terça-feira, 18 de setembro de 2012

Seminário: A Autorrepresentação das pessoas com Deficiência Visual


  • Que perspetivas existem sobre a autorrepresentação das pessoas com deficiência visual no século XXI?
  • Que desafios encontram os autorrepresentantes?
  • Que soluções para uma autorrepresentação mais eficaz?

Estas são algumas das questões que a ACAPO e organizações congéneres do Brasil, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra e Noruega, ao lado ainda de outras figuras nacionais como Manuel Carvalho da Silva, Bruno Sena Martins ou Paulo Pedroso, vão debater nos dias 15 e 16 de outubro no seminário “Autorrepresentação das pessoas com deficiência visual no Século XXI”.

Em paralelo, esta será uma ocasião para tornar públicos os primeiros resultados do estudo “A prestação de serviços e a promoção da vida independente”, desenvolvido pela ACAPO, em parceria com a PPLL Consult, ao abrigo do Programa Operacional de Assistência Técnica, cofinanciado pelo Fundo Social Europeu, e que pretende aferir sobre as reais necessidades da população com deficiência visual.

O evento, realizado em parceria com a Comissão de Segurança Social e Trabalho, irá ter lugar na Sala do Senado, na Assembleia da República, em Lisboa.

Embora com entrada gratuita, a participação neste evento requer inscrição prévia, a efetuar até 1 de outubro, exclusivamente através do sítio na internet dedicado ao seminário: http://autorrepresentacao.acapo.pt

onde poderão encontrar também o programa detalhado e outras informações úteis.

Inscrições até dia 10 de outubro.

Prémio Champalimaud de Visão 2012

 
O Prémio António Champalimaud de Visão 2012 reconhece o trabalho de dois grupos de investigação no desenvolvimento de duas inovadoras técnicas de visualização da retina. O maior prémio do mundo na área da visão, no valor de 1 milhão de euros é atribuído pela Fundação Champalimaud.

Tomografia de Coerência Ótica e Tecnologias de Ótica Adaptativa são os nomes das duas tecnologias cujos investigadores que as desenvolveram foram agora premiados com o Prémio António Champalimaud de Visão 2012.

A cerimónia de entrega do prémio, que decorreu no anfiteatro ao ar livre virado para o Tejo nas instalações da Fundação Champalimaud, em Pedrouços, Algés, foi presidida pelo Presidente da República, Cavaco Silva e na qual marcaram presença, para além da Presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, presença obrigatória, o ex. Presidente Ramalho Eanes, o ex. Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, e Leonor Parreira, Secretária de Estado da Ciência, entre muitas outras personalidades de grande relevo nacional.

Pelo desenvolvimento da Tomografia de Coerência Ótica os premiados são James G. Fujimoto, David Huang, Carmen A. Puliafito, Joel S. Schuman e Eric A. Swanson, investigadores de várias Universidades dos EUA.

A Tomografia de Coerência Ótica permite fazer um diagnóstico não invasivo para o paciente, ao mesmo tempo que possibilita aos especialistas visualizarem secções transversais da estrutura interna dos tecidos vivos da retina.

No fundo, esta tecnologia permite obter imagens in situ, em tempo real e a três dimensões, já que funciona da mesma forma que a captação de imagens por ultrassom só que utiliza luz em vez de som, através da medição da luz que é redispersa e refletida.

Esta técnica é já genericamente utilizada em todo o mundo, mas no ano 2000, na revista científica Neoplasia, os investigadores agora premiados explicavam que «a Tomografia de Coerência Ótica pode funcionar como um tipo de biópsia ótica e é uma tecnologia de imagiologia poderosa para diagnóstico médico, porque ao contrário da histopatologia convencional, que exige a remoção de tecidos e observação ao microscópio, a Tomografia de Coerência Ótica pode fornecer imagens de tecidos in situ e em tempo real».

Para além disso, explicavam: «a Tomografia de Coerência Ótica pode ser usada onde a biópsia por excisão tradicional é perigosa ou impossível, para reduzir erros de amostras associados à biópsia de excisão, e para guiar procedimentos de intervenção».

Outro dos vencedores, mas pelo desenvolvimento das Tecnologias de Óptica Adaptativa, é David R. Williams, da Universidade de Rochester, também nos EUA. Esta inovadora tecnologia permite ver células da retina com grande precisão, ao ponto de conseguir fazer a quantificação dos cones (um tipo de célula fotorreceptores) da retina viva.

Com esta aplicação o investigador abriu as portas a uma melhor compreensão dos vários componentes que constituem a retina, que até então não era possível, e com isso, para além de melhores diagnósticos, a possibilidade de avanços científicos e melhor compreensão sobre as doenças e envelhecimento que afetam a retina.

Para o desenvolvimento desta tecnologia com aplicações oftalmológicas, o investigador baseou-se nos primeiros desenvolvimentos que astrónomos teriam feito para captar imagens de aberrações atmosféricas.

Em comunicado a Fundação Champalimaud revela que: «estes métodos vieram revolucionar a prática oftalmológica e os nossos conhecimentos sobre o envelhecimento e patologia ocular e suas formas de tratamento».

«As propriedades de imagiologia destas duas técnicas, isoladamente, ou possivelmente conjugadas no futuro trazem grandes promessas para uma imagiologia tridimensional à escala celular que impulsionará novas descobertas científicas e melhores cuidados de saúde», indica a Fundação Champalimaud.


Prémios anteriores:

2007 – Aravind Eye Care SystemCriado em 1976 com o objectivo de eliminar a cegueira desnecessária, Aravind é a maior e mais produtiva unidade de tratamento de doenças da visão do mundo e está sediada em Madurai, na Índia. Levando os seus serviços humanitários para as regiões rurais da Índia, as suas estratégias de combate à cegueira venceram distâncias e ultrapassaram barreiras de pobreza e ignorância, conseguindo criar um sistema auto-sustentado. De Abril de 2006 a Março de 2007 mais de 2,3 milhões de pacientes foram tratados e mais de 270.444 cirurgias foram realizadas. O Aravind Eye Care System inclui cinco hospitais, o centro de fabrico de produtos oftalmológicos, uma fundação internacional de investigação e um centro de treino que está a contribuir para revolucionar centenas de programas de tratamento de olhos no mundo em desenvolvimento.

2008 - Jeremy Nathans e King-Wai Yau
Em 2008 o Prémio de Visão António Champalimaud destina-se a reconhecer o mérito e a excelência na investigação científica. Os trabalhos de Jeremy Nathans e King Wai-Yau representam um enorme progresso no processo de compreensão dos mecanismos da visão. Jeremy Nathans descobriu o código genético dos pigmentos da visão humana, a sua forma de funcionamento e a o modo como as suas mutações provocam retinopatias. Por seu lado, King Wai-Yau mostrou como é que a absorção de luz por aqueles pigmentos gera impulsos eléctricos que permitem ver.


2009 - Helen Keller InternationalO Prémio António Champalimaud de Visão 2009 foi atribuído à organização global Helen Keller International (HKI). O prémio foi entregue como reconhecimento pelos notáveis resultados na prevenção e combate à cegueira nos países em vias de desenvolvimento, e em particular pelos avanços nas últimas décadas no controle da deficiência de vitamina A – uma das principais causas de morte e cegueira infantil. Pelo seu desempenho, a HKI tem ajudado a preservar a visão e a vida de milhões de pessoas em todo o mundo e muito especialmente em Moçambique.

2010 - J. Anthony Movshon e William NewsomeJ. Anthony Movshon e William T. Newsome são investigadores de prestigiadas instituições norte-americanas e têm-se destacado nos últimos trinta anos pelos seus notáveis trabalhos que influenciaram o modo como a Ciência entende o papel do cérebro na reconstrução de imagens e na forma como os seres humanos percepcionam, interpretam e actuam.

2011 - African Programme for Onchocerciasis Control (APOC)O Programa Africano de Controle da Oncocercose (APOC), uma das principais causas de cegueira evitável, venceu o Prémio António Champalimaud de Visão 2011, um galardão que, para os seus responsáveis, homenageia todos os que, diariamente, trabalham no terreno.
Conhecida como a “cegueira dos rios”, a oncocercose é uma doença parasitária transmitida aos humanos pela picada da mosca preta, especialmente junto aos rios e outras linhas de água. Nos últimos 15 anos, a APOC coordenou mais de uma centena de programas de combate a esta doença.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Candidate-se a Ajudas Técnicas


Qualquer pessoa com deficiência pode, independentemente da sua idade, beneficiar do financiamento a 100% dos produtos de apoio de que necessita para estudar, trabalhar ou ter uma vida mais independente.

Produtos de Apoio, também chamados de Ajudas Técnicas, são, por exemplo:

  • cadeiras de rodas e andarilhos;
  • bengalas e relógios falantes, para pessoas cegas;
  • computadores adaptados a quem vê mal ou tem baixa motricidade;


O SAPA (Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio) é um mecanismo acessível através do Instituto do Emprego e Formação Profissional, para quem está empregado, ou da Segurança Social para todas as outras pessoas.

Veja de seguida como pode candidatar-se a este benefício. Note que, devido a limitações de orçamento, não é garantida a aprovação do seu pedido.


Lista de Produtos de Apoio


A lista homologada de produtos de apoio está disponível no sítio web do Instituto Nacional para a Reabilitação.

Clique no link abaixo para aceder à lista homologada:

http://www.inr.pt/content/1/1742/lista-homologada

Para saber quais os produtos de apoio mais indicados para si, precisa de uma avaliação funcional feita por um médico ou técnico de saúde habilitado para o seu problema. Procure, em primeiro lugar, informar-se junto de uma associação ou centro de reabilitação.

O seu médico irá emitir uma prescrição dos produtos de apoio indicados para si. Consoante o tipo de produto, poderá obter a prescrição num centro de saúde, num hospital distrital ou num centro especializado (por exemplo, ampliadores para baixa-visão).


Contactar o Centro Financiador

O próximo passo será contactar o centro financiador, que lhe prestará todos os esclarecimentos sobre o processo de candidatura.

Se estiver empregado deve contactar o centro de emprego da sua área de residência ou de trabalho, e manifestar a sua intenção de candidatar-se a produtos de apoio.

Em todos os outros casos (crianças, desempregados, reformados, e outros), o processo é conduzido pela Segurança Social, exceto na cidade de Lisboa, onde o processo é instruido pela Santa Casa. No final deste email listamos os contactos das diversas entidades.


Obter três orçamentos

Com o objetivo de garantir preços controlados e uma sã concorrência, o SAPA exige a apresentação de três orçamentos de cada produto de apoio prescrito.

Os centros prescritores possuem habitualmente uma lista de empresas habilitadas a fornecer produtos de apoio. Pode também contactar as associações e centros de reabilitação para conhecer o mercado e as opções disponíveis.

A Electrosertec é uma empresa com 22 anos de experiência no fornecimento de produtos de apoio. O nosso nome é sinónimo de competência, seriedade e atenção ao cliente. Não deixe de nos consultar para o seu pedido de produtos de apoio!

Ligue 219435183 ou escreva para info@electrosertec.pt para obter aconselhamento ou pedir o seu orçamento.


Submeter o seu pedido e aguardar

Na posse da prescrição médica e dos três orçamentos, já pode submeter o seu pedido no centro financiador. Possivelmente ser-lhe-á pedida mais documentação, e pode juntar as informações que considere relevantes para a sua candidatura.

Depois é aguardar o desfecho. Infelizmente, apesar da universalidade do SAPA, nem sempre um pedido é aprovado, devido a limitações de orçamento.

No entanto, não deve desistir. Por vezes é preciso repetir o pedido uma, duas vezes em anos seguidos. A rapidez também conta: quanto mais cedo no ano apresentar o pedido, mais hipóteses tem de o ver satisfeito.

Os produtos de apoio são essenciais para melhorar a qualidade de vida de quem possui uma deficiência ou incapacidade. Um aluno cego pode fazer a sua aprendizagem com uma máquina de escrever braille, e mais tarde com um computador falante. Um operador de call center com deficiência motora pode exercer cabalmente a sua profissão se dispuser de um posto de trabalho devidamente adaptado. Os exemplos são inúmeros.


Electrosertec
Rua Combatentes da Grande Guerra, 51-B
1885-024 Moscavide | Portugal
Telefone (351)219435183
http://electrosertec.pt
Email: info@electrosertec.pt

Alteração às condições de aplicação das medidas de ação social escolar


Foi publicado o Despacho n.º 11886-A/2012 que define as condições de aplicação das medidas de ação social escolar para o ano letivo de 2012-2013 e introduz alterações e aditamentos ao despacho n.º 18987/2009, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 158, de 17 de agosto de 2009, com as alterações entretanto introduzidas.
Através do presente diploma, reforça-se no ano letivo de 2012-2013 o apoio a crianças e jovens que frequentam escolas de referência ou unidades de ensino estruturado e de apoio especializado que passam a ter comparticipação no transporte, garantindo-se assim o pleno direito à educação a todas as crianças e jovens.

O diploma altera, ainda, a alínea b do n.º 1 do artigo 13.º relativo aos alunos com necessidades educativas especiais, passando a ficar com a seguinte redação:

1 — Os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente com programa educativo individual organizado nos termos do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, têm ainda, supletivamente em relação às ajudas técnicas a prestar por outras entidades de que beneficiem, direito às seguintes comparticipações da responsabilidade dos municípios ou do Ministério da Educação, no âmbito da ação social escolar e nos termos do artigo 8.º:
a) Alimentação — totalidade do custo;
b) Transportes — totalidade do custo para os alunos que residam a menos de 3 km do estabelecimento de ensino;
c) Manuais e material escolar de acordo com as tabelas anexas para a generalidade dos alunos, no escalão mais favorável;
d) Tecnologias de apoio — comparticipação na aquisição das tecnologias de apoio a que se refere o artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, até um montante igual ao atribuído para o material escolar do mesmo nível de ensino, no escalão mais elevado, conforme o anexo III do presente despacho.
2 — No caso de não poderem ser utilizados os transportes regulares ou os transportes escolares, a comparticipação a que se refere a alínea b) do número anterior é da responsabilidade do Ministério da Educação.

Anel com câmara dá assistência a invisuais

Uma equipa de investigadores norte-americanos, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), desenvolveu uma mini-câmara com voz integrada e de fácil transporte, aliás é um anel e poderá substituir a bengala branca dos invisuais.


O dispositivo, chamado de EyeRing, “é intuitivo”, segundo dizem os cientistas Suranga Nanayakkara e Roy Shilkrot. Para usá-lo basta colocá-lo no dedo, apontar para um objeto e carregar num botão. Assim, a câmara do EyeRing tira uma fotografia e, em segundos, redige uma mensagem áudio com pormenores como a distância a que fica o objeto.

As capacidades desta nova tecnologia não ficam por aqui, já que se o utilizador pronunciar as palavras “cor” ou “dinheiro”, o anel pode reconhecer a cor e dizer o preço de um objeto ou mesmo identificar de quanto é uma nota.

Portanto, se apontarmos para uma camisa numa montra e clicarmos duas vezes num pequeno botão na lateral e determinarmos a função desejada (identificar moedas, textos, preços em etiquetas e cores), a imagem é enviada via Bluetooth para o telemóvel, onde uma aplicação usa algoritmos de visão computacional para processar a foto e anunciar em voz alta o que ele está a ver (verde, 20 euros, etc.). Para tal, basta apontar, falar, carregar no botão e ter um smatphone no bolso.

O EyeRing é revestido de plástico, inclui uma minúscula câmara, um processador e ligação Bluetooth. A melhor parte é que nem sequer é necessário tirar o telefone do bolso e desbloquear o teclado.

Os engenheiros pretendem ainda melhorar o protótipo antes de comercializá-lo. O objetivo é reduzir o tamanho do anel, para que seja mais confortável usá-lo durante um período mais longo, acrescentar-lhe algumas funções, especialmente uma câmara em tempo real.

Os investigadores consideram que poderá ser um objeto com várias funcionalidades e mesmo ser usado como guia turístico interactivo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Regime de matrícula e de frequência para uma escolaridade obrigatória de 12 anos

Foi publicado o Decreto-Lei n.º 176/2012 que regula o regime de matrícula e de frequência no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos e estabelece medidas que devem ser adotadas no âmbito dos percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o abandono escolares.

O articulado do diploma aplica-se às crianças e aos jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos.

Nele se refere, também, que os alunos com necessidades educativas especiais que frequentaram o ensino básico com currículo específico individual, nos termos da alínea e) do n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, frequentam o ensino secundário ao abrigo da referida disposição legal (cf. n.º 6 do art. 6º).

Sempre que forem detetadas dificuldades na aprendizagem do aluno, são obrigatoriamente tomadas medidas que permitam prevenir o insucesso e o abandono escolares:

Ensino básico

a) No 1.º ciclo, através do reforço das medidas de apoio ao estudo, que garantam um acompanhamento mais eficaz do aluno face às primeiras dificuldades detetadas;

b) Nos 1.º e 2.º ciclos, através de um acompanhamento extraordinário dos alunos estabelecido no calendário escolar;

c) Constituição temporária de grupos de homogeneidade relativa em termos de desempenho escolar, em disciplinas estruturantes, tendo em atenção os recursos da escola e a pertinência das situações;

d) Adoção, em condições excecionais devidamente justificadas pela escola e aprovadas pelos serviços competentes da administração educativa, de percursos diferentes, designadamente, percursos curriculares alternativos e programas integrados de educação e formação, adaptados ao perfil e especificidades dos alunos;

e) Encaminhamento para um percurso vocacional, de ensino após redefinição do seu percurso escolar, resultante do parecer das equipas de acompanhamento e orientação e com o comprometimento e a concordância do seu encarregado de educação;

f) Implementação de um sistema modular, como via alternativa ao currículo do ensino básico geral, para os alunos maiores de 16 anos;

g) Incentivo, tanto ao aluno como ao seu encarregado de educação, à frequência de escola cujo projeto educativo melhor responda ao percurso e às motivações de aprendizagem do aluno.


Ensino secundário

a) Encaminhamento para uma oferta educativa adaptada ao perfil do aluno, após redefinição do seu percurso escolar, resultante do parecer das equipas de acompanhamento e orientação;

b) Implementação de um sistema modular, como via alternativa ao currículo do ensino regular, para os alunos maiores de 16 anos;

c) Incentivo, tanto ao aluno como ao seu encarregado de educação, à frequência da escola cujo projeto educativo melhor responda ao percurso e às motivações de aprendizagem do aluno.

Gratuitidade do transporte escolar para os alunos com necessidades educativas especiais

O Decreto-Lei n.º 176/2012, recentemente publicado, que regula o regime de matrícula e de frequência no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos e estabelece medidas que devem ser adotadas no âmbito dos percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o abandono escolares, introduz alterações ao normativo relativo à transferência para os municípios das novas competências em matéria de organização, financiamento e controle de funcionamento dos transportes escolares (Decreto-Lei n.º 299/94, alterado pela Lei n.º 13/2006 e pelos Decretos-Leis n.º 7/2003, 186/2008 e 29-A/2011).

Assim, segundo a alteração, o transporte escolar é gratuito até ao final do 3.º ciclo do ensino básico, para os estudantes menores (...), bem como para os estudantes com necessidades educativas especiais que frequentam o ensino básico e secundário (cf. art.º 15º do Decreto-lei n.º 176/2012).

Revista portuguesa para cegos chega em Setembro

 

A Biblioteca Municipal de Coimbra (BMC) publica, em setembro, o primeiro número de uma revista mensal gratuita destinada sobretudo a cegos, que será publicada em versão digital, braille e áudio.

A revista pretende, sobretudo, "divulgar temas relacionados com a inserção social das pessoas com deficiência visual, contribuindo assim para o esclarecimento da população em geral e fomentando boas práticas de inclusão social", disse (...) o coordenador do serviço de leitura para deficientes visuais da BMC, José Guerra.

Outro objetivo da nova publicação é "estimular a participação dos utentes em atividades culturais, nomeadamente as que são realizadas no âmbito do Departamento da Cultura da BMC", diz José Guerra.

Intitulada "Jardim da Sereia - Revista Inclusiva de Divulgação Tiflo-cultural", a revista, com periodicidade mensal, tem uma redação composta por elementos fixos e colaboradores, apostando também na "divulgação de textos não inéditos, com a referência à fonte, sendo a mais valia neste caso a divulgação através de formatos acessíveis a deficientes visuais".

O responsável explicou ainda que o formato digital será distribuído (gratuitamente) por correio electrónico aos utentes do serviço de leitura para deficientes visuais e a qualquer pessoa que faça a inscrição para a sua receção. O formato áudio pode ser obtido a partir do formato digital, que inclui um link para efectuar o download.

Entre as rubricas da revista figuram "Tiflologia" - uma secção que aborda assuntos relacionados com as pessoas que têm deficiências visuais - e "Coimbra dos meus amores" com pequenos textos sobre a cidade e que, nesta primeira edição, fala sobre o Parque de Santa Cruz (conhecido por Jardim da Sereia), junto do qual está instalada a Casa Municipal da Cultura, onde funciona a BMC.

Direção de Serviços de Educação Especial e de Apoios Socioeducativos

 

A Portaria n.º 258/2012 fixa a estrutura nuclear da Direção-Geral da Educação. Entre as unidades orgânicas nucleares encontra-se a Direção de Serviços de Educação Especial e Apoios Socioeducativos (DSEEAS). Esta unidade orgânica compete (art. 4º):

a) Conceber orientações e instrumentos de suporte às escolas no âmbito da implementação e acompanhamento de respostas de educação especial e de apoio educativo, designadamente as de orientação escolar e profissional, de educação para a saúde e de ação social escolar;

b) Coordenar, acompanhar e propor medidas e orientações, em termos organizativos, pedagógicos e didáticos, promotoras da inclusão e do sucesso educativo dos alunos com necessidades educativas especiais na educação pré-escolar e escolar na modalidade de educação especial nos ensinos público, particular, cooperativo e solidário, designadamente atividades de complemento e acompanhamento pedagógico;

c) Conceber e coordenar modalidades de intervenção precoce dirigidas a crianças com necessidades educativas especiais em articulação com os serviços competentes dos ministérios responsáveis pelas áreas da segurança social e da saúde;

d) Conceber, produzir e distribuir manuais escolares e outros materiais pedagógicos em formatos acessíveis, adaptados e em desenho universal;

e) Recolher e tratar a informação relevante respeitante à educação especial para efeitos de regulação e de monitorização das respostas educativas e de apoio educativo;

f) Assegurar a participação nas ações de natureza logística, operacional e de correção de provas adaptadas necessárias em matéria de avaliação externa de aprendizagens, em articulação com o Gabinete de Avaliação Educacional;

g) Identificar e planear a afetação de recursos diferenciados no quadro de uma avaliação compreensiva de necessidades;

h) Promover, conceber e acompanhar as medidas tendentes à utilização pedagógica das tecnologias de informação e de comunicação no âmbito da educação especial.

Australianos apresentam olho biónico que pode devolver visão a cegos

 

Uma equipa de cientistas australianos implantou o primeiro protótipo de olho biónico numa mulher e explicaram que o feito poderá devolver a visão a muitos cegos (...).
A cirurgia, que permitiu reformular o olho da paciente eletromecanicamente, é considerada pelos cientistas como o maior marco desde o desenvolvimento do Braille.
De acordo com os cientistas australianos, (...) o aparelho está desenhado para pacientes que sofrem uma perda de visão degenerativa e hereditária, causada por uma condição genética conhecida como rinite pigmentosa.
O olho biónico, que é implantado parcialmente no globo ocular, dispõe de uma pequena câmara, colocada sobre uma lente, que captura imagens e envia-as para um processador que pode guardar-se num bolso.
O dispositivo transmite um sinal dentro da retina para estimular os neurónios vivos, o que permite enviar imagens ao cérebro.
Um mês depois de implantado e tendo a paciente recuperado já da cirurgia, a equipa ligou o dispositivo no laboratório, provocando de imediato uma reacção visual na mulher.
Referindo ter tido "uma experiência incrível", a paciente afirmou ter visto um pequeno flash, reação que nunca conseguiu obter através de outros estímulos.
O olho biónico foi desenvolvido por uma empresa apoiada pelo Estado australiano, tendo sido formalmente apresentado pelo Governo daquele país.
Este "pode ser um dos avanços científicos mais importantes da nossa geração", afirmou o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, numa apresentação formal do projeto.
"O projeto do olho biónico permitirá à Austrália manter-se na vanguarda desta linha de investigação e comercialização, devolvendo a visão a milhares de pessoas em todo o mundo", acrescentou.
A empresa espera agora conseguir desenvolver implantes mais completos, já que este protótipo não permite a recuperação de uma visão perfeita, esclareceu a equipa.