terça-feira, 29 de novembro de 2016

Curso Livre em Braille (formação avançada)

 

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A ULHT oferece um curso de braille - formação avançada, como resultado e na sequência do alcance das diferentes áreas de investigação do mestrado em comunicação alternativa e tecnologias de apoio, fundado em 2005 e a funcionar na ecati/ulht desde 2006. este curso de formação avançada assenta na investigação aprofundada, desenvolvimento e aplicação das teorias comunicacionais, metodologias estratégicas e boas práticas para a educação, formação e inclusão de pessoas cegas, com baixa visão e surdocegas, que privilegia o domínio "comunicação e linguagem" na área da braillologia e que está científica e tecnologicamente apetrechado para o desenvolvimento literácito, sensorial e sociocognitivo, sociocomunicacional, do relacionamento e interação, autonomia e independência, inclusão e qualidade de vida de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores, privados da modalidade sensorial da visão ou gravemente limitados na sua utilização.
O curriculum científico do curso tem o seu enfoque no sistema braille (como meio natural de leitura e escrita das pessoas cegas e surdocegas) aplicado à língua portuguesa e a outras línguas, bem como às diferentes grafias, incluindo a científica, com o necessário enquadramento inclusivo nas diversas literacias, como a digital/web e e-learning. Cientes de que a braillologia deverá constituir uma disciplina integrada na formação de diversos profissionais na educação, reabilitação e inserção social de pessoas cegas, muito em especial na dos professores de educação especial/ensino inclusivo e rigoroso ensino do Sistema Braille em escolas de referência e/ou na criteriosa produção e utilização deste sistema por parte de profissionais e técnicos nos diversos serviços e áreas de produção e utilização do braille, foi preparado este curso de formação avançada para habilitar os cursandos com as competências e proficiência consubstanciadas no âmbito e objetivos, conteúdo programático e referências abaixo explanados.

Direção do Curso: Augusto Deodato Guerreiro
+ informações em: http://www.ulusofona.pt/formacao-livre/braille


Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Campo Grande, 376
1749-024 Lisboa - Portugal
Tel: 217 515 500
info@ulusofona.pt

Pessoas com deficiência vão poder praticar desportos de neve

Pessoas com deficiência vão poder praticar desportos de neve: A Federação de Desportos de Inverno de Portugal vai apostar no desporto adaptado, depois de ter recebido a garantia do financiamento para o primeiro equipamento, do Instituto Português do Desporto e da Juventude.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A Suta: FENPROF reuniu com grupo de trabalho do ME que pre...

A Suta: FENPROF reuniu com grupo de trabalho do ME que pre...: A FENPROF reuniu em 22 de novembro com o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Educação, com vista à apresentação de propostas para...

Educação: não tratar igual o que é diferente

Muitos anos foram precisos para que a Educação chegasse a todas as crianças. Houve grupos que chegaram mais cedo por terem nascido em famílias que valorizavam e tinham recursos para assegurar a educação dos seus filhos, outros chegaram mais cedo porque moravam em regiões onde a escola pública se estabeleceu primeiro, outros ainda, chegaram mais cedo por causa do seu género. Apesar de Martinho Lutero (1483-1546) já ter preconizado a educação tanto para rapazes como para raparigas, o certo é que este desiderato levou centenas de anos a ser cumprido e, mesmo assim, com os rapazes a terem durante muitos anos melhor acesso à escola que as raparigas. Este esforço de universalização da Educação a todas as crianças foi um esforço longo, custoso e que, no nosso país, só recentemente se pode considerar bem-sucedido.

Talvez todo este esforço de proporcionar Educação a todas as crianças tenha reforçado a ideia que a Educação era um bem indiferenciado que ou se tem ou se não tem. Só depois deste longo e penoso esforço estamos agora na fase de, consistentemente, perguntar qual a educação que deve chegar a todos. Por analogia, só depois de a água chegar a todas as casas se começa a questionar a qualidade dessa mesma água. Hoje, o debate público na educação é sobre a sua adequação à contemporaneidade, a sua adequação aos interesses e capacidades dos alunos, a sua pertinência para preparar cidadãos conhecedores e humanamente cultos para participarem em sociedades complexas. É uma evidência que a Educação de hoje não se cumpre só por ser universal: a Educação de hoje só pode ser útil e pertinente se alterar velhos e bafientos paradigmas que demasiado tempo foram julgados como inquestionáveis.

Não temos hoje dúvidas sobre a importância da escola. Não temos, mas já tivemos antes. Há algumas décadas a preocupação era se a escola pode mesmo reduzir as desigualdades que são geradas pelos contextos económicos, culturais e sociais de onde as crianças são provenientes. Hoje este debate está ultrapassado. No passado mês de junho a revista The Economist tratou extensamente qual o papel da escola e dos professores no tecido social. Concluiu-se pelo papel decisivo – quase surpreendentemente decisivo – que as escolas e os professores podem desempenhar. Afirma-se por exemplo que “um só ano de ensino dos 10% dos melhores professores tem um impacto três vezes maior na aprendizagem dos seus alunos que o impacto causado pelos 10% piores”. Por outro lado, “se os alunos negros fossem ensinados pelos 25% dos melhores professores desapareceria a sua diferença para os alunos brancos”.

A escola faz sim uma diferença se… não persistir em

a) tratar todos os seus alunos como se eles fossem “homogéneos”,

b) conceber o conhecimento como se fosse único que estivesse pronto,

c) avaliar os alunos e as escolas como se existisse uma linha de chegada a ser franqueada ao mesmo tempo por todos.

Tratar os alunos como homogéneos é certamente uma herança dos tempos em que a prioridade era que todos frequentassem a escola. Não haveria muita disponibilidade para olhar diferentemente os alunos: era uma fase que quantidade. Por isso, agora que estamos noutro momento nos impressiona como esta ideia perversa de tratar os alunos como “homogéneos” pode persistir na organização das turmas, no ritmo e estratégias curriculares, no acolhimento de alunos com necessidades educativas específicas. Olhar os alunos como homogéneos (e os que visivelmente não o são, como “diferentes”) é uma herança doentia que nos traz muito mais prejuízos que vantagens.

Olhar o conhecimento como se ele estivesse pronto e só tivesse que ser transmitido a alunos ignorantes, é também um património que precisamos de prescindir. Hoje não é possível motivar todos os alunos exclusivamente por modelos transmissivos de conhecimento. Desde há muitos anos que muitos educadores têm chamado a atenção que, para o aluno se motivar e entusiasmar com o conhecimento, tem de ser implicado por situações-problema, por questões, por atividades, valorizando o seu papel como ator na sua própria aprendizagem.

Por fim, a escola faz diferença se puder ser suficientemente dúctil e próxima dos alunos acompanhando diferentes percursos: uns mais rápidos, outros menos, uns feitos por uns caminhos e outros por outros caminhos. Considerar que todos têm de chegar ao mesmo tempo ao mesmo lugar, não ajuda a escola a fazer a diferença: ajuda-a sim a criar e legitimar desigualdades.

Queremos pensar que estamos no bom caminho para entender que a escola não pode ser a parede granítica que é preciso escalar, mas um conjunto de percursos que possíveis (em terreno acidentado…) que é preciso fazer com motivação, como liderança e com apoio. Nesta conceção de valorizar os percursos, cabe referir como louvável e muito positiva a medida tomada pelo atual Ministério da Educação em avaliar as escolas não só em função dos seus resultados finais (os inefáveis rankings) mas levando em conta os lugares de onde se partiu. Sem olhar os percursos, a avaliação externa é injusta e incorreta.

Não podemos tratar igual o que é diferente. E agora, mais que nunca, estamos em posição (estamos na obrigação) de entender as diferenças para as podermos acolher com mais equidade.

David Rodrigues

Presidente da Pró – Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial. Conselheiro Nacional de Educação.


Fonte: Público

Governo aceita baixar IVA dos produtos de apoio para pessoas com deficiência

O PAN anunciou que o Governo aceitou a proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2017 para reduzir a taxa de IVA de 23% para 6% dos produtos de apoio a pessoas com deficiência.

O PAN anunciou esta quarta-feira que o Governo aceitou a proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2017 para reduzir a taxa de IVA de 23% para 6% dos produtos de apoio a pessoas com deficiência.
O partido Pessoas–Animais–Natureza explica, em comunicado, que a medida pretende contribuir para “uma maior inclusão social e para a diminuição das desigualdades existentes“, com a aplicação de uma taxa de IVA reduzida a todos os produtos que constam da lista homologada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação.
Existem equipamentos, utensílios e objetos cuja utilização por parte das pessoas com deficiência é indispensável e que ainda têm uma taxa de IVA de 23%”, o que dificulta a sua aquisição, sublinha o PAN.
Segundo o partido, além dos produtos de apoio que já usufruíam de taxa de IVA reduzida, será agora possível incluir acessórios para cadeiras de rodas, como capas, chapéus-de-chuva, câmaras-de-ar, braços articulados, pneus e baterias para cadeiras de rodas elétricas, que têm “um custo bastante elevado”.
O PAN dá ainda outros exemplos de produtos de apoio que passam a beneficiar da taxa mínima, como aparelhos de medição da tensão arterial, materiais para análise de sangue, estimuladores para alívio da dor, barras de apoio e vários utensílios do quotidiano como calçado, talheres, babetes ou copos.

III Conferência Deficiência Visual e Reabilitação "Prevenção Visual e Inclusão"

7 dez 2016 - 14:00 a 18:00

Auditório da ESTeSL
III Conferência Deficiência Visual e Reabilitação  "Prevenção Visual e Inclusão"

A Área Científica de Ortóptica, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), e a Associação de Retinopatia de Portugal promovem no dia 7 de dezembro de 2016, no Auditório da ESTeSL/ESEL, a III Conferência subordinada ao tema Deficiência Visual e Reabilitação - "Prevenção Visual e Inclusão", no âmbito do dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória através do formulário disponível online

Programa

14h00 – Abertura do Secretariado
14h30 – Sessão de abertura

João Lobato - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)
Rui Manuel Fontinha Vasconcelos - Associação de Retinopatia de Portugal (ARP)
Manuel de Oliveira - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)
14h45 – Painel I – Prevenção da Deficiência Visual – Desafios e Estratégias

Cegueira Evitável - Vision 2020, The Right to Sight - Parcerias para o Desenvolvimento - Salomé Gonçalves - Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP)
Causas da deficiência visual na sociedade contemporânea – Estratégias de Intervenção - Maria Emilia Oliveira e Pedro Miguel Lino - Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP)

O Rastreio da Retinopatia Diabética - Uma Estratégia para a Prevenção da Cegueira - Carolina Santos -Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)
Moderador – Manuel de Oliveira -Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)

16h15 – Pausa

16h30 – Painel II - Políticas de Inclusão do Jovem com Deficiência Visual

Olhar o Escolar Ver o Integrar - Lurdes Veiga - Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado - Santarém

Desafios e oportunidades de uma estudante com baixa visão - Paula Monzelo - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL - IPL)

Programas de Reabilitação nas Pessoas com Cegueira Adquirida - Ana Magalhães - Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA)
A Inclusão dos jovens com deficiência visual: uma questão de direitos - Ana Patrícia Santos - Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR, I.P.)

Moderador – Rui Manuel Fontinha Vasconcelos - Associação de Retinopatia de Portugal (ARP)

18h00 – Encerramento

Baixa visão e as tecnologias como meio de inclusão


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Congresso Internacional Escola Inclusiva

Tema - Escola Inclusiva: Educar e Formar para a Vida Independente


Local - Casa das Histórias Paula Rego (Cascais)

Programa
08:30 – Registo dos participantes

09:30 – Mesa de abertura
• Secretário de Estado da Educação, João Marques da Costa
• Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras
• Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva (a confirmar)
• Diretor do Centro de Formação de Escolas de Cascais, José Marcelino
• Vice-Presidente da Direção da CERCICA, Rosa Maria Lucas Neto

10:15 – Conferência “Advancing Inclusive Education: Transformative Steps on the Path”
Gordon L. Porter, Inclusive Education Canada, Education Training Group, University of New Brunswick

11:00 – Coffee break

11:30 – Conferência “Educação Inclusiva: resistir pela escola que queremos”
David Rodrigues, Associação de Professores de Educação Especial, Centro de Investigação do IE/UL, Conselho Nacional de Educação
Moderador: Pedro Cunha, Direção-Geral da Educação

12:15 – Debate

12:45 – Almoço livre

14:00 – Conferência “Formação de professores para a inclusão”
Teresa Leite, Escola Superior de Educação de Lisboa, Conselho Nacional de Educação

15:00 – Painel “Escola Inclusiva de 2ª Geração”
Luísa Ucha, Secretaria de Estado da Educação - Grupo de Trabalho Escola Inclusiva
Manuela Tender, Assembleia da República - Grupo de Trabalho Educação Especial (a confirmar)
Moderadora: Filomena Pereira, Direção-Geral da Educação

16:00 – Debate

16:30 – Mesa de encerramento
• Vereador da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida
• Diretor do Centro de Formação de Escolas de Cascais, José Marcelino
• Vice-Presidente da Direção da CERCICA, Rosa Maria Lucas Neto
Inscrições
Inscrições através do email cercica@cercica.pt
1 a 20 de novembro – 20,00€
21 de novembro a 2 de dezembro – 30,00€
A conferência terá tradução bilingue (PT/EN) e língua gestual.
 

Grupo de Trabalho para o desenvolvimento da Escola Inclusiva Despacho n.º 7617, 8 de Junho"

O relatório pode ser acedido aqui.

domingo, 20 de novembro de 2016

Centro de Marcha e Corrida de Torres Novas com treinos para deficientes visuais


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A partir de novembro, o Centro de Marcha e Corrida de Torres Novas vai promover treinos específicos para deficientes visuais, num ação pioneira ao nível dos centros atualmente em funcionamento.

Os treinos irão decorrer nesta fase inicial às terças e quintas, das 18h às 19h30, no Estádio Municipal Dr. António Alves Vieira. O objetivo é, com o decorrer da atividade, transitar para dois percursos urbanos já identificados e «amigáveis» no que se refere a obstáculos e acessibilidade.

Desta forma, o Município de Torres Novas, através do seu Centro de Marcha e Corrida, pretende promover a prática desportiva para todos, fomentando também uma melhor integração da pessoa portadora de deficiência.

De salientar que o Centro de Marcha e Corrida de Torres Novas, criado em 2014, conta atualmente com 38 atletas inscritos, distribuídos por 3 pólos no concelho – Piscinas Municipais Fernando Cunha, Pedrogão, Casais Castelos (este ultimo a iniciar a sua atividade no dia 4 de Novembro). Tem como principais objetivos promover e incentivar a prática regular de atividade física da população, combater o sedentarismo e aumentar a oferta no que a possibilidades de prática de atividade física diz respeito.
 

Alunos com necessidades especiais também têm direito ao Erasmus


Os alunos com necessidades especiais podem ir estudar para o estrangeiro através do programa Erasmus e receber ajudas financeiras para necessidades tão variadas como ter alguém que os acompanhe durante as viagens ou mesmo durante toda a estadia.


"O programa Erasmus dá apoio a todos os alunos independentemente do seu tipo de necessidade, desde um jovem celíaco ou diabético até alunos com problemas mais graves. Agora é preciso espalhar a palavra", disse Pilar Bravo, da Agência Nacional Erasmus +, durante um seminário realizado nesta quarta-feira em Lisboa sobre o tema.


Pilar Bravo lançou o repto de "espalhar a palavra" numa tentativa de alterar a atual realidade que mostra que são raríssimos os alunos com necessidades especiais que estudam uns meses no estrangeiro.


O programa Erasmus está pensado de forma a garantir que todos têm os mesmos direitos, estando por isso previstos apoios financeiros destinados a garantir que terão direito a alojamento adaptado, assistência durante a viagem, despesas com assistentes ou ajudantes, assistência médica, consultas ou adaptação do manual didático, enumerou a responsável.


Questionada por uma aluna presente no seminário, Pilar Bravo garantiu que "as despesas com o acompanhante podem ser durante todo o tempo em que o aluno está no Programa Erasmus". "As ajudas são muito amplas e flexíveis, basta justificar as necessidades. O valor atribuído é adaptado ao gasto real do estudante", sublinhou.


Um ano de antecedência


Apesar de estarem previstas ajudas, são poucos os alunos que concorrem ao Erasmus e menos ainda os que têm necessidades especiais, lamentou por seu turno o vice-reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, também presente no seminário organizado pela Erasmus Student Network, em colaboração com a Universidade de Lisboa."Tudo é motivo para desmotivar estes estudantes, que são muitas vezes talentosos. Às vezes é logo na própria família - que tem aquela vontade de proteger - que eles encontram a primeira barreira", disse Luís Ferreira, alertando para a "tendência de as mães 'hiper-protegerem' os seus filhos".


Assim, além da tradicional bolsa para estudar e verba para as viagens, os alunos com necessidades especiais podem ter apoio financeiro adicional, bastando para isso preencher o habitual formulário de candidatura, no qual os alunos fazem uma estimativa dos custos que vai ter.


"Um aluno que quer ir estudar para a universidade da Holanda e precisa de ir de táxi para as aulas, tem de calcular esse custo e apresentar a estimativa", exemplificou Pilar Bravo.


Rita Monteiro, do Departamento de Avaliação e Garantia de Qualidade, lembrou que as candidaturas ao programa Erasmus devem ser feitas com um ano de antecedência e, no caso dos alunos com necessidades especiais, ainda devem começar mais cedo, uma vez que são necessários mais documentos.


O primeiro passo, sublinhou Rita Monteiro, "é contactar o Gabinete de Relações Internacionais/Erasmus da escola" que frequentam e a partir dai iniciar todo o processo.


Fonte: Público

Diário da República acessível a cidadãos com deficiência visual

Segundo noticia o jornal Público, com as alterações introduzidas nas funcionalidades do Diário da República online, em 2017, os cidadãos portadores de deficiência visual vão passar a ouvir “as legendas dos ecrãs de pesquisa”, o que lhes permite entrar nos diplomas que pretendem.

7 coisas que não sabes sobre a língua gestual


A 15 de novembro, assinalou-se o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa. A VISÃO Júnior conta-te alguns factos super fixes sobre esta forma de comunicação tão especial!


Já reparaste naquela senhora que ocupa um pequeno quadradinho, no canto inferior da tua televisão, e que passa o noticiário a fazer gestos com as mãos? Ela é uma intérprete: está lá para ajudar as pessoas surdas a perceber o que se está a dizer na televisão, através da língua gestual.


A língua gestual é a forma de comunicação utilizada pelas pessoas surdas e por quem comunica com elas. Em vez de palavras sonoras, esta língua usa os movimentos das mãos e expressões faciais para "falar". É uma língua especial, com palavras e gramática próprias, diferentes das que usamos na linguagem oral (a linguagem falada).


DESCOBRE SETE CURIOSIDADES SUPER FIXES SOBRE A LÍNGUA GESTUAL!


1. Assim como em diferentes países se falam línguas diferentes, também a língua gestual varia com o país. Cada país pode ter os seus gestos para a mesma palavra.


2. Quem inventou o alfabeto manual (em que que cada gesto corresponde a uma letra do alfabeto) foi um sueco chamado Pär Aron Borg que era professor. Teve a ideia ao ver uma peça de teatro em que um menino surdo comunicava por gestos. Foi também ele quem trouxe o alfabeto manual para Portugal


3. Apesar de existir um alfabeto manual, habitualmente os surdos não o usam. Costumam comunicar por gestos que correspondem a palavras inteiras ou expressões completas (já imaginaste como era difícil se tivesses que dizer letra-a-letra todas as palavras que falas?),


4. A primeira escola de surdos portuguesa nasceu na Casa Pia de Lisboa, em 1823, por ordem do rei D. João VI.


5. Portugal foi o 6º país do mundo a reconhecer uma língua gestual nacional. Desde 15 de novembro de 1997 que a Constituição da República reconhece a Língua Gestual Portuguesa (data quem se assinala o dia nacional desta língua).


6. A Língua Gestual Portuguesa também é aprendida em África. É ensinada em vários países, como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.


7. Cada pessoa tem um nome especial em língua gestual. O nome gestual é uma espécie de alcunha e costuma depender de uma característica física ou psicológica da pessoa.


QUERES APRENDER LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA?

Na Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa - uma iniciativa da Associação de Surdos do Porto e da Escola Superior de Educação de Coimbra - podes aprender língua gestual online de forma gratuita! Só tens de fazer o teu registo no site e utilizar os materiais disponíveis para começar a aprender!


Fonte: Visão 

A pasteleira invisual que confeciona doces premiados

A pasteleira invisual que confeciona doces premiados: Na cozinha da associação Aurora Social, em Ponta Delgada, Manuela Bulhão dedica-se há duas décadas 'de corpo e alma' à confeção de doces, muitos dos quais já lhe valeram prémios, apesar de ser invisual desde os 21 anos.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Azeitão Inclusivo nº 7 – JOSÉ PATRÍCIO, UM HOMEM COM A PARALISIA CEREBRAL NO CORAÇÃO, PELA INCLUSÃO

Azeitão Inclusivo nº 7 – JOSÉ PATRÍCIO, UM HOMEM COM A PARALISIA CEREBRAL NO CORAÇÃO, PELA INCLUSÃO

BENGALA BERNADETE


   

Metal, elástico, mãos habilidosas, e ela começa a surgir. É magrela, comprida e roliça, com uma proteção plástica na ponta que toca o chão. Primeiro, ela se encontra com outras iguais a ela.
 Você já sabe quem vai ser seu dono? — diz uma bem pequena.
— Ainda não, mas ouvi dizer que vamos viajar para longe. Estão montando as caixas em que vão nos embalar.
Todas estão excitadas, doidas para ganhar o mundo. Como bengalas que são, não querem ficar paradas; querem ganhar mundo, pois para isso foram feitas.
— Cada uma numa bolsa com outros materiais — diz o gerente aos operários.
Bernadete é colocada em uma bela sacola, depois de despedir-se das amigas. — Para onde será que elas vão? — pensa curiosa.
Na bolsa, durante a viagem, ela descobre amigos: dois punções e uma reglete, que servem para escrever; um tal de sorobã, que vive dizendo: «matemática é com o bom aqui!»; um pequeno engraçadinho, que tem o nome importante de «Guia de assinatura», mas que gosta mesmo de ser chamado de «assinador». Todos falam o tempo todo e estão doidos para trabalhar.
Chegando à mão do dono, que surpresa! Quando ele abre a bolsa e tira tudo de dentro, Bernadete descobre as amigas. Todas foram para o mesmo lugar. Eram vários jovens cegos, aliás, crianças ainda. Todos com bolsas cheias de materiais novos e curiosos para experimentar tudo.
— Legal! Minha bengala é do jeito que eu imaginei! — diz uma menina, tirando a sua bolsa e já testando como andar com ela — ela vai se chamar Bianca.
Os outros riram.
— Por que Bianca?
— Porque bengala tem que ter nome com B.
A brincadeira pegou, e nossa heroína foi batizada com o nome que já conhecemos: Bernadete.
Durante um tempo, ela ficou mais dentro da bolsa do que fora. Às vezes, quando o menino abria a bolsa para tirar punção, reglete ou sorobã, ela dava um impulso, saltava e se esticava toda. Todo mundo achava que era por causa do elástico novo, mas que nada. Era muita vontade que Bernadete tinha de correr mundo. Mas o menino a desarmava, dizendo:
— Caiu de novo.
E guardava outra vez. Quando ele ameaçava pegá-la realmente para ir a algum lugar, a mãe, ou o pai, ou a avó logo dizia:
— Guarda isso aí! Não precisa, eu vou te levar.
E lá ia Bernadete de novo para a bolsa. Já estava ficando deprimida. Pelas conversas que conseguia ouvir, sabia que suas amigas estavam andando por aí, vendo praias, parques, casas, entrando e saindo de ônibus, e ela não conhecia nada.
Um dia, no vestiário, depois da aula de natação, chegou o grande triunfo de nossa heroína. Seu dono foi informado de que não haveria a aula de informática por falta de luz, e um colega propôs:
— Por que, em vez de avisar em sua casa, você não vem comigo? Desço dois pontos depois da sua casa e posso te ensinar o caminho. Se você não fizer isso, nunca vão te deixar sair sozinho.
O colega tinha razão. Ele já tinha 18 anos e, apesar das insistentes conversas dos professores, os pais prometiam, mas não deixavam que saísse usando a bengala. Teria que ser no susto. Bernadete saiu da bolsa ardendo por trabalhar. O caminho era fascinante!: árvores, carros, muros, e ela ia ajudando o jovem a desviar de tudo.
— Que susto, menino! Como é que você veio parar aqui sozinho?! — perguntou a mãe quando o viu chegando.
— Sozinho não, mãe; com a bengala — disse ele se matando de rir.
Daquele dia em diante, Bernadete passou a trabalhar de verdade!: festas, casas de amigos, cursos, escola, banco, casa de parentes… Todos os roteiros se tornaram conhecidos para ela. Reviu amigas, conheceu outras colegas, entrou em buracos perigosos, de onde o dono a tirava com cuidado para que não quebrasse.
— Eca! « Caquinha de cachorro!» Era complicado desviar de tudo. Às vezes, ficava arrasada, quando o rapaz batia num orelhão, por exemplo, pois neste caso ela não podia fazer nada. Mas, com o tempo, aprendeu que isso era normal, fazia parte da vida, e que seu dono levava até com bom humor a situação toda.
O tempo passou e havia dias em que Bernadete ficava até cansada de tanto andar, mas não reclamava. Correspondia sempre da melhor maneira. Seu dono, agora, andava engravatado, frequentava tribunais e a guardava numa pasta elegante, mas não abria mão dela.
Um dia, conheceu outra bengala num canto de uma casa, onde estava rolando a maior festa e, pela maneira como seu dono e a dona da outra bengala chegaram rindo para busca-las, entendeu que ainda se veriam muitas vezes. Acertou. Durante três anos se encontravam muito, as duas, até que um dia passaram a viver na mesma casa, habitando a mesma prateleira do armário quando não estavam sendo usadas.
— Não confunda. Esta é a minha Bernadete. Ela tem nome desde que eu a ganhei — reclamou ele um dia quando a mulher quase pegou a bengala errada. Ele a reconhecia em qualquer lugar.
— Nem notei que ela era muito grande para mim — disse a moça rindo.
Depois de algum tempo, a responsabilidade de Bernadete aumentou: se ela falhasse, se não funcionasse a contento, o bebê podia cair dos braços do pai, ou da mãe que, às vezes, o marido conduzia, e ela levava isso muito a sério.
Um dia, porém, um acidente sério impediu Bernadete de continuar sua nobre tarefa: um buraco mais estreito, e a coitadinha ficou completamente torta.
— Vou comprar outra bengala! — disse o rapaz, decidido.
Bernadete entrou em crise. Achou que ia acabar no ferro-velho. Mas, quando a bengala nova chegou, o rapaz tomou uma decisão:
— Vou usar a nova, mas não vou me desfazer da minha primeira bengala. Foi com ela que me tornei independente. Ela me ensinou o quanto eu era capaz de andar sozinho. Preciso guardá-la.
Poucas vezes nossa personagem saía da prateleira; mas, quando isso acontecia, era para mostrar a algum dos filhos ou a quem conversasse com ele sobre autonomia e sobre sua vida, como Bernadete havia sido importante, e ela se sentia orgulhosa e valorizada.
FIM

Ξ
Bernadete
autora: Professora Carla Maria de Souza, Instituto Benjamin Constant.
fonte: «Pontinhos» n.º 354, julho / setembro de 2015
'Pontinhos' é uma revista trimestral infanto-jovenil editada pelo Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro

Presidente aplaudiu as 'Mãos que cantam' em Belém

Presidente aplaudiu as 'Mãos que cantam' em Belém: O presidente da República recebeu em Belém a Federação Portuguesa das Associações de Surdos, aplaudiu o grupo 'Mãos que cantam' e anunciou vídeos dos seus discursos com tradução para língua gestual.

Sobre as contas da Educação...

Numa análise de Alexandre Homem Cristo, publicada no jornal (Observador), sobre as contas da Educação, que são discutidas esta terça na AR, destaca-se uma parte relativa à educação especial.

O que tem a dizer sobre o serviço de audiodescrição em Portugal? 
A Unidade ACESSO do Departamento da Sociedade da Informação da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia pede a colaboração do público com necessidades especiais no preenchimento do questionário abaixo.

Questionário

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Congresso Internacional Escola Inclusiva


Divulga-se o Congresso Internacional «Escola Inclusiva: Educar e Formar para a Vida Independente», que decorrerá na Casa das Histórias Paula Rego, Cascais,  dia 3 de Dezembro.
Inscrições:
1 a 20 de novembro – 20,00€
21 de novembro a 2 de dezembro – 30,00€
Inscrições através do email cercica@cercica.pt enviando os seguintes dados: nome, morada e NIF (para envio de fatura) e comprovativo de transferência bancária.
IBAN: PT50 0035 0734 00004216130 02
A conferência terá tradução bilingue (PT/EN) e língua gestual.
Programa:
08:30 – Registo dos participantes
09:30 – Mesa de abertura
• Secretário de Estado da Educação, João Marques da Costa
• Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras
• Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva (a confirmar)
• Diretor do Centro de Formação de Escolas de Cascais, José Marcelino
• Vice-Presidente da Direção da CERCICA, Rosa Maria Lucas Neto
10:15 – Conferência “Advancing Inclusive Education: Transformative Steps on the Path”
Gordon L. Porter, Inclusive Education Canada, Education Training Group, University of New Brunswick
11:00 – Coffee break
11:30 – Conferência “Educação Inclusiva: resistir pela escola que queremos”
David Rodrigues, Associação de Professores de Educação Especial, Centro de Investigação do IE/UL, Conselho Nacional de Educação
Moderador: Pedro Cunha, Direção-Geral da Educação
12:15 – Debate
12:45 – Almoço livre
14:00 – Conferência “Formação de professores para a inclusão”
Teresa Leite, Escola Superior de Educação de Lisboa, Conselho Nacional de Educação
15:00 – Painel “Escola Inclusiva de 2ª Geração”
Luísa Ucha, Secretaria de Estado da Educação - Grupo de Trabalho Escola Inclusiva
Manuela Tender, Assembleia da República - Grupo de Trabalho Educação Especial (a confirmar)
Moderadora: Filomena Pereira, Direção-Geral da Educação
16:00 – Debate
16:30 – Mesa de encerramento
• Vereador da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida
• Diretor do Centro de Formação de Escolas de Cascais, José Marcelino
• Vice-Presidente da Direção da CERCICA, Rosa Maria Lucas Neto