sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Livros infantis para “meninos especiais” | P3

Livros infantis para “meninos especiais” | P3: Como é escrever um livro infantil sobre a Carolina, que é surda e cega? Ou fazer as ilustrações sobre o Tiago, que tem paralisia cerebral? É difícil. E é fácil. É o que dizem escritores e ilustradores que foram chamados a contribuir para a colecção “Meninos Especiais”

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Governo arranca hoje com iniciativa "Percursos pela Inclusão"


FONTE: Por Lusa

 

imagem: Ana Sofia Antunes

A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência arranca hoje, no Porto, com a iniciativa "Percursos pela Inclusão", com vista a mostrar entidades que contribuem para a inclusão e para a promoção dos direitos das crianças e jovens.
Ana Sofia Antunes vai andar, numa primeira fase, pelo norte do país, passando por Porto, Vila Nova de Gaia, Viana do Castelo, Guimarães, Braga, Póvoa de Lanhoso, Vila Real e Alfândega da Fé. A iniciativa tem por tema "Respostas sociais inovadoras no âmbito da Inclusão" e esta primeira fase decorre entre o dia de hoje e 29 de janeiro.
 

Jovens investigadores da UC recebem bolsa para tratar a cegueira e solos contaminados


FONTE: DN


Fundação Calouste Gulbenkian entrega bolsa de estímulo
à investigação para jovens com menos de 26 anos

João Calmeiro e João Vareda, investigadores da Universidade de Coimbra, foram distinguidos pela Fundação Calouste Gulbenkian, com Bolsas de Estímulo à Investigação no valor de 12.500 euros cada. O primeiro desenvolve um trabalho que pretende curar a cegueira, o segundo quer tratar solos contaminados com metais pesados. Os prémios destinam-se a investigadores com idade inferior a 26 anos e vão ser entregues no dia 9 de março.

João Calmeiro faz investigação no Centro de Neurociências e Biologia Celular. O trabalho recai sobre uma proteína - a canalrodopsina-2 - que poderá ser utilizada como ferramenta contra a cegueira causada por degeneração da retina, uma doença que afeta mundialmente mais de 15 milhões de pessoas.

"A nossa investigação procura dar capacidade de resposta à luz aos neurónios da retina que não têm essa capacidade naturalmente. O projeto visa alterar as propriedades de absorção de luz da proteína "canalrodopsina-2", que naturalmente responde apenas à luz de cor azul, e criar novas variantes que absorvem e respondem à luz de outras cores", o jovem investigado, que diz ser "um enorme orgulho receber este prémio de uma instituição tão prestigiada".

Portugueses criam sistema que diagnostica e trata epilepsia | P3

Portugueses criam sistema que diagnostica e trata epilepsia | P3: Equipa do INESC TEC criou o primeiro sistema do mundo que usa tecnologia 3D para detectar movimentos corporais durante as crises epilépticas. Pode ajudar no diagnóstico e tratamento

sábado, 23 de janeiro de 2016

DEFICIENTES VISUAIS PODEM TER AULAS DE BIOLOGIA


  


Modelos táteis para melhorar o
aprendizado de cegos: Cérebro em relevo
 
Imagine saber que existe um mundo que não se pode ver e ter que conhecê-lo através do tato. A falta de visão, descrita pelo escritor e vencedor do prêmio Nobel de literatura José Saramago em seu livro Ensaio sobre a cegueira, é a realidade que, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), é vivida por quatro milhões de pessoas no país. Pensando em como os cegos poderão estudar em colégios do ensino regular e aprender com o mesmo conteúdo aplicado aos demais, a professora Nadir SantAnna, do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), desenvolveu o projeto 'Produção de Esquemas em Alto Relevo para Deficientes Visuais nas Áreas de Biologia Celular, Histologia e Embriologia'.
Contemplado pelo edital 'Apoio à Construção da Cidadania da Pessoa com Deficiência', da FAPERJ, seu objetivo é auxiliar estudantes do ensino médio no aprendizado de matérias como Biologia.
"Acreditamos que inclusão de facto é garantir aos portadores de necessidades especiais condições de participação em todos os setores, inclusive no acesso à educação de qualidade. Só assim aumentamos suas alternativas para inclusão no mercado de trabalho", diz Nadir SantAnna.
Segundo a professora, o ensino de certas disciplinas exige recursos didáticos complementares para facilitar o aprendizado. Um desses casos é a biologia, que inclui a descrição de estruturas envolvidas em eventos dinâmicos e simultâneos. "Como é mais difícil entender esse conteúdo, a matéria termina despertando pouco ou nenhum interesse dos alunos portadores de deficiência visual, que acabam desistindo de seguir qualquer carreira ligada à área biológica." Segundo a professora, os modelos físicos tridimensionais que facilitariam o entendimento das imagens por esses estudantes são praticamente inexistentes ou de altíssimo custo.
 
Modelos feitos em biscuit do processo de trabalho de parto.
Modelos feitos em biscuit do processo de trabalho de parto. Em A, observamos o início da perda do tampão mucoso.
Em B observamos o início da dilatação do canal endocervical. Em C observamos o início do processo de expulsão,
pois a cabeça do feto já passou pelo canal endocervical. O cordão umbilical foi feito com barbante de algodão trançado.
 Para facilitar o entendimento desses alunos, ela desenvolve objetos didáticos táteis, produzidos com material de baixo custo, como barbante, contas, vidrilhos e arames. Parte dos modelos também é feita com massa de biscuit, fácil de ser encontrada, barato, além de ser de fácil preparo e modelagem e permitir ampla variação de textura, coloração, e ser resistente ao calor. "Um modelo de cérebro adquirido em lojas custa em torno de R$ 300. O nosso sai por menos de R$ 10, já que a massa de biscuit é preparada e modelada pelos membros de nossa equipe", afirma a professora Nadir. Ela lembra que para produzir biscuit é preciso apenas cola, tinta para tecido e amido de milho e sua reprodução em maior escala pode ser feita através de moldes de silicone, parafina, gesso e até argila.Com o uso desses modelos, os alunos com deficiência visual podem sentir pelo tato células, ou órgãos do corpo humano. De acordo com a professora, o trabalho está concentrado, por enquanto, no Colégio Estadual Thiers Cardoso, em Campos, interior fluminense. "Durante as aulas observamos que os portadores de deficiência mantinham um comportamento retraído em comparação com os normovisuais, que são as pessoas sem problemas de visão. Eles pareciam deslocados do restante da turma e eram completamente dependentes de outras pessoas, tanto para a leitura dos textos como para explicações paralelas sobre o assunto abordado pelo professor. Era uma forma de exclusão dentro da proposta constitucional de inclusão. Então, vimos que era necessário integrar normovisuais e deficientes visuais, além de lhes dar maior independência", diz Nadir. Na escola, Nadir e seu grupo empregaram os modelos em turmas com aproximadamente 20 alunos, dos quais sempre dois a três eram deficientes visuais. "Os resultados foram bem satisfatórios. Uma aluna com cegueira congênita, de 24 anos, não sabia como era a genitália masculina. Com o modelo em alto-relevo, ela pôde enfim conhecer e, junto com os outros alunos, entender mais coisas sobre o sistema reprodutor. A professora contou que, antes de conhecer os modelos de vários órgãos do corpo, a aluna não fazia perguntas em sala de aula. Hoje, ela é uma das mais interessadas", diz.Segundo Nadir, a proposta não é criar um espaço extra para o uso do material inclusivo, mas fazer com que ele seja empregado em aulas expositivas, seguindo o programa do curso. Assim, enquanto os estudantes com visão normal assistem as aulas expositivas, com apresentação de material audiovisual, normalmente exibição de slides, os alunos deficientes visuais acompanham as explicações do professor, sozinhos, podendo percebê-las nos esquemas tridimensionais auto-explicativos. Durante a aula, todos terão à disposição materiais iguais. Os modelos produzidos em biscuit têm cores fortes para estimular aqueles com baixa visão.O conjunto de material tátil, criado pela professora como uma proposta auto-explicativa e inclusiva, evoluiu, nos últimos meses, para a criação de um Atlas Tátil, composto de esquemas em alto-relevo reproduzidos em Braillon uma película plástica e acompanhados de legendas impressas em braile sistema de signos desenhados em relevo para serem lidos com a ponta dos dedos, que compões a escrita para cegos. Em vez de um livro enorme e pesado, o Atlas foi dividido em capítulos encadernados, facilitando o transporte pelos usuários. Cada capítulo é acompanhado por um CD, com esquemas coloridos para aulas expositivas e legendas digitalizadas, que permitem sua leitura no programa DosVox software que possibilita aos cegos utilizarem um computador comum (PC) para desempenharem uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência no estudo e no trabalho.Com o apoio da FAPERJ, a equipe já recebeu os equipamentos para imprimir o Atlas: computadores, impressora em braile e o material para a reprodução das matrizes. Cada uma das páginas é feita em Thermoform material que permite a produção de figuras, formas e mapas em alto-relevo. Com o auxílio da Pró-Reitoria de Extensão da Uenf, os pesquisadores estão ainda visitando as coordenadorias regionais de educação das regiões norte e noroeste fluminense para distribuir o material, capacitar professores e sensibilizar profissionais de outras áreas para a montagem de uma equipe multidisciplinar. "Cada coordenadoria receberá um exemplar do Atlas Tátil. Dependendo da demanda, poderemos ceder um número maior de exemplares" explica. "Ficamos muito emocionados com a receptividade dos alunos, saber que os estamos ajudando a enxergarem um mundo diferente é bem gratificante", finaliza.
TÉCNICAS PARA PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DE MATERIAL EDUCACIONAL DE BAIXO CUSTO NA ÁREA DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS PARA DEFICIENTES VISUAIS - consultar aqui.


 
fonte: FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro  
 
 

Governo liberta 7 milhões para qualificar pessoas com deficiência




A Renascença apurou que se trata de uma medida excepcional. Os destinatários são pessoas com deficiência, à procura de emprego ou desempregadas.

O Governo aprova esta quinta-feira o reforço financeiro de 125 instituições de apoio à qualificação de pessoas com portadoras de deficiência. Trata-se de uma medida excepcional, enquanto espera pelas verbas de Bruxelas.

São 7,3 milhões de euros para garantir acções de qualificação a quase oito mil formandos, entre Janeiro e Março. Os destinatários são pessoas com deficiência, à procura de emprego ou desempregadas. Há vários anos que estas acções de formação são financiadas pelo Fundo Social Europeu.

Acontece que os habituais atrasos na transição entre quadros comunitários estão a ser mais graves e o Portugal 2020 não está ainda a aceitar candidaturas, no âmbito do Programa Operacional de Inclusão e Emprego. Ou seja, até 31 de Dezembro do ano passado, as 125 entidades que prestam este serviço tiveram verbas do QREN e, a partir de 1 Janeiro, ficaram sem financiamento.

Ficaram, assim, em causa as acções de formação, os subsídios aos formandos e os salários dos técnicos das instituições. Preocupadas com a situação, quatro federações alertaram o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A solução, apurou a Renascença junto de fontes oficiais, está numa medida de apoio excepcional e temporária que garante as verbas para os primeiros três meses do ano. O financiamento será suportado em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

A expectativa é que, em Fevereiro, já seja possível apresentar candidaturas no Programa Operacional do Portugal 2020. As instituições esperam que em Abril já tenham o dinheiro enviado por Bruxelas.

Como tornar os locais de voto acessíveis?

  A Câmara de Lisboa responde.
 
  

A acessibilidade da assembleia de voto mede-se no edifício onde ela está instalada
mas também na envolvente a ele.  NUNO FERREIRA SANTOS/ARQUIVO

A equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal elaborou um guia com "boas práticas para a instalação de assembleias de voto acessíveis"

Porque “na hora de votar a acessibilidade conta, principalmente para cidadãos idosos, cegos ou com baixa visão e com mobilidade condicionada”, a equipa do Plano de Acessibilidade da Câmara de Lisboa elaborou um guia com recomendações sobre como tornar as assembleias de voto “acessíveis”.

O documento começa por fazer um enquadramento da legislação em vigor, no qual se lembra que desde 2006 “existe legislação que define as condições de acessibilidade a cumprir no âmbito do projecto e na construção de espaços públicos, equipamentos colectivos e edifícios públicos”. No caso concreto das assembleias de voto, a Lei Eleitoral da Assembleia da República define que elas “devem reunir-se em edifícios públicos, de preferência escolas, sedes de municípios ou juntas de freguesia que ofereçam as indispensáveis condições de capacidade, segurança e acesso”.

Feito o enquadramento legislativo, a equipa coordenada por Pedro Homem de Gouveia sintetiza algumas das recomendações que diferentes entidades internacionais e nacionais têm produzido sobre este tema. Entre elas as da Comissão Nacional de Eleições, que segundo se lê no documento da Câmara de Lisboa “tem vindo a aconselhar especial atenção na escolha dos locais de voto”, defendendo que “a questão da acessibilidade de todos os cidadãos às assembleias de voto, designadamente dos cidadãos portadores de deficiência e dos cidadãos com dificuldades de locomoção, deve ser o elemento preponderante na escolha dos locais a utilizar”.

Mas afinal o que faz com que uma assembleia de voto seja acessível? Para a equipa responsável pelo Plano de Acessibilidade Pedonal, tal depende não só das “condições físicas no edifício onde é instalada a assembleia de voto”, mas também da “envolvente” a esse edifício e do próprio “processo de votação”.

Começando pela envolvente da assembleia de voto, os técnicos do município notam que junto a ela deve haver “paragens/estações de transportes públicos e parque de estacionamento”, bem como “uma área reservada para largada e tomada de passageiros que permita táxis e transportes adaptados”. “Entre estes locais e a assembleia de voto deve ser assegurada a continuidade e acesso livre de obstáculos”, acrescenta-se.

Quanto à assembleia de voto propriamente dita, a equipa do plano faz recomendações sobre a entrada no edifício, que não deve ter “desníveis”, sobre as secções de voto e sobre os percursos entre elas e a entrada. Além disso, é deixada uma sugestão: a de que no átrio de entrada das assembleias de voto “estejam uma ou duas pessoas que possam conduzir ou auxiliar pessoas com mobilidade condicionada, nomeadamente idosos, pessoas que se desloquem em cadeiras de rodas e pessoas com baixa visão ou cegas, até à secção de voto respectiva”.

Na secção de voto, sublinha-se, “existem dois equipamentos cuja disposição e características podem fazer toda a diferença para a plena acessibilidade ao voto”. São eles o “conjunto mesa/urna” e “a câmara de voto”. Em ambos, a altura é uma das preocupações a ter, para garantir que é possível a sua utilização por quem se desloca em cadeira de rodas.

Nas conclusões, a equipa coordenada por Pedro Homem de Gouveia frisa que “a livre participação nas eleições pressupõe o livre acesso à assembleia de voto” e que as autarquias “têm um papel preponderante” a este nível, uma vez que é aos presidentes de câmara que cabe fixar os locais de votação. O documento agora concluído pela autarquia intitula-se Acesso ao Voto - Boas práticas para a Instalação de Assembleias de Voto Acessíveis e pretende ser uma ferramenta de trabalho ao dispor de todos os interessados.

Participe na consulta sobre Estratégia Europeia para a Deficiência

 

Estratégia Europeia para a Deficiência 2010-2020 está em consulta pública até 18 de março. A sua participação é importante para a Comissão Europeia avaliar o impacto da estratégia e verificar se ela continua bem configurada às necessidades e aos direitos das pessoas com deficiência.

Esta Consulta visa a recolha da opinião dos cidadãos, organizações, autoridades públicas, académicos, setor empresarial e outros parceiros sobre o impacto da Estratégia Europeia para as Pessoas com Deficiência 2010-2020, os desafios que se colocam às pessoas com deficiência e a forma a União Europeia lhes deve responder.

Os seus resultados contribuirão para avaliar os progressos da Estratégia Europeia para a Deficiência 2010-2020 e para identificar e corrigir eventuais lacunas.

A Estratégia Europeia para a Deficiência está em linha com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que a UE ratificou em 2010, e identifica oito áreas de ação: acessibilidade, participação, igualdade, emprego, educação e formação, proteção social, saúde e ação externa.

Participe respondendo ao questionário e aceda a mais informação sobre esta consulta pública. A sua opinião conta!

Concurso Educação Especial 2016 – Fundação Calouste Gulbenkian

                    

No âmbito do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações, a Fundação Calouste Gulbenkian continua a apoiar atividades e ações inovadoras que promovam a educação, designadamente no âmbito da intervenção precoce, reabilitação e integração escolar e social das crianças e jovens com necessidades educativas especiais. Estes projetos devem identificar, projetar e desenvolver experiências concretas, que permitam criar condições para uma efetiva melhoria da qualidade das aprendizagens destas crianças e jovens.
As candidaturas podem ser enviadas para o Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações, de 01 de Fevereiro até ao dia 04 de Março, por instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, legalmente reconhecidas, que apresentem projetos consonantes com o objeto do concurso, nos termos do Regulamento.
Mais informações em http://www.gulbenkian.pt/
Candidaturas on-line http://candidaturas.gulbenkian.pt/

Workshop Competências Sociais à Entrada da Puberdade


No próximo dia 30 de Janeiro, a associação PAIS 21 vai realizar no Porto (Matosinhos), o workshop sobre competências Sociais à entrada da puberdade, dirigido a pais, professores e técnicos de jovens com NEE e tem um valor de inscrição de 10 euros.
Inscrições: info@pais21.pt
Sítio Web http://pais21.pt

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

GLOBONEWS LARGA NA FRENTE E ESTREIA AUDIODESCRIÇÃO


O documentário "Boa noite, Solidão" será exibido pela GloboNews neste sábado, dia 16, às 21h05 e será o primeiro programa da emissora a contar com o recurso da audiodescrição. Atualmente, as operadoras de TV por Assinatura já são obrigadas a transmitir os recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual ou auditiva veiculados pela TV Aberta, mas não existe a obrigatoriedade para as emissoras exclusivas da TV a cabo, como a GloboNews. A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que serve não só para pessoas com deficiência visual, mas também para terceira idade, pessoas com baixo letramento e com alguns tipos de deficiência intelectual.

GloboNews: Boa Noite, Solidão será o primeiro programa da TV a cabo produzido com audiodescrição
PraCegoVer: Cena do documentário "Boa Noite, Solidão": Geneton Moraes Neto entrevista o sertanejo Ginaldo José da Silva. O documentário será transmitido pela GloboNews neste sábado.
Trinta anos depois de sair de Pernambuco em busca de melhores oportunidades no Rio de Janeiro, um movimento bastante comum naquela época, o jornalista Geneton Moraes Neto faz uma reflexão em seu novo documentário, "Boa Noite, Solidão", o quinto de sua carreira. Seu objetivo é entender o que pensam as pessoas que fazem uma opção contrária a dele: a de não sair da periferia rumo aos grandes centros. Esse foi o seu único critério: escolher pessoas que, por livre escolha, nunca saíram da pequena cidade de Solidão, no sertão pernambucano, e não conhecem o Rio de Janeiro, São Paulo ou Brasília. "Um princípio que considero básico para o jornalismo é perfeitamente adaptável ao universo dos documentaristas: não se deve, nunca, sair de casa com uma ideia preconcebida sobre a realidade. A experiência de se deixar surpreender pela realidade é sempre fascinante", explica Geneton.
A escolha da cidade foi aleatória. Pernambucano, Geneton sempre ficou curioso com o nome dessa cidade no mapa. "O documentário deve, obrigatoriamente, extrapolar o mero registro jornalístico. Deve ser uma aventura pessoal", explica. Percorreu 450km do Recife para o sertão com o cinegrafista Eduardo Riecken, companheiro de muitas viagens ao sertão no início dos anos 80 para cobrir a seca, em busca de personagens que tivessem boas histórias para contar. E, assim, conheceu em Solidão um homem semi-analfabeto que fabricou um carro com peças de oito automóveis diferentes, com o qual presta todo tipo de serviço; o homem de Afogados de Ingazeira que sonhava em voar e fabricou uma espécie de asa delta que levantou voo; e até um agricultor que zela pela língua portuguesa e critica as gírias ditas pelas pessoas que moram no Sudeste do país. "Fica clara a imensa dívida que o Brasil tem com tantos brasileiros. Se eles tivessem tido a chance de estudar, o que estariam fazendo hoje?", reflete o jornalissta.
A conclusão do documentarista é que as pessoas ainda nutrem uma curiosidade sobre os grandes centros, mas não sonham mais em morar neles por conta do medo da violência, alimentado pelo noticiário da TV ou pelos relatos de amigos que se arriscaram nessa travessia. Isso confirma o que as pesquisas mostram: hoje há mais gente voltando para o Nordeste do que saindo de lá. Ao mesmo tempo, a população do sertão hoje é tão conectada quanto os jovens das grandes cidades e têm acesso a todo tipo de rede social ou aplicativo, graças à popularização da internet.
Fonte:GloboNews

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Eleições Acessíveis – PR 2016

No âmbito da parceria estabelecida entre a CNE e o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, I.P.) e um conjunto de organizações não governamentais representativas das várias áreas da deficiência (motora, auditiva, visual, intelectual), pretende-se promover a participação na vida política dos cidadãos com deficiência e, em especial, na eleição do Presidente da República que terá lugar no próximo dia 24 de janeiro. 

 
Com vista a esse objetivo, produziram-se os seguintes materiais:
  • Folheto informativo - Eleição Presidente da República 2016 - Cidadãos com deficiência
  •  Vídeo informativo em Língua Gestual Portuguesa, com locução e legendagem 
    Aceda ao video aqui

Consulte, ainda, o boletim de voto.


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

GNR de Viseu distribui livros em braille, com conteúdos de segurança


 

A GNR de Viseu anunciou que vai distribuir livros em braille, com conteúdos de segurança, aos cegos do distrito com mais de 50 anos, numa iniciativa que prevê ainda o aconselhamento para a prevenção de burlas. Segundo o responsável pelas relações públicas da GNR de Viseu, José Machado, a acção conta com a colaboração da delegação de local da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que foi “fundamental para identificar os invisuais do distrito”.

Audiolivros para utentes deficientes visuais

Desde 2011 que o Serviço de Leitura para Deficientes Visuais (SLDV) da Biblioteca Municipal de Coimbra, através de um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, passou a deter os meios para a produção de livros áudio, ao abrigo do artigo 80.º do Código dos Direitos de Autor.

Estes livros, cuja leitura é feita por voluntários, são disponibilizados gratuitamente a pessoas portadoras de deficiência visual - para serem ouvidos nos seus leitores de MP3, computadores ou telemóveis - sendo a sua transferência realizada via plataformas electrónicas (WE TRANFER e MEO CLOUD) ou através do envio postal das gravações em CD ou DVD.

Os utilizadores - nacionais ou estrangeiros - devem efectuar a sua inscrição, fornecendo, para o efeito, cópia digital do Atestado Multiusos de Incapacidade e os seus dados de identificação.

link para consulta dos audiolivros disponíveis


CONTACTOS:
Serviço de Leitura Especial
Biblioteca Municipal de Coimbra
telefone: 239.702.630 - ext. 2322 ou 2320
email: leitura.especial@cm-coimbra.pt
Web: http://www.cm-coimbra.pt/biblioteca/b309.htm

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Dia Mundial do Braille - 4 de janeiro


Neste dia assinala-se o nascimento de Louis Braille, o criador do sistema de leitura e de escrita Braille, que permite através do toque facilitar a vida das pessoas invisuais e a sua integração na sociedade.
Louis Braille ficou cego aos 3 anos de idade e aos 20 anos conseguiu formar um alfabeto com diferentes combinações de 1 a 6 pontos que se alastrou pelo mundo e que ainda hoje é usado como forma oficial de escrita e de leitura das pessoas cegas.




Deste modo, hoje é um dia muito importante, 4 de Janeiro, data de nascimento de Louis Braille e Dia Mundial do Braille

Um pouco sobre Luís Braille:
 Nasceu em Coupvray, França, a 4 de Janeiro de 1809. Aos 3 anos de idade, quando brincava na oficina de seu pai, feriuse num dos olhos, e em consequência de uma infecção que progrediu e se alastrou ao outro olho, levando a que, pouco tempo depois, Luís Braille viria a ficar completamente cego. Mais tarde, quando tinha cerca 10 anos de idade, ingressou na Escola de cegos Valentin Hay onde se destacou na aprendizagem de órgão. Inspirandose no código, inventado pelo Capitão de artilharia do exército francês, Charles Barbier de la Serre que o utilizou para comunicar com os seus soldados em tempo de guerra Luís Braille concebeu um sistema ao qual foi atribuído o seu próprio nome.



A todos os que gostariam de aprender Braille.
Aqui vai o Braille Virtual que é um curso on-line aberto, público e gratuito, destinado à difusão e ensino do sistema Braille a pessoas que vêem.
Clique aqui para aprender Braille