segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
presentes para uma criança com deficiência visual
O que oferecer de presente a uma criança com deficiência visual?
Esta é uma dúvida que frequentemente principalmente na época natalícia.
Algumas ideias!
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Musical Zorro com audiodescrição
O espetáculo Zorro, protagonizado pelos atores Cláudia Vieira e Manuel Moreira, será apresentado no dia 14 de dezembro, no Teatro da Trindade, em Lisboa, com recurso à audiodescrição. Depois de na temporada no Porto ter sido apresentado uma sessão com tradução para língua gestual portuguesa, o musical estará agora também acessível a pessoas com deficiência visual. A ação inicia-se com uma visita ao palco e interação com o elenco do espetáculo (15h00), estando o início do mesmo agendado para as 16h00.Os bilhetes para a sessão inclusiva estarão disponíveis na bilheteira do Teatro da Trindade pelo valor de 8 euros para pessoas com deficiência visual e respetivo acompanhante.
No ato da compra do bilhete os interessados deverão reservar o seu equipamento (número de aparelhos limitados ao stock existente).
Outras informações e reservas:
Horário da bilheteira: das 14h00 às 22h00
Telefone: 213 420 000
E-mail: geral@elencoproducoes.com
Site: www.elencoproducoes.com
Horário da bilheteira: das 14h00 às 22h00
Telefone: 213 420 000
E-mail: geral@elencoproducoes.com
Site: www.elencoproducoes.com
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Implante de jóia no globo ocular é a nova moda
Mulher com coração de platina implantado diz que gostou do resultado,
mas a Academia Americana de Oftalmologia não aprova a cirurgia
Em seu consultório na Park Avenue, em Manhattan, ele cobra US$ 3 mil pela operação, o equivalente a R$ 6,9 mil. Ele faz as cirurgias na frente de uma janela de vidro que vai do chão ao teto, para que os transeuntes possam ver da rua. Luckayanko conta que não se importou com a curiosidade das pessoas. O médico deu a ela um Valium e gás hilariante para acalmar seus nervos. "Você não sente nada", disse ela à reportagem da rede ABC News. O médico é especializado em cirurgias a laser para corrigir a visão. Para o implante ele faz uma fenda na membrana fina que cobre o branco do olho da paciente, e explica que a fenda é tão pequena que não precisa de pontos para cicatrizar.
Luckayanko disse que se sentia como se alguma coisa estivesse em seu olho nos primeiros dias, mas depois se acostumou. Ela foi a primeira a submeter-se à operação em Nova York. Outros quatro apareceram nos dias seguintes para implantar joias no olho. Segundo a rede ABC News, a Academia Americana de Oftalmologia não recomenda a cirurgia e alerta os consumidores que o procedimento não é aprovado no País, embora seja comum na Europa. "A Academia Americana de Oftalmologia não identificou provas suficientes para apoiar a segurança ou o valor terapêutico desse processo", disse a Academia em um comunicado. Em caso de complicações, segundo a Academia, o implante poderia provocar infecção ocular com sangramento, perfuração do olho, conjuntivite e até cegueira.
Que profissões para as mulheres com deficiência?
Excecionalmente, no dia 19 de
dezembro, quinta-feira, o Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. abre as
suas portas para acolher mais uma edição mensal do Forum INR 2013, desta vez com
a temática "Que profissões para as mulheres com deficiência? As perspectivas de
género na empregabilidade".
A iniciativa decorrerá entre as 15h00 e as
17h30, no auditório do INR, I.P. - Avenida Conde de Valbom, 63 - Lisboa, com
entrada livre e sem pré-inscrição.
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no
Emprego (CITE) e a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), dinamizarão a
sessão, com a moderação da Dra. Sónia Esperto, Responsável pelo Plano de
Igualdade do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.
Será dada oportunidade a testemunhos de
vida.
No ano de 2014, continuará o projeto FORUM INR,
nas tardes das últimas quintas-feiras do mês.
Centro de Reabilitação do Norte deve começar a funcionar ainda neste mês
O provedor da Misericórdia do
Porto disse nesta quarta-feira (...) que o protocolo de transferência do imóvel
onde está instalado o Centro de Reabilitação do Norte já foi assinado com a
Administração Regional de Saúde, o que permite iniciar "o plano de instalação do
centro" no imediato.
"A primeira tarefa será a do equipamento da
unidade, para, de imediato, disponibilizar 40 camas de internamento e também
para podermos pôr os ginásios ao dispor das pessoas para a medicina física e de
reabilitação. Pretendemos também iniciar ainda este ano a marcação de consultas
externas", disse António Tavares.
A Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP)
vai assumir por três anos a gestão do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), em
Vila Nova de Gaia, estando prevista a transferência, aprovada em Conselho de
Ministros, de 27,6 milhões de euros para o efeito.
Pronta desde Julho de 2012, a obra do novo CRN
foi lançada em Junho de 2010 pela então ministra da Saúde, Ana Jorge, e a
empreitada apresentava então um custo previsto de cerca de 32 milhões de euros e
deveria estar concluída em "22 a 24 meses". O Centro de Reabilitação do Norte é
uma unidade que vai receber doentes de toda a região Norte e que visa beneficiar
os utentes portadores de défices, incapacidades e limitações, de programas de
reabilitação validados cientificamente.
"O plano é que em meados de 2014, o centro
fique a funcionar em velocidade cruzeiro, com as suas cem camas de internamento
e com todo o seu potencial de consultas a funcionar, mas eu gostava de abrir o
CRN ainda antes do Natal", sublinhou o provedor da SCMP, apontando o próximo dia
20, como a data prevista. O provedor lembrou que, ao abrigo do contrato assinado
com o Estado, a SCMP tem dois meses para abrir o centro. "Se conseguirmos
antecipar a data em quase mês e meio, já é um esforço muito grande para todas as
partes envolvidas", frisou.
Uma das ações já programadas, embora ainda sem
data, é convidar os diretores de todos os hospitais da região Norte a visitarem
a nova unidade hospitalar, pretendendo-se também envolver neste processo a
Câmara de Gaia e a STCP. "Estamos a tentar resolver o problema das
acessibilidades e dos transportes ao centro, que não existem ou são muito
reduzidos", sublinhou.
No que se refere aos recursos humanos, o acordo
assinado com o Governo estipula que "cerca de 30 por cento do quadro de pessoal
virá da função pública. O restante pessoal será oriundo da rede da SCMP,
nomeadamente do Hospital de Prelada. Só depois é que iremos ver se há
necessidade de recrutar mais pessoal", afirmou o provedor.
Em termos de postos de trabalho indirectos,
nomeadamente para as áreas da segurança, limpeza e restauração, a SCMP estima
criar "cerca de uma centena" de empregos.
Uma das áreas em que o CRN procurará "evoluir"
será ao nível da reabilitação cardíaca e da reabilitação respiratória, por serem
"áreas muito secundarizadas na região, assim como serão criadas condições para
que os deficientes tenham a possibilidade de tirar a carta de condução".
Uma das apostas é fazer investigação
relacionada com as patologias a que o CRN irá dar resposta. Nesse sentido, o
provedor disse que têm sido feitos contactos com a Faculdade de Medicina do
Porto e com associações do sector, nomeadamente com a associação dos doentes com
lesões medulares e cranioencefálicas e com a associação dos enfermeiros de
reabilitação.
"Vamos procurar ter com eles uma boa parceria
de cooperação, pensamos que podemos inovar e trazer contributos positivos para
este sector", acrescentou.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Carta ao Pai Natal
Envia-lhe a tua carta até ao dia 17 de dezembro através do e-mail painatal@acapo.pt ou para a morada, caso pretendas escrever-lhe em Braille ou texto impresso:
A/C Pai Natal
ACAPO
Av. D Carlos I, 126. 9.º andar
1200-651 Lisboa
Ah! Não te esqueças de lhe dizer o teu nome, idade, morada e em que suporte (Braille, ampliado ou e-mail) queres que o Pai Natal te responda.
Feliz Natal!
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Preparação de uma visita de estudo para uma turma com alunos com deficiência visual
A
1. Escolha dos destinos
Uma visita de estudo para uma turma que inclua um aluno ou vários com deficiência visual pode, com vantagem, levar em linha de conta essa circunstância no sentido de maximizar o proveito para todos. Um dos aspectos básicos prende-se com a segurança de circulação do grupo nos percursos a pé. Um dos colegas de mais confiança do aluno cego ou o próprio professor devem assegurar a sua orientação ao longo de toda a visita, uma vez que esta supostamente decorrerá em território desconhecido.
A visita deve procurar não se restringir a explorar pontos de interesse exclusivamente visual, sendo certo que no caso de visitas a áreas de natureza, estão geralmente associados à paisagem visual outras sensações: vento, odores de flores e árvores, sons, texturas de troncos, pedras, pêlo de animais, ou até o piso do próprio terreno enquanto se caminha.
Assim, propõe-se a visita frequente a locais como:
— praias e cabos: ruído das ondas, sensação do vento e do sol na pele, cheiro a maresia, jogos na areia macia (permitindo a queda sem risco de ferida), pesca, apanha de algum marisco;
— serras: respirar ar puro, piqueniques à sombra das árvores, beber água das fontes, visita a aldeias de pastores, visita a castros, dolmens, menires e cromeleques;
— parques naturais: especialmente em parques ornitológicos, tal como a reserva do Mindelo (Vila do Conde), o parque ornitológico de Gaia, a reserva das Dunas de S. Jacinto, é possível escutar e aprender a distinguir os cantos das diferentes espécies aladas;
— quintas pedagógicas: contacto com diversas actividades agrícolas, com plantas e animais de criação;
— centros de interpretação ambiental (e de natureza): sensibilização para diversos aspectos da vida selvagem e participação em sessões de observação, escuta e inalação;
— jardins botânicos, estufas: despertar para as diferentes texturas de troncos, folhas, flores e plantas; compreensão dos frágeis equilíbrios ecológicos e da interdependência entre as espécies vivas, com ênfase para as espécies vegetais;
— museus: muitos museus começam a oferecer a possibilidade de manusear réplicas das principais peças expostas, os originais. Criam-se assim secções com alguma acessibilidade, tornando a visita ao museu uma actividade mais inclusiva;
— castelos – podem ser interessantes pontos de visita mas requerem redobrados cuidados de segurança, em virtude da dificuldade de circulação nas muralhas e o elevado risco de queda;
— parques de diversões temáticos;
— bibliotecas multimédia.
2. Mobilidade na cidade
Há diversos aspectos que, se tomados em consideração, podem melhorar muito a acessibilidade urbana, com óbvio benefício para os estudantes com deficiência visual ou motora, e igualmente para qualquer pessoa com deficiência, deslocando-se sozinha ou em grupo. Assinale-se aqui o exemplo da cidade de Dublin onde se pode verificar a adopção generalizada de sinalização sonora nos semáforos para peões; a marcação de faixas próprias nos passeios com sinalização nos pavimentos (com pinos salientes nos pontos de paragem junto a semáforos ou em entroncamentos; e listas na zona de circulação normal); a reprodução dos principais monumentos, bares e locais históricos ou outros pontos de interesse em placas a baixo-relevo, colocadas nos passeios.
Nas imediações de áreas de treino da orientação e mobilidade para pessoas cegas, devem ser colocados de forma bem visível sinais de perigo que levem os condutores a adoptar uma condução especialmente prudente e defensiva. A mesma recomendação se aplica a outros pontos mais frequentados por pessoas com deficiência visual, nomeadamente associações, centros de reabilitação, escolas de referência, centros oftalmológicos e laboratórios de teste da “usabilidade” e ergonomia de ajudas técnicas para a deficiência visual, etc.
Nos centros comerciais é importante que as escadas rolantes sejam correctamente desenhadas, com identificação no solo e limitação do espaço vencido em cada lanço. Os elevadores devem possuir botoneiras com indicações em Braille e uma voz de informação do piso, cada vez que a porta se abre. Nas lojas, é bom que os vendedores não coloquem objecções ao manuseamento dos objectos expostos pelos clientes cegos antes de comprar. As instalações sanitárias devem igualmente possuir condições de acessibilidade. Um aspecto por vezes pouco atendido, prende-se com a acessibilidade e a segurança dos peões, especialmente com deficiência visual, quando estes circulam pelos parques de estacionamento interiores. Naturalmente, em todos estes espaços devem ser admitidos os cães guia, quando em serviço.
Nos pontos de informação turística é aconselhável que a informação não se encontre disponível apenas na forma escrita mas também em terminais audio, permitindo à pessoa cega participar mais activamente na escolha dos locais a visitar pelo grupo.
3. Sugestões de visita:
— Portugal dos Pequenitos (Coimbra) – museu ao ar-livre com réplicas à escala de algunas dos principais monumentos e casas típicas de Portugal ou dos antigos territórios ultramarinos;
— Bracalândia (Braga / Penafiel) – grande parque de diversões; acessibilidade variável conforme a actividade;
— ZooMarine – é possível ouvir os sons emitidos por algumas espécies, ser rebocado por golfinhos, etc;
— Fábrica da ciência em Aveiro: é possível realizar um conjunto de experiências científicas e assim chegar a compreender melhor vários processos físicos e químicos;
— Museu de Arte Moderna da Fundação de Serralves, Porto;
— Visionarium - Centro de Ciência do Europarque, Santa Maria da Feira;
— Oceanário - Parque das Nações, Lisboa;
— Museu das Comunicações - Rua do Instituto Industrial, 16, Lisboa;
— Museu da Electricidade - Av. de Brasília, Central Tejo, Lisboa;
— Ulster American Immigration Park – Omagh, Irlanda do Norte;
— Museu Tiflológico da ONCE, Madrid – para pessoas cegas ou de baixa visão: exposição de obras de arte com relevo para serem tocadas; também com cores garridas e de elevado contraste para mais fácil percepção por alunos amblíopes; mais informação em http://museo.once.es/.
— Tate Modern Art Museum, Londres – neste museu, além dos cuidados com a acessibilidade das exposições, há uma atenção especial ao envolvimento de artistas e público com deficiência em cursos e actividades do museu. Dá-se particular atenção a esta dimensão dentro do programa “Educação e Arte”. Para deficientes visuais, além de um roteiro especial pelas galerias com toque em algumas obras, recentemente foi promovida uma exposição com desenhos em relevo criados por artistas contemporâneos. Além de promover um envolvimento dos artistas com a deficiência visual, esta acção contribuiu igualmente para uma sensibilização da sociedade em geral através da comunicação social. Há também cursos de linguagem de sinais para pessoas surdas para formação de cicerones da colecção que actuarão como mediadores junto ao público surdo que visita o museu. (Cf. “Educação e Arte: a experiência da Tate Modern”, Toby Jackson, apresentação em 28.11.05 no Museu Lasar Segall).
4. Exemplo da Irlanda
Na Irlanda e Irlanda do Norte, existem associações que promovem semanalmente um “dia de compras”, participado não só por pessoas com deficiência mas também por pessoas idosas que assim podem abastecer-se dos bens essenciais, com uma ajuda para a deslocação, para a escolha e até para o pagamento seguro dos produtos desejados. Para isto, carrinhas com guia-acompanhante habilitado recolhem as pessoas em locais pré-definidos, conduzindo-as em grupo às zonas comerciais.
Monumentos como a magnífica calçada basáltica natural composta de elementos hexagonais mundialmente conhecida como “Giant’s causeway”, formada ao longo de milhares de anos, no norte da Irlanda, ou o Ulster american immigration park em Omagh, são excelentes possibilidades de uma visita com acessibilidade onde, com ou sem o sentido da visão, todos os alunos podem fazer a experiência vivenciada do local.
Em algumas bibliotecas, como é o caso da Queen’s University Belfast Library, existem portas especiais de acesso que se accionam pelo simples pulsar de um botão, e em que o tempo de empréstimo de livros para leitores de baixa visão é mais alargado. O pessoal do atendimento recebe formação específica para apoiar os utentes de baixa visão no acesso às prateleiras. Os utentes cegos recebem formação na utilização das ajudas informáticas. No Sonics Art Research Center foi ainda possível tomar contacto com uma equipa activa no desenvolvimento de interfaces de computador para cegos: um rato que permite “ler” desenhos constituídos por linhas (ainda não as texturas), interfaces accionadas por processamento de comandos de voz, etc.
5. Conclusão
Grande parte das recomendações acima não dizem apenas respeito a alunos com deficiência visual inata, mas também a pessoas idosas com perda progressiva da visão, a pessoas que perderam a visão parcial ou total em teatros de guerra, atentados, acidentes de trabalho ou outros.
Uma palavra é devida em especial aos planeadores de cidades, arquitectos, promotores imobiliários e autarcas. Cabe a todos eles um papel de capital importância na melhoria das condições de inclusão do espaço público. Sabemos que cerca de 1,6% da população portuguesa apresenta um grau de incapacidade visual igual ou superior a 70%. A virtual ausência de toda essa gente dos nossos passeios, praças e ruas constitui um sinal bastante eloquente que deve interpelar toda a sociedade para o muito que ainda falta fazer.
Fonte: ENSINO INCLUSIVO PARA DEFICIENTES VISUAIS - guia do professor, 2008
1. Escolha dos destinos
Uma visita de estudo para uma turma que inclua um aluno ou vários com deficiência visual pode, com vantagem, levar em linha de conta essa circunstância no sentido de maximizar o proveito para todos. Um dos aspectos básicos prende-se com a segurança de circulação do grupo nos percursos a pé. Um dos colegas de mais confiança do aluno cego ou o próprio professor devem assegurar a sua orientação ao longo de toda a visita, uma vez que esta supostamente decorrerá em território desconhecido.
A visita deve procurar não se restringir a explorar pontos de interesse exclusivamente visual, sendo certo que no caso de visitas a áreas de natureza, estão geralmente associados à paisagem visual outras sensações: vento, odores de flores e árvores, sons, texturas de troncos, pedras, pêlo de animais, ou até o piso do próprio terreno enquanto se caminha.
Assim, propõe-se a visita frequente a locais como:
— praias e cabos: ruído das ondas, sensação do vento e do sol na pele, cheiro a maresia, jogos na areia macia (permitindo a queda sem risco de ferida), pesca, apanha de algum marisco;
— serras: respirar ar puro, piqueniques à sombra das árvores, beber água das fontes, visita a aldeias de pastores, visita a castros, dolmens, menires e cromeleques;
— parques naturais: especialmente em parques ornitológicos, tal como a reserva do Mindelo (Vila do Conde), o parque ornitológico de Gaia, a reserva das Dunas de S. Jacinto, é possível escutar e aprender a distinguir os cantos das diferentes espécies aladas;
— quintas pedagógicas: contacto com diversas actividades agrícolas, com plantas e animais de criação;
— centros de interpretação ambiental (e de natureza): sensibilização para diversos aspectos da vida selvagem e participação em sessões de observação, escuta e inalação;
— jardins botânicos, estufas: despertar para as diferentes texturas de troncos, folhas, flores e plantas; compreensão dos frágeis equilíbrios ecológicos e da interdependência entre as espécies vivas, com ênfase para as espécies vegetais;
— museus: muitos museus começam a oferecer a possibilidade de manusear réplicas das principais peças expostas, os originais. Criam-se assim secções com alguma acessibilidade, tornando a visita ao museu uma actividade mais inclusiva;
— castelos – podem ser interessantes pontos de visita mas requerem redobrados cuidados de segurança, em virtude da dificuldade de circulação nas muralhas e o elevado risco de queda;
— parques de diversões temáticos;
— bibliotecas multimédia.
2. Mobilidade na cidade
Há diversos aspectos que, se tomados em consideração, podem melhorar muito a acessibilidade urbana, com óbvio benefício para os estudantes com deficiência visual ou motora, e igualmente para qualquer pessoa com deficiência, deslocando-se sozinha ou em grupo. Assinale-se aqui o exemplo da cidade de Dublin onde se pode verificar a adopção generalizada de sinalização sonora nos semáforos para peões; a marcação de faixas próprias nos passeios com sinalização nos pavimentos (com pinos salientes nos pontos de paragem junto a semáforos ou em entroncamentos; e listas na zona de circulação normal); a reprodução dos principais monumentos, bares e locais históricos ou outros pontos de interesse em placas a baixo-relevo, colocadas nos passeios.
Nas imediações de áreas de treino da orientação e mobilidade para pessoas cegas, devem ser colocados de forma bem visível sinais de perigo que levem os condutores a adoptar uma condução especialmente prudente e defensiva. A mesma recomendação se aplica a outros pontos mais frequentados por pessoas com deficiência visual, nomeadamente associações, centros de reabilitação, escolas de referência, centros oftalmológicos e laboratórios de teste da “usabilidade” e ergonomia de ajudas técnicas para a deficiência visual, etc.
Nos centros comerciais é importante que as escadas rolantes sejam correctamente desenhadas, com identificação no solo e limitação do espaço vencido em cada lanço. Os elevadores devem possuir botoneiras com indicações em Braille e uma voz de informação do piso, cada vez que a porta se abre. Nas lojas, é bom que os vendedores não coloquem objecções ao manuseamento dos objectos expostos pelos clientes cegos antes de comprar. As instalações sanitárias devem igualmente possuir condições de acessibilidade. Um aspecto por vezes pouco atendido, prende-se com a acessibilidade e a segurança dos peões, especialmente com deficiência visual, quando estes circulam pelos parques de estacionamento interiores. Naturalmente, em todos estes espaços devem ser admitidos os cães guia, quando em serviço.
Nos pontos de informação turística é aconselhável que a informação não se encontre disponível apenas na forma escrita mas também em terminais audio, permitindo à pessoa cega participar mais activamente na escolha dos locais a visitar pelo grupo.
3. Sugestões de visita:
— Portugal dos Pequenitos (Coimbra) – museu ao ar-livre com réplicas à escala de algunas dos principais monumentos e casas típicas de Portugal ou dos antigos territórios ultramarinos;
— Bracalândia (Braga / Penafiel) – grande parque de diversões; acessibilidade variável conforme a actividade;
— ZooMarine – é possível ouvir os sons emitidos por algumas espécies, ser rebocado por golfinhos, etc;
— Fábrica da ciência em Aveiro: é possível realizar um conjunto de experiências científicas e assim chegar a compreender melhor vários processos físicos e químicos;
— Museu de Arte Moderna da Fundação de Serralves, Porto;
— Visionarium - Centro de Ciência do Europarque, Santa Maria da Feira;
— Oceanário - Parque das Nações, Lisboa;
— Museu das Comunicações - Rua do Instituto Industrial, 16, Lisboa;
— Museu da Electricidade - Av. de Brasília, Central Tejo, Lisboa;
— Ulster American Immigration Park – Omagh, Irlanda do Norte;
— Museu Tiflológico da ONCE, Madrid – para pessoas cegas ou de baixa visão: exposição de obras de arte com relevo para serem tocadas; também com cores garridas e de elevado contraste para mais fácil percepção por alunos amblíopes; mais informação em http://museo.once.es/.
— Tate Modern Art Museum, Londres – neste museu, além dos cuidados com a acessibilidade das exposições, há uma atenção especial ao envolvimento de artistas e público com deficiência em cursos e actividades do museu. Dá-se particular atenção a esta dimensão dentro do programa “Educação e Arte”. Para deficientes visuais, além de um roteiro especial pelas galerias com toque em algumas obras, recentemente foi promovida uma exposição com desenhos em relevo criados por artistas contemporâneos. Além de promover um envolvimento dos artistas com a deficiência visual, esta acção contribuiu igualmente para uma sensibilização da sociedade em geral através da comunicação social. Há também cursos de linguagem de sinais para pessoas surdas para formação de cicerones da colecção que actuarão como mediadores junto ao público surdo que visita o museu. (Cf. “Educação e Arte: a experiência da Tate Modern”, Toby Jackson, apresentação em 28.11.05 no Museu Lasar Segall).
4. Exemplo da Irlanda
Na Irlanda e Irlanda do Norte, existem associações que promovem semanalmente um “dia de compras”, participado não só por pessoas com deficiência mas também por pessoas idosas que assim podem abastecer-se dos bens essenciais, com uma ajuda para a deslocação, para a escolha e até para o pagamento seguro dos produtos desejados. Para isto, carrinhas com guia-acompanhante habilitado recolhem as pessoas em locais pré-definidos, conduzindo-as em grupo às zonas comerciais.
Monumentos como a magnífica calçada basáltica natural composta de elementos hexagonais mundialmente conhecida como “Giant’s causeway”, formada ao longo de milhares de anos, no norte da Irlanda, ou o Ulster american immigration park em Omagh, são excelentes possibilidades de uma visita com acessibilidade onde, com ou sem o sentido da visão, todos os alunos podem fazer a experiência vivenciada do local.
Em algumas bibliotecas, como é o caso da Queen’s University Belfast Library, existem portas especiais de acesso que se accionam pelo simples pulsar de um botão, e em que o tempo de empréstimo de livros para leitores de baixa visão é mais alargado. O pessoal do atendimento recebe formação específica para apoiar os utentes de baixa visão no acesso às prateleiras. Os utentes cegos recebem formação na utilização das ajudas informáticas. No Sonics Art Research Center foi ainda possível tomar contacto com uma equipa activa no desenvolvimento de interfaces de computador para cegos: um rato que permite “ler” desenhos constituídos por linhas (ainda não as texturas), interfaces accionadas por processamento de comandos de voz, etc.
5. Conclusão
Grande parte das recomendações acima não dizem apenas respeito a alunos com deficiência visual inata, mas também a pessoas idosas com perda progressiva da visão, a pessoas que perderam a visão parcial ou total em teatros de guerra, atentados, acidentes de trabalho ou outros.
Uma palavra é devida em especial aos planeadores de cidades, arquitectos, promotores imobiliários e autarcas. Cabe a todos eles um papel de capital importância na melhoria das condições de inclusão do espaço público. Sabemos que cerca de 1,6% da população portuguesa apresenta um grau de incapacidade visual igual ou superior a 70%. A virtual ausência de toda essa gente dos nossos passeios, praças e ruas constitui um sinal bastante eloquente que deve interpelar toda a sociedade para o muito que ainda falta fazer.
Fonte: ENSINO INCLUSIVO PARA DEFICIENTES VISUAIS - guia do professor, 2008
domingo, 8 de dezembro de 2013
Quatro estádios terão narração para pessoas com deficiência visual, na Copa do Mundo de 2014
Cada jogo terá dois profissionais para fazer a narração, que será transmitida por audiofrequência e poderá ser captada em fones de ouvido individuais. Desse modo, os torcedores cegos ou com visão subnormal poderão sentar em qualquer lugar do estádio. A audiodescrição é semelhante a uma narração de rádio. A experiência de estar no estádio, no entanto, é a ênfase do serviço. O narrador treinado especificamente para a função descreve todas as informações visuais mais significativas, como linguagem corporal e expressão facial de jogadores, técnicos, árbitros e torcedores, além de identificar os uniformes e o ambiente das arenas. Quatro voluntários de cada cidade-sede que receberá o projeto serão treinados em um programa de descrição em áudio.
Os equipamentos de narração instalados em cada estádio serão doados para entidades locais selecionadas para fazer parte do legado do projeto e poderão ser usados após o Mundial. Duas Organizações Não Governamentais (ONGs) são responsáveis pelo projeto: o Centro de Acesso ao Futebol na Europa (Cafe) e a Urece Esporte e Cultura, organização brasileira que trabalha com pessoas que têm diversos tipos de deficiências visuais.
O serviço faz parte da estratégia de acessibilidade. O objetivo é criar um legado de impacto duradouro no Brasil após a Copa.
Fundação Champalimaud abre Centro de Oncologia Ocular no Amazonas
Prestar cuidados de saúde gratuitos como cirurgias e tratamentos oncológicos, efetuar diagnósticos de doenças da visão e desenvolver investigação científica sobre cancro ocular é a missão do Centro Champalimaud de Oncologia Ocular do Amazonas, no Brasil.
O Centro situado em Manaus, no Brasil, e que prestará cuidados de saúde gratuitos à população da Amazónia foi agora inaugurado e insere-se no projeto C-TRACER, da Fundação Champalimaud (FC).
No âmbito deste projeto foi criada uma rede de investigação avançada na área da visão, cujo primeiro polo localizado na Índia deu origem a trabalhos de investigação no Champalimaud Translational Centre for Eye Research (C-TRACER 1).
A Rede alargou-se posteriormente, em 2010, à AIBILI (Association for Innovation and Biomedical Research in Light) em Coimbra (C-TRACER 2) e em 2012 ao Brasil (C-TRACER 3).
No Brasil, o C-TRACER 3 envolve várias instituições como o Instituto Paulista de Estudos e Pesquisas em Oftalmologia, a Escola Paulista de Medicina da Universidade de São Paulo e a Fundação Piedade Cohen.
Leonor Beleza, Presidente da Fundação Champalimaud, na inauguração do Centro no Brasil, disse, citada em comunicado da FC, que «é com muito orgulho que vemos a rede C-TRACER alargar a sua área de intervenção ao Brasil, um país com o qual António Champalimaud teve uma relação estreita e que faz parte da sua história».
«Este Centro vai trabalhar em forte colaboração com o C-TRACER 1, na Índia, e o C-TRACER 2, em Portugal, para promover investigação de vanguarda e com aplicação clínica na área da visão, representando mais um passo num dos nossos objetivos principais, colocar a investigação ao serviço da prática clínica», afirmou.
Rubens Belfort JR., responsável pelo C-TRACER 3 no Brasil e um dos mais importantes Professores na área da oftalmologia no Brasil, explicou que este Centro Champalimaud «vem trazer uma oportunidade única às populações amazónicas de acesso a cuidados de saúde oncológicos oculares» e «colmatar uma necessidade há muitos anos sentida».
Isto porque nesta região do Brasil existe um grande número de cancros oculares, nomeadamente, «melanomas, retinoblastomas nas crianças e tumores diversos, provavelmente relacionados com a elevada luminosidade solar desta região», afirmou o especialista.
No Centro Champalimaud de Oncologia Ocular do Amazonas, dirigido para uma população de 3 milhões de pessoas, serão disponibilizados cuidados de saúde gratuitos e métodos de diagnóstico precoce na área do cancro ocular. Para além disso, o Centro estar é ainda dirigido para a formação e investigação científica.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Cirurgia inédita realizada em Coimbra evita deslocações de doentes ao estrangeiro
A criação deste centro nacional de tumores oculares vai evitar que 40 doentes por anos, em média, sejam tratados no estrangeiro.
Fonte oficial do CHUC disse à agência Lusa que a intervenção demorou cerca de uma hora e meia e consistiu na aplicação de uma placa com sementes radioactivas na parte externa do globo ocular para tratar um tumor maligno intra-ocular.
A intervenção foi realizada em colaboração com o serviço de radioterapia e a equipa médico-cirúrgica, liderada por Rui Proença e Paula Alves, foi constituída por oftalmologistas, radioterapeutas e físicos nucleares.
A equipa teve ainda como consultores clínicos do centro nacional de referência para tumores oculares de Valladolid, Espanha, com quem o CHUC mantém colaboração científica.
O intervencionado, que teria de ter viajado até à Suíça para ser operado, foi um homem de 59 anos e que deverá ter alta daqui a uma semana, após a remoção da placa, disse a mesma fonte à Lusa.
O centro de tumores oculares do CHUC foi inaugurado em Outubro e permitirá, ainda de acordo com a mesma fonte, "o acesso dos cidadãos a cuidados de saúde altamente diferenciados, com os mais altos padrões de qualidade".
"A criação deste Centro no CHUC tem capacidade de resposta para o tratamento de doentes com melanoma da úvea, portugueses e estrangeiros, possibilitando também a internacionalização desta área da medicina. Anualmente, eram tratados no estrangeiro cerca de 40 doentes portugueses a estes tumores oculares, que passarão a ser tratados em Coimbra", explicou.
Em breve, serão operados mais três doentes.
Deficiência: dificuldades nos acessos causa isolamento
«As vidas das pessoas com deficiência em Portugal surgem fortemente marcadas pela discriminação resultante dos preconceitos e estereótipos negativos que subsistem face à deficiência»
As pessoas com deficiência em Portugal sentem dificuldades no acesso aos edifícios, aos transportes públicos e aos sistemas de comunicação, o que provoca situações de isolamento e discriminação, revela um estudo do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos.
O estudo insere-se no âmbito do projeto DRPI (Disability Rights Promotion International), que tem como objetivo a promoção da monitorização dos direitos das pessoas com deficiência à escala global.
Foram realizadas 32 entrevistas aprofundadas a adultos com diversos tipos de deficiência em três regiões do país (Lisboa, Porto e Algarve).
De acordo com o estudo, «as vidas das pessoas com deficiência em Portugal surgem fortemente marcadas pela discriminação resultante dos preconceitos e estereótipos negativos que subsistem face à deficiência».
Esta discriminação constitui uma limitação em todos os domínios da sociedade, com particular relevância no mercado de trabalho.
«A rotulagem com base na deficiência constitui ainda um elemento manifestamente perturbador no acesso ao emprego ou na progressão na carreira profissional», revelam os investigadores.
Os mesmos dão conta que da análise feita às histórias recolhidas surgiram «múltiplas situações de discriminação que se traduzem em vivências de negação ou violação dos princípios de direitos humanos».
Esta constatação acontece nos mais variados domínios, mas, segundo o estudo, acontece com mais incidência ao nível da participação social, do acesso aos serviços de apoio e do acesso e participação no mercado de trabalho.
«No domínio da participação social, as experiências de segregação e isolamento identificadas decorrem essencialmente da inacessibilidade ao meio edificado, aos sistemas de transporte e aos sistemas de comunicação», lê-se no documento.
«Apesar da existência em Portugal de um quadro normativo regulador e promotor das condições de acessibilidade ao meio e aos mecanismos de informação e comunicação, as pessoas com deficiência são frequentemente colocadas em situações de discriminação e marginalização pela falta de acessibilidade», acrescenta.
Aponta, por outro lado, que a garantia de acessibilidade está «comprometida» pelas medidas de austeridade, sublinhando que a falta de apoios para a concretização de uma vida independente representa outro «significativo constrangimento».
Diz mesmo que, nesta matéria, as opções oferecidas pelo Estado português são «insuficientes», quer pelo «valor irrisório do subsídio», quer pela «insipiência e fraca cobertura dos serviços de apoio domiciliário».
Alerta que esta questão assume particular relevância face «à situação de pobreza em que vive grande parte da população com deficiência em Portugal» e denuncia o «processo extremamente difícil, burocrático e longo» em matéria de tecnologias de apoio.
Outra constatação deste estudo é o facto de as pessoas com deficiência terem um «grande desconhecimento sobre os seus direitos e sobre as formas de os acionar».
Apesar das restrições orçamentais e de, com isso, a execução total da Estratégia Nacional para a Deficiência (ENDEF) poder estar comprometida, os investigadores sugerem a nomeação de um organismo independente que fiscalize a implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Propõem a introdução do voto eletrónico, a revisão da legislação relativa aos regimes de interdição e inabilitação, a recolha de dados estatísticos e a revisão da legislação sobre a educação das pessoas com deficiência, nomeadamente os critérios de utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade.
O estudo insere-se no âmbito do projeto DRPI (Disability Rights Promotion International), que tem como objetivo a promoção da monitorização dos direitos das pessoas com deficiência à escala global.
Foram realizadas 32 entrevistas aprofundadas a adultos com diversos tipos de deficiência em três regiões do país (Lisboa, Porto e Algarve).
De acordo com o estudo, «as vidas das pessoas com deficiência em Portugal surgem fortemente marcadas pela discriminação resultante dos preconceitos e estereótipos negativos que subsistem face à deficiência».
Esta discriminação constitui uma limitação em todos os domínios da sociedade, com particular relevância no mercado de trabalho.
«A rotulagem com base na deficiência constitui ainda um elemento manifestamente perturbador no acesso ao emprego ou na progressão na carreira profissional», revelam os investigadores.
Os mesmos dão conta que da análise feita às histórias recolhidas surgiram «múltiplas situações de discriminação que se traduzem em vivências de negação ou violação dos princípios de direitos humanos».
Esta constatação acontece nos mais variados domínios, mas, segundo o estudo, acontece com mais incidência ao nível da participação social, do acesso aos serviços de apoio e do acesso e participação no mercado de trabalho.
«No domínio da participação social, as experiências de segregação e isolamento identificadas decorrem essencialmente da inacessibilidade ao meio edificado, aos sistemas de transporte e aos sistemas de comunicação», lê-se no documento.
«Apesar da existência em Portugal de um quadro normativo regulador e promotor das condições de acessibilidade ao meio e aos mecanismos de informação e comunicação, as pessoas com deficiência são frequentemente colocadas em situações de discriminação e marginalização pela falta de acessibilidade», acrescenta.
Aponta, por outro lado, que a garantia de acessibilidade está «comprometida» pelas medidas de austeridade, sublinhando que a falta de apoios para a concretização de uma vida independente representa outro «significativo constrangimento».
Diz mesmo que, nesta matéria, as opções oferecidas pelo Estado português são «insuficientes», quer pelo «valor irrisório do subsídio», quer pela «insipiência e fraca cobertura dos serviços de apoio domiciliário».
Alerta que esta questão assume particular relevância face «à situação de pobreza em que vive grande parte da população com deficiência em Portugal» e denuncia o «processo extremamente difícil, burocrático e longo» em matéria de tecnologias de apoio.
Outra constatação deste estudo é o facto de as pessoas com deficiência terem um «grande desconhecimento sobre os seus direitos e sobre as formas de os acionar».
Apesar das restrições orçamentais e de, com isso, a execução total da Estratégia Nacional para a Deficiência (ENDEF) poder estar comprometida, os investigadores sugerem a nomeação de um organismo independente que fiscalize a implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Propõem a introdução do voto eletrónico, a revisão da legislação relativa aos regimes de interdição e inabilitação, a recolha de dados estatísticos e a revisão da legislação sobre a educação das pessoas com deficiência, nomeadamente os critérios de utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Dia internacional das pessoas com deficiência
Segundo informação disponibilizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 15 por cento da população mundial vive com algum tipo de deficiência.
A realidade destas pessoas no dia-a-dia passa por enfrentar as barreiras que as impedem de participar plena e efetivamente na sociedade, em condições de igualdade com as outras pessoas.
É por esta razão que, a Assembleia-Geral da ONU proclamou, em 1992, o dia 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
Sugestões de leitura:
Uma história cheia de cor -
de Miguel Borges Silva é outro livro muito interessante para falar sobre
a diferença.
Sinopse
Porque uma manhã, num tremor do pintor Vicente, provocado pela voz estridente do seu amigo Leonardo que o chamou para lanchar, nasceu uma mancha de tinta diferente. Não era amarela, nem magenta, nem azul, nem verde, nem violeta, nem vermelha-alaranjada! Era diferente! Muito diferente!
Explicar às crianças o que é um amigo com trissomia 21, autismo ou paralisia cerebral é o objectivo dos três livros no âmbito do projecto da Pais em Rede. As histórias são escritas por Alice Vieira, Luísa Beltrão e Luísa Ducla Soares.Sinopse
Porque uma manhã, num tremor do pintor Vicente, provocado pela voz estridente do seu amigo Leonardo que o chamou para lanchar, nasceu uma mancha de tinta diferente. Não era amarela, nem magenta, nem azul, nem verde, nem violeta, nem vermelha-alaranjada! Era diferente! Muito diferente!
História de um gato e de um rato que se tornara amigos de Luis Sepúlveda
http://www.youtube.com/watch?v=hOSPdfOivuk
Sinopse
Max vive em Munique com os seus pais e irmãos - e com Mix, o seu inseparável gato preto com uma mancha branca na barriga. Amigos desde a infância, quando Max cresce e decide mudar de casa, leva Mix consigo. Mix adora viver no novo apartamento. Mas quando Max começa a trabalhar e não pode estar tanto tempo em casa, Mix, que está a envelhecer e a perder a visão, sente-se cada vez mais sozinho.
Um dia, Mix ouve uns passinhos suaves vindos da despensa e descobre que há um ladrão a comer os cereais crocantes do dono. Esperto, Mix deixa-se ficar quieto e, de repente, com a rapidez de outros tempos, estica a pata e sente o corpo trémulo de um minúsculo ratinho. Mex, como é batizado, é um ratinho mexicano, muito medroso e charlatão. Mas os verdadeiros amigos apoiam-se um ao outro e juntos aprendem a partilhar o que de melhor têm dentro de si.
Baseado num episódio da vida de um dos filhos de Luis Sepúlveda, a História de um gato e de um rato que se tornaram amigos oferece-nos uma vez mais uma fábula singela e divertida sobre o verdadeiro valor da amizade.
Um dia, Mix ouve uns passinhos suaves vindos da despensa e descobre que há um ladrão a comer os cereais crocantes do dono. Esperto, Mix deixa-se ficar quieto e, de repente, com a rapidez de outros tempos, estica a pata e sente o corpo trémulo de um minúsculo ratinho. Mex, como é batizado, é um ratinho mexicano, muito medroso e charlatão. Mas os verdadeiros amigos apoiam-se um ao outro e juntos aprendem a partilhar o que de melhor têm dentro de si.
Baseado num episódio da vida de um dos filhos de Luis Sepúlveda, a História de um gato e de um rato que se tornaram amigos oferece-nos uma vez mais uma fábula singela e divertida sobre o verdadeiro valor da amizade.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
CP oferece viagens no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
Amanhã, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a CP oferece viagens aos clientes com necessidades especiais.
16000 Visitas! obrigado
Vou começar a Semana com um agradecimento especial a todos que frequentemente aparecem por aqui. Obrigada!!!
Beijinhos
Clara
Inclusão social no mercado de trabalho
Estima-se que cerca de 10% da população mundial vive com uma deficiência. Segundo a Organização Mundial do Trabalho, cerca de 386 milhões de pessoas em idade ativa são deficientes e, nestes casos, o desemprego chega a 80% em alguns países. No debate (...) [publicado abaixo] vamos tentar perceber qual é a situação de Portugal. O que diz a legislação sobre a inclusão no mercado de trabalho de portadores de deficiência? Continua a existir preconceito em contratar estes cidadãos? Há formação adequada para quem tem alguma espécie de deficiência?
Via correio eletrónico com agradecimento a Livresco.
Atribuição do Subsídio de Educação Especial
No seguimento do texto e da informação relativa ao protocolo celebrado entre os Ministérios da Educação e Ciência e da Segurança Social (Subsídio de educação especial) e porque tenho sido abordado por alguns colegas via correio eletrónico, divulgo, com a colaboração de Livresco, a nota enviado às escolas pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, no dia 15 de novembro do presente ano letivo.
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