A Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão irão realizar, no dia 9 de Outubro de 2010, as 2as Jornadas da Deficiência “SER (IN)DIFERENTE – A deficiência na sociedade” que terá lugar na Casa das Artes – Vila Nova de Famalicão.
Objectivo:
Sensibilizar a comunidade para a temática da deficiência mental em jovens e adultos, assim como discutir temas actuais que preocupam os pais e profissionais ligados à área da deficiência.
Serão abordados temas como: Direitos do Cidadão Portador de Deficiência, a Sexualidade na Deficiência, Escolaridade – Ensino e Aprendizagem e Transição para a Idade Adulta.
Pretende-se assim explorar e responder a novos desafios e partilhar experiências entre profissionais e investigadores que possam contribuir para a divulgação de boas práticas de intervenção junto de pessoas com Deficiência Mental.
Público alvo:
Familiares de pessoas com deficiência, Profissionais de Saúde, Técnicos de Reabilitação, Técnicos de Inserção Laboral, Assistentes Sociais, Sociólogos, Psicólogos, Educadores de Infância, Professores, Fisioterapeutas, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Animadores Socio-Culturais e outros interessados.
Temas abordados:
Direitos do cidadão portador de deficiência
Sexualidade na deficiência
Escolaridade – ensino e aprendizagem
Transição para idade adulta
Inscrição:
20 euros – público em geral
10 euros – sócios da AFPAD, estudantes e desempregados
Formas de inscrição:
Directamente na secretaria da sede da AFPAD
Correio (morada da sede da AFPAD)
FAX
E-mail: jornadas@afpad.org
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
Ensaio sobre a cegueira. Ver de olhos bem fechados
"Devem-lhe estar a fazer alguma surpresa", diz um homem ao meu lado como se me falasse directamente ao ouvido. Calculei, pelo tom de voz, que teria cerca de 30 anos, mas não sei, não lhe vi a cara. Imaginei que fosse alto e ligeiramente careca. Quando não se vê, o cérebro bombardeia-nos com imagens instantâneas para colorir uma realidade negra e todos os sons parecem mais próximos do que são. Esse homem não falava comigo, comentava com alguém a venda que eu tinha nos olhos e seguiu a sua vida. Sei que atravessou a passadeira sem problemas - mas eu não. Tropecei num degrau com pouco mais de um centímetro e assustei-me com o barulho dos carros que passavam rente aos pés. Pensei que em vez de sandálias teria sido melhor ter calçado um par de ténis antes de sair de casa.
O sol do Rossio, em Lisboa, ficou vendado há uns minutos e os outros sentidos começam a despertar do entorpecimento habitual. Percebi que tenho um péssimo olfacto. Nunca precisei dele para identificar os estabelecimentos que àquela hora da manhã começam a retomar a actividade dos dias anteriores. "Consegue identificar que loja é esta pelo cheiro?", pergunta entusiasmado Peter Colwell, 52 anos, técnico de Acessibilidades da ACAPO - que ainda deve ter os dedos da minha mão marcados no braço, com tanta força o agarrava para atravessar as ruas. "É uma livraria. Cheira a livros velhos", arrisco. Não era. Era uma sapataria. "E aqui?", pergunta novamente, com menos esperanças. "Cheira a flores..." Também não era uma florista; era uma farmácia. O barulho de garrafas a tilintar dentro de grades e a serem transportadas para dentro de uma qualquer porta é inconfundível. Estou perto de um café, pensei. Desta vez correu bem.
Estamos na Semana Europeia da Mobilidade e Peter, que conhece mais Portugal e os portugueses do que a Inglaterra (está cá há 30 anos), não poupa críticas no ainda cerrado sotaque britânico. "Há atrocidades arquitectónicas por toda a cidade. Isto não devia acontecer no centro histórico de Lisboa", reclama. "Por exemplo, aqui não há diferenciação de piso, contudo, temos duas passadeiras e um passeio. Se para nós, que vemos, se torna complicado distinguir por onde devemos andar, imagine para um cego. Parece tudo a mesma coisa."
Os sinais sonoros que ouvimos quando está verde para os peões também estão longe de servir. São ineficazes e poucos. De olhos vendados começo a atravessar a rua a ouvir o som, quando chego ao outro lado já não ouço coisa alguma. "Pedimos para aumentar o som, mas a Câmara de Lisboa veio com a desculpa de que não podia fazê-lo porque os residentes queixavam-se do barulho. E eu pergunto-me: ''Que residentes? Não mora ninguém no Rossio''." Uma passadeira que dá acesso à Rua Augusta, na Baixa lisboeta - uma das mais movimentadas da cidade - precisa deste sistema. Como se faz então?, pergunto. "Tenta-se perceber quando os carros estão parados, ou simplesmente fica-se à espera de ajuda", desabafa, acrescentando que mais de duas mil pessoas são atropeladas anualmente em passagens sinalizadas.
Mariana Rocha, vice-presidente da instituição, vive no Porto e como tantos outros não vê. "Quando em 1997 saiu a primeira legislação [em que foram instituídos os sinais sonoros e a diferenciação de piso] houve uma grande evolução. Mas estamos a desacelerar. O mais importante continuam a ser os problemas mais simples. É necessário tapar buracos, remover os obstáculos cívicos, como postes no meio dos passeios", diz, acrescentando que coisas simples como horários dos transportes públicos ainda não existem em braile.
Tiro a venda e o Rossio volta a ter luz. Ganhei um novo sentido: o da consciencialização.
O sol do Rossio, em Lisboa, ficou vendado há uns minutos e os outros sentidos começam a despertar do entorpecimento habitual. Percebi que tenho um péssimo olfacto. Nunca precisei dele para identificar os estabelecimentos que àquela hora da manhã começam a retomar a actividade dos dias anteriores. "Consegue identificar que loja é esta pelo cheiro?", pergunta entusiasmado Peter Colwell, 52 anos, técnico de Acessibilidades da ACAPO - que ainda deve ter os dedos da minha mão marcados no braço, com tanta força o agarrava para atravessar as ruas. "É uma livraria. Cheira a livros velhos", arrisco. Não era. Era uma sapataria. "E aqui?", pergunta novamente, com menos esperanças. "Cheira a flores..." Também não era uma florista; era uma farmácia. O barulho de garrafas a tilintar dentro de grades e a serem transportadas para dentro de uma qualquer porta é inconfundível. Estou perto de um café, pensei. Desta vez correu bem.
Estamos na Semana Europeia da Mobilidade e Peter, que conhece mais Portugal e os portugueses do que a Inglaterra (está cá há 30 anos), não poupa críticas no ainda cerrado sotaque britânico. "Há atrocidades arquitectónicas por toda a cidade. Isto não devia acontecer no centro histórico de Lisboa", reclama. "Por exemplo, aqui não há diferenciação de piso, contudo, temos duas passadeiras e um passeio. Se para nós, que vemos, se torna complicado distinguir por onde devemos andar, imagine para um cego. Parece tudo a mesma coisa."
Os sinais sonoros que ouvimos quando está verde para os peões também estão longe de servir. São ineficazes e poucos. De olhos vendados começo a atravessar a rua a ouvir o som, quando chego ao outro lado já não ouço coisa alguma. "Pedimos para aumentar o som, mas a Câmara de Lisboa veio com a desculpa de que não podia fazê-lo porque os residentes queixavam-se do barulho. E eu pergunto-me: ''Que residentes? Não mora ninguém no Rossio''." Uma passadeira que dá acesso à Rua Augusta, na Baixa lisboeta - uma das mais movimentadas da cidade - precisa deste sistema. Como se faz então?, pergunto. "Tenta-se perceber quando os carros estão parados, ou simplesmente fica-se à espera de ajuda", desabafa, acrescentando que mais de duas mil pessoas são atropeladas anualmente em passagens sinalizadas.
Mariana Rocha, vice-presidente da instituição, vive no Porto e como tantos outros não vê. "Quando em 1997 saiu a primeira legislação [em que foram instituídos os sinais sonoros e a diferenciação de piso] houve uma grande evolução. Mas estamos a desacelerar. O mais importante continuam a ser os problemas mais simples. É necessário tapar buracos, remover os obstáculos cívicos, como postes no meio dos passeios", diz, acrescentando que coisas simples como horários dos transportes públicos ainda não existem em braile.
Tiro a venda e o Rossio volta a ter luz. Ganhei um novo sentido: o da consciencialização.
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fonte I online
Miopia: Esperança na genética
Gene RASGRF1 implicado no desenvolvimento da doença
Miopia impede de ver nitidamente ao longeDuas equipas internacionais, uma sediada em Londres e outra em Roterdão, publicaram recentemente um estudo, na Nature Genetics, sobre a identificação do gene do cromossoma 15 – o RASGRF1 –, implicado no desenvolvimento da miopia forte. Os cientistas têm esperança de conseguir a longo termo que esta novidade venha abrir portas para criar novos medicamentos ou terapias genéticas que travem o seu desenvolvimento.Com o progresso da investigação genética poderá prevenir-se o desenvolvimento da doença daqui por dez anos, segundo estimam os investigadores. O gene RASGRF1 já era conhecido por influenciar as células nervosas da retina. Os especialistas acordam que não apenas um, mas sim vários genes intervêm no desenvolvimento da miopia.Uma das investigações, levada a cabo pela equipa de Pirro Hysi, do King's College, foi realizada em 4200 gémeos e a outra, do grupo de Caroline Klaver, do Erasmus Medical Center, abrangeu 15 mil pessoas. Um dos objectivos é determinar a influência respectiva da hereditariedade e dos hábitos de vida no aparecimento da deformação do olho e conseguir bloqueá-la.Este problema impede o afectado de ver nitidamente ao longe. A maioria das pessoas sofre de miopia fraca e estabiliza por volta dos 25 anos, mas 2,5 por cento são atingidas por miopia forte e evolutiva, que as acompanha praticamente toda a vida. Quem sofre desta maleita corre igualmente o risco de vir a ter outras patologias graves do olho, como glaucoma, problemas da retina ou cataratas precoces.
Miopia impede de ver nitidamente ao longeDuas equipas internacionais, uma sediada em Londres e outra em Roterdão, publicaram recentemente um estudo, na Nature Genetics, sobre a identificação do gene do cromossoma 15 – o RASGRF1 –, implicado no desenvolvimento da miopia forte. Os cientistas têm esperança de conseguir a longo termo que esta novidade venha abrir portas para criar novos medicamentos ou terapias genéticas que travem o seu desenvolvimento.Com o progresso da investigação genética poderá prevenir-se o desenvolvimento da doença daqui por dez anos, segundo estimam os investigadores. O gene RASGRF1 já era conhecido por influenciar as células nervosas da retina. Os especialistas acordam que não apenas um, mas sim vários genes intervêm no desenvolvimento da miopia.Uma das investigações, levada a cabo pela equipa de Pirro Hysi, do King's College, foi realizada em 4200 gémeos e a outra, do grupo de Caroline Klaver, do Erasmus Medical Center, abrangeu 15 mil pessoas. Um dos objectivos é determinar a influência respectiva da hereditariedade e dos hábitos de vida no aparecimento da deformação do olho e conseguir bloqueá-la.Este problema impede o afectado de ver nitidamente ao longe. A maioria das pessoas sofre de miopia fraca e estabiliza por volta dos 25 anos, mas 2,5 por cento são atingidas por miopia forte e evolutiva, que as acompanha praticamente toda a vida. Quem sofre desta maleita corre igualmente o risco de vir a ter outras patologias graves do olho, como glaucoma, problemas da retina ou cataratas precoces.
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Fonte ciencia hoje
Dicionário de Língua Gestual Portuguesa - Apresentação
A Porto Editora tem a honra de apresentar o Dicionário de Língua Gestual Portuguesa, uma obra que procura auxiliar uma comunidade cada vez mais vasta de utilizadores, quer a título pessoal ou profissional, preenchendo uma lacuna há muito sentida no mercado editorial português.
O Dicionário de Língua Gestual Portuguesa representa, tanto do ponto de vista social, como cultural, um marco na valorização desta forma de expressão que é, desde 1997, uma das línguas oficiais de Portugal. Foi organizado especificamente para o contexto português por Ana Bela Baltazar, especialista em Língua Gestual, que exerce funções de intérprete na Rádio Televisão Portuguesa e na Associação de Surdos do Porto e é presidente do Centro de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual, para além de ter a seu cargo a docência de várias disciplinas do âmbito da Língua Gestual.
Para marcar este lançamento, a Porto Editora e o Agrupamento de Escolas de Eugénio de Andrade têm o prazer de convidá-lo para a apresentação desta obra de referência. A apresentação decorrerá no próximo dia 21 de Setembro, terça-feira, às 15:00, no auditório da E. B. 2/3 de Paranhos, sito na Rua Augusto Lessa, no Porto.
Dicionário de Língua Gestual Portuguesa- Mais de 5200 entradas com instruções para a execução dos gestos- Cerca de 15 000 imagens ilustrativas- Organização acessível e clara- Anexos com as principais configurações usadas na obra- Lista de todos os vocábulos que sofrem alterações do Acordo Ortográfico, com indicação da nova grafia- Vídeos de todas as entradas reunidos no DVD que acompanha o dicionário- Obra de referência na área da Língua Gestual Portuguesa
SABER MAIS
Em caso de dúvida ou para qualquer contacto adicional, dirija-se ao nosso Centro de Contactos do Professor:http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/formulario-de-contacto
O Dicionário de Língua Gestual Portuguesa representa, tanto do ponto de vista social, como cultural, um marco na valorização desta forma de expressão que é, desde 1997, uma das línguas oficiais de Portugal. Foi organizado especificamente para o contexto português por Ana Bela Baltazar, especialista em Língua Gestual, que exerce funções de intérprete na Rádio Televisão Portuguesa e na Associação de Surdos do Porto e é presidente do Centro de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual, para além de ter a seu cargo a docência de várias disciplinas do âmbito da Língua Gestual.
Para marcar este lançamento, a Porto Editora e o Agrupamento de Escolas de Eugénio de Andrade têm o prazer de convidá-lo para a apresentação desta obra de referência. A apresentação decorrerá no próximo dia 21 de Setembro, terça-feira, às 15:00, no auditório da E. B. 2/3 de Paranhos, sito na Rua Augusto Lessa, no Porto.
Dicionário de Língua Gestual Portuguesa- Mais de 5200 entradas com instruções para a execução dos gestos- Cerca de 15 000 imagens ilustrativas- Organização acessível e clara- Anexos com as principais configurações usadas na obra- Lista de todos os vocábulos que sofrem alterações do Acordo Ortográfico, com indicação da nova grafia- Vídeos de todas as entradas reunidos no DVD que acompanha o dicionário- Obra de referência na área da Língua Gestual Portuguesa
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