A responsável pela avaliação externa da reforma da educação especial salientou que o balanço é positivo mas reconhece que a maioria das escolas ainda passa por um período de adaptação, com algumas dificuldades.
02 Julho 2010Nº de votos (0) Comentários (0)
O decreto-lei que reformou a educação especial em Portugal entrou em vigor em 2008, mas, segundo Manuela Sanches Ferreira, há “muitas escolas com problemas de adaptação à legislação, mas na generalidade foram capazes de mudar” de um modelo mais médico (de diagnóstico) para um modelo de participação.
Os resultados conclusivos só serão conhecidos no final do ano, no entanto esta sexta-feira foi apresentado um estudo com resultados parcelares da avaliação desta reforma.
Os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) são agora sinalizados de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF).
“A maior parte dos instrumentos que os professores utilizam para a recolha de informação são informais e passam pelo olhar e observar as crianças”, informou a coordenadora, citada pela agência Lusa.
Dentro dos métodos informais de avaliação estão a observação, a entrevista, o questionário e mostras de trabalho. A nível formal são realizados testes.
Foram estudados 252 alunos, mas 38 destes não precisaram de “avaliação especializada com referência à CIF” por serem crianças que “em determinado momento não estavam a conseguir acompanhar o currículo educativo”, informou Manuela Sanches Ferreira.
Assim, só 214 entraram efectivamente no estudo, das quais 156 foram considerados elegíveis (96 por cento dos quais foram alvo de mais do que uma medida de apoio) e as restantes foram consideradas não elegíveis (51 por cento receberam mais do que duas medidas de apoio).
As maiores queixas das escolas estão relacionadas com o facto de terem muitos alunos com dificuldades e que não se integram no actual decreto-lei e a falta de formação para a CIF.
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