“Vamos tornar gratuito o estacionamento para todas as pessoas portadoras de deficiência. Creio que é uma medida importante do ponto de vista social. Não faz sentido essas pessoas ainda terem de se dirigir a um parquímetro e voltar ao carro”, defendeu o vereador.
Numa proposta para o novo regulamento geral de estacionamento e paragem na via pública, que será debatido na reunião de câmara de quarta-feira, Nunes da Silva propõe ainda a criação de três novos dísticos, um dos quais para residentes temporários. O objetivo é permitir que esses residentes temporários, nomeadamente estudantes, professores ou profissionais temporários, possam ter condições de estacionamento idênticas aos residentes permanentes em Lisboa.
“Vamos ainda introduzir mais dois dísticos: o dístico verde para veículos 100% elétricos, que também não pagam estacionamento, e o dístico de mobilidade para os veículos de frota de ‘carsharing’ que não são elétricos. Esses pagam, através da empresa, uma tarifa mensal e o utilizador não paga nada”, explicou o vereador.
Outra novidade do novo regulamento prende-se com a expansão da EMEL – Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa, que só poderá fazer-se a pedido de uma junta de freguesia ou com o acordo de uma junta de freguesia. A câmara, de maioria socialista, vai ainda criar um bilhete diário de dois ou três euros, conforme se esteja numa zona de estacionamento amarela ou verde, que permite estacionar o dia inteiro por aquele valor. “São em zonas periféricas, ligadas ao transporte coletivo e é um incentivo para virem de transportes para a cidade”, disse Nunes da Silva.
Quanto aos mais de 10 mil lugares de estacionamento reservados na via pública, o vereador disse que se vão manter os das embaixadas e de deficientes, mas todos os outros (como jornais e instituições) passam a ser pagos.
O vereador sublinhou que o novo regulamento vai permitir também uma “simplificação no relacionamento dos cidadãos com a EMEL”, que, se quiserem, vão conseguir fazer tudo através da Internet.
A câmara vai regular também a gestão dos parques de estacionamento, que passa a ser comum para todos. “Passam a ter um regulamento único porque agora cada parque tem um regulamento próprio. As normas passam a aplicar-se a todos, independentemente de serem explorados pela EMEL ou por privados”, afirmou. Nunes da Silva disse ainda que a câmara define no novo regulamento o regime tarifário que tem de ser respeitado quer pelos parques públicos, quer por parques públicos que estejam a ser explorados por privados.
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