quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Objetos adaptados

 



Semáforos com auto-falantes para cegos


Semáforos sem pé próprios para invisuais

Piso indicativo para cegos

Outro piso indicativo para cegos

Relógio para invisuais

Computador para cegos

Máquina de escrever braille

Painel de elevador em braille

Placa escrito em braille

Miniatura de uma cidade

Mapa em relevo e escrito em braille

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Distúrbios e anomalias comuns nos olhos

São vários os distúrbios e anomalias comuns nos olhos:
 
Erros de Refracção
- Hipermetropia: Condição em que os raios de luz se concentram atrás da retina, formando uma imagem manchada e não nítida; uma lente convexa na frente dos olhos aumenta a combinação dos raios de luz e coloca-os no foco.
- Miopia: Condição em que os raios de luz se concentram na frente da retina, quando os olhos estão em repouso e olhando para um objecto a uma distância de vinte ou mais pés; uma lente côncava pode refocalizar a imagem sobre a retina.
- Astigmatismo: Erro de refracção que resulta de uma irregularidade na curvatura da córnea ou das lentes dos olhos e faz com que os raios de luz se tornem refractivos de forma desigual em planos diferentes, de modo que os raios horizontais e verticais se concentram em dois pontos diferentes da retina; geralmente é corrigível com lentes adequadas.
 
Defeitos de Função Muscular
- Estrabismo: A sua causa é uma falta de coordenação dos músculos extremos dos olhos; os dois olhos não focalizam simultaneamente o mesmo objecto; pode ser constante ou intermitente.
- Heterotropia: Acção insuficiente de um ou mais músculos dos olhos, que ficam com uma tendência a se desviarem da posição normal para fixação binocular; cria dificuldade em fundir as duas imagens dos olhos numa só; não é tão aparente quanto o estrabismo e, às vezes, pode ser superada com esforço muscular extra.
- Nistagmo: Movimentos rápidos, convulsivos, dos globos oculares, resultando numa acentuada ineficácia visual.
 
Outras Anomalias
- Albinismo: Condição hereditária, congénita, caracterizada por uma relativa ausência de pigmentação na pele, no cabelo, na camada coróide e na íris; frequentemente está relacionada com erros de refracção e perda da acuidade visual; a falta de cor na íris deixa um excesso de luz atingir a retina.
- Catarata: Condição dos olhos em que as lentes do cristalino, ou a sua cápsula, tornam-se opacas, com perda da acuidade visual; geralmente pode ser tratada através de uma operação ou outros processos médicos; se as lentes forem cirurgicamente removidas, lentes artificiais tornam-se necessárias, e a visão periférica é afectada.
 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Luz na barriga pode desenvolver bebés com olhos mais saudáveis

 


Rede de vasos capilares da retina do ratinho em desenvolvimento.
A luz ativa uma proteína que tem um papel fundamental
na formação dos olhos

Receber luz na barriga pode fomentar o desenvolvimento saudável dos olhos do bebé, dizem cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco. O estudo foi feito em ratinhos de laboratório mas é provável que o mesmo aconteça na gestação do ser humano.

O estudo, publicado esta quarta-feira na revista Nature, concluiu que pequenas quantidades de luz são essenciais ao crescimento dos vasos sanguíneos dos olhos, já que os ratinhos que passaram a gravidez em completa escuridão geraram crias com deficiências ou insuficiência visual.

Sabe-se que a vasculatura hialoide - uma rede de vasos sanguíneos que surge no feto humano e que acaba por se desfazer – tem um papel fundamental na formação da retina. Segundo as observações nos ratinhos, esta estrutura não se consegue desenvolver na escuridão.

“A luz é um grande condicionante na maneira como a retina se desenvolve”, frisou Richard Lang, do Cincinnati Children's Hospital, uma das instituições que se associou à investigação, cita a BBC.

Alguns bebés prematuros desenvolvem a chamada Retinopatia da Prematuridade – crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que suprem ou afetam a retina – que lhes provoca perda de visão. Segundo Lang, durante o estudo o mesmo foi observado nos ratinhos de laboratório.

Os investigadores mostraram que a luz ativa uma proteína nos ratinhos, a chamada melanopsina, que tem um papel fundamental na formação do olho, e que está igualmente presente no ser humano. Desconhece-se, porém, se o mesmo processo se desencadeia nas pessoas.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Graduação dos candidatos da educação especial

 

O Despacho n.º 866/2013, de 16 de janeiro, visa aclarar os princípios e critérios que devem estar presentes na graduação dos candidatos da educação especial e determina o seguinte:
1 - Dispõe a subalínea i) da alínea b) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, que a graduação dos docentes é feita com base no número de dias de serviço docente ou equiparado, avaliado com a menção qualitativa mínima de Bom, nos termos do ECD (Estatuto da Carreira Docente), contados a partir do dia 1 de setembro do ano civil em que o docente obteve a qualificação profissional para o grupo de recrutamento a que é opositor até ao dia 31 de agosto do ano imediatamente anterior ao da data de abertura do concurso.
2 - Por sua vez, o artigo 2.º da Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro, identifica como habilitação profissional para os grupos de recrutamento da Educação Especial a titularidade de uma qualificação profissional para a docência acrescida de um dos cursos que ela própria identifica.
3 - Da conjugação das referidas disposições, a graduação dos candidatos aos grupos de recrutamento 910, 920 e 930, é feita com base no número de dias de serviço docente ou equiparado contados a partir do dia 1 de setembro do ano civil em que o docente/candidato obteve a qualificação, nos termos da Portaria n.º 212/2009, para o grupo de recrutamento da Educação Especial a que concorre, conforme dispõe a subalínea i) da alínea b) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 132/2012.
4 - Todo o tempo de serviço prestado em outro grupo de recrutamento é valorado nos termos da subalínea iii) da alínea b) do artigo 11.º, ponderado pelo factor 0,5, com arredondamento às milésimas.

Nota: O conteúdo deste Despacho pode induzir em erro porque, face ao ordenamento jurídico existente e para o qual o diploma remete, estas normas aplicam-se apenas aos docentes já na carreira.
O Decreto-Lei n.º Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, refere no n.º 4 do art. 11.º que, para efeito da graduação profissional dos docentes de carreira com formação especializada em educação especial, é aplicado o disposto no n.º 1, relevando para a classificação profissional a graduação obtida no curso de especialização.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As dificuldades em andar pela cidade

 
foto: As Beiras: carro estacionado em cima do passeio.


Para quem não vê, circular pela cidade é uma aventura que não é fácil. Os obstáculos multiplicam-se, afetando todos, sobretudo quem tem mobilidade reduzida. Mas a mobilidade para os cegos é meio caminho para a autonomia. O DIÁRIO AS BEIRAS fez um pequeno percurso a partir da sede da ACAPO: pequeno, mas pejado de obstáculos.

Os arbustos mal aparados, com pontas a sobrarem para os passeios, por mais inofensivos que pareçam, transformam-se numa armadilha com um enorme potencial de perigo para cegos e transeuntes com um reduzido grau de visão.

A experiência de Joana Godinho – a jovem psicóloga a estagiar na delegação de Coimbra da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que aceitou realizar com o DIÁRIO AS BEIRAS um pequeno percurso nas proximidades, entre as ruas dos Combatentes e General Humberto Delgado –, diz-lhe que sim, que as pontas dos arbustos a darem para os passeios podem ser muito perigosas: “eu já fiquei ferida” numa dessas experiências, recorda a jovem, assegurando ainda o imenso grau de “desconforto e incómodo” que uma destas situações implica para quem não vê.

José Carlos Regêncio, professor de Orientação e Mobilidade na Delegação de Coimbra da ACAPO, a acompanhar o percurso da jovem que também já tinha conduzido na “aprendizagem” da autonomia que se conquista muito pela possibilidade de circular pela cidade, fala de casos mais ou menos próximos e dá um exemplo: o de José Mário Albino – com quem trabalha na ACAPO –, que ficou ferido com alguma gravidade na Praça 8 de Maio, numa esquina de um “mupi”, exemplo de mobiliário urbano que tem mais de “estético” que de funcional e, estreitando ao fundo, não é detetável pela bengala dos cegos.

A este exemplo de responsabilidade que cabe às entidades autárquicas, junta-se, afirma José Carlos Regêncio, aqueles pelos quais todos devemos responder e que se tornam visíveis a quem passa e perceptíveis pela negativa a Joana Godinho: os automóveis estacionados nos passeios e os já citados arbustos a sobrarem para quem passa.

Numa resposta pronta, porque feita de experiência, a jovem diluiu um pouco a “indignação” dos repórteres causada pelos inúmeros postes semeados pelos passeios. “Os postes até nos servem de referência para os percursos na cidade que nós tentamos memorizar”, diz Joana. O problema são os obstáculos “móveis” que proliferam, sem que seja possível perceber atempadamente o perigo que representam.

Numa memória ainda muito viva e sistematicamente reavivada nos trajetos que, por via da independência que cultiva – com o apoio incondicional da mãe, destaca, visivelmente emocionada – ,e de que se orgulha, Joana Godinho lembra outras duas situações, ambas em passadeiras: nos semáforos da praça da República, junto aos correios, e na avenida Sá da Bandeira, dos dois lados do monumento a Camões.

Tratando-se de um percurso bem conhecido – por via do trajeto muitas vezes repetido a caminho da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura –, e ainda sem solução, Joana insiste na denúncia.

Sobretudo no que respeita à passadeira junto ao monumento a Camões, para o lado do Mercado D. Pedro V, onde o sinal se mantém amarelo, sem que os automobilistas parem.

Identificada proteína essencial para manutenção da saúde dos olhos

 
Investigadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, descobriram, pela primeira vez, uma proteína específica essencial para a manutenção da saúde ocular, avança o portal Isaúde.

O estudo mostra que a proteína S também pode ter implicações para a compreensão e tratamento de outras condições dos sistemas imune, reprodutivo, vascular e nervoso, bem como de vários tipos de cancro.

O trabalho, publicado na revista Neuron, destaca o papel da proteína S na manutenção de uma retina saudável através da sua participação no processo de poda dos fotorreceptores, neurónios sensíveis à luz no olho. Estes fotorreceptores mantêm-se crescendo e alongando a partir da sua extremidade interior. De modo a manter um comprimento constante, eles têm de ser removidos da sua extremidade exterior por células especializadas chamadas células epiteliais pigmentares da retina.

Sem essa 'poda', os fotorreceptores iriam sucumbir à toxicidade e degeneração, levando à cegueira. Uma molécula receptora chamada Mer é uma chave na poda dos fotorreceptores, e é, portanto, vital para a saúde da retina. Mutações nos genes Mer de ratos e humanos provocam degeneração da retina, causando perda de visão.

O novo estudo incide sobre as moléculas que ativam Mer neste mecanismo de poda. Embora duas moléculas – Gas6 e Proteína S – tenham sido identificadas anteriormente, ainda não tinha sido mostrado que elas também desempenham papel num organismo vivo.

Para mostrar isso, o investigador Tal Burstyn-Cohen e os seus colegas descobriram nas suas experiências com animais de laboratório que tanto a Gas6 quanto a Proteína S são necessárias para activar a poda dos fotorreceptores da retina, e, portanto, manter uma retina saudável.

Essas descobertas podem ter implicações práticas, uma vez que a proteína S também funciona como um anticoagulante potente do sangue.

Estes resultados abrem novas vias de investigação sobre o papel da proteína S na activação dos receptores de outros tecidos em que sua função é importante, tal como nos sistemas imunitários, reprodutivo, vascular e nervoso, bem como em vários cancros onde a activação de receptores tem sido observada.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Uma outra forma de olhar o museu Machado de Castro em Coimbra

 

Maquete 2 (rgrant_97) Tags: portugal museum arquitectura model museu roman forum romano coimbra maquete arqueologia machadodecastro archaology criptoprtico aeminium - Foto Luís Carregã:
maquete do Fórum Romano de Aeminium

Desde dia 4 de Janeiro que o Museu Nacional Machado de Castro (MNMC) tem à disposição uma maquete do Fórum Romano de Aeminium, acessível a pessoas com deficiência visual.

A cerimónia de inauguração realizou-se precisamente no Dia Mundial do Braille, um ano depois de, naquele mesmo espaço, ter sido apresentada uma maquete do criptopórtico romano de Aeminium.

No entanto, a construção desta estrutura (produzida por Carlos Santos, técnico superior do museu) representou um desafio maior, na medida em que, ao contrário do criptopórtico, que existe (e faz parte do circuito do museu), no caso do fórum, toda a maquete foi construída tendo por base apenas os estudos que foram sendo desenvolvidos.

Perfume feito por portadores de deficiências visuais, no Brasil

 


O perfume Amor, desenvolvido em curso de Avaliação Olfativa para pessoas com deficiência visual
foto: O perfume Amor, desenvolvido em curso de
Avaliação Olfativa para pessoas com deficiência visual


O perfume Amor é um floral frutal lançado este mês em edição limitada pela Tania Bulhões. Nada além do comum, não fosse a procedência da fragrância: foi feita por alunos da primeira turma do Curso de Avaliação Olfativa para Pessoas com Deficiência Visual, parceria de Tania com a Fundação Dorina Nowill, de São Paulo.

O curso tem coordenação da especialista Renata Aschar e ensina linguagem olfativa, avaliação sensorial, história do perfume e faz a preparação dos alunos para o mercado de perfumaria. Das dez pessoas que se formaram, sete já conseguiram vaga ou estágio.

A fragrância à venda é assinada por Maria de Neuda Souza e Marina Yonashino e foi escolhida entre quatro criações durante o curso. Possui toque aveludado do pêssego e frescor da maçã, mais a feminilidade de flores (orquídea, peônia e flor de laranjeira) sobre fundo elegante e sensual de âmbar e musk.

Amor tem preço sugerido de R$ 98 e terá toda venda revertida para a formação de novas turmas de avaliadores olfativos. A segunda turma já iniciou os estudos e as inscrições para futuras classes já estão abertas.

Mais informações sobre o curso podem ser obtidas no site da Fundação Dorina Nowill.

Hoje - webinar da Direção-Geral da Educação sobre o Projeto Daisy 2012

 

O webinar da Direção-Geral da Educação sobre o Projeto Daisy 2012 - audiolivros para alunos com necessidades educativas especiais, vai para o ar no próximo dia 09.01.2013 às 15:00H e contará com a presença de Aquilino Rodrigues.

O webinar será transmitido em http://webinar.dge.mec.pt.

Cientistas restauram visão total a ratinhos cegos

Um grupo de cientistas britânicos anunciou, recentemente, ter conseguido recuperar a visão de ratinhos de laboratório totalmente cegos por via da injeção, nos seus olhos, de células sensíveis à luz. O avanço pode, no futuro, constituir-se como uma nova esperança para o tratamento de casos humanos de cegueira.

Os investigadores da Universidade de Oxford, em Inglaterra, injetaram células precursoras - primitivas e indiferenciadas - em animais cujos olhos eram desprovidos de quaisquer células fotorreceptoras. Duas semanas após a injeção, a equipa constatou a formação de uma retina.

"Recriámos toda a estrutura e, basicamente, esta é a prova de que é possível enxertar num ratinho totalmente cego as células em causa e reconstruir toda uma camada sensível à luz", explicou Robert MacLaren, um dos autores do estudo publicado na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), em comunicado.

Após o procedimento, os cientistas efetuaram um teste que mostrou que, dos 12 ratinhos que receberam o transplante de células precursoras, 10 obtiveram melhorias na contração da retina em resposta à luz, o que significa que os seus olhos voltaram a ser sensíveis à luminosidade, transferindo os estímulos recebidos até ao cérebro através do nervo ótico.

"Outros ensaios clínicos anteriores com células estaminais mostraram que é possível substituir a camada pigmentar da retina, mas a nossa investigação mostra que a camada sensível à luz também pode ser substituída de forma semelhante", apontou MacLaren.

Próximo passo é encontrar fonte confiável de células em humanos

"As células que são sensíveis à luz têm uma estrutura altamente complexa e nós observámos que podem recuperar as suas funções e que é possível restaurar todas as ligações após o transplante, mesmo quando os animais são totalmente cegos", sublinhou ainda o especialista da Universidade de Oxford.

Considerando, em perspetiva, a possível utilização de tratamentos celulares para a cegueira em humanos, MacLaren salientou que a equipa gostaria de, caso começasse a entrar nessa área, utilizar células estaminais pluripotentes, geradas a partir das próprias células do paciente (como células da pele ou do sangue) e que podem ser transformadas em células precursoras das células da retina.

"Todos os passos já foram dados para que possamos efetuar este procedimento em pessoas. O próximo passo é encontrar uma fonte confiável, nos pacientes, que possa fornecer-nos as células estaminais para utilização nestes transplantes", concluiu.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Exames de alunos cegos com formatos digitais


Os enunciados das provas finais e dos exames nacionais para alunos cegos e com baixa visão serão apresentados este ano num formato digital específico ou em documento com entrelinha 1,5, em formato PDF, anunciou o Ministério da Educação.

Estas duas soluções, a utilizar em alternativa, considerando o enquadramento específico das necessidades de cada aluno, constituem a resposta técnica que visa "contribuir para a melhoria das condições operacionais de realização de provas e de exames", anunciou o Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Fica salvaguardada a possibilidade de este ano, com caráter transitório, os alunos que não reúnam condições para realizar as provas em formato DAISY (Digital Accessible Information System), poderem fazê-las transcritas em Braille.
Segundo o MEC, desde 2005 que são produzidos em Portugal manuais escolares e outros livros no sistema DAISY, um formato áudio-digital com funcionalidades acrescidas para pessoas cegas ou com baixa visão.
Estes livros caracterizam-se pela sincronização entre a informação áudio e a informação escrita que permite simultaneamente ler e ouvir ler, possibilitando manipular e ajustar a cada utilizador a velocidade de leitura áudio, o tamanho dos carateres e o contraste entre as cores do texto no ecrã.
De acordo com a descrição do MEC, é ainda possível localizar informação textual, colocar marcadores no texto e inserir comentários e notas pessoais, bem como "navegar ao longo dos documentos, por capítulo, subcapítulo e secções".
Para o MEC, trata-se de "uma interessante opção de acesso à leitura", no âmbito da realização de atividades em sala de aula, sendo tais potencialidades extensivas "a contextos de avaliação formal".
Para que o sistema funcione, foi concebido um plano nacional de acompanhamento às escolas, no âmbito do qual os profissionais que integram os centros de recursos TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) assumem a "primeira linha de apoio" aos docentes que trabalham diretamente com estes alunos, como os professores de educação especial e titulares de turma.
Os elementos daqueles centros de recursos (CRTIC) vão contactar já nos próximos dias as direções dos agrupamentos de escolas das respetivas áreas geográficas.
"Oportunamente será divulgado o elenco completo das adaptações a disponibilizar este ano letivo", afirma o MEC, segundo o qual a lista apresentará - à semelhança dos anos anteriores - "soluções destinadas a alunos daltónicos e com limitações motoras severas".
Os pedidos de provas adaptadas devem ser dirigidos ao Júri Nacional de Exames.
No caso específico dos ficheiros entrelinha 1,5 (PDF), a consulta e utilização para treino, como a ampliação/redução, deslocação horizontal e vertical no documento, poderá ser feita nos ficheiros das provas e exames de 2012, bem como nos ficheiros dos testes intermédios, disponíveis na página eletrónica da Direção-Geral da Educação.
O ministério diz, em comunicado, que norteia a aposta nestas plataformas pelo princípio de que nenhum aluno, por condições de deficiência ou incapacidade, deverá estar limitado no acesso à leitura e à informação escrita.

 

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DAISY – PLANO NACIONAL DE ACOMPANHAMENTO ÀS ESCOLAS

 

O Ministério da Educação e Ciência, norteando a sua ação pelo princípio de que nenhum aluno, por condições de deficiência ou incapacidade, deverá estar limitado no seu acesso à leitura e à informação escrita, tem vindo, no âmbito das suas responsabilidades, a apostar de forma clara no incentivo à produção de materiais de leitura em formatos acessíveis a alunos com necessidades educativas especiais.


Neste contexto, os enunciados das provas finais de ciclo e dos exames finais nacionais dirigidos a alunos cegos e com baixa visão serão, em 2013, apresentados em formato Daisy (Digital Accessible Information System), ou em documento com Entrelinha 1,5, em formato PDF.

Estas duas soluções, a utilizar em alternativa, considerando o enquadramento específico das necessidades de cada aluno, constituem a resposta técnica que visa contribuir para a melhoria das condições operacionais de realização de provas e de exames. Salvaguarda-se a possibilidade de, em 2013, e com carácter transitório, os alunos que não reúnam condições para realizar as provas em formato Daisy poderem realizar provas transcritas em Braille.

Desde 2005 são produzidos em Portugal manuais escolares e outros livros em formato Daisy (Digital Accessible Information System), formato áudio-digital com funcionalidades acrescidas para pessoas cegas ou com baixa visão. Esses livros são fruto de uma parceria estabelecida entre o Ministério da Educação e Ciência, a Fundação Vodafone e a Porto Editora.

Entre as principais características dos livros Daisy destacam-se: (i) a sincronização entre a informação áudio e a informação escrita que permite simultaneamente ler e ouvir ler; (ii) a possibilidade de manipular e ajustar a cada utilizador a velocidade de leitura áudio, o tamanho dos carateres e o contraste entre as cores do texto no ecrã; (iii) a possibilidade de localizar informação textual, de colocar marcadores no texto que permitem aceder diretamente aos mesmos, de inserir comentário e notas pessoais e de navegar ao longo dos documentos por capítulo, subcapítulo e secções.

Face a estas potencialidades, o formato Daisy apresenta-se como uma interessante opção de acesso à leitura no âmbito da realização de atividades na sala de aula, sendo tais potencialidades extensivas a contextos de avaliação formal.

Tendo como finalidade assegurar uma eficiente utilização do sistema Daisy por parte dos alunos cegos e com baixa visão, foi concebido um plano nacional de acompanhamento às escolas, no âmbito do qual os profissionais que integram os Centros de Recursos TIC para a Educação Especial (CRTIC) assumem a primeira linha de apoio aos docentes que trabalham diretamente com esses alunos, designadamente, aos professores de educação especial e professores titulares de turma. Nesse sentido, os elementos dos CRTIC irão, nos próximos dias, contactar a direção dos agrupamentos de escolas das suas áreas geográficas de intervenção. Oportunamente será divulgado o elenco completo das adaptações a disponibilizar este ano letivo, lista que apresentará, à semelhança dos anos anteriores, soluções destinadas a alunos daltónicos e a alunos com limitações motoras severas.

O processo de receção dos pedidos de provas adaptadas será assegurado, como habitualmente, pelo JNE e pela EMEC.

Regista-se, por fim, que no caso específico dos ficheiros Entrelinha 1,5 (PDF), a sua consulta e posterior utilização para treino, tirando partido de operações como a ampliação/redução, deslocação horizontal e vertical no documento, entre outras, poderá ser realizada nos ficheiros das provas finais e de exame de 2012, bem como nos ficheiros dos testes intermédios, disponíveis na página da DGE, em http://www.dge.mec.pt/educacaoespecial/index.php?s=directorio&pid=6.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dia Mundial do Braille - 4 de Janeiro



O Dia Mundial do Braille é uma efeméride que pretende sensibilizar para os problemas dos cidadãos invisuais e para a responsabilidade que nos envolve, a todos, nesta problemática. Procura-se alcançar a união de esforços para que se eliminem a discriminação e as diversas barreiras que os invisuais encontram no quotidiano.
 






Hoje é um dia muito importante, 4 de Janeiro, data de nascimento de Louis Braille e Dia Mundial do Braille


Luís Braille nasceu em Coupvray, França, a 4 de Janeiro de 1809. Aos 3 anos de idade, quando brincava na oficina de seu pai, feriu‐se num dos olhos, e em consequência de uma infecção que progrediu e se alastrou ao outro olho, levando a que, pouco tempo

depois, Luís Braille viria a ficar completamente cego. Mais tarde, quando tinha cerca 10 anos de idade, ingressou na Escola de cegos Valentin Hay onde se destacou na aprendizagem de órgão. Inspirando‐se no código, inventado pelo Capitão de artilharia do exército francês, Charles Barbier de la Serre ‐ que o utilizou para comunicar com os seus soldados em tempo de guerra ‐ Luís Braille concebeu um sistema ao qual foi atribuído o seu próprio nome.


A todos os que me pedem que lhes ensine Braille.
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Este curso é orientado especialmente a pais, crianças, professores, ...para todos os que queiram aprender.
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