sábado, 30 de março de 2013

Workshop ensina a criar ilustrações táteis

Mais uma vez, o Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai investir na promoção da "cidadania consciente, plena e inclusiva", dedicando o próximo dia 6 de abril à realização de um workshop sobre ilustrações táteis no âmbito do 2º Ciclo de Workshops Inclusivos "Saber Mais".
O objetivo deste ciclo de workshops, uma ação promovida pelo IPL(+)INCLUSIVO, pretende, por via de exercícios práticos orientados por profissionais das diversas áreas abordadas, introduzir técnicas inclusivas de comunicação em diversos contextos, assim como promover a interação entre pessoas com e sem incapacidades específicas.
O workshop "Criação de Ilustrações Táteis", que tem um custo de inscrição de 20€, vai decorrer na Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR) do IP Leiria entre as 9.30h e as 12.30h e será orientado pelo professor Nuno Fragata, mestre em Artes Plásticas e com formação em Design e em Tecnologias Gráficas.
Esta sessão de aprendizagem, que se destina a pessoas com ou sem incapacidades, irá dar aos participantes "as bases para a criação de ilustrações com recurso à aglomeração de materiais e para a impressão com técnicas da oficina de gravura para obter imagens táteis 'legíveis' para pessoas com cegueira ou baixa visão".
De acordo com Josélia Neves, mentora do projeto IPL(+)INCLUSIVO, "o objetivo principal destas ações é despertar nas pessoas em geral, e nos profissionais que atuam na definição de plataformas online em particular, a consciência e a sensibilidade de que é necessário criar materiais inclusivos".
Segundo a responsável, esta criação deve ter em conta "que há pessoas diferentes que também têm de ter acesso àquele suporte ou àquela informação", pelo que é importante dotar os cidadãos e profissionais "de ferramentas para pôr em prática essa mesma missão, neste caso desenvolvendo conteúdos que possam ser acedidos e entendidos por pessoas com dificuldades visuais".
O workshop é aberto a todos os interessados, quer sejam profissionais ou estudantes, com ou sem experiência no desenvolvimento de websites e a inscrição pode ser efetuada através DESTE link.
Clique AQUI para conhecer o programa completo de workshops.

ANO LETIVO 2012/2013 JÁ INCLUI CÓDIGO COLORADD PARA ALUNOS DALTÓNICOS

As provas de avaliação externa em que a cor é fator determinante para a leitura do enunciado e para a produção da resposta vão incluir já este ano o código ColorADD, na sequência de um protocolo assinado hoje entre o Gabinete de Avaliação Educacional, a Direção Geral da Educação e a ColorADD, e homologado pelo Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho.
A disponibilização deste recurso educativo, livre de custos para o Ministério da Educação e Ciência, justifica-se pela mais-valia que constitui a possibilidade de assegurar condições de equidade no universo de alunos portadores de daltonismo. O daltonismo é uma limitação que afeta 10 por cento da população mundial masculina -aproximadamente 350 milhões de pessoas.
O código ColorADD é um sistema de identificação das cores, desenvolvido com base nas três cores primárias, representadas através de símbolos gráficos. Assenta num processo de associação lógica, através do conceito de adição das cores, que permite ao daltónico relacionar os símbolos e identificar facilmente toda a paleta de cores. O branco e o preto surgem para orientar as para as tonalidades claras e escuras.
A opção de utilizar o código, enquanto sistema complementar à legendagem de mapas, figuras ou esquemas, tem por base um critério simples, intuitivo e de fácil memorização, o que o torna um recurso que, em contexto escolar e também em situação de avaliação externa, permite incluir sem discriminar.
Tendo como finalidade assegurar uma eficiente utilização do código por parte dos alunos daltónicos, foi concebido um plano nacional de acompanhamento às escolas, no âmbito do qual os profissionais que integram os Centros de Recursos TIC para a Educação Especial (CRTIC) assumem a primeira linha de apoio aos docentes que trabalham diretamente com os alunos daltónicos.
Norteando a sua ação pelo princípio de que nenhum aluno deverá estar limitado no seu acesso à leitura e à informação escrita devido a condições de deficiência ou incapacidade, o Ministério da Educação e Ciência tem vindo a apostar de forma clara no incentivo à produção de materiais de leitura em formatos acessíveis a alunos com necessidades educativas especiais. Nesse sentido, disponibiliza-se um recurso educativo que procura garantir a plena integração do público daltónico sempre que a cor seja um fator determinante na comunicação e na aprendizagem.
Também este ano, pela primeira vez, os enunciados das provas finais de ciclo e dos exames finais nacionais dirigidos a alunos cegos e com baixa visão serão apresentados em formato Daisy (Digital Accessible Information System), ou em documento com Entrelinha 1,5, em formato PDF.
Estas duas soluções, a utilizar em alternativa, considerando o enquadramento específico das necessidades de cada aluno, constituem a resposta técnica que visa contribuir para a melhoria das condições operacionais de realização de provas e de exames. Salvaguarda-se a possibilidade de, em 2013, e com carácter transitório, os alunos que não reúnam condições para realizar as provas em formato Daisy poderem realizar provas transcritas em Braille.
Recorde-se que os alunos com necessidades educativas, em geral, podem usufruir de condições especiais na realização das provas finais de ciclo do ensino básico e nos exames finais nacionais do ensino secundário, nomeadamente, maior tolerância de tempo, utilização de tecnologias de apoio e auxiliares técnicos de leitura, presença de intérprete de língua gestual portuguesa (alunos surdos), utilização de equipamento ergonómico, reescrita da prova, entre outras condições. As provas poderão sofrer também algumas adaptações formais na sua estrutura e formulação dos itens, relacionadas com as características dos alunos com necessidades educativas especiais, por exemplo, provas em Braille.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Portugal reabilita escola para cegos na Guiné-Bissau

 

A Cooperação Portuguesa na Guiné-Bissau financiou a reabilitação e ampliação da escola para cegos de Bissau, um projecto que custou 231 mil euros e que vai servir mais de cem alunos.

O apoio, através do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, permitiu a reabilitação de três salas de aula e respectivas instalações sanitárias e a construção de outras tantas salas e mais cinco sanitários.

Segundo fonte da cooperação portuguesa, foram ainda construídos mais quatro gabinetes de direcção, duas oficinas de formação profissional, uma cozinha, entre outras estruturas de apoio, numa área de cerca de 400 metros quadrados.
Portugal ofereceu também mesas e cadeiras para as salas de aula.
A ‘Escola Bengala Branca’ pertence à Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos Cegos - AGRICE, que faz parte de 18 associações da sociedade civil que integram a Rede de Protecção Social da Guiné-Bissau, apoiada pela Cooperação Portuguesa.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A MO inovou e introduziu o código ColorADD na nova coleção

     
Post ThumbnailA MO acaba de integrar nas etiquetas da nova coleção de Primavera Verão um código universal e intuitivo, que ajuda os daltónicos a identificar as várias cores e tons: o código universal de cores ColorADD. Desta forma, a marca pretende contribuir para um mundo mais colorido e para uma vida mais independente, autónoma e feliz, de quem vê o mundo de uma forma diferente.
Para a marca, esta é uma inovação no desenvolvimento das suas coleções que permitirá que todos os seus clientes possam combinar os looks do seu dia-a-dia de uma forma independente e confiante, proporcionando-lhes prazer e bem-estar.

Workshop:"Formatos Alternativos para a Deficiência Visual" - (6 Abr. 2013)

Data: 6 Abril 2013 (sábado) | Local: Lisboa – Parque das Nações

A visão é uma função biológica que desempenha um papel fundamental na nossa experiência de vida. Informa-nos sobre o mundo ao nosso redor, alerta-nos para os perigos, e permite-nos comunicar. A ausência ou perda significativa da capacidade visual afeta de forma significativa a vida das pessoas. Nesta acção de formação iremos focar a atenção nas implicações da deficiência visual no acesso à informação e ao conhecimento. Veremos como a informação que é veiculada por escrito pode ser tornada acessível a pessoas cegas ou com baixa-visão através dos chamados Formatos Alternativos.
No final da formação os formandos serão capazes de elaborar textos simples em Braille, elaborar uma imagem táctil e produzir conteúdos em áudio e em letra ampliada. São apresentadas as organizações ligadas à deficiência visual e os serviços disponíveis em Portugal.

Data e Horário: 6 de abril de 2013 (sábado), das 10 às 17 h

Local: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (Parque das Nações)

Objetivos
- conhecer os principais problemas de visão e as suas implicações;
- conhecer os formatos acessíveis existentes, e saber adequá-los a cada pessoa em particular;
- aprender a produzir documentos simples em Braille, em áudio e em letra ampliada;
- aprender a elaborar imagens táteis com boa percetibilidade tátil;
- explorar domínios de aplicação e contribuir para a acessibilidade da informação.

Conteúdos Programáticos
1. Breve caracterização da deficiência visual
- Patologias da visão mais comuns;
- Problemas originados pela DV na educação, na vida diária e no trabalho;
- Organizações ligadas à DV em Portugal e no mundo.
2. O conceito de formatos alternativos
- Braille, áudio, imagens táteis, texto ampliado e suportes digitais;
- Informação acessível na era digital;
- Transcrição de conteúdos entre diversos formatos.
3. O Braille e a sua produção
- Grafia braille portuguesa;
- Meios de escrita manual e automática;
- O Braille eletrónico.
4. Produção de Imagens táteis
- Perceção tátil versus perceção visual;
- Regras para a elaboração de imagens táteis;
- Meios de produção.
5. Produção de conteúdos em áudio
- O áudio como meio complementar de leitura;
- Produção áudio com voz humana;
- Produção áudio com voz sintetizada;
- O sistema DAISY.
6. Texto ampliado para pessoas com baixa-visão
- Regras para a elaboração de conteúdos em letra ampliada;
- Conversão de documentos para letra ampliada.
7. Tecnologias de Apoio
- Acesso ao computador por voz, braille ou ampliação;
- Acesso à Internet e fontes documentais;
- Reconhecimento de texto (OCR) e leitura de textos a tinta.

NOTA:
Solicitamos que leve para a ação de formação computador portátil, com bateria carregada. Caso não possa levar, por favor contacte-nos.

Destinatários
- Profissionais com intervenção na área da Educação ou da Saúde da Criança;
- Estudantes de cursos das áreas da Educação ou da Saúde;
- Pais e Encarregados de Educação.

Nº de participantes
30 (Admissão por ordem de chegada da inscrição.)

Formador
Dr. Aquilino Lopes Rodrigues
Licenciado em Matemática Aplicada
Mestre em Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio Docente convidado na Universidade Lusófona Dirige a Electrosertec (empresa especializada em serviços e tecnologias de apoio à deficiência) Iniciou a sua atividade profissional em 1988 como coordenador do curso de introdução à informática para deficientes visuais, na Associação Promotora de Emprego de Deficientes Visuais (APEDV), em Lisboa. Trabalhou desde então sempre ligado à problemática da deficiência visual, acumulando grande experiência no domínio das tecnologias de apoio e nos meios alternativos de comunicação.
Criou em 2009 o CEFAS – Centro Especializado em Formatos Alternativos, um serviço que produz materiais em Braille, imagens táteis e áudio.

Preço de Inscrição
Até 1 Abr. 2013 - 75 €; Após 1 Abr. 2013 - 100 €
Possibilidade de efetuar o pagamento através de 2 cheques pré-datados (30 Mar e 30 Abr. 2013).
Nota: O(s) cheque(s) deve(m) ser passado(s) à ordem de Oficina Didáctica e enviado juntamente com a ficha de inscrição.
Em Alternativa, pode efetuar o pagamento por transferência bancária - o nosso NIB é 0010 0000 3333 5050 0012 2. Neste caso, solicitamos que nos envie o comprovativo da transferência, para que tenhamos conhecimento da proveniência do dinheiro (pode ser por email).
Caso a inscrição não seja aceite, os valores pagos serão devolvidos.

Organização e Secretariado
Oficina Didáctica
Rua D. João V, nº 6-B (ao Rato)
1250-090 Lisboa
Tel.: 213 872 458 - Email: info@oficinadidactica.pt
Visite www.oficinadidactica.pt

segunda-feira, 18 de março de 2013

Cursos de Formação Profissional para pessoas com Deficiência Visual

 
  1. Curso de Assistente Administrativo/a – Percursos até 2900 horas: Início a 02 de maio de 2013 – segunda a sexta-feira das 9h00 às 17h00 [Nota: Estes cursos são dirigidos exclusivamente a pessoas que se encontrem em situação de desemprego.]
  2. Utilização de Leitores de Ecrã em Excel - 30 horas: 19 de março a 04 de abril 2013 – terça, quarta, quinta e sexta-feira das 14h00 às 17h00
  3. Utilização de Leitores de Ecrã em Internet & Correio Electrónico - 30 horas: 06 de abril a 15 de junho 2013 – sábado das 09h30 às 12h30
  4. Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação para pessoas com Deficiência Visual – 90 Horas: 09 de abril a de 05 de junho de 2013 - terça, quarta, quinta e sexta-feira das 14h00 às 17h00
  5. Utilização de Leitores de Ecrã em Word – 30 horas: 11 a 26 de junho 2013 – terça, quarta, quinta e sexta-feira das 14h00 às 17h00
  6. Curso de Introdução às TIC para pessoas com Deficiência Visual – 30 Horas: 02 a 17 de julho de 2013 - terça, quarta, quinta e sexta-feira das 14h00|17h00
  7. Utilização de Leitores de Ecrã – 30 horas: 18 a 31 de julho 2013 – segunda a sexta-feira das 14h00 às 17h00
  8. Braille – 75 horas: 01 de abril a 06 de junho de 2013 – segunda 14h00 às 16h00 - terça, quinta e sexta-feira 11h00 às13h00
  9. Braille – Reciclagem - 30 horas: 10 de junho a 04 de julho de 2013 – Segunda 14h00 às 16h00, -terça, quinta e sexta-feira 11h00 às13h00
  10. Desenvolvimento de Competências de Autonomia para a Empregabilidade – 240 horas: 18 de março a 07 de maio de 2013 – de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h00
  11. Orientação e Mobilidade - 45 horas: Formação individualizada a acordar horário e período de realização.
  12. Orientação e Mobilidade (Reciclagem) - 15 horas: Formação individualizada a acordar horário e período de realização.


Nota: Cursos financiados pelo QREN, através do programa Operacional Potencial Humano, Governo de República Portuguesa, IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) e credenciados pela DGERT (Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho)

Workshop de Dança Inclusiva - Porto | dias 6 e 7 de abril de 2013


Data do evento: Sábado, 6 Abril, 2013 (Todo o dia) a Domingo, 7 Abril, 2013 (Todo o dia).
Tipo: Curso.
Local: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Entidade promotora: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Descrição do evento:
O Gabinete de Formação Contínua da FADEUP - Faculdade de Desporto da Universidade do Porto - informa os(as) interessados(as) que estão abertas as inscrições para o:

Workshop de “Dança Inclusiva” de 8 Horas, a decorrer nos dias 06 e 07 de abril de 2013, a realizar nas instalações da FADEUP e tendo como Coordenadores do Curso: Prof. Doutor Rui Corredeira (FADEUP) e Dr. Paulo Magalhães (A_ju_dança)

Curso não acreditado, para Educadores, Professores, Bailarinos, Músicos, Investigadores da área da saúde, Terapeutas, Técnicos de reabilitação que já atuam, ou pretendem atuar na área da inclusão através da dança.

Para informações mais detalhadas, propina e inscrições desta ação, consulte o nosso site.

Contactos:
Telef.: +351220425255
Fax: +351225500687
http://www.fade.up.pt

Adaptação de provas finais de ciclo e de provas de exames finais nacionais para alunos cegos, com baixa visão, daltónicos ou com limitações motoras severas

 

Foi publicada a informação conjunta GAVE/JNE N.º 1/2013 relativa às provas finais de ciclo e exames finais nacionais 2012/2013.
Assim, quanto à Adaptação de Provas Finais de Ciclo e de Provas de Exames Finais Nacionais para alunos cegos, com baixa visão, daltónicos ou com limitações motoras severas, em complemento do disposto nos seguintes documentos: Ofício S-DGE/2012/4032/DSEEAS, de 02.01.2013; Norma 01 e Norma 02 do Ensino Básico e do Ensino Secundário — JNE; Aplicação de Condições Especiais na Realização de Provas e Exames do Ensino Básico e Secundário – Orientações Gerais para Alunos com Necessidades Educativas Especiais — JNE.
O elenco dos tipos de adaptação a disponibilizar constitui a resposta técnica a um conjunto de dificuldades que se pretendem continuar a ver corrigidas ou minimizadas, considerando a heterogeneidade do universo de alunos cegos, com baixa visão, daltónicos ou com limitações motoras severas. No caso do ensino secundário, poderão ainda ser disponibilizadas outras adaptações, com caráter excecional, a decidir, caso a caso, em articulação com o Júri Nacional de Exames (JNE).
A tabela seguinte apresenta a síntese dos tipos de adaptação a disponibilizar no corrente ano letivo.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dança e Deficiência Visual

 

imagens Fragile-dance imagens Fragile-dance imagens Fragile-dance


A Vo’Arte, Associação que se encontra a desenvolver o projecto FRAGILE – Inclusão de Pessoas com Deficiência Visual nas Artes Performativas, co-financiado pela União Europeia, visa a pesquisa de uma nova linguagem pelo trabalho com bailarinos e intérpretes com e sem deficiência visual, culminando o processo numa performance inclusiva em 3 partes, da autoria dos 3 coreógrafos parceiros do projecto, com estreia mundial no Teatro Municipal Joaquim Benite (Almada), nos dias 29 e 30 de Março às 21h.


Edge (pt), Plexus (ee) e Touched (no)

Três coreógrafos da Estónia, Noruega e Portugal colaboram há dois anos na pesquisa de uma nova linguagem pelo trabalho com bailarinos e intérpretes com e sem deficiência visual, culminando o processo numa performance inclusiva em 3 partes, com estreia mundial no final de Março em Lisboa.

Os espectáculos a apresentar combinam diferentes personalidades, qualidades de movimento, desejos e percepções, num processo de pesquisa de outros estímulos/sentidos à dança além dos ditados pela visão e preparação técnica. Todos os espectáculos contarão com áudio-descrição e folhas de apresentação dos espectáculos em Braille.

Digressão FRAGILE

  • 29 e 30 de Março 2013 - Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada (Lisboa, Portugal)
  • 16 de Abril 2013 - Bærum Kulturhus, Sandvika (Oslo, Noruega)
  • 19 e 20 de Abril 2013 - KUMU Art Museum, Talin (Estónia)


Dança e Deficiência Visual: TESTEMUNHOS

Contactos:
Associação Vo'Arte | www.voarte.com
Rua São Domingos à Lapa, 8N 1200-835 Lisboa, Portugal
Tel. (+351) 21 393 24 10 || Tlm. (+351) 91 40 40 471
Informações: voarte@voarte.com | info@voarte.com

Ideias nas pontas dos dedos - A motricidade fina e a literacia tátil

 
O programa Descobrir apresenta a nova programação, recheada de novidades, dedicada aos públicos com necessidades educativas especiais, que nos chegam vindos de escolas e instituições. Foi nossa preocupação criar uma proposta transversal a todos os núcleos pedagógicos e artísticos existentes na Fundação Calouste Gulbenkian, organizados em quatro linhas de orientação – o Corpo, o Rosto, o Tato e a Paisagem que nos envolve –, para maior assertividade na resposta a quem nos procura. Estes quatro grandes núcleos contêm diferentes propostas pedagógicas, desenvolvendo-se no Museu Calouste Gulbenkian, no Centro de Arte Moderna e no Serviço de Música, em visitas e oficinas de educação artística que cruzam diferentes linguagens e materiais, numa prática estimulante e especializada. São espaços de criatividade e fruição, em diálogo constante com a produção dos artistas que são património da Fundação.

Visita-oficina dedicada a pessoas com deficiência visual, que utiliza diferentes recursos de promoção da literacia tátil. Um percurso pela escultura acessível existente na coleção do Museu Calouste Gulbenkian, com destaque para a obra de Niizuma e Rodin, complementado com um ateliê de escultura, construída a partir de pequenos módulos acopláveis.


Orientação:
Ana Patrícia Dias, Filipa Santos, Lydia Robertson, Margarida Vieira, Miguel Horta, Nicolas Robertson, Rosário Azevedo, Simão Costa

Requer marcação prévia:
Out a Jun, 2ª a 6ª, 10h10; 14h30
e reunião com os técnicos responsáveis pelo grupo. O número de sessões, a sua duração e tipologia são desenhados a partir dessa reunião prévia, constituindo um programa específico adaptado ao perfil e ritmo de cada grupo.

Novo implante retinal permite a cegos recuperar visão

 

Acaba de ser dada a conhecer mais uma esperança para os invisuais. Um novo implante ocular denominado Alpha IMS e desenvolvido na Alemanha conseguiu restaurar a visão de vários pacientes cegos com retinite pigmentosa no âmbito de um ensaio clínico cujos resultados "encorajadores" foram recentemente apresentados.

O sistema, manufaturado pela empresa alemã Retina Implant AG, especialista no desenvolvimento de implantes sub-retinais, consiste num micro-chip eletrónico sem fios com 3 x 3 milímetros e com uma resolução de 1.500 pixéis. O dispositivo, implantado sob a retina, estimula o nervo ótico, fazendo com que este envie os dados visuais ao cérebro.

Uma das grandes vantagens do sistema é que, ao contrário de outros métodos similares, este implante não se apoia numa câmara externa: em vez disso, a luz é detetada no interior do olho do paciente, fazendo com que este possa mover os olhos para ver o que se passa à sua volta em vez de mover a cabeça.

Além disso, o Alpha IMS apresenta uma grelha de resolução muito superior à dos seus antecessores e, por ser implantado diretamente sob a retina, permite que esta parte do olho processe as informações recebidas antes de as enviar ao córtex visual.
Em comunicado, a Retina Implant AG revela que o seu mais recente ensaio clínico em humanos, o segundo realizado pela companhia desde 2005, envolveu nove pacientes alemães com retinite pigmentosa (doença hereditária que causa a degeneração da retina e consequente cegueira) que receberam um destes micro-chips.

Ao longo dos três a nove meses de observação, a visão funcional da maioria dos voluntários foi recuperada e dois dos participantes no ensaio conseguiram mesmo ver com uma resolução superior à alcançada pelos pacientes dos primeiros testes clínicos com o dispositivo.

"Dos nove pacientes observados ao longo do estudo [publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B], três foram capazes de ler letras espontaneamente. Durante a observação dentro e fora do laboratório, os pacientes reportaram também a capacidade de reconhecer rostos, distinguir objetos como telefones e ler sinais em portas", revelou a Retina Implant AG.

De acordo com Eberhart Zrenner, o coordenador da investigação, "os resultados do primeiro ensaio clínico com humanos já tinham excedido as expetativas" e a equipa "está ainda mais encorajada pelos resultados do segundo ensaio", que teve início em Maio de 2010 em Tuebingen, na Alemanha, e entretanto se expandiu a Hong Kong e ao Reino Unido.

"Esta investigação fornece-nos evidências adicionais de que a nossa tecnologia de implantes sub-retinais pode ajudar pacientes com degeneração ocular a recuperar a visão funcional sem a necessidade de equipamentos externos e visíveis", concluiu Zrenner.
Clique AQUI para aceder ao estudo completo (em inglês).