quinta-feira, 18 de maio de 2017

Criada primeira retina com tecidos biológicos sintéticos

Lusa 

 Vanessa Restrepo-Schild

Uma jovem investigadora da Universidade de Oxford, no Reino Unido, criou a primeira retina com tecidos biológicos sintéticos, revela um estudo publicado esta quinta-feira na revista científica Scientific Reports. Até agora, toda a investigação sobre retinas artificiais, destinadas a devolver a visão a cegos, incidiu sobre materiais rígidos.
O novo estudo, liderado por Vanessa Restrepo-Schild, de 24 anos, é o primeiro a usar com sucesso tecidos biológicos gerados em laboratório, refere a universidade britânica em comunicado, realçando que, ao contrário dos implantes de retina artificial existentes, as culturas de células são criadas a partir de materiais naturais biodegradáveis.
Desta forma, o implante será menos invasivo do que um dispositivo mecânico e será menos provável que cause uma reação adversa no corpo. Segundo a equipa de Vanessa Restrepo-Schild, a nova retina artificial, de dupla camada, imita praticamente uma retina humana. A retina criada, mas ainda não testada em humanos, é composta por hidrogel (gel que tem água) e proteínas de membrana celular.
"O material sintético pode gerar sinais elétricos que estimulam os neurónios na parte detrás do olho, tal como o faz a retina natural", sustentou a investigadora, que patenteou a tecnologia. Antes de testar em animais e em pessoas, Vanessa Restrepo-Schild pretende aperfeiçoar as funcionalidades da retina, nomeadamente o reconhecimento de cores, formas e símbolos.

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Guineense cego e herói dos direitos das crianças vence 'World Children Prize'


 fonte:Observador

 

Manuel Rodrigues é guineense, tem 55 anos e é cego desde os três e venceu, no final de abril, o World Children Prize, atribuído pela Fundação Rainha da Suécia. ANDRE KOSTERS/LUSA

Manuel Rodrigues é guineense tem 55 anos e é cego desde os três e o dia mais emocionante da sua vida foi quando venceu, no final de abril, o "World Children Prize", atribuído pela Fundação Rainha da Suécia.
“Foi o dia mais emocionante da minha vida. Fiquei surpreendido, emocionado, foi o dia mais alegre da minha vida. Só pensava na vida da nossa organização, o reconhecimento da nossa organização e no nosso país (Guiné-Bissau) no mundo”, afirmou à agência Lusa Manuel Rodrigues, que recebeu o prémio a 26 de abril na Suécia.
O prémio, conhecido como Nobel da Criança, foi atribuído pelo trabalho que Manuel Rodrigues desenvolve com as crianças cegas da Guiné-Bissau, mas também com outras pessoas com necessidades especiais, através da organização que criou há 20 anos, a Associação Guineense de Reabilitação e Integração de Cegos (AGRICE).
A AGRICE nasceu do sofrimento e da discriminação de uma vida, mas também da vontade de mudar a história com aquilo que aprendemos.
“A minha história é muito triste, ceguei aos três anos, não fui à escola, porque não havia educação no nosso país para cegos e surdos. Consegui aprender através do esforço, dos amigos e de alguns familiares e depois apliquei a minha experiência nas crianças”, explicou.
“Tive tanto sofrimento na vida que aprendi a ajudar as crianças que sofrem o mesmo que eu sofri”, salientou Manuel Rodrigues.
Segundo a UNICEF, em 2010 havia na Guiné-Bissau 13 mil crianças com alguma deficiência, mas a situação é “grave” porque o estigma é enorme e em muitos casos as crianças são abandonadas à morte, devido às práticas tradicionais, por nascerem com deformações genéticas e consideradas feiticeiras.
É contra aquele estigma que Manuel Rodrigues luta diariamente, tendo já acolhido centenas de crianças. Hoje, em sua casa, vivem 66 menores, mas o apoio que a AGRICE dá chega a mais de 1.000 pessoas com necessidades especiais, incluindo jovens e idosos.
O prémio vai permitir a Manuel Rodrigues tirar da gaveta os “projetos guardados há muito tempo”, nomeadamente a construção de um centro de acolhimento e um centro de formação.
O trabalho daquele herói do direito das crianças tem tido o apoio da cooperação portuguesa, o que permitiu também abrir a escola Bengala Branca, mas é preciso muito mais.
Roupas, bengalas para cegos, alimentos e materiais didáticos e escolares são necessário e também, num futuro, um lar para acolher os idosos com deficiência.

São surdos, mas têm música nas mãos e pelas mãos. E a sorte de cantar para o Papa

Cinco coralistas surdos, um maestro e uma intérprete de Língua Gestual Portuguesa ouvintes. É esta a constituição do grupo Mãos que Cantam, que se dedica à interpretação de música para promover a inclusão social. Na cerimónia do 13 de maio, interpretam a oração Magnificat para o Papa Francisco e para todos os peregrinos.


Fonte: Sapo 

Recomendação para a promoção de uma verdadeira escola inclusiva


Pela Resolução da Assembleia da República n.º 77/2017, recomenda-se ao Governo que promova uma verdadeira escola inclusiva, dando cumprimento à Recomendação n.º 1/2014, de 23 de junho, do Conselho Nacional de Educação e às recomendações do Grupo de Trabalho sobre Educação Especial, criado pelo Despacho n.º 706-C/2014, de 15 de janeiro, designadamente:

1 - Promova uma verdadeira escola inclusiva, dando cumprimento à Recomendação n.º 1/2014, de 23 de junho, do Conselho Nacional de Educação (CNE) e às recomendações do Grupo de Trabalho sobre Educação Especial, criado pelo Despacho n.º 706-C/2014, de 15 de janeiro.

2 - Estabeleça e diferencie medidas educativas temporárias para as necessidades educativas especiais (NEE) de caráter transitório, e medidas educativas específicas para as situações de alunos com dificuldades de aprendizagem específicas que impeçam a qualidade e desenvolvimento dessa aprendizagem.

3 - Crie condições para as escolas proporcionarem ao aluno medidas pedagógicas contextualizadas, entre as «adequações curriculares individuais», previstas no artigo 18.º da Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, alterada pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, e o estabelecimento de um «currículo específico individual», previsto no artigo 21.º da mesma lei.

4 - Estabeleça orientações específicas para a definição e avaliação de Programas Educativos Individuais (PEI), a partir das capacidades dos alunos e não das suas incapacidades.

5 - Garanta a certificação pedagógica do percurso escolar realizado pelos alunos com PEI e Currículo Específico Individual (CEI).

6 - Garanta a efetiva participação dos pais e encarregados de educação nos processos de referenciação e avaliação dos alunos com NEE, bem como na construção dos seus PEI/CEI.

7 - Operacionalize os princípios estruturantes do paradigma da inclusão, criando ações de formação e capacitação para diretores de agrupamento, professores do ensino regular e especial, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação, técnicos e terapeutas.

8 - Distinga os apoios habilitativos/educativos dos apoios de natureza terapêutica, devendo os primeiros ocorrer em meio escolar e os segundos noutros contextos mais apropriados, como sejam os centros de saúde e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) licenciadas para o efeito.

9 - Promova um maior envolvimento do Serviço Nacional de Saúde na identificação, avaliação e acompanhamento, em especial de forma precoce, das necessidades de apoio terapêutico das crianças e jovens.

Cientistas criam tecnologia que "lê" cérebro para escrever com o pensamento


Cientistas japoneses criaram uma tecnologia que analisa as ondas cerebrais ativadas antes de cada sílaba, para as usar num processador de texto que permita "escrever por imagens de voz", sem falar e sem usar os dedos.

Seis investigadores da Universidade Tecnológica de Toyohashi, no centro do Japão, estudaram as ondas cerebrais que se registam no cérebro quando uma pessoa recorda as sílabas antes de falar, usando um capacete com 64 elétrodos para estudar as emissões cerebrais.

O diretor do projeto, Tsuneo Nitta, afirmou que conseguiram criar padrões de ondas cerebrais e identificar sílabas com 60 por cento de precisão.

A tecnologia poderá ajudar pessoas com problemas como a miastenia, uma doença crónica que causa debilidade e fraqueza muscular, a interagir com uma espécie de telefone inteligente que consiga, de certa forma, ler a sua mente.

Agora, o desafio dos cientistas na criação de um processador de texto ativado pelo pensamento é aumentar a precisão do reconhecimento das sílabas e ultrapassar obstáculos como a variação nas ondas cerebrais de cada pessoa.

Fonte: SIC Notícias

Primeiro Fórum Nacional para a Diversidade


O primeiro Fórum Nacional para a Diversidade vai realizar-se no próximo dia 22 de maio, no Grande Auditório do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em Lisboa.

O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., como membro da Comissão Executiva da Carta Portuguesa para a Diversidade, participará neste evento, com o objetivo de promover este projeto, cujo lançamento oficial teve lugar em março de 2016 em Portugal, a partir de uma iniciativa da União Europeia.

O objetivo da Carta para a Diversidade é encorajar os empregadores a implementar e desenvolver políticas de promoção da diversidade, contando, em Portugal, com mais de 110 organizações signatárias de todos os setores empresariais.

O Fórum contará com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, que presidirá à sua abertura, e da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes que presidirá ao encerramento do evento.

No Fórum será apresentado o Selo da Diversidade, que irá premiar as organizações com as melhores práticas no reconhecimento, respeito e valorização da diversidade no local de trabalho.

A inscrição está aberta a todas as organizações e pode ser feita através do email secretariado@cartadiversidade.com ou através do seguinte formulário.

Fonte: INR