DREN diz que técnicas no Porto devem ir dar formação às que acompanham o menino.
A mãe de um menino de oito anos, que sofre de surdocegueira, queixa-se de que o filho não está a ser acompanhado com medidas educacionais especiais, adequadas às crianças que não vêem nem ouvem.
Pedro está a ser acompanhado num centro de multideficiência da vila duriense de Cinfães, onde as técnicas não têm formação específica para tratar de um aluno com as deficiências do jovem.
"Quando vivia em Saragoça, Espanha, o meu filho estava acompanhado por uma professora especializada em surdocegueira. Também tínhamos o apoio de uma associação de pais especializada nessa doença. Em Portugal, julgo que apenas existe um centro em Lisboa e no Porto. No interior do País não há nada", explicou Clara Pereira, de 31 anos, ao Correio da Manhã.
Com o marido à beira de ficar no desemprego em Espanha, esta família regressou, há dois anos, à terra natal, em Cinfães. Desde então, Clara Pereira escreve todos os anos para a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN). "No centro de Cinfães tentam fazer o máximo, mas a verdade é que Pedro está a regredir, enquanto, em Espanha, aprendeu a comunicar em língua gestual", assegura Clara Pereira.
Contactada ontem pelo Correio da Manhã, fonte oficial da DREN explicou que "existem técnicas especializadas numa escola da cidade do Porto, onde estudam dois alunos com surdocegueira, que deverão fazer deslocações a Cinfães para dar indicações às técnicas do Centro de multideficiência local, no sentido de ajudar no acompanhamento deste aluno".
16 MIL ALUNOS FICAM DE FORA
As mudanças implementadas pelo anterior Governo levaram a que no último ano e meio cerca de 16 mil alunos tenham ficado afastados da educação especial, de acordo com o documento ‘Escola Inclusiva’, revelado este mês pelo Ministério da Educação. Em Junho de 2008, eram quase 50 mil e, em 2009, cerca de 34 mil. A explicação estará no facto de a sinalização dos alunos ter passado a ser feita com base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), o que terá deixado muitos de fora.
PORMENORES
DISLÉXICOS
A sinalização de deficiências com recurso à Classificação Internacional de Funcionalidade tem deixado de fora os alunos com dislexia.
ESCOLAS PÚBLICAS
Segundo o Ministério da Educação, em 2009 havia 2115 alunos apoiados em unidades especializadas em escolas públicas de ensino regular.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Já em escolas de Educação Especial havia 2392 alunos em 2009, segundo o Governo.
A mãe de um menino de oito anos, que sofre de surdocegueira, queixa-se de que o filho não está a ser acompanhado com medidas educacionais especiais, adequadas às crianças que não vêem nem ouvem.
Pedro está a ser acompanhado num centro de multideficiência da vila duriense de Cinfães, onde as técnicas não têm formação específica para tratar de um aluno com as deficiências do jovem.
"Quando vivia em Saragoça, Espanha, o meu filho estava acompanhado por uma professora especializada em surdocegueira. Também tínhamos o apoio de uma associação de pais especializada nessa doença. Em Portugal, julgo que apenas existe um centro em Lisboa e no Porto. No interior do País não há nada", explicou Clara Pereira, de 31 anos, ao Correio da Manhã.
Com o marido à beira de ficar no desemprego em Espanha, esta família regressou, há dois anos, à terra natal, em Cinfães. Desde então, Clara Pereira escreve todos os anos para a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN). "No centro de Cinfães tentam fazer o máximo, mas a verdade é que Pedro está a regredir, enquanto, em Espanha, aprendeu a comunicar em língua gestual", assegura Clara Pereira.
Contactada ontem pelo Correio da Manhã, fonte oficial da DREN explicou que "existem técnicas especializadas numa escola da cidade do Porto, onde estudam dois alunos com surdocegueira, que deverão fazer deslocações a Cinfães para dar indicações às técnicas do Centro de multideficiência local, no sentido de ajudar no acompanhamento deste aluno".
16 MIL ALUNOS FICAM DE FORA
As mudanças implementadas pelo anterior Governo levaram a que no último ano e meio cerca de 16 mil alunos tenham ficado afastados da educação especial, de acordo com o documento ‘Escola Inclusiva’, revelado este mês pelo Ministério da Educação. Em Junho de 2008, eram quase 50 mil e, em 2009, cerca de 34 mil. A explicação estará no facto de a sinalização dos alunos ter passado a ser feita com base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), o que terá deixado muitos de fora.
PORMENORES
DISLÉXICOS
A sinalização de deficiências com recurso à Classificação Internacional de Funcionalidade tem deixado de fora os alunos com dislexia.
ESCOLAS PÚBLICAS
Segundo o Ministério da Educação, em 2009 havia 2115 alunos apoiados em unidades especializadas em escolas públicas de ensino regular.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Já em escolas de Educação Especial havia 2392 alunos em 2009, segundo o Governo.
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