centralidade” adaptada às necessidades de quem tem mobilidade condicionada.
Por enquanto são três os “percursos pedonais recomendados” que surgem no guia: Baixa e Cais do Sodré, Belém e Parque das Nações. Todos eles, sublinha-se na publicação, “foram registados e testados por pessoas que se deslocam em cadeira de rodas”.
Para cada um desses percursos são indicados quais os troços que podem ser realizados “de forma autónoma”, por terem “piso regular e passagens de peões sem ressalto”, e quais aqueles em que é aconselhável “a ajuda de terceiros”, dado que “o piso é irregular” e pode apresentar “passagens para peões com ressaltos”.
Para além dos três percursos, que no entender da câmara abarcam as “três principais zonas turísticas da cidade”, o guia tem uma área dedicada aos jardins e miradouros de Lisboa, que convidam quem os visita a “usufruir de um momento de descanso e contemplação”. Sobre estes espaços há no entanto várias ressalvas: eles “tendem a localizar-se na zona antiga da cidade, cujas envolventes apresentam inclinações elevadas, piso irregular e passeios estreitos”, “os transportes públicos para estes locais tendem a não ser adaptados” e “nem todos os locais apresentam instalações sanitárias adaptadas”.
Nesta publicação há também espaço para os museus e para os restaurantes e hotéis, bem como para os “tours acessíveis privados”. No documento, da responsabilidade da equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, destaca-se que só foram incluídos (salvo algumas exceções assinaladas) “equipamentos e serviços de interesse turístico que demonstraram intenção em integrar o guia, que aceitarem que um técnico aplicasse no local um questionário sobre as condições de acessibilidade, e que reúnem algumas condições básicas de acessibilidade”. (...)
Fonte: Público
Era uma vez... um livro para as crianças que não vêem
Associação Nacional de Intervenção Precoce lançou o primeiro livro multissensorial. A expectativa é que haja uma segunda edição, mas para isso é preciso financiamento.
O papel ganha vida e formas. A conversa sai das folhas para as mãos. É assim que o primeiro livro multissensorial consegue dar às crianças com deficiência visual que não saibam ler em braille a oportunidade de conhecer a história que nestas páginas é contada. Chama-se O que vês, o que vejo… e foi lançado no mês passado, pela Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP). Foi produzido pela editora francesa Les Doigts Qui Rêvent, que trabalha na produção de livros táteis deste género. Este é o primeiro a chegar a Portugal.
O objetivo, explica Viviana Ferreira, psicóloga e diretora técnica na ANIP, é “que as crianças até aos 6 anos, que não sabem ler ainda em braille, tenham a oportunidade de, através das ilustrações táteis, dos bonecos com braços que saltam da folha e se mexem, de um sol que se empurra da esquerda para a direita e de um girassol que gira”, fazer “uma leitura da imagem, tendo em conta aquilo que o texto lhe propõe.”
Para já, porém, a ANIP só conseguiu imprimir 100 exemplares da obra. “A produção do livro andou entre os 90 e os 100 euros, porque foi feito com materiais especiais e à mão, o que encarece os custos”, explica a psicóloga. O próprio braille “é feito de um material diferente do dos livros normais, que abatem ao final de algum tempo. Este é feito com uma resina para nunca vai abater e ser mais suave ao toque”. Acima de tudo, reforça a psicóloga, que coordena o projeto, este livro tem uma grande componente de inclusão: “Queremos um livro que promova a partilha, o encontro de perspetivas da criança que veja e da criança com cegueira tal como o texto sugere.” Este livro retrata, assim, uma conversa entre duas crianças sobre um dia comum. Está lá o mar, em relevo, a lã de uma camisola, um coração, o pôr-do-sol e em tudo as crianças podem tocar.
Preço mais acessível
Ao contrário do que acontece com as edições da Les Doigts Qui Rêvent, “onde os livros custam entre os 70 e 90 euros”, a ANIP quis fazer um preço mais baixo, porque “cá esses preços são incomportáveis para os pais, que já têm muitas despesas associadas à doença dos filhos”. Está à venda por 35 euros e já existem poucos disponíveis.
“A adesão positiva das pessoas ao livro dá-nos confiança para chegar a um financiador e dizer que há mais pessoas que o querem mas que já acabaram estes 100. Se houver financiamento seguramente que nos aventuremos numa segunda edição”, explica. (...)
“Não queríamos que fosse mais um recurso que só tivesse braille e umas ilustrações em relevo.” No entanto, o braille está presente porque “as crianças com cegueira devem ter contacto com o braille, não para o saber ler, mas para perceber que aquilo são letras que representam palavras e conceitos para depois mais tarde quando aprenderem o braille em contexto do primeiro ciclo entendam”, destacou Viviana Ferreira.
Percebendo a importância que as histórias têm na infância, esta oficina quis criar algo que fosse mais do que “um livro em branco, amontoado de folhas” para as crianças com deficiência visual. Pensemos nos contos infantis. O que é que vemos? Cor, muitos desenhos criados à medida da idade delas, pouco texto com palavras simples. Imaginemos agora uma criança com cegueira e que ainda não aprendeu a ler em braille. Como vai poder ler? Tem de ser a “tocar” a história que ela vai poder “ler”.
Fonte: Público
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